sábado, 21 de julho de 2012

15ª Semana Comum (Cor Verde) Pela Igreja

Santo do dia 21/07/2012: São Lourenço de Brindisi e Irmã Dolores Baldi

São Lourenço de Brindisi

Geralmente, as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem, parecem "perder os poderes" e nivelam-se com as demais pessoas. São poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas, com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559, em Brindisi, na Itália. Seu nome de batismo mostrava, claramente, a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante, como o do grande general romano. Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa depois de ter dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nessa ocasião, já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena. Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão, aos quatorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza. Nessa megalópole, pôde desenvolver muito mais os seus talentos para os estudos. Mas a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a Veneza, ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos Frades Menores de São Francisco de Assis. Em seguida, juntou-se aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Depois, completou sua formação na Universidade de Pádua. Voltou para Veneza em 1586, como professor dos noviços da Ordem, sempre evidenciando os mesmos dotes da infância. Tornou-se especialista em línguas e sua erudição levou-o a ocupar altos postos em sua Ordem e também a serviço do sumo pontífice. Foi provincial em Toscana, Veneza, Gênova e Suíça e comissário no Tirol e na Baviera, pregando firmemente a ortodoxia católica contra a Reforma Protestante, além de animar as autoridades e o povo na luta contra a dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço foi, mesmo, o superior-geral da sua própria Ordem e embaixador do papa Paulo V, com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito. Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário, em 1619, durante sua segunda viagem à Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi canonizado em 1881 e recebeu o título de doutor da Igreja em 1959, outorgado pelo papa João XXIII. A sua festa é celebrada um dia antes do aniversário de sua morte, dia 21 de julho.

