sábado, 23 de março de 2013
Santo do dia 23/03/2013: São Turíbio de Mongrovejo e Santa Rafka (Rebeca)
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São Turíbio de Mongrovejo
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Santa Rafka (Rebeca)
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Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de
Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou
em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi
membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas,
jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando
então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII,
atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por
Turíbio. O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de
uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado
Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos
quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é,
ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim
que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo
Ambrósio. Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria
espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a
defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era
venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos
opressores. Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e
depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a
evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os
três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola
até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado
ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia,
Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a
aprenderem uma nova língua, a dos índios. Quando enviou um relatório ao rei
Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e
administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o
privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da
Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres. Turíbio fundou o
primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas,
inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que
revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na
pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que
declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru",
para ser celebrado no dia do seu trânsito.
Santa Rafka (Rebeca)
No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano,
nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se
tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe,
falecida quando ela tinha sete anos. Rebeca era filha única e seu pai
empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma
família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai
havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu
possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a
ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe
dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa
contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria
em Bifkaya. A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca,
três anos depois, completava o noviçado pronunciando os votos e se formando
professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para
catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária
dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra. Em 1871,
a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e
seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no
convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos
votos em 1872, tomando o nome de Rafka. Assim, iniciou uma outra fase de sua
vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos
olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a
última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela
lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus
Cristo e no sofrimento da Virgem Maria. Foram vinte e seis anos de sofrimento
na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida
para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou
completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar
as mãos, fazendo meias e malhas de lã. Rafka ainda vivia e a população falava
dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se
difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres
foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando
o papa João Paulo II a proclamou santa. O seu corpo repousa na igreja do
mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo
reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.
Oração do dia 23/03/2013
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o
caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do
apego aos esquemas já superados. Amém!
Deus nos fala dia 23/03/2013
Deus estabelecerá sua Aliança no meio do seu povo
para sempre. Ela será realizada por meio de seu Filho Jesus, rejeitado porque
anunciou e promulgou a vida e a liberdade, o que não foi do agrado dos
poderosos. Mas a vida venceu a morte e a maldade e estabeleceu a Aliança eterna
do Pai com seu povo!
Leitura do dia 23/03/2013
Ezequiel 37,21-28
Leitura da Profecia de Ezequiel: 21Assim
diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para
onde foram, vou recolhê-los de toda a parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei
deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará
sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em
dois reinos. 23Não
se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames
abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua
infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 24Meu
servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor.
Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão
no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para
sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu
príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será
uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles
colocarei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu
serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão
que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles
para sempre”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 23/03/2013
João
11,45-56
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: Naquele tempo, 45muitos
dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram
nele. 46Alguns, porém, foram ter
com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então
os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos?
Este homem realiza muitos sinais. 48Se
deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e
destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um
deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não
entendeis nada. 50Não
percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo.
Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer
pela nação. 52E não só pela nação,
mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A
partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em
público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a
cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima.
Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da
Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao
reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não
vem para a festa?” Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 22 de março de 2013
Santo do dia 22/03/2013: Santa Léia
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Santa Léia
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Santa Léia
Pouco se conhece sobre a vida de Léia, uma rica romana que
quando ficou viúva, ainda jovem, recusou um novo casamento, como era o costume
da época, para se juntar à Marcela, abadessa de uma comunidade, criada em sua
própria residência em Aventino, Roma. O local, depois se tornou um dos
mosteiros fundados e dirigidos por Jerônimo, que se tornou santo, doutor da
Igreja e bispo de Hipona, na África do Norte, e que viveu também nesse período,
na cidade eterna. Léia recusara ninguém menos que Vécio Agorio Pretestato,
cônsul romano designado prefeito da Urbe, que lhe proporcionaria uma vida ainda
mais luxuosa, pelo prestigio e privilégios que envolviam aquele cargo. Teria
uma vila inteira como moradia e incontáveis criados para atendê-la. Entretanto,
Léia preferiu viver numa cela pequena, fria e escura, com simplicidade e
dedicada à oração, à caridade e à penitência. A jovem abandonou os finos
vestidos para usar uma roupa tosca de saco rude e fazia questão de realizar as
tarefas mais humildes, assumindo uma atitude de escrava para as outras
religiosas. Passava noites inteiras em oração e quando fazia obras beneméritas,
o fazia escondido, para não chamar a atenção de ninguém e não receber nenhuma
recompensa ou reconhecimento pelos seus atos. Por isso, Léia foi eleita Madre
superiora, trabalho que exerceu durante o resto de seus dias com alegria,
tranqüilidade e a mesma humildade. Esses poucos dados sobre Léia estão contidos
numa carta escrita pelo bispo Jerônimo, quando soube da sua morte, em 384.
