sábado, 5 de janeiro de 2013
Santo do dia 05/01/2013: Santo Simeão, São João Nepomuceno Neuman, Santa Emiliana e Santa Amélia
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Santo Simeão
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São João Nepomuceno Neuman |
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Santa Emiliana |
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Santa Amélia |
Simeão nasceu em 390, na cidade de Cilícia, atual Síria. Sua
família era humilde e muito religiosa. Até a adolescência trabalhou como
ajudante de seu pai no trato do gado. Era um jovem muito inteligente e
perspicaz, possuía um temperamento dramático e as vezes exagerado, mesmo
preferindo a vida solitária. Tinha o hábito de ler o Evangelho, enquanto
cuidava do rebanho, depois ia pedir explicações a um velho sacerdote que já
percebera a vocação monástica de Simeão. Certo dia, durante o sermão de uma
missa, o sacerdote falou sobre a vida dos santos e fiéis. Explicou que a oração
contínua, a vigília, o jejum, a humilhação e o sofrimento eram o caminho para a
verdadeira felicidade, junto ao Pai Eterno. Simeão neste momento, sentiu que
queria se devotar completamente a Deus. Seguindo o seu íntimo, se dirigiu para
o mosteiro mais próximo e, depois de passar alguns dias jejuando na porta, foi
admitido pelos monges. Não ficou muito tempo porque até os monges acostumados
às penitencias mais severas, ficaram assustados com os castigos que Simeão se
impunha. No final de dois anos foi dispensado da comunidade. Então, foi para o
severo mosteiro de Heliodoro, onde aumentou ainda mais suas penitências. Alí
permaneceu durante dez anos. O seu exemplo preocupava o superior da comunidade.
Entretanto, Simeão decidiu amarrar uma corda áspera no corpo todo, para
aumentar ainda mais o seu sofrimento. Esta atitude começou a chamar a atenção
dos outros religiosos. Por isto, o superior o convidou a deixar o mosteiro,
para impedir que outros monges resolvessem seguir o exemplo desta penitência.
Simeão decidiu ser um ermitão. Seguiu rumo ao topo do Monte Tesalissa, onde
existia uma comunidade de pessoas que viviam isoladas e rezando. Morou ali,
fazendo abstinência total durante quarenta dias, não apenas na Quaresma.
Depois, de três anos foi para o ponto mais alto e construiu um claustro com
pedras sem teto e se acorrentou no pescoço e no pé direito, prendendo a outra
ponta da pesada corrente numa rocha. Ao saber da situação o vigário, o
aconselhou a apenas alimentar sua força de vontade e deixar o exagero de lado,
no que Simeão obedeceu. A partir de então, Simeão era chamano de "o estilista",
que vem da palavra grega sytilos e que significa coluna. Seus atos atraiam
muitos fiéis ao local, que desejavam ouvir seus conselhos, seus discursos sobre
o Evangelho e pedir por seus prodígios. Por sete anos converteu muitos pagãos,
mas precisava de mais isolamento. Então Simeão decidiu construir uma coluna
alta com uma base em cima para morar. De tempo em tempo, ele aumentava a altura
da coluna, que atingiu a altura de dezoito metros no final dos vinte e sete
anos vividos ali. Simeão morreu sobre o local em posição de oração, no dia 5 de
janeiro de 453. Sua festa acontece neste dia, desde o ano em que morreu, e se
propagou por todo o mundo católico com muita rapidez. A Igreja o canonizou e
manteve a data da sua comemoração.
São João Nepomuceno Neuman
João Nepomuceno nasceu na Boêmia, atual Eslováquia, no dia 28
de março de 1811, filho de Felipe Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em
sua cidade natal e entrou para o seminário em 1831. Era autodidata, por isto,
sua educação acadêmica foi aprimorada com o domínio e fluência de vários
idiomas.João completou a preparação para o sacerdócio em 1835. Desejava ser
padre logo, porém o bispo suspendeu as ordenações, pelo excesso de padres nas
dioceses da Boêmia. Mas João não desistiu. Aprendeu inglês trabalhando, e
escreveu aos bispos dos Estados Unidos. A resposta veio do bispo de Nova
Iorque. João abandonou a família e cruzou o oceano para ser sacerdote,
atendendo ao chamado de Deus, numa terra nova e distante. A diocese
nova-iorquina possuía apenas três dúzia de padres para mais de duzentos mil
católicos. Padre João recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o
chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu
tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando. Padre João tinha a intenção
de participar de uma congregação, por isto procurou padres redentoristas, que
se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e
se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as Regras dos
redentoristas na América, em 1842. Sua fluência de idiomas o qualificou para o
trabalho na sociedade americana composta de muitas línguas, no século dezenove.
Em 1847 foi eleito pela Congregação o superior geral dos redentoristas nos
Estados Unidos. João ocupou o cargo durante dois anos, quando a fundação
americana passava por um período difícil de adaptação. Deixou a função com os
padres redentoristas bem preparados para serem uma congregação autônoma, o que
ocorreu em 1850. O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua
diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu
introduzir no país a educação católica. Organizou um sistema diocesano de
escolas católicas, fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São
Francisco para ensinarem nas escolas, que na sua diocese em pouco tempo
duplicaram. Padre João construiu mais de oitenta igrejas durante o seu bispado,
dentre elas iniciou a catedral de São Pedro e São Paulo. Padre João Neumann era
um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas sempre se manteve muito
ativo. Além das obrigações pastorais, achou tempo para a atividade literária.