Irmã Dolores Baldi

Ser missionária era seu sonho. E este sonho ela o realizou no Brasil. Em outubro de 1931, deixou a Itália e veio viver a aventura missionária em nosso país. Quero falar-lhes de irmã Dolores Baldi, primeira missionária da Congregação das Irmãs Paulinas. Ela não era, nem é ainda, muito conhecida, contudo foi o instrumento dócil e forte nas mãos de Deus e a mola propulsora que fez acontecer, no Brasil, a instituição e todas as obras das Irmãs Paulinas. A Congregação das Irmãs Paulinas foi fundada pelo padre Tiago Alberione com a colaboração de irmã Tecla Merlo, em 1915, na Itália, e teve, no Brasil, sua primeira expansão no exterior. E irmã Dolores Baldi foi a escolhida para iniciá-la. Quem foi irmã Dolores Baldi? Ela mesma nos conta sua história: "Não conheci minha mãe. Ela morreu dois meses depois de me haver dado a luz. Fui confiada aos cuidados de uma ama, que me amamentou, de meu pai e de minha irmã mais velha, então com quinze anos. Éramos cinco irmãos: três mulheres e dois homens. Cresci num ambiente familiar unido, cristão, sereno e alegre. Aos doze anos, porém, após breve tempo de doença, meu pai faleceu e, logo depois, minha irmã, vítima de uma epidemia. E como minha outra irmã já havia se casado coube a mim os deveres de uma dona-de-casa: comprar, vender e cuidar de meus dois irmãos. Aos quatorze anos, comecei a sentir o desejo de ser missionária, para dedicar-me à catequese. Aos dezessete anos, esse apelo se tornou mais forte. Falei com meu pároco e ele me aconselhou a pensar melhor e entregar o meu futuro nas mãos de Deus. Ele saberia abrir-me o caminho missionário. Com o casamento de meu irmão, pensei que estivesse livre, mas com a morte prematura de minha cunhada tive de cuidar de meus dois sobrinhos pequenos. Após um ano, a convite de meu pároco, participei de um retiro orientado pelo padre Tiago Alberione. Entusiasmei-me com a espiritualidade e missão da Família Paulina, conversei com padre Alberione, que me aconselhou a entrar na Congregação, ainda não aprovada, mas já em plena atividade. Ingressei, sempre, porém, com o desejo de ir às missões. Esperançosa de um dia ser missionária, como me prometiam, comecei o noviciado. E antes mesmo de professar os votos religiosos a superiora me chamou e disse que o fundador havia me destinado para a missão no Brasil. Apesar de algumas preocupações, vibrei de alegria. Tinha, então, vinte e um anos. Comigo iriam uma irmã das Discípulas do Divino Mestre e um seminarista dos Paulinos. No dia 6 de outubro de 1931, diante dos fundadores e de minha formadora, pronunciei a fórmula da profissão religiosa prometendo, com a ajuda divina, entregar-me a Deus e à missão conforme o carisma paulino. Foi então que recebi o nome de Dolores, pois o meu nome de batismo era Tersila. Entregando-me o livro do Evangelho, um crucifixo e um terço, o fundador deu-me as últimas recomendações: "Nossa Senhora das Dores, ao pé da cruz, colaborou para a salvação de todas as pessoas. Santifica-te e os brasileiros se santificarão. O arcebispo de São Paulo não quer as Paulinas. Vocês fiquem escondidas por algum tempo, vistam-se de branco ou de vermelho - isso não tem importância - e esperem". Esse foi o início de uma caminhada de mais de setenta anos no Brasil, vivendo e partilhando, na Igreja local, uma evangelização inculturada a serviço do Evangelho e com os meios de comunicação social. Em 1966, quando a Congregação das Irmãs Paulinas no Brasil já contava com duas centenas de membros, muitas obras iniciadas, muitas casas construídas, irmã Dolores foi chamada para a Itália e mais tarde para Portugal, deixando em todos os lugares sua marca de missionária exemplar. Em 1976, a pedido das irmãs brasileiras, ela voltou ao Brasil, dedicando-se, então, não mais à direção da província, mas às atividades comuns nas comunidades. Mais tarde, transferiu-se para a casa das irmãs idosas, dedicando-se a pequenas tarefas. Em todo lugar e sempre, irmã Dolores foi exemplo de oração, entusiasmo apostólico, humildade e acolhimento. Sempre atenta, participava e alegrava-se com os progressos na missão. Por ocasião dos sessenta anos de consagração a Deus, entre outras coisas dizia: "Os fundadores me entregaram o que tinham de mais precioso: o Evangelho, o crucifixo e o terço. Os fundamentos foram sólidos e minha tarefa era construir com simplicidade e aos poucos, com erros e falhas, mas sem desanimar, na obediência e com amor. A semente foi lançada no Brasil, brotou e cresceu pela sua força íntima que é Deus. Após breves dias hospitalizada, com oitenta e nove anos, no dia 21 de julho de 1999, transferiu-se para a casa do Pai Celeste a fim de continuar intercedendo por nós e apostando na eficácia da missão de anunciar o Evangelho com os meios de comunicação social. Irmã Dolores tinha um carisma pessoal, uma personalidade forte e caráter marcante. Seu modo de ser e de viver traçou o estilo de vida e de missão de muitas pessoas. Abriu caminhos novos, com fé e coragem, para uma geração que viria mais tarde. Um dos centros da missão das irmãs Paulinas traz com muita gratidão o nome "Casa Irmã Dolores Baldi". Ela está aí, apontando para todos sua norma de vida missionária: "Confiança absoluta em Deus e ir em frente com coragem".


Oração do dia 21/07/2012

Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir!

Deus nos fala dia 21/07/2012

Cristo não só curava os doentes e sofredores, mas também sofria com eles, tinha compaixão e misericórdia. Seu amor era solidário. Seu poder gerava a vida para aqueles que estavam à margem, ao descaso da sociedade. Qual deve ser nossa atitude hoje?

Leitura do dia 21/07/2012

Miquéias 2,1-5

Leitura da Profecia de Miquéias: “Ai dos que tramam a iniquidade e se ocupam de maldades ainda em seus leitos! Ao amanhecer do dia, executam tudo o que está em poder de suas mãos. Cobiçam campos, e tomam-nos com violência, cobiçam casas, e roubam-nas. Oprimem o dono e sua casa, o proprietário e seus bens. Isto diz o Senhor: “Eis que tenciono enviar sobre esta geração perversa uma desgraça de onde não livrareis vossos pescoços; não podereis andar de cabeça erguida, porque serão tempos desastrosos. Naquele dia, sereis assunto de uma alegoria, de uma canção triste que diz: ‘Fomos inteiramente devastados; a parte de meu povo que passou a outro por ninguém lhe será restituída; os nossos campos são repartidos entre infiéis’. Por isso, não terás na assembleia do Senhor quem meça com cordel as porções consignadas por sorte”. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 21/07/2012

Mateus 12,14-21

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual ponho a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

15ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 20/07/2012:Santa Margarida e Santo Aurélio

