sábado, 20 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E FAZEI DISCÍPULOS EM TODAS AS NAÇÕES"

15ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 20/07/2013: Santa Margarida e Santo Aurélio

Santa Margarida 
Santo Aurélio 
 Santa Margarida
Margarida nasceu no ano 275 na Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais se aproximar de Deus, se "algo" não acontecesse. E algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à santidade. Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo, para participar dos sacrifícios aos deuses. Sem suspeitar que, à noite, ela participava de cultos cristãos. Como não podia sequer imaginar tal fato, alguém tratou de abrir seus olhos. Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro lhe impôs um severo castigo, mandando a jovem para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem a força fazia a filha mudar de idéia, entregou-a ao prefeito local para que fosse julgada pelo "crime de ser cristã". O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos, que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo se apegou de tal forma ao sofrimento da jovem que à sua narrativa se acrescentaram fatos lendários. O certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e diante dele se negou a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada. No dia seguinte, ela apareceu sem o menor sinal de sofrimento à frente do governante. Este, irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição, que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo Satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas, Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi então jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito enfurecido mandou que a decapitassem. Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X foi trasladado para a Itália e desde então seu culto se difundiu também em todo o Ocidente. De tal modo, que Santa Margarida foi incluída entre os "Catorze Santos Auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão nos momentos mais difícieis. Santa Margarida e solicitada para proteger as grávidas dos partos difíceis.
Santo Aurélio
Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago. Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges que se opunham aos católicos. Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar. Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas. A todos esses, desejosos de retornarem ao seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio devolveu o sacerdócio, inclusive aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa forma, Aurélio conseguiu resolver uma das mais grandes crises disciplinares que a Igreja enfrentou. Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede episcopal de Cartago, no mesmo ano em que também morria seu amigo Agostinho. Contudo, para a Igreja da chamada "província da África", apenas começava mais um novo, obscuro e sangrento período, marcado pela invasão dos bárbaros vândalos.

Oração do dia 20/07/2013

Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu. Amém!

Deus nos fala dia 20/07/2013

A noite em que fez os filhos de Israel saírem do Egito foi uma noite de vigília e que deverá ser observada por todos eles em honra do Senhor. E aquele que traz a liberdade verdadeira, Jesus, não é aceito pelos fariseus, por isso, planejam matá-lo!

Leitura do dia 20/07/2013

Êxodo 12,37-42
Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, 37os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot. Eram cerca de seiscentos mil homens a pé, sem contar as crianças. 38Além disso, uma multidão numerosa subiu com eles, assim como rebanhos consideráveis de ovelhas e bois. 39Com a massa trazida do Egito fizeram pães ázimos, já que a massa não pudera fermentar, pois foram expulsos do Egito, e não tinham podido esperar, nem preparar provisões para si. 40A permanência dos filhos de Israel no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. 41No mesmo dia em que se concluíam os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito. 42Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando os fez sair da terra do Egito: essa noite em honra do Senhor deve ser observada por todos os filhos de Israel em todas as suas gerações. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 20/07/2013

Mateus 12,14-21
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, 14os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual ponho a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E FAZEI DISCÍPULOS EM TODAS AS NAÇÕES"

15ª Semana Comum - Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (Cor Vermelha)