Curiosamente, ela morreu em Roma, no mesmo ano em que faleceu Vécio, o consul,
rejeitado por ela . Na ocasião dessas mortes, Jerônimo já havia se retirado de
Roma para viver solitariamente perto de Belém, depois de ter sido caluniado.
Retirou-se para um mosteiro e continuou dirigindo o que havia fundado, na
residência romana. Na carta, que ele enviou à essas religiosas, fez um paralelo
entre as duas mortes, mostrando que antes o riquíssimo cônsul usava as mais
finas vestes púrpuras e agora estava envolto em escuridão, enquanto, Léia,
antes vestida de rude roupa de saco, agora vivia na luz e na glória, por ter
percorrido o caminho da santidade. Logo foi venerada pelo povo que trazia Santa
Léia, no coração e na memória. Até porque era difícil compreender, mesmo depois
de passado tanto tempo, a troca que fizera do posto de primeira dama romana
pela de abnegação de monja. Contudo, foi assim que Santa Léia escolheu viver,
na entrega total ao Senhor ela encontrou a maneira de alcançar seu lugar ao
lado de Deus na eternidade.
Oração do dia 22/03/2013
Pai, reforça minha fé em Jesus, em cujas palavras e
ensinamentos tu te fazes presente na nossa história humana. Amém!
Deus nos fala dia 22/03/2013
O profeta sabe que Deus está com ele, o conhece e
está sempre ao lado dos marginalizados. Tanto o profeta como o próprio Filho de
Deus são rejeitados por causa da Palavra que anunciaram. Ontem e hoje, a
verdade da Palavra incomoda e provoca reações!
Leitura do dia 22/03/2013
Jeremias 20,10-13
Leitura do Livro do Profeta Jeremias: 10Eu ouvi
as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o,
denunciemo-lo”. Todos os amigos observam minhas falhas: “Talvez ele cometa um
engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o
Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem
cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna
infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o
homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança
sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai
ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus. Palavra
do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 22/03/2013
João
10,31-42
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: Naquele tempo, 31os
judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E
ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual
delas me quereis apedrejar?” 33Os
judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas
por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está
escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? 35Ora,
ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se
dirigiu a Palavra de Deus, 36por que
então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem
o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não
faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas,
se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas
obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus,
mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus
passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha
batizado. E permaneceu ali. 41Muitos
foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que
ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E
muitos, ali, acreditaram nele. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 21 de março de 2013
Santo do dia 21/03/2013: São Nicolau de Flue, São Serapião de Thmuis e Santa Benedita Cambiagio Frassinello
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São Nicolau de Flue
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São Serapião de Thmuis |
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S.Benedita Cambiagio Frassinello
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Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça.
Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época
não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do
campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida
era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez
filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber,
morreu com o conceito de santidade. Ainda neste período Klaus não pôde se
dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época
narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência
e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como,
juiz, conselheiro e deputado. Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu
a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi
viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num
local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama
uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse
período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais
de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada
Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo,
não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.
Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de
eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra
contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não
houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu
lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu
trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra
repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que
logo o chamou de "Pai da Pátria". Porém, à qualquer chance que tinha
voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro
espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de
cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um
consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que
dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência
do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por
todos os suíços. Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do
seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen.
Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São
Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da
pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suíça.