Ele escreveu inúmeros artigos em revistas e jornais católicos; publicou dois
catecismos e uma história da Bíblia para as escolas. Ele morreu de repente
enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal. Era 5 de janeiro de 1860.
O papa Paulo VI o beatificou em 1963 e foi canonizado pelo mesmo papa no dia 17
de junho de 1977, em Roma. Na cerimônia, assistida por uma multidão de fiéis
americanos que fizeram a mesma rota marítima do Santo João Nepomuceno Neumann,
só que em sentido inverso, o Papa decretou o dia 5 de janeiro para seu culto
litúrgico.
Santa Emiliana
Emiliana era uma das tias paternas de Gregório Magno, que foi
papa entre 590 a 604. As outras eram Tarsila e Jordâna. Elas pertenciam a uma
das famílias mais ilustres de Roma. Entre seus avós estão o imperador Olívio, o
papa São Félix III. O senador Jordão era seu irmão e pai de Gregório Magno.
Porém de Emiliana se tem pouquíssima informação. Muito menos do que se conhece
sobre sua irmã Tarsila e talvez um pouco mais que Jordâna. O seu nome foi
encontrado no século onze, no Martirologio local e depois do Concílio de
Trento, foi inserido no oficial da Igreja. A única fonte genuína sobre sua vida
foi os relatos do seu sobrinho, o papa Gregório Magno. Mas, ele registrava a
vida dos parentes com muito poucos dados e apenas quando lhe serviam como
exemplos concretos, para tornar mais eficiente o seu ensinamento. Emiliana e as
irmãs ajudaram a cunhada Sílvia no nascimento do pequeno Gregório, que sempre
teve saúde frágil. Depois, enquanto viveram, o acompanharam nos estudos e nos
trabalhos. Gregório, ainda jovem, se tornou chefe da administração civil de
Roma. Mais tarde, se tornou embaixador do papa Pelágio II e ao mesmo tempo
monge, guia de uma pequena comunidade religiosa, recolhida em sua residência na
cidade de Célio. De lá Gregório saiu para ser papa. Neste período Tarsila havia
se tornado uma freira voltada para a vida reclusa e Jordâna se casou. Emiliana
também se tornou freira, seguiu a linha das religiosas ocidentais, ou seja, não
isolada na reclusão espiritual, mas dedicada à vida comunitária de ajuda aos
doentes e necessitados, voltada para a castidade e as orações contínuas. Neste
terrível século VI, cheio de sobressaltos da natureza, com terremotos, pestes,
guerras, invasões e um contínuo afluir de miseráveis em Roma; a caridade se
tornava tarefa habitual também para as irmãs freiras. Trabalhavam em dupla,
Tarsila reclusa guiando e comandando, enquanto Emiliana atuava junto à
população pobre e aos doentes. Emiliana, segundo registrou o papa Gregório
Magno, foi uma das mais atuantes religiosas e de quem os exemplos à dedicação a
Cristo deviam ser copiados, pois amava o próximo verdadeiramente através da
caridade evangélica e tendo Jesus como seu eterno esposo. Existiu apenas um
fato prodigioso na sua vida relatado por Gregório Magno. Ele afirmou que dias
após a morte da irmã, a tia Emiliana ouviu a voz dela dizendo: "Passei o
Natal sem voce, mas quero que venha festejar comigo a Epifania". De fato,
Emiliana, morreu no dia 5 de janeiro, sucessivo à morte de Tarsila, na véspera
da comemoração dos Reis Magos. Conforme consta do calendário litúrgico da
Igreja, o culto de Santa Emiliana foi mantido no dia 5 de janeiro, que com o
tempo se tornou mais intenso que o de sua irmã Tarsila.
Santa Amélia
Amélia viveu no século IV e seu nome tem uma origem incerta.
Pode ter vindo do germânico Amelberga, que significa amiga protetora; ou
derivar do grego Amalh (amále), cujo sinônimo é terna, delicada, sensível. E se
nos deixarmos levar apenas pelo som do nome, veremos nos remete ao amor. Amélia
pertence a um numeroso grupo de mártires cristãos, que são fervorosamente
lembrados pela Igreja. De sua vida não se sabe praticamente nada. Ela morreu no
dia 5 de janeiro na cidade de Gerona, na Catalunha, Espanha. Esta notícia foi
trazida para a tradição católica, de um antigo Breviário de Gerona que
possibilitou sua localização no período entre os anos de 243 a 313, do governo
do imperador romano Diocleciano, que patrocinou a implacável perseguição aos
cristãos. Em 1336, o bispo de Gerona, descobriu as relíquias mortais dos
mártires e dedicou à eles um altar na catedral da cidade. Depois através dos
séculos estes mártires, elencados naquela longa lista conhecida como
Martirológio Geronimiano, passaram a ser celebrados em vários grupos e em datas
diferentes. Isto porque, de alguns deles, além do referido Martirológio, outros
documentos e as inscrições das lápides, revelaram o nome e mais alguma
informação. Ao que parece todos seriam africanos, mas também não se tem
certeza. A exceção de São Paolino e Sicio, com festa no dia 31 de maio, que
eram antíoques. Assim, o nome de Santa Amélia, nos reporta em todos os sentidos
ao amor. Ela serve de exemplo para todos os peregrinos que procuram a igreja da
catedral de Gerona, para reverenciar sua memória, agradecendo as graças
alcançadas por sua intercessão. Aos devotos, ela lembra que na vocação cristã o
martírio aparece como uma possibilidade pré anunciada na Revelação, que nunca
deve ser esquecida durante a própria vida. O mártir, sem dúvida, é o sinal
daquele amor maior que contém em si todos os outros valores. A sua existência
reflete a palavra suprema, pronunciada por Cristo na cruz: "Perdoa-lhes, ó
Pai, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23, 34).O culto litúrgico à
Santa Amélia, no dia 5 de janeiro, foi mantido como indica o Martirológio. Ela
que com o seu testemunho mostrou o que é o verdadeiro amor cristão, pois
anunciou o Evangelho, dando a vida por amor.