Santo do dia 19/07/2013: Santo Arsênio, Santo Serafim de Sarov e São Símaco

Santo Arsênio 
Santo Serafim de Sarov 
São Símaco 

















 Santo Arsênio
Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito. O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus. No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos. Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações. A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade, para não se isolarem totalmente dos demais seres humanos. Mas a paz e a tranqüilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas. Arsênio, então, abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450. A importância de Santo Arsênio na história da Igreja prende-se à importância da época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.
Santo Serafim de Sarov
Prothor Moshnim, nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos ficou muito doente. Nossa Senhora lhe apareceu em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão. Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e se isolar para rezar. Confirmou esta vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no mosteiro de Sarov. Alí fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava se isolar numa choupana de uma floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas, durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria lhe apareceu, desta vez acompanhada por alguns Santos, e o curou, após toca-lo. Aos vinte e sete anos, ele recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa: ardente. Ele tinha o dom de ver os anjos, Santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia ele viu o próprio Jesus, entrando na igreja junto com os anjos e Santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito, que durante muito tempo perdeu a voz. Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas, foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado e quase morreu. Em seguida os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida. Depois deste episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e se tornou um guia espiritual, dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecias com os seus ensinamentos. Para todos, se apresentava radiante, humilde e caridoso. Dizia que : "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior que o desânimo". Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso, que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo, nos dá a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, nos dá muito mais". A igreja do mosteiro de Sarov na cidade de Krusk abriga os seus restos mortais.
São Símaco
Neste dia celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas, embora as portas do inferno não prevalecessem. Símaco nasceu na ilha da Sardenha no século V e depois de pertencer ao clero romano foi eleito em 498 para sucessor da Cátedra de Pedro, e assim governou a Igreja por 16 anos até entrar no Céu em 514. No tempo de Símaco muitas famílias tradicionais de Roma, como o Senado buscavam de todas as formas influenciar na ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O Santo Papa combateu e venceu estes "invasores", recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina. Com a queda do Império Romano e invasão dos Vãndalos, godos, visigodos e lomgobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta e esta atitude corrigiu Símaco: " Lança um olhar, ó Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição".


Oração do dia 19/07/2013

Pai, dá-me simplicidade de coração para reconhecer que Jesus é teu Filho, enviado ao mundo para nos salvar. E que jamais eu exija sinais além dos que ele já realizou. Amém!

Deus nos fala dia 19/07/2013

Os hebreus que estavam na terra da opressão, o Egito, celebrando o memorial de sua Páscoa, antes de saírem em busca da Terra prometida. E Jesus, a Páscoa eterna, ensina-nos: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”!

Leitura do dia 19/07/2013

Êxodo 11,10–12,14
Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, 11,10Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do Faraó; mas o Senhor endureceu o coração do Faraó, e ele não deixou que os filhos de Israel saíssem da sua terra. 12,1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a Comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e deveis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a Comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 9Não comereis dele nada cru, ou cozido em água, mas assado ao fogo, inteiro, com cabeça, pernas e vísceras. 10Não deixareis nada para o dia seguinte: o que sobrar devereis queimá-lo ao fogo. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua’”. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 19/07/2013

Mateus 12,1-8
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: 1Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? 6Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E FAZEI DISCÍPULOS EM TODAS AS NAÇÕES"

15ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 18/07/2013: Santo Arnolfo de Metz

Santo Arnolfo de Metz 
Santo Arnolfo de Metz

Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua família era muito importante, cristã e fazia parte da nobreza. Ele estudou e casou-se com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção. Um destes reinos era o da Austrasia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Mas quando este rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados à mando do rei dos francos Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios. Era neste clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo o tornou seu conselheiro. Confiou-lhe também a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da História, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo. Alem disto, o rei Clotário II nomeou Arnolfo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter deste homem, que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosella, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Esta tradição cristã, ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder. Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar este posto, nesta condição. Como chefe desta diocese, Arnolfo participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, o seu filho Clodolfo, se tornou bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, chamado Ansegiso, se tornou um dos primeiro "mestres de palácio", da chamada era carolíngia. Depois de algum tempo Arnolfo abandonou, o bispado e o cargo na corte, para ingressar no mosteiro fundado pelo seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a corte e o rei. Desta maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, penitência e caridade. Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram o seu corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.

Oração do dia 18/07/2013

Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra. Amém!

Deus nos fala dia 18/07/2013

Moisés dispõe-se a ir ao Egito para libertar o povo de Israel, mas quer a garantia de que Deus estará com ele e falará por meio dele. Jesus chama para junto de si todos os que estão cansados com o peso da vida, das preocupações e das estruturas. Acolhamos a Palavra do Senhor!

Leitura do dia 18/07/2013

Êxodo 3,13-20
Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, ouvindo a voz do Senhor no meio da sarça, 13Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’ o que lhes devo responder?” 14Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu sou enviou-me a vós’”. 15E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração. 16Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, apareceu-me, dizendo: Eu vos visitei e vi tudo o que vos sucede no Egito. 17E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel. 18Eles te escutarão e tu, com os anciãos de Israel, irás ao rei do Egito e lhe direis: O Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. E, agora, temos de ir, a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus’. 19Eu sei, no entanto, que o rei do Egito não vos deixará partir, se não for obrigado por mão forte. 20Por isso, estenderei minha mão e castigarei o Egito com toda a sorte de prodígios que vou realizar no meio deles. Depois disso, o rei do Egito vos deixará partir”. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 18/07/2013