São Serapião de Thmuis
Serapião nasceu no Egito, no norte da África e era um
sacerdote profundo conhecedor das questões eclesiásticas. Tornou-se um dos
maiores combatentes dos hereges no século IV que, aliás, foi o mais fértil
deles. Fértil de hereges, mas também de combatentes. Serapião, era amigo e
companheiro do bispo Atanásio, que lhe enviou cinco cartas, as quais fazem
parte dos arquivos da Igreja, incentivando-o a continuar na luta contra a
doutrina dos arianos. Essa doutrina negava a divindade de Jesus. Embora não
haja muitos dados confiáveis sobre sua vida, podemos seguir alguns dos seus
passos na História do Cristianismo. Cursou a escola de Alexandria e tornou-se
monge sob os ensinamentos de Santo Antão, abade que, ao morrer, lhe deixou como
herança uma de suas túnicas de pelo. Referência encontrada numa das narrações
de Atanásio, doutor da Igreja, discípulo e biógrafo de Santo Antão. Durante
muito tempo dirigiu a Escola Catequética de Alexandria e, desejoso de dedicar
mais tempo à oração e à penitência, retirou-se desse trabalho. Porém, não
demorou muito tempo para que Serapião voltasse à direção da Igreja, sendo
consagrado bispo de Thmuis, uma cidade do Egito, permanecendo na função entre
os anos 340 e 356. Serapião escreveu vários livros, sendo um que combatia o
maniqueísmo, outra heresia que surgira naquela época, e da qual foi senão o
maior, ao menos o mais ferrenho inimigo. Essa doutrina pregava que havia uma
separação entre corpo e alma, sendo a alma pertencente a Deus e o corpo ao
demônio. Também, redigiu várias epístolas sobre a doutrina cristã, e discursava
muito, com isso evangelizou inúmeras pessoas ilustres e importantes de sua
época. São Jerônimo, que dedicou à Serapião um capítulo de seu livro
"Homens Ilustres", nos conta que ele também fazia parte da comissão
de cinco bispos que foi ao imperador Constâncio II interceder pelo bispo
Atanásio, que fora exilado. Mas, como esse imperador era ariano a missão
fracassou e Serapião foi deposto do seu bispado. Esse bispado que Serapião
lamentou assumir, pois para isso teve que deixar sua vida de solidão e recolhimento.
Em um de seus escritos encontrados, "Carta aos Monges", ele deixa
muito claro como considerava ótima a escolha que os monges faziam ao renunciar
às alegrias efêmeras e aos prazeres do mundo. Esse bispo desempenhou suas
funções como poucos, morrendo em 362. O Martirológio Romano indica o dia 21 de
março para a veneração litúrgica de São Serapião de Thmius.
Santa Benedita Cambiagio Frassinello
Benedita Cambiagio nasceu no dia 02 de outubro de 1791, em
Langasco, Gênova. Última dos sete filhos de José e Francisca, eles a batizaram
dois dias depois de seu nascimento. Ainda pequena, se mudou para Pavia, com sua
família, onde o trabalho era mais promissor. Lá recebeu uma educação cristã
rigorosa e teve uma profunda experiência espiritual, que a fez pensar em seguir
a vida religiosa. Porém, a família a conduziu para o casamento, que ocorreu em
1816, quando ela tinha vinte e cinco anos, com João Batista Frassinello um
operário e fervoroso cristão, procedente de Ronco Scrivia. Porém, dois anos
depois, sem filhos, Benedita e João Batista, que nutriam entre si um amor de
irmãos, passaram a viver como tal na mesma casa. Benedita pôde assim realizar
seu desejo juvenil, de se consagrar somente à Deus. Na época, sua irmã Maria,
muito doente se hospedara em sua casa e o casal passou a cuidar dela com amor e
dedicação, até sua morte, em 1825. Ocasião em que, João Batista entrou como
irmão leigo na comunidade religiosa dos padres Somascos, e Benedita, na
comunidade das Irmãs Ursulinas de Capriolo. Mas, no ano seguinte ela voltou
para Pavia, muito doente. Lá teve uma visão onde lhe apareceu São Jerônimo
Emiliani, ficando curada por completo. Depois disso, Benedita começou a
trabalhar na educação de jovens e crianças, com a aprovação do bispo Luís Tosi.
Precisando de ajuda, Benedita recorreu ao pai. Diante da recusa, foi ao bispo,
e este pediu então a João Batista que a ajudasse. Ele atendeu logo, voltou para
a esposa-irmã, renovando o voto de castidade perfeita, pelas mãos do bispo.
Benedita se dedicava de corpo e alma, à educação humana e cristã de jovens e
crianças pobres e abandonadas, enquanto João Batista se encarregou de conseguir
ajuda material. Na época, a instituição escolar era muito precária e Benedita
fez um alertar às autoridades locais O governo entendeu o recado e concedeu à
ela o título de "promotora pública da educação". Benedita passou a
receber apoio de jovens e voluntárias formando uma instituição escolar de
excelente nível, cujo estatuto foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas.