Oração do dia 06/01/2013
Senhor, já os antigos pregadores salientavam como aqueles
sábios esperavam um salvador, como saíram sem demora à sua procura, como
fizeram longa viagem, para afinal se ajoelhar em adoração diante de uma
criança. Quero continuar nessa mesma linha de ideias, e pedir-vos que aumenteis
sempre mais em mim a sede de vós e de vossa salvação. Dai-me a coragem de
deixar tudo para vos encontrar, e que eu me arrisque a enfrentar a longa viagem
para me afastar de mim mesmo e de meus pequenos interesses. Sei que, não por
vossa causa, mas por minha própria culpa, só depois de muito procurar é que vos
posso encontrar. Fazei-me, então, perseverante e obstinado no caminho de vosso
seguimento, para que afinal vos encontre para jamais vos deixar. Amém.
Deus nos fala dia 05/01/2013
Quem escuta o Senhor compreende seu amor. Esse amor
introduz-nos no Reino, e Jesus pede-nos que façamos a mesma coisa que fez:
“Amai-vos uns aos outros”. O amor e o seguimento de Cristo levam-nos a
descobrir nossa vocação de filhos e de servidores do Reino!
Leitura do dia 05/01/2013
1 São João 3,11-21
Leitura da Primeira Carta de São João: 11Caríssimos: Esta é a mensagem que
ouvistes desde o início: que nos amemos uns aos outros, 12não
como Caim, que, sendo do Maligno, matou o seu irmão. E por que o matou? Porque
as suas obras eram más, ao passo que as do seu irmão eram justas. 13Não vos admireis, irmãos, se o
mundo vos odeia. 14Nós
sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não
ama permanece na morte. 15Todo
aquele que odeia o seu irmão é um homicida. E vós sabeis que nenhum homicida
conserva a vida eterna dentro de si. 16Nisto
conhecemos o amor: Jesus deu a sua vida por nós. Portanto, também nós devemos
dar a vida pelos irmãos. 17Se
alguém possui riquezas neste mundo e vê o seu irmão passar necessidade, mas,
diante dele fecha o seu coração, como pode o amor de Deus permanecer nele? 18Filhinhos, não amemos só com
palavras e de boca, mas com ações e de verdade! 19Aí
está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o
nosso coração, 20pois
se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas
as coisas. 21Caríssimos,
se o nosso coração não nos acusa, temos confiança diante de Deus. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 05/01/2013
João 1,43-51
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: Naquele tempo, 43Jesus
decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse: “Segue-me”. 44Filipe era de Betsaida, cidade de
André e de Pedro. 45Filipe
encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés
escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode
sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47Jesus
viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um
homem sem falsidade”. 48Natanael
perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te
chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o
Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus
disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores
que esta verás!” 51E
Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os
anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Santo do dia 04/01/2013: Santa Ângela de Foligno, Manuel Gonzáles Garcia e Santa Elisabete Ana Baylei Seton
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Santa Ângela de Foligno
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Manuel Gonzáles Garcia |
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Santa Elisabete Ana Baylei Seton
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A história de Santa Ângela, considerada uma das primeiras
místicas italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final
feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e
devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data mais aceita para
o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de Roma, é o ano 1248. Ela
pertencia à uma família relativamente rica e bem situada socialmente. Ainda
muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais
confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim
viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua
vida. Num curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos
filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante
nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu
conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os votos religiosos, doando
todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São
Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. O dom místico
começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de
São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a
partir daí as manifestações não pararam mais. Contam seus escritos que ela
chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas do
próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e testemunhadas por seu
diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno, foram registradas em narrações
que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o
latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente
por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o
título "Experiências espirituais, revelações e consolações da
Bem-Aventurada Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a
formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos
Teólogos". Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa
Catarina de Sena. Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente, através
de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao Santo Arnaldo, à
quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu, Ângela de Foligno,
tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A
primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi
sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira
me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande
misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A
quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu
por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima
aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava
procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na
Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu, em 04
de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em
Foligno, Itália. Seu túmulo foi cenário de muitos prodígios e graças. Assim, a
atribuição de sua santidade aconteceu naturalmente, àquela que os devotos
consideram como a padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das
crianças. Foi o Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela
já tinha sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de
Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio XI a
mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.