Santa Margarida

Margarida nasceu no ano 275, na Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais aproximar-se de Deus, se "algo" não acontecesse. E algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à santidade. Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo para participar dos sacrifícios aos deuses. Sem suspeitar que, à noite, ela participava de cultos cristãos. Como não podia sequer imaginar tal fato, alguém tratou de abrir seus olhos. Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro impôs-lhe um severo castigo, mandando a jovem para o campo, trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem a força fazia a filha mudar de idéia, entregou-a ao prefeito local para que fosse julgada pelo "crime de ser cristã". O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo apegou-se de tal forma ao sofrimento da jovem que à sua narrativa acrescentaram-se fatos lendários. O certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e, diante dele, negou-se a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada. No dia seguinte, ela apareceu, sem o menor sinal de sofrimento, na frente do governante, que. irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente, a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi, então, jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito enfurecido mandou que a decapitassem. Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X, foi trasladado para a Itália e desde então seu culto se difundiu também em todo o Ocidente. De tal modo, que santa Margarida foi incluída entre os "quatorze santos auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão nos momentos mais difíceis. Santa Margarida é solicitada para proteger as grávidas nos partos complicados.

Santo Aurélio

Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago. Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges que se opunham aos católicos. Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar. Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas. A todos esses, desejosos de retornarem ao seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio devolveu o sacerdócio, inclusive aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa forma, Aurélio conseguiu resolver uma das mais grandes crises disciplinares que a Igreja enfrentou. Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede episcopal de Cartago, no mesmo ano em que também morria seu amigo Agostinho. Contudo, para a Igreja da chamada "província da África", apenas começava mais um novo, obscuro e sangrento período, marcado pela invasão dos bárbaros vândalos.


Oração do dia 20/07/2012

Senhor Jesus, livra-me de todo rigor no trato com os demais e dá-me um coração que coloque a misericórdia acima de tudo!

Deus nos fala dia 20/07/2012

A oração sincera de Ezequias foi ouvida pelo Senhor. Ele escuta o que lhe pedimos, e dá-nos o que é necessário. Jesus mostra-nos que a misericórdia e a compaixão estão acima de qualquer outro valor neste mundo: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”!

Leitura do dia 20/07/2012

Isaías 38,1-6.21-22.7-8

Leitura do Livro do Profeta Isaías: Naqueles dias, Ezequias foi acometido de uma doença mortal. Foi visitá-lo o profeta Isaías, filho de Amós, e disse-lhe: “Isto diz o Senhor: Arruma as coisas de tua casa, pois vais morrer e não viverás”. Então Ezequias virou o rosto contra a parede e orou ao Senhor, dizendo: “Peço-te, Senhor, te lembres de que tenho caminhado em tua presença, com fidelidade e probidade de coração, e tenho praticado o bem aos teus olhos”. Ezequias prorrompeu num grande choro. A palavra do Senhor foi dirigida a Isaías: “Vai dizer a Ezequias: Isto diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: ‘Ouvi a tua oração, vi as tuas lágrimas; eis que vou acrescentar à tua vida mais quinze anos, vou libertar-te das mãos do rei da Assíria, junto com esta cidade, que ponho sob minha proteção’. Então, Isaías ordenou que fizessem uma cataplasma de massa de figos e a aplicassem sobre a ferida, que ele ficaria bom. Perguntou Ezequias: “E qual é o sinal de que hei de subir à casa do Senhor?” “Este é o sinal que terás do Senhor, de que ele cumprirá a promessa que fez: Eis que farei recuar dez graus a sombra dos graus que já desceu no relógio solar de Acaz”. De fato, a marca do sol recuara dez graus dos que ela tinha descido. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 20/07/2012

Mateus 12,1-8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

15ª Semana Comum (Cor Vermelha) Preciosíssimo Sangue de NSJC

Santo do dia 19/07/2012:São Serafim de Sarov e Santo Arsênio

São Serafim de Sarov

Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão. Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo. Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz. Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida. Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo". Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.

Santo Arsênio

Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito. O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus. No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos. Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações. A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade, para não se isolarem totalmente dos demais seres humanos. Mas a paz e a tranqüilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas. Arsênio, então, abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450. A importância de santo Arsênio na história da Igreja prende-se à importância da época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.


Oração do dia 19/07/2012

Pai, dá-me um coração manso e humildade, a exemplo de teu Filho Jesus, cujo testemunho de vida deve inspirar toda a minha ação!