Ela uniu ao ensino escolar, a formação catequética e o trabalho, tornando
jovens e crianças modelos de vida cristã, assegurando-lhes a verdadeira
formação. A dedicação constante de Benedita nasceu e cresceu do seu fervor ao
Cristo na Eucaristia e da contemplação à Jesus na Santa Cruz.. Tinha em Deus,
seu sustento e sua defesa. Não lhe faltaram, na vida, experiências espirituais,
que se repetiam, especialmente, durante as Missas. Porém, isso não interferia
nos compromissos cotidianos da fundadora. Mas, a Obra e o programa educativo de
Benedita, passaram por duras críticas por parte da oposição e de algumas
pessoas do clero. Em 1838, Benedita cedeu a sua Instituição ao bispo Luís Tosi
e, com cinco irmãs, deixaram Pavia indo para Ligúria. Na cidade de Ronco
Scrivia, Benedita abriu uma escola para jovens e fundou a Congregação das Irmãs
Beneditinas da Providência, escrevendo ela mesma as Regras e Constituições. A
Instituição se desenvolveu rapidamente, tanto que em 1847, uma nova casa foi
inaugurada em Voghera. E dez anos depois outra em Valpolcevera. No dia 21 de
março de 1858, Benedita faleceu em Ronco Scrivia, no dia e hora por ela
previstos. Quarenta anos depois de sua morte, o Instituto, fundado por
Benedita, se tornou independente. Assim, as religiosas puderam assumir o nome de
"Irmãs Beneditinas da Divina Providência", em memória à fundadora,
Benedita Cambiagio Frassinello. Em toda sua vida, ela se deixou conduzir pelo
Espírito Santo, através de várias experiências pessoais. Embora sua luta fosse
grande, nunca esmoreceu diante das dificuldades, seguindo sempre seu desejo de
servir à Humanidade e a Deus. Foi beatificada em 1987 e canonizada em 2000,
pelo Papa João Paulo II, que marcou a festa de Santa Benedita Cambiagio
Frassinello para o dia de sua morte.
Oração do dia 21/03/2013
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar
de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem
deturpá-los. Amém!
Deus nos fala dia 21/03/2013
Como Abraão, Jesus é obediente ao Pai e cumpre até
o fim sua vontade. Por isso, sua alegria é a glória do Pai. E nós, como povo de
Deus, devemos ser abertos e dados ao diálogo, para não repetir a mesma atitude
daqueles que não acolheram a Palavra de Cristo !
Leitura do dia 21/03/2013
Gênesis 17,3-9
Leitura do Livro do Gênesis: Naqueles dias, 3Abrão
prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha
aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não
te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma
multidão de nações. 6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei
nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha
aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna,
para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e
aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país
de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus
descendentes”. 9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a
tua descendência para sempre”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 21/03/2013
João
8,51-59
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: Naquele tempo, disse Jesus aos
judeus: 51“Em verdade, em verdade
vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora
sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes:
‘Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte’. 53Acaso
és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem
pretendes ser?” 54Jesus
respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me
glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu
o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas
eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso
pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem
sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!” 58Jesus
respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu
sou”. 59Então eles pegaram em
pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 20 de março de 2013
Santo do dia 20/03/2013: Santa Maria Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra, Bem-aventurado Ambrósio Sansedoni de Sena e São José (Jozef) Bilczewski
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S.M.Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra
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Bem-avent. Ambrósio S de Sena |
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São José (Jozef) Bilczewski
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Santa Maria Josefina do Coração de Jesus Sancho de Guerra
Maria Josefina era a primogênita de Barnabé Sancho,
serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu em Vitória, Espanha, no
dia 07 de setembro de 1842, tendo recebido o batismo no dia seguinte. Ficou
órfã de pai muito cedo e foi sua mãe que a preparou para a Primeira Comunhão,
recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri na casa de
alguns parentes, e desde muito cedo começou a demonstrar uma grande devoção à
Eucaristia e a Nossa Senhora, uma forte sensibilidade em relação aos pobres e
aos doentes e uma inclinação para a vida interior. Regressou a Vitória aos
dezoito anos e logo manifestou à sua mãe o desejo de entrar num mosteiro, pois
se sentia atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer:
"Nasci com a vocação religiosa". Foi assim que decidiu entrar no Instituto
Servas de Maria, recentemente fundado em Madri por madre Soledade Torres
Acosta. Com a aproximação da época de fazer sua profissão de fé, foi assaltada
por graves dúvidas e incertezas sobre sua efetiva chamada para aquele
Instituto. Admitiu essa disposição à vários confessores, chegando até a dizer
que tinha se enganado quanto à própria vocação. Mas, os constantes contatos com
o arcebispo de Saragoça, futuro Santo, Antônio Maria Claret e as conversas
serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de
fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes, em casa ou nos
hospitais. E foi assim que aos vinte e nove anos ela fundou o Instituto das
Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871. Depois por quarenta e um anos,
foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade que a
mantinha ou no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de seu transito, sem
contudo deixar sua atividade de lado. Através de uma intensa e expressa
correspondência, solidificou as bases dessa nova família. No momento da sua
morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas, espalhadas por
quarenta e três casas. A sua morte foi muito sentida em toda a região e o seu
funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram
trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram. Os pontos
centrais da espiritualidade de madre Maria Josefina podem definir-se como: um
grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração
do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua
Cruz; e a completa dedicação ao serviço dos doentes, num contexto de espírito
contemplativo. O seu carisma de serviço aos enfermos ficou bem claro nas
palavras por ela escritas: "Desta maneira, as funções materiais do nosso
Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo,
elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a
contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás d'Aquino que falou dos
trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação" (Directorio
de Asistencias de la Congregación Religiosa Siervas de Jesús de la Caridad,
Vitória 1930, pág. 9). É com este espírito, que as Servas de Jesus têm vivido desde
a morte de Santa Maria Josefina. O serviço dos doentes tornou-se, assim, a
oblação generosa das suas vidas, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje
espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos
famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas
idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade.