Mateus 11,28-30
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E FAZEI DISCÍPULOS EM TODAS AS NAÇÕES"

Santo Inácio de Azevedo e Companheiros (Cor Vermelha)

Santo do dia 17/07/2013: Bartolomeu de Las Casas, Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros, Santa Generosa e seus companheiros mártires, Santa Maria Madalena Postel e Santo Aleixo

Bartolomeu de Las Casas 
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros
Santa Generosa e seus companheiros mártires



Santa Maria Madalena Postel 

Santo Aleixo 































Bartolomeu de Las Casas
Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474. Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em Direito. Foi para a América como Conselheiro Legal do Governador, chegando em 15 de abril de 1502, na ilha Espanhola. Como a maioria, Bartolomeu estava motivado pelo espírito aventureiro e explorador de riquezas, logo se adaptando ao estilo de vida influente dos colonizadores. No início, aceitou o ponto de vista convencional quanto à exploração da população indígena. Ele também participou dos ataques contra as tribos, e os escravizava em suas plantações. Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e se ordenou sacerdote em 1507. A rainha Isabel, chamada "a católica", da Espanha, considerava a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os primeiros a se fixarem na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado aos índios pelos colonizadores. Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e dignidade. Lutou também para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mais próxima do Evangelho. A prioridade para Bartolomeu era a evangelização. Com este propósito viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru, Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado Bispo aos setenta anos de idade, em 1544. Mas, ficou apenas três anos em Chiapas, sempre perseguido pelos espanhóis. Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha, continuando ali a defesa dos índios, onde corrigiu e publicou seus escritos, todos se contrapondo à política colonial. Porém, suas idéias foram contestadas, na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas e proibidas para a leitura. Morreu aos noventa e dois anos de idade no Convento Dominicano de Atocha, no dia 17 de julho de 1566, em Madri, Espanha. Muito querido do povo mexicano, seu nome hoje é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da História do Cristianismo.
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros
Inácio de Azevedo nasceu em Portugal, no Porto, no ano de 1527, era filho de D.Emanuel e Dona Vielante, descendentes de famílias lusitanas ricas e nobres. Aos dezoito anos de idade, tornou-se administrador dos bens familiares. Em 1548, após um retiro em Coimbra , decidiu-se pela vida religiosa, entrando na Companhia de Jesus, revelando-se excelente religioso, tendo sido nomeado reitor do Colégio Santo Antônio em Lisboa,antes mesmo de terminar o curso de teologia, tinha apenas 26 anos de idade. Após o termino do seu curso, foi mandado a Braga, para assessorar o bispo da cidade na reforma da Diocese. No ano de 1565, São Francisco Borja, confiou a Inácio a inspeção das missões das Índias e do Brasil, durando esta visita cerca de três anos. Em seu relatório, Inácio pedia reforços e São Francisco de Borja ordenou-lhe que recrutasse em Portugal e Espanha elementos para o Brasil. Após cinco meses de intensos preparativos religiosos, dia 5 de junho de 1570, Inácio e mais 39 companheiros, partiram no navio mercante São Tiago enquanto outros trinta companheiros seguiam em barcos de guerra. Jacques Sourie, que partiu de La Rochelle para capturar os jesuítas, alcançou-os e após muita luta, foram dominados pelos calvinistas; Sourie declarou salvar a vida de todos os sobreviventes com exceção dos jesuítas; estes foram cruelmente degolados. O número de mártires chegou a quarenta, pois também foi degolado um postulante que havia sido recrutado durante a viagem. O Bem-aventurado Inácio de Azevedo e seus quarenta companheiros de martírio eram nove espanhóis e os demais portugueses e o culto desses mártires foi confirmado pelo Papa IX em 1854.
Santa Generosa e seus companheiros mártires
No século II da era cristã, Scili era uma pequena província romana do norte da África, não muito distante da capital Cartago, onde residia Saturnino, o procônsul designado pelo imperador Cômodo. Ele governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso. Para se divertir usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados. A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao Cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo São Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e se tornou a pátria de grandes Santos como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas, também foi o local, onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino que obedecia as ordens de Roma. Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam tranqüilos o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados pelo "crime" de serem cristãos. Então, foram simplesmente presos e levados pelos oficiais do procônsul à Cartago, para serem julgados. Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela "divindade" do Imperador e que se eles fizessem este juramento, o soberano os "perdoariam". E assim, foram todos interrogados, entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela. Outra vez, Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, para adorar o Imperador. Então Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não reconheciam a divindade do Imperador e que serviriam unicamente a Deus, que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam continuar fiéis à Ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos. Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou: "Ordeno sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados: Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Citino, Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio que se declaram cristãos e se recusam tributar honra e reverencia ao Imperador". Assim está descrito, o martírio de Santa Generosa e seus companheiros, no catálogo oficial dos Santos, também chamado Martirológio Romano. A veneração litúrgica de Santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito para a vida eterna.
Santa Maria Madalena Postel
No dia 28 de novembro de 1758 nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho um rico proprietário. Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido a pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social. De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, inclusive do próprio Clero da época, que desconhecia a palavra "Pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e quando não tinha o suficiente ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar. A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao trono e à Igreja, dispersando o Clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo escondeu em sua casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara. A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos escolheu o nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos Irmãos das Escolas Cristãs, já que na época era grande essa necessidade. Estas religiosas aos poucos foram se espalhando por todo território francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras. Em 1832, Madre Maria Madalena junto com suas Irmãs se estabeleceram nas ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com dificuldade e se tornou a Casa-mãe de congregação. Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo cristão. Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo Papa Pio XI em 1925, está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte, França. A sua festa acontece no dia 17 de julho e a sua obra hoje se chama Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena Postel.
Santo Aleixo