Manuel Gonzáles Garcia
Manuel Gonzáles Garcia nasceu em Sevilha, na Espanha no dia
25 de fevereiro de 1877. A família era humilde e profundamente religiosa. O seu
pai Martim era carpinteiro e a sua mãe Antonia era dona de casa. O casal teve
cinco filhos, ele foi o segundo. Neste ambiente sereno, Manuel cresceu,
nutrindo no coração o desejo de fazer parte, na catedral de Sevilha, do grupo
de meninos do côro que cantavam nas solenidades do "Corpus Christi" e
da Imaculada. Já nessa época se consolidou o seu amor pela Eucaristia e por Maria.
Através da vivência cristã e o bom exemplo da família e de vários sacerdotes,
descobriu a sua verdadeira vocação. Assim, sem avisar os seus pais, fez os
exames de ingresso no seminário. Eles aceitaram a vontade do filho e os
desígnios de Deus. Consciente da situação econômica da sua família, Manuel
pagou os estudos do seminário trabalhando como servidor e também auxiliou sua
irmã, Maria Antonia que se tornou religiosa. Finalmente, em 1901, recebeu a
ordenação sacerdotal das mãos do cardeal Marcelo Espinola, um beato da Igreja.
Um ano depois, padre Manuel foi enviado numa missão para pregar em Palomares do
Rio, onde permaneceu durante toda a sua vida sacerdotal. Foi dentro da
simplicidade do Evangelho que desenvolveu todo seu trabalho missionário. Criou
a "Obra dos Sacrários-Calvários", uma resposta de amor reparador ao
amor de Cristo na Eucaristia, como ele mesmo definiu sua obra. O início foi a
União Eucaristia Reparadora, formada pelos ramos masculino e feminino de leigos
, culminando com a Reparação Infantil Eucarística e a criação da revista
"O grão de areia", para a divulgação destas associações. Após quinze
anos, em reconhecimento da sua capacidade e laureando sua atuação missionária,
foi consagrado bispo de Málaga. Com a aprovação da Santa Sé, em 1918 fundou a
instituição dos padres Missionários Eucarísticos e três anos depois a
congregação religiosa das Missionárias Eucarísticas de Nazaré. Em 1932,
colaborou com a irmã no sangue e na fé, Maria Antonia, para a criação das
instituições das Missionárias Auxiliares Nazarenas e a Juventude Eucarística.
Depois, durante a guerra espanhola foi nomeado bispo de Palência, para onde foi
transferido em 1935. Nesta diocese, Manuel passou os últimos anos do seu
ministério sacerdotal, escrevendo também inúmeras obras de conteúdo religioso e
espiritual. Depois de um longo período de enfermidade, serenamente morreu no
dia 4 de Janeiro de 1940. O Papa João Paulo II o proclamou "Apóstolo da
Eucaristia" na celebração solene de sua beatificação em 1998. Santo Manuel
Gonzáles Garcia foi enterrado na Catedral de Palência e sua festa litúrgica
marcada para o dia de sua morte.
Santa Elisabete Ana Baylei Seton
Elisabete Ana Bayley nasceu em Nova Iorque, onde cresceu e
constituiu família dentro do protestantismo anticatólico dos Estados Unidos, no
final do século dezoito. Catarina sua mãe, era filha de pastor anglicano e
Ricardo seu pai, era um médico famoso e muito bem conceituado na comunidade. A
menina veio ao mundo no dia 28 de agosto de 1774. A infância de Elisabete foi
muito infeliz, perdeu a mãe aos três anos de idade e sua madrasta a maltratou
por anos e anos. Ela cresceu solitária pois, seu pai só pensava em seus
compromissos profissionais, dando-lhe pouca atenção. Seu consolo era a Bíblia,
que lia muito e sobre cujos ensinamentos meditava achando a paz. Enfim, aos
dezenove anos casou-se com Guilherme Selton, um rico comerciante nova-iorquino
e teve cinco filhos. Mas uma grave tuberculose que acometeu o marido mudou sua
vida. A família se transferiu para a Itália, onde ele esperava encontrar a
cura. Lá ficaram hospedados na casa de uma família italiana, a dos amigos
Felicchi. A cura do marido não veio e ele acabou falecendo. Entretanto, durante
o tempo em que ficou naquela residência e país, Elisabete conheceu o catolicismo
e se converteu. Era o ano 1805. Ao voltar para a pátria, viúva e com os filhos
para criar, seu calvário só aumentou. Contou sobre sua conversão à família,
sendo então desprezada e depois abandonada. O mesmo o fez a sua comunidade.
Elisabete, então com vinte e nove anos, passou inúmeras dificuldades materiais,
sentindo na pele a marginalização a que era relegada a minoria católica. Até
seus filhos deixaram de ter acesso à escola. Elisabete, seguindo a orientação
do Arcebispo de Baltimore e unindo-se a uma amiga de fé, Cecília da Filadélfia,
criou em 1808, apesar de toda a oposição já citada, a primeira escola paroquial
nos Estados Unidos. Esta escola de Baltimore é considerada um marco que muito
contribuiria nos anos seguintes para a expansão da Igreja Católica naquele
país. Em junho de 1809, sempre sob a orientação do Arcebispo, ela fundou uma
nova instituição religiosa feminina totalmente norte americana, a Ordem das
Irmãs de Caridade de São José, para a qual doou todos os seus bens. A
instituição, com a finalidade de proporcionar: educação cristã e cura de
doentes, progrediu rapidamente. Assim, em 1812 obteve aprovação canônica para
seguir as regras de São Vicente de Paulo. Atualmente a Ordem continuam
cumprindo com suas funções em todo o território dos Estados Unidos e alguns
países da América Latina, contando com milhares de integrantes. Ainda jovem,
aos quarenta e sete anos de idade, Elisabete Ana Bayley Selton morreu no
convento de Maryland no dia 4 de janeiro de 1821. Ela foi a primeira cidadã
norte americana a ser beatificada, em 1963, pelo Papa João XXIII. Depois, foi
canonizada pelo Papa Paulo VI, em 1975, não por acaso no Ano Internacional da
Mulher.