Elas também estão presentes em Portugal. A causa da canonização de madre Maria
Josefina começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II
em 1992 e depois canonizada em 01 de Outubro de 2000, pelo mesmo pontífice, em
Roma.
Bem-aventurado Ambrósio Sansedoni de Sena
Ambrósio Sansedoni, nasceu no majestoso palácio da sua nobre
família, no ano 1220, na cidade de Sena, Itália. Segundo a tradição, parece que
ele nasceu disforme, com algumas imperfeições nas pernas e braços, por este
motivo foi confiado a uma ama de leite, que o mantinha fora do palácio, pois a
família se envergonhava da sua condição. Mas, esta senhora, muito cristã e
piedosa, cuidou dele com carinho e afeição. Todos os dias, ela o levava nos
braços, cobrindo inclusive o seu rosto, à igreja, onde rezava com fervor, para
que o menino fosse curado. Certa vez, um peregrino disse à ama de leite: "Mulher,
não escondas o rosto desta criança, porque será a luz e a glória desta
cidade". Não passou muito tempo Ambrósio foi curado milagrosamente. Tinha
pouco mais de três anos, quando retornou ao palácio e ao seio da família.
Depois, aos dezessete anos, abandonou tudo para ingressar na Ordem dos Padres
Predicadores Dominicanos. O noviciado e os primeiros estudos, ele completou em
Sena, depois fez o aperfeiçoamento, em 1245, na diocese de Paris e de lá seguiu
para a Alemanha, na diocese de Colônia. Teve como professor, o futuro santo,
Alberto Magno e como companheiros Pedro de Tarantasia, que mais tarde foi
eleito Papa Inocêncio V e Tomás d'Aquino, que a Igreja homenageia com o título
de Doutor. Ambrósio foi chamado para ir lecionar em Paris. A partir de então se
tornou conhecido, principalmente, pela eficácia de sua pregação na igreja e na
praça, entre os salmos e entre os tumultos. Alguns pintores o representaram com
o Espírito Santo em forma de pomba branca, que lhe fala ao ouvido. Seus dons
excepcionais de convencimento e conciliação, marcaram a história da Igreja e da
humanidade. Foi enviado à Alemanha como mediador da paz entre várias famílias
em conflito. Regressou a Sena e alcançou do Papa Gregório X a supressão de um
interdito que havia recaído sobre a sua cidade. Depois disto, este mesmo
pontífice lhe confiou ainda outras missões de paz pela Itália, Hungria, França
e novamente Alemanha. Acusado de impostor e de ambicioso por um poderoso
senhor, Ambrósio respondeu-lhe: "Deus se chama Rei da Paz. É por isso que
cada um deve desejar a paz com o próximo. Deus não a concede senão aos que a
concedem de bom coração aos outros. O que eu faço não é por mim mesmo, mas pela
vontade daquele que tem poder sobre mim. Agora, pois, se é por minha causa, se
é que vos perturbo, peço-vos perdão ..." No ano 1270, foi chamado a Roma
pelo Papa, para ajudar na restauração dos estudos eclesiásticos. Morreu vítima
do seu zelo, no dia 20 de março de 1286, em Sena, durante um sermão. Falou com
tamanha veemência contra os usurários, que se romperam várias veias no peito,
causando-lhe a morte instantânea. O papa Clemente VIII, em 1597, fez incluir no
Calendário da Igreja, o Beato Ambrósio Sansedoni, de Sena, para ser venerado no
dia de sua morte.