Aleixo, filho único do senador Eufemiano, era italiano, nasceu em Roma, no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã. Desde a infância era famoso por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando. Porém, na noite de núpcias sem consumar a união, e após conversar com a esposa, abandonou tudo para se aproximar de Deus. Como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da Basílica do Apóstolo Tomé, repartindo com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas, teve de abandonar a cidade, porque desejava continuar no anonimato. Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando chegou em Roma foi para a casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante dezessete anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais. Morreu em 17 de julho e foi colocado num cemitério comum para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual revelava sua identidade. Os pais quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do Bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado então para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história e de "homem de Deus" se espalhou entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto. Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no Monte Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada à Santo Bonifácio, neste local as relíquias de Santo Aleixo foram encontradas. Por este motivo, o Papa Honório III decidiu que ela seria dedicada à Santo Aleixo. Outro grande devoto deste Santo, foi o Bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos. No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo o elegeram como patrono. Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria o nomeou seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.

Oração do dia 17/07/2013

Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir. Amém!

Deus nos fala dia 17/07/2013

Deus manifesta-se a Moisés e o envia em missão para libertar o povo de Israel. O Senhor age sempre por meio dos humildes e dos simples que acolhem seus desígnios. Os sábios do mundo e orgulhosos não deixam lugar para Deus em suas vidas. Acolhamos a Palavra do Senhor!

Leitura do dia 17/07/2013

Êxodo 3,1-6.9-12
Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, 1Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3“Vou aproximar-se desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 9E agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. 10Mas vai, eu te envio ao Faraó, para que faças sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. 11E Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ao Faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egito?” 12Deus lhe disse: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha”. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 17/07/2013

Mateus 11,25-27
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: 25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

terça-feira, 16 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA"

Nossa Senhora do Carmo (Cor Branca)

Santo do dia 16/07/2013: Bartolomeu Fernandes dos Mártires e Nossa Senhora do Carmo