Deus nos fala dia 19/07/2012

Como é bela a oração do profeta, que canta a misericórdia de Deus e espera que a nação volte a florescer por sua vontade! E é no Senhor que encontramos todo alento e compaixão; por isso ninguém pode viver desanimado e desesperançado: “Vinde a mim vós todos!

Leitura do dia 19/07/2012

Isaías 26,7-9.12.16-19

Leitura do Livro do Profeta Isaías: O caminho do justo é reto, e tu ainda aplainas a estrada ao justo. Sim, no caminho dos teus juízos esperamos em ti, Senhor; para o teu nome e para a tua memória volta-se o nosso desejo. Quando vem a noite anseia por ti a minh’alma e com a força do espírito te procuro no meu íntimo. Quando brilharem na terra teus juízos, os habitantes do mundo aprenderão a ser justos. Senhor, hás de dar-nos a paz, como nos deste a mão em nossos trabalhos. Senhor, eles a ti recorreram na angústia; exageraram na superstição, e veio-lhes o teu castigo. Como a mulher grávida, ao aproximar-se o parto geme e chora em suas dores, assim nós, Senhor, em tua presença. Concebemos e sofremos dores de parto, e o que geramos foi vento. Não demos à terra frutos de salvação, não fizemos nascer habitantes para o mundo. Reviverão os teus mortos e se levantarão também os meus mortos. Despertai, cantai louvores, vós que jazeis no pó! Senhor, é orvalho de luz o teu orvalho, e a terra trará à luz os falecidos. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 19/07/2012

Mateus 11,28-30

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

15ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 18/07/2012:Santo Arnolfo

Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua família era muito importante, cristã, e fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção. Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Mas quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios. Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo. Além disso, o rei Clotário II nomeou Arnolfo bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter desse homem, que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder. Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto nessa condição. Como chefe daquela diocese, Arnolfo participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, chamado Ansegiso, tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada era carolíngia. Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade. Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.

Oração do dia 18/07/2012

Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação!

Deus nos fala dia 18/07/2012

Deus não está alheio aos acontecimentos humanos, e é necessário observarmos os fatos da história. Os pobres, os pequenos e os humildes são exaltados pelo Cristo, pois se abrem mais prontamente à verdade do Reino. Os orgulhos e prepotentes não!

Leitura do dia 18/07/2012

Isaías 10,5-7.13-16

Leitura do Livro do Profeta Isaías: Assim fala o Senhor: “Ai de Assur, vara de minha cólera, bastão em minhas mãos, instrumento de minha indignação! Eu o envio contra uma nação ímpia e ordeno-lhe, contra um povo que me excita à ira, que o submeta à pilhagem e ao saque, que o calque aos pés como lama nas ruas. Mas ele assim não pensava, seu propósito não era esse; pelo contrário, sua intenção era esmagar e exterminar não poucas nações. Pois diz o rei da Assíria: ‘Realizei isso pela força da minha mão e com minha sagacidade, pois tenho experiência; aboli as fronteiras dos povos, saqueei seus tesouros, e derrubei de golpe os ocupantes de altos postos; minha mão espalmou como um ninho a riqueza dos povos; e como se apanha uma ninhada de ovos, assim ajuntei eu os povos da terra, e não houve quem batesse asa ou abrisse o bico e desse um pio’. Mas acaso gloria-se o machado, em detrimento do lenhador que com ele corta? Ou se exalta a serra contra o serrador que a maneja? Como se a vara movesse quem a levanta e um bastão erguesse aquele que não é madeira. Por isso, enviará o Dominador, Senhor dos exércitos, contra aqueles fortes guerreiros o raquitismo; e abalará sua glória com convulsões que queimam como fogo”. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 18/07/2012

Mateus 11,25-27

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Inácio de Azevedo e Comps (Cor Vermelha)

Santo do dia 17/07/2012:Santa Maria Madalena Postel, Santa Generosa, Bartolomeu de Las Casas e Santo Aleixo


Santa Maria Madalena Postel

No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho aquele rico proprietário. Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social. De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar. A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara. A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos, escolheu o nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade. Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras. Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação. Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo cristão. Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925. Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia 17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena Postel.