São José (Jozef) Bilczewski
José (Jozef) nasceu dia 26 de abril de 1860 em Wilamowice
(Polônia). Era o primeiro dos nove filhos de Francisco e Ana Fajkisz, uma
família de camponeses, onde, desde cedo, aprendeu as orações e as primeiras
noções do catecismo, fazendo nascer nele a fé viva que o acompanhará durante
toda a vida. Em 1872, terminados os estudos primários, os pais mandaram José ao
ginásio na cidade de Wadowice, onde, muitos anos mais tarde, estudou também
João Paulo II. Ele dedicou-se com muito empenho aos estudos, obtendo ótimos
resultados. Nesse período, participava diariamente das celebrações na igreja
paroquial e decidiu entrar no Seminário Diocesano de Cracóvia, onde desenvolveu
ainda mais o espírito de oração, aprofundando sua formação humana e espiritual.
Foi ordenado sacerdote a 6 de julho de 1884. Depois de um ano de trabalho
pastoral com grande zelo e dedicação foi enviado para continuar os estudos em
Viena e, em seguida, em Roma e Paris. Trabalhou durante muito tempo como
professor de Dogmática Especial na Universidade de Leópolis. Foi nomeado
Arcebispo de Leópolis para o rito latino em 17 de dezembro de 1900 e recebeu a
Ordenação episcopal a 20 de janeiro de 1901. Arcebispo de Lviv dos Latinos, foi
um ponto de referência para católicos, ortodoxos e judeus durante a Primeira
Guerra Mundial e nos diferentes conflitos que a seguiram. Do Coração de Jesus
hauria um amor universal e dele aprendeu não só a mansidão, a humildade e a
bondade, mas também a paciência nas provações que enfrentou, durante a vida.
Faleceu na sua Arquidiocese, no dia 20 de março de 1923, depois de se ter
preparado santamente para a morte, que acolheu com paz e submissão como sinal
da vontade de Deus. Foi proclamado santo pelo papa Bento XVI, dia 23 de outubro
de 2005.
Oração do dia 20/03/2013
Pai, ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de
Jesus, pois sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras
e nos sinais que ele realizou. Amém!
Deus nos fala dia 20/03/2013
O profeta encoraja seus compatriotas na hora da
perseguição. O testemunho dos três jovens encoraja-nos: na perseguição e na
morte não se afastam da fé e do testemunho. Quem está em Deus nada teme, pois é
Ele quem nos liberta verdadeiramente. Acolhamos !
Leitura do dia 20/03/2013
Daniel 3,14-20.24.49a.91-92.95
Leitura da Profecia de Daniel: Naqueles dias, 14o rei
Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago,
que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei
erguer? 15E
agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e
gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar
a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis
atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos
de minhas mãos?” 16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei
Nabucodonosor: “Não há necessidade de te respondermos sobre isto: 17se o
nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente,
ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se
ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a
teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”. 19A estas
palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a
ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com
sete vezes mais fogo que de costume; 20e encarregou os soldados mais
fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na
fornalha de fogo ardente. 24Os três jovens andavam de cá para lá no
meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. 49aMas o
anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias
e seus companheiros. 91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se
apressadamente, e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três
homens bem amarrados no meio fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. 92Disse
este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem
sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de
Deus”. 95Exclamou
Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago que enviou seu
anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o
decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro
Deus que não fosse o seu Deus. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 20/03/2013
João
8,31-42
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: Naquele tempo, 31Jesus
disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha
palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam
eles: “Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como
podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?” 34Jesus
respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é
escravo do pecado. 35O
escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para
sempre. 36Se, pois, o Filho vos
libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei
que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha
palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo
o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”. 39Eles responderam então: “Nosso pai
é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de
Abraão! 40Mas agora, vós procurais
matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o
fez. 41Vós fazeis as obras do
vosso pai”. Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só
pai: Deus”. 42Respondeu-lhes
Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que
eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 19 de março de 2013
Santo do dia 19/03/2013: São José
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São José |
São José
São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude
de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus
Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era
descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o
conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é,
praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o
derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho
simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no
silêncio. Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por
José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes:
dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as
profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de
"homem justo". A palavra "justo" recorda a sua retidão
moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura
total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes
dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o
direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em
silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo. Quando
recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o
anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o
Egito e no regresso para Israel (Mateus 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas
significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de
Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante
atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas
neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência
vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.
Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão
disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no
Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida
de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam
que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto
Ele tinha trinta anos. Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São
José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança
grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro
universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de
março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para
celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome
de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.