Bartolomeu Fernandes dos Mártires 
Nossa Senhora do Carmo 
 Bartolomeu Fernandes dos Mártires 
Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e nobres. O filho foi batizado com o nome do Santo Apóstolo na igreja de Nossa Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos Mártires" para homenagear Maria. Foi educado na corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538 foi professor nos vários conventos da capital da corte, função que exerceu durante vinte anos. É apresentado pela rainha Catarina para suceder o Arcebispo de Braga e o Papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual, o teria indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor. Iniciou a sua atividade na vastíssima Arquidiocese, empreendendo uma atividade apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso, publicou o "Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais" que continua sendo editado. Atento e solicito à cultura e santificação do clero, instituiu aulas de teologia moral em vários locais da diocese e escreveu cerca de trinta obras doutrinais, cujas publicações atingiram o terceiro milênio. Uma que mereceu particular importância foi o "Stimulus Pastorum", distribuída aos Padres dos Concílios Vaticano I e II, e que foi editada mais de vinte vezes. Esse empenho reformador o Bispo Bartolomeu dos Mártires imprimiu, também, em espaços estruturais e durante toda a sua vida. Em 1560 confiou aos Padres jesuítas o ensino públicos à cargo da Arquidiocese de Braga, que originou o excelente Colégio de São Paulo. No ano seguinte, construiu o convento da Santa Cruz, na cidade de Viana do Castelo. Participou no Concílio de Trento, de 1561 a 1563, onde apresentou mais de duzentas e sessenta petições como síntese das interpelações de Reforma para a Igreja. Solidificou ainda mais a marca do grande reformador que era, quando no ano seguinte, efetuou em Braga um Sínodo Diocesano, e, depois de dois anos, um outro, Provincial. Foi ele também que entre 1571 e1572 idealizou e iniciou a construção do Seminário Conciliar no Campo da Vinha. Nesse ano decidiu renunciar ao Arcebispado de Braga. Foi para o convento da Santa Cruz, onde se manteve recolhido, dedicando-se aos estudos eclesiásticos e a pregação, até morrer em 16 de julho de 1590. Reconhecido e aclamado pelo povo por sua santidade como pai dos pobres e dos enfermos, seu túmulo se encontra na antiga igreja dominicana em Viana do Castelo, Portugal. O Papa João Paulo II o proclamou em 2001, Beato Bartolomeu Fernandes dos Mártires, no dia litúrgico de Santo Carlos Borromeu, com quem o Beato trabalhou arduamente na concretização dos objetivos do Concilio de Trento.
Nossa Senhora do Carmo
Na história da Igreja, a ordem das Carmelitas é uma das mais antigas e tem como modelo e patriarca o Profeta Elias. O culto a Maria, honrada como a Bem-aventurada Virgem do Carmo. Na Sagrada Escritura fala-se da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. "Em lembrança da visão que mostrou ao profeta a vinda desta Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia para o Carmelo (Cf.1Rs 18,20-45), os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua antiga casa e construíram uma capela no monte Carmelo, perto da fonte de Elias, em honra desta primeira Virgem voltada a Deus". As gerações dos monges se sucederam através dos tempos e expulsos pelos sarracenos no século XIII, os monges que haviam recebido do patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, então bispo de Vercelas, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III, baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística, se voltaram ao Ocidente e aí fundaram vários mosteiros, superando várias dificuldades, podendo experimentar a proteção da Virgem. O superior geral nesta época, era São Simão Stock. Quando em suas orações pedia a Nossa Senhora proteção para a ordem dos Carmelitas dos perseguidores, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de multidão de anjos, segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidava a "pôr em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos", entendido como veste mariana, esse é de fato ótimo símbolo da proteção da Mãe Celeste, o seu valor das orações da Igreja, da confiança e amor dos que o usam. Oremos: Por intercessão de N.S.do Carmo protegei-nos de todos os perigos e dai-nos a graça de termos uma boa morte, não nos deixeis abandonados ao nosso egoísmo, indiferença, ódio e rancor. Protegei nossas famílias fazendo crescer em nossos corações o amor aos nossos irmãos. Amém.

Oração do dia 16/07/2013

Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu. Amém!

Deus nos fala dia 16/07/2013

O profeta Zacarias lembra ao povo de Israel que o Senhor não o abandonou, e outras nações também se tornarão povos de Deus. Por isso, Jesus vai complementar essa profecia, dizendo: “Todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Cheios de fé. Acolhamos a Palavra do Senhor!

Leitura do dia 16/07/2013

Zacarias 2,14-17
Leitura do Profeta Zacarias: 14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 16/07/2013

Mateus 12,46-50
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E FAZEI DISCIPULOS EM TODAS AS NAÇÕES"

São Boaventura (Cor Branca)