Oração do dia 04/01/2013
Senhor, vosso convite não é para uma prosa curta. Vós nos
convidais para ficar, para fazer toda a caminhada, para viver toda a vida, para
morar e demorar convosco. Pois então, quero ficar convosco. Tomai conta de meu
coração, ocupai todo o espaço que vos cabe, ensinai-me vosso jeito de viver.
Não permitais que vos deixe, porque somente vós tendes palavras de vida eterna.
Amém.
Deus nos fala dia 04/01/2013
Somos chamados a viver como verdadeiros filhos de
Deus, e todos os dias precisamos manifestar nossa pertença a Ele. Deus chama a
cada um em particular, desde que tenha coração disponível: ”O que estais
procurando? Vinde ver!”, diz Jesus!
Leitura do dia 04/01/2013
1 São João 3,7-10
Leitura da Primeira Carta de São João: 7Filhinhos, que ninguém vos
desencaminhe. O que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 8Aquele que comete o pecado é do
diabo, porque o diabo é pecador desde o princípio. Para isto é que o Filho de
Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo. 9Todo
aquele que nasceu de Deus não comete pecado, porque a semente de Deus fica
nele; ele não pode pecar, pois nasceu de Deus. 10Nisto
se revela quem é filho de Deus e quem é filho do diabo: todo o que não pratica
a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama seu irmão. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 04/01/2013
João 1,35-42
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: Naquele tempo, 35João
estava de novo com dois de seus discípulos 36e,
vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!” 37Ouvindo
essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. 38Voltando-se
para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “Que estais
procurando?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras?” 39Jesus respondeu: “Vinde ver”.
Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por
volta das quatro da tarde. 40André,
irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e
seguiram Jesus. 41Ele
foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias (que
quer dizer: Cristo)”. 42Então
André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão,
filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra). Palavra da
Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Santo do dia 03/01/2013: Santa Genoveva
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Santa Genoveva
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Santa Genoveva
A França não deu ao mundo somente Santa Joana D'Arc como
exemplo de mulher santa por interferir na política dos homens. Presenteou a
Humanidade também com Santa Genoveva. Embora não se atirasse à guerra como
Joana D'Arc, Santa Genoveva fez da atividade política e social uma obrigação
tão importante quanto a oração e o jejum. Se Joana é invocada como guerreira,
Genoveva se faz protetora nas horas de calamidade e perseguição. Nasceu em
Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde e modesta, época
em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma
postura de evangelização naquele importante país. Assim, tinha Genoveva cerca
de 6 anos (alguns escritos falam em 8) quando uma missão católica passou por
sua cidade a caminho da Bretanha, liderada por dois bispos. Um deles profetizou
que a menina seria um prodígio cristão - e não errou. Já aos 15 anos Genoveva
fez voto de castidade, participando ainda de uma irmandade que, embora não se
retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas
próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios
significativos e sempre citados: a resistência aos hunos e o auxílio dos
moradores do campo à cidade que vivia na penúria. Quando Átila, "o flagelo
de Deus", liderou os hunos na invasão a Paris, a população decidiu
abandonar a cidade. Santa Genoveva os convenceu a ficar, pois deviam confiar em
Deus que impediria a destruição da metrópole. Embora quase fosse linchada pelos
mais temerosos, sua convicção contagiou e o povo ficou. Átila não só não
invadiu Paris como pouco tempo depois foi obrigado a recuar e abandonar outras
cidades conquistadas. Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na
escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores
urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital
francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus
devotos. Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da
perseguição, pois interferia freqüentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo
anistia aos prisioneiros políticos. Morreu por volta do ano 502, depois de ter
convencido o rei a construir a famosa igreja dedicada a São Pedro e São Paulo.
Durante a revolução francesa a abadia construída sobre seu túmulo, e que
abrigava suas relíquias, foi saqueada pelos jacobinos, mas seu culto continuou
e perdura até hoje na Igreja de Santo Estevão do Monte.
Oração do dia 03/01/2013
Senhor, eu vos agradeço o dom da fé, que me ilumina, move e
conquista. Dais assim uma resposta a todos os meus anseios. Minha vida tem
afinal um sentido: creio que vosso Filho se fez homem para me fazer
participante de sua natureza divina. Para isso eu existo; para crescer sempre
mais na união convosco, tudo que eu fizer é pouco. Jesus, Filho de Deus, sois
minha salvação. Amém.