Santa Generosa

No século II da era cristã, Scili era uma pequena província romana do norte da África, não muito distante da capital Cartago, onde residia Saturnino, o procônsul designado pelo imperador Cômodo. Cômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados. A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino, que obedecia às ordens de Roma. Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam, tranqüilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados pelo "crime" de serem cristãos. Então, foram simplesmente presos e levados pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados. Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal juramento, o soberano os "perdoaria". Assim, foram todos interrogados, entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela. Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, que adorassem o imperador. Então Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não reconheciam a divindade do imperador e que serviriam unicamente a Deus, que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam continuar fiéis a ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos. Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou: "Ordeno que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados: Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Citino, Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e se recusam a tributar honra e reverência ao imperador". Assim está descrito o martírio de santa Generosa e seus companheiros no catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio Romano. A veneração litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito para a vida eterna.

Bartolomeu de Las Casas

Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474. Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em direito. Foi para a América como conselheiro legal do governador, chegando, em 15 de abril de 1502, na ilha Espanhola. Como a maioria, Bartolomeu estava motivado pelo espírito aventureiro e explorador de riquezas, logo se adaptando ao estilo de vida influente dos colonizadores. No início, aceitou o ponto de vista convencional quanto à exploração da população indígena. Ele também participou dos ataques contra as tribos, e os escravizava em suas plantações. Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e ordenou-se sacerdote em 1507. A rainha Isabel, chamada "a católica", da Espanha, considerava a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os primeiros a fixarem-se na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado aos índios pelos colonizadores. Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que o quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e da dignidade. Lutou, também, para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mais próxima do Evangelho. A prioridade, para Bartolomeu, era a evangelização. Com tal propósito, viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru, Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado bispo aos setenta anos de idade, em 1544. Mas ficou apenas três anos em Chiapas, sempre perseguido pelos espanhóis. Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha, continuando lá a defesa dos índios, quando corrigiu e publicou seus escritos, todos se contrapondo à política colonial. Porém suas idéias foram contestadas na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas e proibidas para leitura. Morreu aos noventa e dois anos de idade no Convento Dominicano de Atocha, no dia 17 de julho de 1566, em Madri, Espanha. Muito querido do povo mexicano, seu nome, hoje, é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da história do cristianismo.

Santo Aleixo

Aleixo, filho único do senador Eufemiano, italiano, nasceu em Roma, no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã. Desde a infância, ficou famoso por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando. Porém, na noite de núpcias, sem consumar a união, e após conversar com a esposa, abandonou tudo para aproximar-se de Deus. Como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da basílica do Apóstolo Tomé, repartindo com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, por isso passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas teve de abandonar a cidade, porque desejava continuar no anonimato. Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando em Roma, foi para a casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante dezessete anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais. Morreu em 17 de julho e foi enterrado num cemitério comum para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual revelava sua identidade. Os pais, quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado, então, para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história e de "homem de Deus" espalhou-se entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto. Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a são Bonifácio, neste local as relíquias de santo Aleixo foram encontradas. Por tal motivo o papa Honório III decidiu que ela seria dedicada a santo Aleixo. Outro grande devoto deste santo foi o bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos. No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono. Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.

Oração do dia 17/07/2012

Pai, que eu seja movido à conversão e à penitência pelo testemunho de Jesus, o qual me atrai para ti!

Deus nos fala dia 17/07/2012

O mais importante em nossa vida é viver como verdadeiros filhos e filhas de Deus, e como membros participantes da Igreja de Cristo. Hoje podemos beneficiar-nos da imensa graça divina que é pertencer ao novo povo de Deus, inaugurado entre nós pelo Cristo Senhor!

Leitura do dia 17/07/2012

Isaías 7,1-9

Leitura do Livro do Profeta Isaías: No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, aconteceu que Rason, rei da Síria, e Facéia, filho de Romelias, rei de Israel, puseram-se em marcha para atacar Jerusalém, mas não conseguiram conquistá-la. Foi dada a notícia à casa de Davi: “Os homens da Síria estão acampados em Efraim”. Tremeu o coração do rei e de todo o povo, como as árvores da floresta diante do vento. Então disse o Senhor a Isaías: “Vai ao encontro de Acaz com teu filho Sear-Iasub (isto é, ‘um resto voltará’) até a ponta do canal, na piscina superior, na direção da estrada do Campo dos pisadores; e dirás ao rei: Procura estar calmo; não temas nem estremeça o teu coração por causa desses dois pedaços de tição fumegantes, diante da ira furiosa de Rason e da Síria, e do filho de Romelias, por terem a Síria, Efraim e o filho de Romelias conjurado contra ti, dizendo: ‘Vamos atacar Judá, enchê-lo de medo e conquistá-lo para nós, e nomear novo rei, o filho de Tabeel’. Isto diz o Senhor Deus: ‘Este plano fracassará, nada disso se realizará! Que seja Damasco a capital da Síria e Rason o chefe de Damasco; dentro de sessenta e cinco anos deixará Efraim de ser povo; que seja a Samaria capital de Efraim e o filho de Romelias chefe de Efraim. De resto, se não confiardes, não podereis manter-vos firmes’. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 17/07/2012