Oração do dia 19/03/2013
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à
concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de
salvação para toda a humanidade. Amém!
Deus nos fala dia 19/03/2013
Nesse instante, nosso coração abre-se para acolher
a Palavra do Senhor. Ela nos faz compreender a vontade de Deus sobre nós. Por
isso, acolher a Palavra do Senhor é colocar-nos à disposição dele, para que
realize em nós maravilhas, como as que realizou em José e em Maria. Acolhemos!
Leitura do dia 19/03/2013
Primeira Leitura
2 Samuel 7,4-5a.12-14a.16
Leitura do Segundo Livro de Samuel: Naqueles dias, 4a
Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5a“Vai
dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: 12Quando chegar o fim dos
teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho
teu, e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa
para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14aEu
serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua
casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será
firme para sempre’”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Romanos 4,13.16-18.22
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 13não foi
por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o
mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em
virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma
graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a
descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto
para a que se apoia somente na fé de
Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti
pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que
vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra
toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se
pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. 22Esta
sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 19/03/2013
Mateus
1,16.18-21.24a
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: 16Jacó
gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim:
Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem
juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José,
seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em
segredo. 20Enquanto José pensava
nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José,
Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela
concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela
dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu
povo dos seus pecados”. 24aQuando
acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
Lucas
2,41-51
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: 41Os
pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos,
subiram para a festa, como de costume. 43Passados
os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em
Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando
que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a
procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o
tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três
dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres,
escutando e fazendo perguntas. 47Todos
os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas
respostas. 48Ao vê-lo, seus pais
ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim
conosco? olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. 49Jesus respondeu: “Por que me
procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as
palavras que lhes dissera. 51Jesus
desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 18 de março de 2013
Santo do dia 18/03/2013: São Cirilo de Jerusalém e Bem-aventurado Faustino Miguez
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São Cirilo de Jerusalém
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Bem-aventurado Faustino Miguez
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Desde o início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na
Igreja, mas, foi no século IV, que ocorreram as do arianismo e do nestorianismo
causando profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de
onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente. Muito
preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas matérias
humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote. Em 348, foi consagrado, bispo de
Jerusalém. Ocupou o cargo durante aproximadamente trinta e cinco anos,
dezesseis dos quais passou no exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira
porque o bispo Acácio, de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por
São Jerônimo, acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador
Constâncio que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas
em sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja
assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa, porque o
imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao exílio todos os
bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar durante onze anos, por várias
cidades da Ásia, até a morte do soberano, em 378. O seu trabalho, entretanto
resistiu a tudo e chegou até nossos dias e especialmente porque ele sabia
ensinar o Evangelho, como poucos. Em sua cidade, logo que se tornou sacerdote e
no início do episcopado era o responsável por preparar os catecúmenos, isto é,
os adultos que se convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que
escreveu dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador
Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à
exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos
Sacramentais da iniciação cristã . Assim, seus escritos explicam detalhadamente
os "como" e os "porquês" de cada oração, do batismo, da
crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo, ditos
dogmas da Igreja. Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época
de grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos
litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos pobres
da cidade. Ele morreu no ano 386. Desde o início de sua vida religiosa, Cirilo
cujo caráter era afável e suave, sempre preferiu a catequese aos assuntos
polêmicos, chegando quase a se comprometer com os arianos e semi-arianos.
Porém, de maneira contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III
Concílio ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre
fiel postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em seu
favor a eloqüência das vozes dos sinceros bispos e amigos, Atanásio e Hilário,
que o chamaram "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que
negam as verdades de nossa religião". Sua canonização demorou porque,
durante muito tempo, seu pensamento teológico foi considerado vascilante, como
dizem os registros. Em 1882, o Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu
sua veneração, honrou São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de doutor da
Igreja e príncipe dos catequistas católicos.