Santo do dia 15/07/2013: S. Boaventura

S. Boaventura 
S. Boaventura

São Boaventura nasceu em Bagnorea, atualmente Bagnoregio, no ano de 1218. Tinha preferência pela Ordem fundada por São Francisco ingressou na Ordem, os filhos de São Francisco, à semelhança dos dominicanos, já estabelecido em Paris, Osford, Cambridge, Estrasburgo e outras universidades européias. Um dia, Frei Egídio em sua simplicidade indagou ao Frei Boaventura como poderia salvar-se, se desconhecia a ciência teológica, que respondeu-lhe: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-lo, isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia." São Boaventura foi discípulo de Alexandre de Hales, em Paris, permanecendo nessa cidade inicialmente como professor de teologia e posteriormente como ministro geral dos Frades Menores,tendo sido eleito para este cargo com apenas trinta e seis anos de idade. Recusou a consagração episcopal várias vezes por humildade, mais foi eleito cardeal recebendo a sede de Albano Laziale. São Tomás de Aquino e São Boaventura foram convidados pelo Papa Gregório X a prepararem o segundo Concílio de Lião, mas São Tomás de Aquino faleceu alguns meses antes da abertura do concílio que aconteceu em 7 de maio de 1274. A caridade é o fundamento da doutrina teológica que Frei Boaventura ensinou com sua palavra e escritos. O livro "O intinerário da mente para Deus" esta entre seus livros mais conhecidos. Sempre colocava em seus escritos: Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humanidade, o estudo sem a graça." São Boaventura morreu no dia 15 de Julho do ano de 1274.

Oração do dia 15/07/2013

Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo. Amém!

Deus nos fala dia 15/07/2013

O auxílio dos pobres e dos oprimidos vem de Deus, que encontram nele seu abrigo. E aqueles que se voltam para os mais abandonados do mundo, para devolver-lhes a dignidade da vida, anunciam, testemunham o Evangelho e são contados entre os eleitos de Deus. Acolhamos a Palavra do Senhor!

Leitura do dia 15/07/2013

Êxodo 1,8-14.22
Leitura do Livro do Êxodo: Naqueles dias, 8surgiu um novo rei no Egito, que não tinha conhecido José, 9e disse a seu povo: “Olhai como o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. 10Vamos agir com prudência em relação a ele, para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos, combata contra nós e acabe por sair do país”. 11Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as cidades-entrepostos de Pitom e Ramsés. 12Mas, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava e crescia. 13Obcecados pelo medo dos filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes uma dura escravidão. 14E tornaram-lhes a vida amarga pelo pesado trabalho da preparação do barro e dos tijolos, com toda espécie de trabalhos dos campos e outros serviços que os levavam a fazer à força. 22O Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: “Lançai ao rio Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos, mas poupai a vida das meninas”. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 15/07/2013

Mateus 10,34–11,1
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 10,34“Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

domingo, 14 de julho de 2013

SEMANA DA JUVENTUDE "IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA"

15º Domingo do Tempo (Cor Verde)

Santo do dia 14/07/2013: S. Camilo de Léllis, Santa Catarina Tekakwitha, Santo Francisco Solano e Santo Vladimir de Kiev