Inácio de Azevedo e Comps (Cor Vermelha)

Mateus 11,20-24

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido. “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!” Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Santo do dia 16/07/2012


Nossa Senhora do Carmo

A festa de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.

Manifestação de Maria a São Simão Stock

Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram. Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada. O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos. Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos. No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV. A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock. Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário.

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade. Amém!

(Segundo a tradição narra, o profeta Elias, vendo uma nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como uma pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre).

Bartolomeu Fernandes dos Mártires

Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e nobres. O filho foi batizado com o nome do santo apóstolo na igreja de Nossa Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos Mártires" para homenagear Maria. Foi educado na Corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos Dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538, foi professor nos vários conventos da capital da Corte, função que exerceu durante vinte anos. Foi apresentado pela rainha Catarina para suceder o arcebispo de Braga e o papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual o teria indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor. Iniciou a sua atividade na vastíssima arquidiocese empreendendo uma atividade apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso publicando o "Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais", que continua sendo editado. Atento e solicito à cultura e santificação do clero, instituiu aulas de teologia moral em vários locais da diocese e escreveu cerca de trinta obras doutrinais, cujas publicações atingiram o terceiro milênio. Uma que mereceu particular importância foi o "Stimulus pastorum", distribuída aos padres dos Concílios Vaticano I e II, e que foi editada mais de vinte vezes. Esse empenho reformador o bispo Bartolomeu dos Mártires imprimiu, também, em espaços estruturais e durante toda a sua vida. Em 1560, confiou aos padres jesuítas o ensino público a cargo da arquidiocese de Braga, o que originou o excelente Colégio de São Paulo. No ano seguinte, construiu o Convento da Santa Cruz na cidade de Viana do Castelo. Participou no Concílio de Trento, de 1561 a 1563, onde apresentou mais de duzentas e sessenta petições como síntese das interpelações de reforma para a Igreja. Solidificou ainda mais a marca do grande reformador que era, quando, no ano seguinte, efetuou, em Braga, um sínodo diocesano, e, depois de dois anos, um outro, provincial. Foi ele também que, entre 1571 e1572, idealizou e iniciou a construção do Seminário Conciliar no Campo da Vinha. Nesse ano, decidiu renunciar ao arcebispado de Braga. Foi para o Convento da Santa Cruz, onde se manteve recolhido, dedicando-se aos estudos eclesiásticos e à pregação até morrer, em 16 de julho de 1590. Reconhecido e aclamado pelo povo por sua santidade como pai dos pobres e dos enfermos, seu túmulo encontra-se na antiga igreja dominicana em Viana do Castelo, Portugal. O papa João Paulo II proclamou-o, em 2001, bem-aventurado Bartolomeu Fernandes dos Mártires, no dia litúrgico de são Carlos Borromeu, com quem o bem-aventurado trabalhou, arduamente, na concretização dos objetivos do Concilio de Trento.

Oração do dia 16/07/2012

Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu!

Deus nos fala dia 16/07/2012

Porque Deus jamais se esquece de seu povo, estabelece sua morada no meio dele e espera encontrar acolhida. E acolher o Cristo e sua Palavra é tornar-se, de fato, família de Deus!

Leitura do dia 16/07/2012

Zacarias 2,14-17

Leitura do Profeta Zacarias: “Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 16/07/2012

Nossa Senhora do Carmo (Cor Branca)

Mateus 12,46-50

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!

domingo, 15 de julho de 2012

15º Domingo Comum (Cor Verde) Enviados por Deus, missionários do Evangelho!

Santo do dia 15/07/2012:São Boaventura, Inácio de Azevedo e companheiros e São Vladimir de Kiev


São Boaventura

Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco. Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro. Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias. Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico. Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora. Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273. Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem. Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.