Deus nos fala dia 03/01/2013
Quem escuta o Senhor, transforma-se. Ele quer nossa
salvação. E, amando-o de todo o coração, andamos em seu caminho. Seu Filho veio
para libertar-nos e salvar-nos e, por isso, João reconhece: Ele é o Cordeiro
que tira o pecado do mundo. Acolhamos agora o que o Senhor nos diz!
Leitura do dia 03/01/2013
1 São João 2,29–3,6
Leitura da Primeira Carta de São João: Caríssimos: 29Já que sabeis que ele é justo,
sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor
o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não
nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos,
desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos!
Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o
veremos tal como ele é. 3Todo
o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4Todo o que comete pecado, comete
também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5Vós
sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6Todo aquele que peca mostra que não
o viu, nem o conheceu. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 03/01/2013
João 1,29-34
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: 29No dia seguinte,
João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo. 30Dele
é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque
existia antes de mim. 31Também
eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse
manifestado a Israel”. 32E
João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu,
e permanecer sobre ele. 33Também
eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse:
‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com
o Espírito Santo’. 34Eu
vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!” Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Santo do dia 02/01/2012
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Santo Basílio
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Santo Gregório Nazianzeno
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Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga Capadócia, no
ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na
perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã,
cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus
irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo
São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja. Basílio estudou em Atenas e
Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa.
Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade.
Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de
viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e escreveu suas famosas
"Constituições", a primeira Regra de vida espiritual destinada aos
religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos fundadores de comunidades
ao redigir os Regulamentos de suas Congregações. Basílio foi eleito bispo de
Cesaréia, e nesta época o representante do Império tentou fazer com que ele
renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde muito frágil, Basílio o
enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este representante desistiu de
castigá-lo, percebendo sua admirável santidade e porque já era venerado pelo
povo. Por sua oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras
obras de assistência, que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio
Magno". Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora
eloqüência, Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava
tudo o que ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos
carentes e depois criou asilos e orfanatos. Muito culto e profundo conhecedor
de teologia, filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da
Sagrada Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e
convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de
proveitosa leitura para a alma. Seu pensamento era: depois do amor à Deus,
ajudar, e fazer os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e
escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não
podia se alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos. Morreu em 1º de
janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia
seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu
amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data;
disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio
pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um
mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá
pregando sempre com seus escritos admiráveis". A Igreja autorizou o seu
culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi
sepultado.
Santo Gregório Nazianzeno
Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na
Capadócia, atual Turquia. Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve
o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias da
Antiguidade. Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e
inclinação para a vida de monge. Ele passou quase dez anos em Atenas como
estudante, onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio, cujo culto também se
comemora hoje. Durante este período desenvolveu, de vez, sua capacidade para a
poesia, literatura e retórica. Não cedendo à tentação de viver entre a
frivolidade de oradores e filósofos, ao contrário, se aprimorou numa profunda
vida religiosa, junto com seu fiel amigo. Ao regressar a Nazianzo recebeu o
Batismo das mãos de seu próprio pai e, mais tarde, a Ordem sacerdotal para
poder ajuda-lo na pastoral da sua diocese. Como estava vaga a diocese de
Sásimos, na Ásia Menor, o então bispo São Basílio o consagrou à dignidade
episcopal desta sede. Tornou-se um famosíssimo orador e teólogo sendo muito
perseguido pelos arianos. Por isto, preferiu desistir da vida episcopal e se
recolher num mosteiro onde se dedicava inteiramente às orações, à meditação, ao
estudo do Evangelho. Em virtude de sua grande erudição teológica e seus claros
conhecimentos sobre a discutida cristologia dos primeiros tempos, foi escolhido
para ser o bispo de Constantinopla. Neste caso, mesmo sob pressão dos inimigos,
Gregório aceitou ser declarado patriarca desta metrópole e nesta posição
presidiu o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja alí sediado em 381, que
triunfou a doutrina da Santíssima Trindade ortodoxa, ou seja, reconheceu a
divindade do Espírito Santo. Mesmo com seu caráter demasiado sensível, suportou
as dificuldades da administração de uma diocese. Mas as perseguições arianas
foram tantas que novamente se viu obrigado a abdicar do cargo, voltando para
sua solidão de monge, para o trabalho literário, ao exercício de meditação e
aos mistérios de Deus. Gregório morreu no ano 390. Dentre o seu legado
encontramos quase cinqüenta sermões e duzentas e quarenta e quatro cartas, que
tratam, em especial, sobre a verdadeira divindade do Espírito Santo e da
santidade da Virgem Maria como Mãe de Deus. Sua inspiração poética também nos
presenteou com cerca de quatrocentos poemas. Seus sermões e escritos deixaram
um tesouro de testemunho ortodoxo, em um tempo de muita confusão e luta interna
na Igreja de Roma. A Igreja o incluiu no Calendário dos Santos mantendo seu
culto no dia 2 de janeiro, como sempre foi venerado. São Gregório de Nazianzeno
junto com São Basílio Magno, e o irmão mais novo deste, chamado de São Gregório
de Nissa, receberam o título de "Os três capadócios".
Oração do dia 02/01/2013
Senhor, dai-me a humildade, a verdadeira, baseada na verdade
e na realidade do que sou, das minhas qualidades e limitações. Que eu esteja
sempre consciente que tudo é dom vosso, no que faz parte de minha natureza e
mais ainda no campo da graça sobrenatural. Tudo agradeço a vós, que tanto me
amais quanto menos mereço vosso amor. Ajudai-me a pôr tudo a vosso serviço.