S. Camilo de Léllis 
Santa Catarina Tekakwitha
Santo Francisco Solano




Santo Vladimir de Kiev 
S. Camilo de Léllis
São Camilo de Léllis, nasceu em Bucchiánico de Chieti, seu pai era marquês, homem de armas e herdou do pai a coragem e a espada. Sempre ficava internado no hospital de São Thiago em Roma, buscando tratamento para um tumor, pagava a diária do hospital trabalhando de servente, pois o vício do jogo fê-lo perder todo o dinheiro que tinha. Colocou-se então a serviço dos capuchinhos e nesse período teve a graça da conversão e decidiu mudar de vida. Ficou então como ajudante no hospital, servindo principalmente aos doentes mais repugnantes, ausentando-se apenas nos domingos de folga, que passava ao lado de São Felipe Néri, pelo qual foi influenciado na determinação da obra que estava para empreender. No final do ano Santo de 1575, quando os poucos hospitais romanos mostravam-se insuficientes para atender todos os peregrinos necessitados de assistência que São Camilo de Léllis fundou a Congregação dos Ministros, ou seja, servidores dos enfermos que deveriam cuidar espiritualmente e corporalmente dos doentes. Passado dois anos, São Camilo foi ordenado sacerdote e continuou dirigindo por vinte anos seus religiosos. Sua dedicação aos doentes era tanta, que sempre repetia quando alguém queria tirá-lo do leito dos enfermos: "estou ocupado com nosso Senhor Jesus Cristo." Seu exemplo é uma inspiração para nós no cuidado dos doentes e sofredores, num mundo cada vez mais tecnicizado e sem alma. Ficou célebre seu grito, junto aos profissionais da saúde de então, e que não perdeu sua atualidade após quase 4 séculos: " mais coração nas mãos, irmão". Ou seja, a competência profissional (mãos) tem que estar junto com a competência humana (coração). O amor busca a técnica e a ciência para melhor servir. Isto é humanizar! Para São Camilo o cuidado tem como medida a sensibilidade feminina quando diz: "Desejamos, com a graça de Deus, servir a todos os enfermos com aquele amor que uma mãe amorosa cuida de único filho enfermo". O coração é o símbolo da sensibilidade e do amor humano. O coração de São Camilo que foi extraído do seu corpo na noite de sua passagem desta vida para a vida eterna (14 de julho de 1614) está preservado como relíquia, na Casa Geral dos Camilianos em Roma, no quarto em que São Camilo morreu e que posteriormente foi transformado num pequeno oratório. Foi canonizado em 1746, em 1886 foi declarado patrono dos enfermos e dos hospitais.
Santa Catarina Tekakwitha
Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fôra raptada e levada para outra tribo, onde teve de se unir à este chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isto, seu pai, escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo. Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Nesta ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, a acolheu e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Nesta residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada. Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia a moral cristã e rezava regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675 soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o Sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido a sua fé era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por este motivo, seu tio cada vez mais a ameaçava, com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu. Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a Primeira Comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade. Sempre discreta, se recolhia por longos períodos na floresta, onde, junto à uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, se descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde. Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado, se tornou bonito e sem marcas, presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes se espalhou rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina que amou, viveu e conservou o seu cristianismo, só com a ajuda da Graça, por muitos anos, se tornou conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças. A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo. O papa João Paulo II a nomeou padroeira da 17ª Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá em 2002, quando a beatificou. Ao lado de São Francisco de Assis, a Beata Caterina Takakwitha foi honrada pela Igreja com o título de "padroeira da ecologia e do meio ambiente". Sua festa ocorre no dia 14 de julho.
Santo Francisco Solano
Francisco era descendente de nobres, nasceu no dia 10 de março de 1549, em Montilla, na Andaluzia. Os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez, cristãos fervorosos, muito cedo o enviou para o colégio dos jesuítas, que formariam seu caráter. Aos vinte anos, por inspiração e dons ordenou-se franciscano. A sua conduta exemplar logo o levou à cargos importantes dentro da Ordem, os quais logo abandonava. O que mais ansiava era ser um missionário. Mesmo não tendo uma retórica eloqüente, arrebatava seus ouvintes pela convicção na fé que professava. Contudo teve de adiar por uns tempos a execução de seus planos de viajar, porque precisou socorrer sua própria pátria. Uma devastadora peste atacou a Espanha e ele logo pediu para ser aceito como enfermeiro. Tratando dos doentes, principalmente dos mais pobres, acabou contraindo a doença. Mas isso não o abateu. Assim que se recuperou voltou à cuidar deles. Enfim, Francisco foi escalado para uma missão evangelizadora