Inácio de Azevedo e companheiros

Inácio de Azevedo nasceu em Portugal, na cidade do Porto, em 1527. Seus pais, Manuel e Violante, eram descendentes de famílias lusitanas, ricas e poderosas. Desde pequeno foi educado sob preceitos cristãos e recebeu também vasta cultura acadêmica. Aos dezoito anos, tornou-se administrador dos bens da família, pois tinha inteligência acima da média. Mas sua vocação era a religião. Após um retiro na cidade de Coimbra, entrou para a Companhia de Jesus em 1548. Cinco anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal. Seus estudos eram tão avançados e seus conhecimentos tão extensos que, mesmo sem terminar o curso de teologia, foi nomeado reitor do Colégio Santo Antonio, em Lisboa. Em 1565, foi escolhido pelos jesuítas para representá-los, em Roma, na eleição do novo geral, que era ninguém menos que o próprio Francisco Borja, hoje santo. Admirado com a capacidade de Inácio, deu-lhe a incumbência de vistoriar as missões jesuítas nas Índias e no Brasil. Tal viagem de inspeção durou três anos. No Brasil, a evangelização começara havia apenas dezesseis anos, mas o trabalho dos jesuítas dava frutos em profusão. A Companhia de Jesus já estava presente em sete tribos no interior e, no litoral, possuía escolas e seminários. Ao voltar, Inácio relatou ao geral que o trabalho ia muito bem, mas poderia render ainda mais se houvesse um número maior de missionários. Recebendo autorização do superior, recrutou jesuítas na Espanha e Portugal. Após cinco meses de preparativos, ele e mais trinta e nove companheiros partiram para o Brasil, em 5 de junho de 1570, num navio mercante. Na mesma data, partiu também uma embarcação de guerra comandada por dom Luis Vasconcelos, governador do Brasil, onde seguiam mais trinta jesuítas. Oito dias depois, os dois navios pararam na ilha da Madeira, para esperar ventos mais fortes e melhor direcionados. O navio de guerra ali permaneceu, mas o capitão do mercante, que era Inácio, resolveu zarpar em direção às ilhas Canárias. Apesar dos boatos da existência de piratas calvinistas no caminho, que estariam no encalço dos jesuítas, ele não quis ouvir os conselhos de não seguir viagem. Inácio e seus parceiros preferiram permanecer a bordo e não desistir, pois não temiam a morte. Ela, de fato, os encontrou em alto mar. O navio foi atacado pelo corsário calvinista francês Jacques Sourie, que partira de La Rochelle, justamente no encalço dos missionários. O navio foi dominado, os tripulantes e demais passageiros poupados, mas todos os jesuítas foram degolados imediatamente. Era o dia 15 de julho de 1570. O culto a Inácio de Azevedo e companheiros foi aprovado pelo papa Pio IX em 1854. A festa ocorre no dia do trânsito dos quarenta de jesuítas martirizados pelas mãos de piratas calvinistas. São venerados como os "Mártires do Brasil".