Amém.
Deus nos fala dia 02/01/2013
A Palavra que vamos ouvir convida-nos a viver em
comunhão com Deus. Isso significa acolher em nossa vida a promessa de Cristo,
que é a vida eterna. E todo gesto de fé, por menor que seja, chega à
eternidade, como a humildade de João!
Leitura do dia 02/01/2013
1 São João 2,22-28
Leitura da Primeira Carta de São João: Caríssimos: 22Quem é mentiroso, senão aquele que
nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. 23Todo aquele que nega o Filho
também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai. 24Permaneça dentro de vós aquilo que
ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em
vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. 25E
esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. 26Escrevo
isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos. 27Quanto
a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e
não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e
ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos
ensinou, permanecei nele. 28Então,
agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando
ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua
vinda. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 02/01/2013
João 1,19-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: 19Este foi o
testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas
para perguntar: “Quem és tu?” 20João
confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então?
És Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele
respondeu: “Não”. 22Perguntaram
então: “Quem és, afinal? Temos de levar uma resposta àqueles que nos enviaram.
Que dizes de ti mesmo?” 23João
declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” —
conforme disse o profeta Isaías. 24Ora,
os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e
perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias,
nem o Profeta?” 26João
respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não
conheceis, 27e
que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia além do
Jordão, onde João estava batizando. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Santo do dia 01/01/2012
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Maria, Mãe de Deus
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Maria, Mãe de Deus
Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano
novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no
mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é
"a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda
criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o
direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com
toda verdade, Mãe! Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja
ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser
celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a
última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes
se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido. Num certo
sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela
solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria
concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio
aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu
na noite de Belém. Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por
conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe
daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez
carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra.
Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria
apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como
registram alguns autores. O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43)
nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá
bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando
recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre."
(Lucas1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo,
nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é
Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se
rejeita a ambos. Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia,
no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério
exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao
caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e
vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida
Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria
Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe,
incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos
de nossa parte obstáculos à sua ação maternal. A comemoração de Maria, neste
dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais
de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou
seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união
ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso
Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos
em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.
Oração do dia 01/01/2013
Senhor, por intercessão de Maria e José, tornai-me pronto a
vos ouvir, a escutar e viver vossa vontade. Pouco importa se me falais no
segredo de meu coração, se vosso mensageiro é um anjo, um santo, ou um simples
irmão a quem nunca dei importância. Que eu só me preocupe com a palavra que me
mandais, que eu a aceite na fé, e me entregue confiante em vossas mãos. Amém.
Deus nos fala dia 01/01/2013
Deus abençoa seu povo com a paz; quer que todos
tenham vida em plenitude. Enviando seu Filho ao mundo, sujeito à Lei, Deus nos
adota como filhos, livres de todas as escravidões. É aos pobres e
marginalizados, como os pastores, que Deus se manifesta de modo preferencial!
Leitura do dia 01/01/2013
Primeira Leitura
Números 6,22-27
Leitura do Livro dos Números: 22O Senhor falou a Moisés, dizendo: 23“Fala a Aarão e a seus filhos: Ao
abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: 24‘O
Senhor te abençoe e te guarde! 25O
Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! 26O Senhor volte para ti o seu rosto
e te dê a paz!’ 27Assim
invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Gálatas 4,4-7
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos: 4Quando se completou o tempo
previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à
Lei, 5a fim de resgatar
os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois filhos, Deus enviou
aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá — ó Pai! 7Assim, já não és escravo, mas
filho; e, se és filho, és também herdeiro: tudo isso por graça de Deus. Palavra
do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 01/01/2013
Lucas
2,16-21
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 16os pastores
foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado
na manjedoura. 17Tendo-o
visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que
ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto
a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os
pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e
ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias
para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo
anjo antes de ser concebido. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Santo do dia 31/12/2012: Santa Catarina Labouré e São Silvestre I
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Santa Catarina Labouré
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São Silvestre I
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Santa Catarina Labouré
A chamada "medalha milagrosa" é fruto de uma visão
que a religiosa vicentina Catarina Labouré teve da Virgem Maria em 1830. Na
visão, a Imaculada apareceu como está na imagem e pronunciou a oração "Ó
Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós",
exatamente como a conhecemos. Irmã Catarina foi batizada com o nome de Zoe de
Labouré. Filha de uma numerosa família de fazendeiros cristãos, nasceu em 2 de maio
de 1806, na região de Borgonha, interior da França. Na infância, ficou órfã de
mãe e desde então "adotou Mãe Maria" como sua guia, dedicando-lhe
grande devoção. Cresceu estudiosa, obediente e muito piedosa. Aos dezoito anos,
a vocação para a vida religiosa era forte, então pediu ao pai para segui-la,
mas ele relutou. Dada a insistência por anos a fio, ela já estava com vinte e
quatro anos, antes de consentir preferiu mandá-la a Paris, para que testasse
sua vocação. Chegou em abril de 1830 na cidade, e logo percebeu que estava
certa na decisão, pois não se motivou com os encantos da vida agitada da
sociedade urbana. Então, em maio, com autorização de seu pai, iniciou o
noviciado no Convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris
mesmo. Quando recebeu o hábito das vicentinas, mudou o nome para irmã Catarina.