Bem-aventurado Faustino Miguez
Nascido no dia 24 de março de 1831 em Xamirás, província de Orense,
Espanha, era o quarto filho do casal Benito Miguez e Maria Gonzalez,
agricultores pobres e cristãos. Foi batizado com o nome de Miguel e assumiu o
nome de Faustino da Encarnação ao ser consagrado sacerdote. A sua vida
transcorreu como a de todos da sua idade, dividida entre os estudos, o trabalho
rural, o encontro com os amigos, a família e as orações. Estudou latim e
ciências humanas no Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Orense, no qual
se sentiu chamado por Deus para se tornar sacerdote e professor segundo o
espírito de São José Calazans. No ano de 1850 ingressou no Noviciado das
Escolas Pias de São Fernando, em Madrid, onde tomou o hábito, professou os seus
votos perpétuos e se ordenou sacerdote, em 1856. Durante alguns anos, padre
Miguez desenvolveu seu apostolado em Cuba, no Colégio de Guanabacoa, onde
começou a se entusiasmar pelos estudos de Botânica e a se dedicar a uma
atividade que, com o tempo, viria a se constituir em uma de suas ocupações
prediletas: a produção e distribuição de ervas medicinais, que curavam
múltiplas doenças e com as quais recuperou importantes personalidades da sua
época. Depois, retornou à Espanha, e como padre escolápio, lecionou em muitas
escolas das mais variadas dioceses do país. Nos cinqüenta anos de magistério,
quis sempre ocupar o lugar comum de professor, sem cargos de destaque, para se
dedicar diretamente na formação e instrução das crianças e jovens. Em algumas
ocasiões chegou a ser o diretor dos alunos internos, para os quais foi amigo,
pai, companheiro e conselheiro. Escreveu vários livros de fácil compreensão,
sobre ciências naturais e botânica. Como sacerdote escolheu o ministério do
confessionário se tornando diretor espiritual de muitos paroquianos. Ao mesmo
tempo, para ajudar os doentes se dedicou à preparação de produtos
fitoterapeuticos, com os quais obteve curas surpreendentes. Enfrentou muitos
opositores, entretanto, muitos o procuravam porque já haviam sido curados pelas
propriedades das ervas que ele indicara. Após as polêmicas e oposições, doze
medicamentos foram aprovados pela Diretoria Geral da Sanidade Pública e
vendidos nas farmácias. Transferido para a diocese de Getafe, padre Faustino
fundou para o bem da humanidade, o Instituto Miguez, com a aprovação do
Vaticano, passando a cultivar e a produzir os medicamentos aprovados. Com isto,
trouxe muitas divisas para a Ordem. Em 1885, com a permissão dos seus
superiores, fundou o Instituto Calazanciano Filhas da Divina Pastora, este com
o intuito de dar às mulheres condições para uma melhor formação possibilitando
sua promoção familiar, pessoal e social. Aos noventa e quatro anos, morreu no
dia 18 de março de 1925, em Getafe, Espanha. Padre Faustino Miguez, foi
beatificado pelo Papa João Paulo II, em 1998. A sua festa litúrgica ocorre no
dia de sua morte.
Oração do dia 18/03/2013
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me
tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de
pôr em ordem a minha vida. Amém!
Deus nos fala dia 18/03/2013
Deus não abandona jamais aqueles que nele esperam.
A história de Susana mostra-nos para onde nos levam os falsos julgamentos. E,
por isso, também Jesus pela sua misericórdia liberta aquela mulher que era
acusada. Quem ama usa sempre de misericórdia!
Leitura do dia 18/03/2013
Daniel 13,41c-62
Leitura da Profecia de Daniel: Naqueles dias, 41ca
assembleia condenou Susana à morte. 42Susana, porém, chorando, disse em
voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de
antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho que
levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes
maldosamente inventaram a meu respeito! 44O Senhor escutou sua
voz. 45Enquanto
a levavam para a execução, Deus suscitou o santo espírito de um adolescente, de
nome Daniel. 46E
ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue desta mulher!”47Todo
povo então voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é esta, que acabas de
dizer?”48De
pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel?
Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, condenais uma filha de
Israel? 49Voltai
a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!”50Todo o
povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no
meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51Falou
então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os
julgarei”. 52Tendo
sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no
mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias
julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o
Senhor ordena: ‘Não farás morrer o inocente e o justo!’ 54Pois
bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele
respondeu: “À sombra de uma aroeira”. 55Daniel replicou:
“Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus,
tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando
sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã, e não de Judá, a
beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57Era
assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a
vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58Agora,
pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?”Ele respondeu:
“Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste com
perfeição, contra tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera,
com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!”60Toda a
assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele
esperam. 61E
voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas
próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de
Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o
próximo. 62E
assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente. Palavra
do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 18/03/2013
João
8,1-11
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: Naquele tempo, 1Jesus
foi para o monte das Oliveiras. 2De
madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele.
Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto,
os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério.
Levando-a para o meio deles, 4disseram
a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais
mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam
isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus,
inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como
persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não
tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E
tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E
eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais
velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse:
“Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela
respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te
condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
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