no novo continente latino-americano, embarcando em 1589. No caminho, já começaram a despontar os dons que marcariam toda sua existência. Os relatos informam que uma violenta tempestade atingiu o seu navio, que encalhou num banco de areia. A situação era muito crítica e poderia ser fatal para todos. Porém, com sua presença e palavra de fé acalmou as pessoas. Em vez de pânico, o que se viu foi brotar a confiança em Deus. Com isto, acabou batizando muitos passageiros e também os escravos negros que viajavam com eles. Logo depois, o que Francisco dissera aconteceu. Um outro navio os avistou e a salvo chegaram ao destino: Lima, no Peru. Foram quinze anos de apostolado incansável, marcados pela caridade cristã e pela pregação da Palavra de Cristo. Francisco protagonizou vários acontecimentos que marcariam não só sua história, como a da própria Igreja. Tinha uma capacidade milagrosa para aprender as novas línguas e a cada tribo catequizava em seu próprio dialeto, conquistando os índios de maneira simples e tranqüila. Além disso, curou muitos doentes, apenas com o toque de seu cordão de franciscano. Livrou totalmente uma vasta região da praga dos gafanhotos. E fez brotar água num lugar seco e deserto, onde muitos doentes se curaram apenas por bebê-la, hoje conhecida como: "fonte de São Francisco Solano". Enfim, percorreu os três mil quilômetros entre Lima e Tucumán, às margens do rio da Prata na Argentina, deixando um rastro de pagãos convertidos e feitos fantásticos. Mesmo viajando sem cessar, de missão em missão, como catequista, jamais abandonou a caridade e o cuidado com os doentes, características típicas de um frade. Passou os últimos cinco anos de sua vida em Lima, reformando os conventos de sua Ordem e restaurando a disciplina franciscana que fora perdida. Aos sessenta e quatro anos, pela graça de seus dons, conheceu com antecedência a hora de sua morte. Preparou-se, assim, para sua chegada em 14 de julho de 1631. Ele foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII. São Francisco Solano, também chamado de Apóstolo do Peru e Argentina, venerado como padroeiro dos missionários da América Latina, é festejado no dia de sua morte.
Santo Vladimir de Kiev
No final do século IX o povo russo começava a viver sob a influência do Cristianismo, depois da conversão da princesa e futura Santa Olga de Kiev. Em 945 o príncipe Igor, marido de Olga, foi assassinado e ela assumiu o trono como regente de Kiev, para o filho Esviatoslav de três anos. Ela havia se tornado cristã, educando os filhos dentro da religião, mas não conseguiu que eles se convertessem. Assim quando o filho Esviatoslav assumiu o trono, o povo continuou vivendo no paganismo. Teve muitas esposas e concubinas, e muitos filhos legítimos e ilegítimos, todos pagãos. A religião cristã, em respeito a sua mãe, era apenas tolerada. Seu filho Vladimir era o neto de Olga. Ele nasceu no ano de 963, recebendo a educação pagã adequada para conduzir uma nação. Com a morte do pai em 972, o príncipe Vladimir hábil e audacioso começou a governar as terras que herdara, em 980. Guerreou contra o irmão que estava Kiev e o venceu, assumindo sozinho o trono do grão ducado russo. Conquistou a Galícia, apaziguou uns e lutou contra outros povos estendendo os limites do seu domínio desde o mar Báltico até o Rio Bug. Tinha cinco esposas e muitas concubinas. Nas montanhas de Kiev ele ergueu templos pagãos nos quais oferecia os sacrifícios humanos aos ídolos, geralmente os líderes dos povos que derrotava. Nessa época no solo russo morreram alguns mártires por Cristo. Dentre eles estavam dois chefes variagis: Teodoro e João, parentes de sua avó Olga. As circunstâncias dessas mortes e a firmeza no testemunho da fé de ambos tocaram e impressionaram Vladimir, que começou a se interessar pelo cristianismo. A mudança ocorreu de forma rápida, mas gradual. Primeiro ordenou aos sábios da corte que viajassem à diversos países para verificarem qual era a religião verdadeira. Em seguida chamou religiosos dos diversos países muçulmanos, judeus, budistas e cristãos. O próprio Vladimir questionou todos eles, ouvindo atento suas pregações. O que mais o impressionou foi o grego que pregou o Evangelho de Cristo. Os sábios voltaram tocados pela graça, com toda a manifestação de fé em Cristo que viram em Constantinopla, no templo de Sofia. Então eles disseram a Vladimir: "Se a religião de Cristo não fosse a verdadeira, então sua avó Olga, que era sábia não a teria aceitado". Vladimir começou a estudar o Evangelho e foi batizado em 989. Logo em seguida recebeu o sacramento do matrimonio com a princesa Ana, filha de Basílio de Constantinopla. Desde então chegavam cada vez mais sacerdotes missionários que percorriam seus domínios catequizando o povo e ministrando o batismo. O cristianismo se consolidou ainda mais, quando se casou com a piedosa neta do imperador da Germânia, após o falecimento da princesa Ana. O príncipe Vladimir de Kiev passou para a História da Igreja como o grande cristianizador da Rússia. Depois de batizado destruiu todos os ídolos e templos pagãos, construindo nos lugares: igrejas e mosteiros, todos abastecidos com os objetos da liturgia. Tornou-se um pai caridoso e piedoso, sendo chamado "o santo", pelos súditos ricos e pobres. Verdadeiro cristão respeitou e amou seu povo, sendo fiel a Jesus e a Igreja até a morte, em 15 de julho de 1015. Essa data a Igreja manteve para celebrar Santo Vladimir de Kiev, elevado aos altares pelo povo, cujo culto foi confirmado depois por Roma.