São Vladimir de Kiev

No final do século IX, o povo russo começava a viver sob a influência do Cristianismo, depois da conversão da futura santa Olga de Kiev. Neto de Santa Olga, Vladimir era o filho mais novo de Sviatoslav de Kiev, com sua empregada Malusha. Malusha, era uma profetisa que viveu até os 100 anos de idade e fora trazida de sua caverna ao palácio para prever o futuro. O irmão de Malusha, Dobrynya, era tutor de Vladimir e seu conselheiro mais fiel. Uma tradição hagiográfica, liga sua infância ao nome de sua avó, Olga Prekrasa, que era cristã e governava a capital durante as freqüentes campanhas militares de Esviatoslav, seu filho. Com a morte do pai, o príncipe Vladimir, hábil e audacioso, começou a governar as terras que herdara. Guerreou contra o irmão que estava em Kiev e o venceu. Subiu ao trono de Kiev em 980. No início, idólatra e animado por um zeloso ardor pelos deuses vikings, chegou a dedicar um templo ao deus do trovão e do relâmpago, Perun, onde sacrifícios humanos eram realizados. O príncipe levava uma vida devassa. Ao retornar de uma campanha vitoriosa contra os Jatvagues (983), ele decidiu dar graças aos deuses, por meio de um sacrifício. As vítimas escolhidas foram um mercador varegue, chamado Teodoro, e seu filho João, cristãos, parentes de sua avó Olga. As circunstâncias dessas mortes e a firmeza no testemunho da fé de ambos impressionaram Vladimir. A maneira como eles se entregaram à morte, surpreendeu o príncipe Vladimir, tocando-lhe, fortemente, a consciência. Após haver consultado seus conselheiros, ele enviou embaixadores a diversos países, para obter informações de como os povos viviam a religião. Quando os emissários, enviados à capital bizantina assistiram às diversas cerimônias que eram realizadas na Igreja de Santa Sofia, ficaram impressionados: "Nós não conseguíamos entender se estávamos no Céu ou na Terra. Pois, não existe, aqui na Terra, um espetáculo como aquele, nem tamanha beleza. Nós não somos capazes de definir tal magnificência. Sabemos, apenas, que é lá que Deus vive com os homens e que sua cultura ultrapassa a de todos os outros países. Jamais esqueceremos o que vimos em beleza e compreendemos que, doravante, será impossível, para nós, viver na Rússia de forma diferente!" Convencido de que a glória manifestada através das celebrações e das liturgias era o resplendor da Verdade, o príncipe Vladimir decidiu tornar-se cristão. Aceitou a Fé Cristã e mudou completamente sua atitude. A mudança ocorreu de forma rápida, mas gradual. Primeiro, ordenou aos sábios da corte que viajassem a diversos países para verificarem qual era a religião verdadeira. Em seguida, chamou religiosos dos diversos países muçulmanos, judeus, budistas e cristãos. O próprio Vladimir questionou todos eles, ouvindo, atento, suas pregações. O que mais o impressionou foi o grego que pregou o evangelho de Cristo. Os sábios voltaram tocados pela graça, com toda a manifestação de fé em Cristo que viram em Constantinopla, no templo de Sofia. Então eles disseram a Vladimir: "Se a religião de Cristo não fosse a verdadeira, então sua avó Olga, que era sábia, não a teria aceitado". Vladimir começou a estudar o Evangelho e foi batizado em 989. Logo em seguida, recebeu o sacramento do matrimonio com a princesa Ana, filha de Basílio de Constantinopla. Desde então, chegavam cada vez mais sacerdotes missionários que percorriam seus domínios catequizando o povo e ministrando o batismo. O Cristianismo consolidou-se ainda mais quando Vladimir casou-se com a piedosa neta do imperador da Germânia, após o falecimento da princesa Ana. Modificando completamente seu caráter, e adotando a doçura e singeleza das atitudes evangélicas, Vladimir suprimiu a pena de morte e passou a levar uma vida agradável a Deus, que fez com que seu povo passasse a defini-lo como o "Sol resplandecente". Ele substituiu os templos pagãos por Igrejas e mandou erigir um esplêndido santuário dedicado à Dormição da Mãe de Deus, exatamente no local onde foram martirizados São Teodoro e o filho, João. Vladimir morreu em Berestovo, perto de Kiev, em 1015. Seu corpo foi desmembrado em várias partes que foram distribuídas entre numerosas fundações sagradas onde são veneradas como relíquias. Uma das maiores catedrais de Kievan é dedicada a ele. As igrejas romanas católicas e ortodoxas orientais comemoram no dia 15 de julho a festa de São Vladimir.

Oração do dia 15/07/2012

Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho!

Deus nos fala dia 15/07/2012

Após terem escutado e convivido com o Senhor, os discípulos foram enviados dois a dois para proclamarem a Boa-Nova, pregar a conversão e curar os enfermos, sem se apegarem a futilidades, perdendo tempo com coisas que não são essenciais!

Leitura do dia 15/07/2012

Amós 7,12-15

Leitura da Profecia de Amós: Naqueles dias, disse Amasias, sacerdote de Betel, a Amós: “Vidente, sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a profecia; mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e a corte do reino”. Respondeu Amós a Amasias, dizendo: “Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo’”. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Segunda Leitura

Efésios 1,3-10

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios: Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a bênção do seu Espírito em virtude de nossa união com Cristo, no céu. Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão da sua vontade, para o louvor da sua glória e da graça com que nos cumulou no seu Bem-amado. Pelo seu sangue, nós somos libertados. Nele, as nossas faltas são perdoadas, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou profusamente sobre nós, abrindo-nos a toda a sabedoria e prudência. Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si mesmo, para levar à plenitude o tempo estabelecido e recapitular, em Cristo, o universo inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que está sobre a terra. Palavra do Senhor!

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 15/07/2012

Marcos 6,7-13

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Naquele tempo, Jesus chamou os doze, e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles”. Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. Palavra da Salvação!

— Glória a vós, Senhor!