A jovem noviça impressionava pelo fervor com que rezava na capela das
vicentinas, diante do relicário de são Vicente de Paulo, onde tinha constantes
visões. Contou ao confessor que primeiro lhe apareceu várias vezes o fundador,
depois as visões foram substituídas por Jesus eucarístico e Cristo Rei, em
junho do mesmo ano. Orientada pelo confessor, continuou com as orações, mas
anotando tudo o que lhe acontecia nesses períodos. Assim fez, e continuou o seu
trabalho num hospital de Paris. Em junho, sempre de 1830, teve um ciclo de
cinco aparições da Imaculada da medalha milagrosa, sendo três consideradas mais
significativas. A primeira delas foi na noite de 18 de junho, quanto veio um anjo
e a conduziu à capela da Casa-mãe, onde Catarina conversou mais de duas horas
com Nossa Senhora, que avisou sobre os novos encontros. Ela voltou a aparecer
em novembro e dezembro. A que mais chamou a atenção foi a de 27 de novembro,
quando veio em duas seqüências, que, por uma intuição interior, Catarina pensou
em cunhar numa medalha. Foi assim que surgiram as primeiras, em junho do ano
seguinte. Também foi criada a Associação das Filhas de Maria Imaculada, que
propagou o culto a Nossa Senhora Imaculada através da medalha. Desde aquela
época, passou a ser conhecida como "a medalha milagrosa", pelas
centenas de curas, graças e conversões que produziu por intercessão de Maria.
Depois disso, as visões terminaram. Catarina Labouré morreu em 31 de dezembro
de 1876, em Paris, onde trabalhou quarenta e cinco anos, no mesmo hospital
designado desde o início de sua missão de religiosa vicentina. Foi beatificada,
em 1933, pelo papa Pio XI e canonizada pelo papa Pio XII em 1947. Seu corpo
está guardado num esquife de cristal na capela onde ocorreram as aparições.
Para a família vicentina, o Vaticano autorizou uma festa no dia 28 de novembro.
A celebração universal a santa Catarina Labouré foi marcada no dia de sua morte
pela Igreja de Roma.
São Silvestre I
A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu
da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino
Constantino, que se converteu à fé em Cristo. Desse modo, o cristianismo se
expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para
estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um
romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências
para chegar, triunfante, ao terceiro milênio. Embora o imperador Constantino
tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos
de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em
completa paz. Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a
paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na
África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o
Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de
Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora,
aprovando o credo contra a heresia ariana. Tudo isso acontecia com o papa
Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a viagem, mandou representantes à
altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais
dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a
Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio
financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também
marcaram o governo desse papa. A construção mais importante, sem dúvida, foi a
basílica em honra de são Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um
antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado
de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o
papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de
São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a são João, em Roma. Também por causa
de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita
relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio
Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e
algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque
Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o
grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor
com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total
veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão.
Constantino está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe.
Quanto ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no
trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o
cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são
Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é
celebrado dois dias depois.
Oração do dia 31/12/2012
Senhor Jesus, Filho de Deus, creio em vós, creio que sois a
razão e o sentido de minha vida. Tomai conta de mim, afastai de mim a morte do
mal, e dai-me cada vez mais intensa a vida nova, a plenitude da vossa graça e
da vossa verdade. Sem vós nada sou, nem posso fazer qualquer bem. Fazei que
esteja sempre unido convosco e assim até possa ser salvação para outros. Amém!
Deus nos fala dia 31/12/2012
A salvação é dom de Deus concedido a nós por meio
de Jesus Cristo, nosso Redentor. Quem rejeita o ensinamento de Cristo, opõe-se
ao Reino e rejeita a própria vida. Não aceita o testemunho da Luz, que veio até
nós e penetrou a vida da humanidade e a história do mundo. Quem é contra o
Reino, não vê o que o Evangelho diz!
Leitura do dia 31/12/2012
1 São João 2,18-21
Leitura da Primeira Carta de São João: 18Filhinhos,
esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos
anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles
saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos
nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem
todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do
Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi, não é porque
ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da
verdade. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 31/12/2012
João
1,1-18
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: 1No
princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela
nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela
estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E
a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus;
seu nome era João. 7Ele veio como testemunha,
para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para
dar testemunho da luz: 9daquele
que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo
foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio
para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas,
a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus,
isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois
estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão,
mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se
fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que
recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho,
clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à
minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De
sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois
por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através
de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém
jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo
deu a conhecer. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
domingo, 30 de dezembro de 2012
Santo do dia 30/12/2012: São Rugero
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São Rugero
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São Rugero
Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade
italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua
origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua
vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da
cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o
bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de
pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado
bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador
Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância
no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais
precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque
de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas. O bispo
Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.
Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da
população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a
sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos
e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos,
incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse
possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as
crianças. Todavia esse século também foi um período conturbado para a história
da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos
e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado
como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício
próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo:
"Tudo para todos". Por tudo isso e por seus dons de conselho e
sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II.
Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das
rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação. Entrou rico
de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde
foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que
promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos
divulgaram a sua santidade. No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já
não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas
eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência
das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi
acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual
Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo
de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela
Igreja.
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