sábado, 15 de junho de 2013

10ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 15/06/2013: Luis Palazzolo e S. Vito

          Luis Palazzolo
S. Vito
 Luis Palazzolo
Luís Palazzolo lembrado hoje, tornou-se para a Igreja um modelo de sacerdote, pois exerceu seu Ministério com heróica obediência, pobreza e humildade. Bem-Aventurado Luís Palazzolo nasceu em Bérgamo, Itália, em 1827; orfão de pai, muito cedo Luís foi educado somente pela mãe que no uso do amor e religião deu-lhe uma ótima formação. Devido suas condições sociais e capacidade humanas, poderia ter percorrido o caminho do profissionalismo, porém Jesus o chamou para ser um profissional só Dele, disto entrou para o Seminário e foi ordenado Sacerdote. Para se tornar um apóstolo moderno Luís teve uma grande consciência do papel do Sacerdote: "O padre deve amar e dar afeto especialmente aos pobres assim como fez Jesus". Aconteceu que diversas regiões da Itália sofriam com guerras, calamidades públicas, pestes e outras desgraças, principalmente em Bérgamo onde estava o santo de hoje, sendo assim a Divina Providência pôde socorrer a muito através de Luís. Grande obras de caridade praticou em toda sua vida inclusive quando se desfez de uma herança familiar para ir ao encontro dos necessitados, isto por meio da fundação das Irmãs dos Pobres, amigos, escolas, orfanatos; até que aos 59 anos de idade entrou na Bem Aventuraça Eterna.
S. Vito
São Vito nasceu na Sicília. Sua vida esta envolta em lendas e fatos extraordinários. Ele foi um dos santos mais populares da Idade Média. Testemunho disso é a sua inserção no limitado grupo dos Santos Auxiliadores (os catorze ou quinze, conforme os lugares). De acordo com Atas do seu martírio, São Vito foi instruído secretamente na doutrina cristã por Modesto, seu preceptor, ao descobrir, seu pai, Hilas, tentou persuadir o filho a abandonar a fé, temendo que o fato viesse a público. O temor do pai acabou acontecendo: o garoto foi preso e levado perante o tribunal. Como continuou declarando-se cristão, foi açoitado e posto em liberdade. São Vito, Modesto e Crescência, sua ama-seca, fugiram de Sicília e alcançaram as costas de Nápoles, em Lucânia. Ficaram vagando as margens do rio Siluro, até que conseguiram chegar a Roma. Não demorou para novamente serem presos, açoitados e condenados às feras. Uma forte tempestade desabou sobre os espectadores, possibilitando a fuga dos prisioneiros para Lucânia. A fama de São Vito chegou até aos ouvidos de Diocleciano, cujo filho estava doente epilético, doença então impressionante. São Vito foi a Roma, curou o moço e por recompensa foi torturado e jogado novamente no cárcere. Mas o anjo libertou-o novamente. Somente mais tarde sofreram o martírio sob o imperador romano Diocleciano. São Vito é invocado contra a doença nervosa chamada coréia ou "dança de São Vito", ou ainda "dança de são Guido". São Vito, talvez não tanto como menino nem como taumaturgo, continua estimulando a vivência cristã de tantos que leram seu nome.

Oração do dia 15/06/2013

Pai, faze-me teu imitador, e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção. Amém!

Deus nos fala dia 15/06/2013

Cristo é a nova e eterna aliança do amor do Pai, e Ele estabeleceu entre nós a verdadeira relação humana, que é a verdade. E todo aquele que nele está é uma nova criatura, e não necessita de qualquer juramento para firmar sua verdade. Acolhamos a Palavra de Deus!

Leitura do dia 15/06/2013

2 Coríntios 5,14-21
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos, 14o amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. 18E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. 20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 15/06/2013

Mateus 5,33-37
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33“Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

10ª Semana Comum pela reconciliação (Cor Verde)

Santo do dia 14/06/2013: Iolanda da Polonia

           Iolanda da Polonia 
Iolanda da Polonia

Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, era filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era sobrinha de Santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de Santa Edwiges, Santo Estêvão e São Ladislau. Porém é claro que Iolanda não se tornou Santa só porque vinha de toda esta tradição extremamente católica e repleta de Santos. Não basta ter o caminho da fé apontado para se entrar nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela o fez. Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara então com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, "o Casto". Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o Duque de Kalisz, conhecido como "o Pio". Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que viu nas duas estrangeiras, pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade. Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda. Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o ocidente, ao convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298. Amada pela população, seu culto ganhou força entre os fiéis do Leste Europeu e se difundiu por todo o mundo católico, ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros, pelos milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827, o Papa Urbano VIII autorizou a beatificação e marcou a festa litúrgica para o dia do seu trânsito.

Oração do dia 14/06/2013

Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal. Amém!

Deus nos fala dia 14/06/2013

Cristo se põe ao nosso lado, mesmo com nossas fragilidades, e nos sustenta com sua misericórdia. Por isso, o amor é sublime e digno, e nada poderá perturbar a aliança do amor vivido com sinceridade. Negar o amor é negar a aliança de Deus!

Leitura do dia 14/06/2013

2 Coríntios 4,7-15
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos, 7trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda a parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos porá a seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 14/06/2013

Mateus 5,27-32
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. 30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Santo Antonio de Pádua (Cor Branca)

Santo do dia 13/06/2013: Santo Antônio de Pádua, Santo Ávito (Aventino) e Inácio Maloyan

      Santo Antônio de Pádua
Santo Ávito (Aventino) 
              Inácio Maloyan















Santo Antônio de Pádua
Santo Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando ali um mosteiro. Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio. Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país, contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha. Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França, principal foco dessas heresias. Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana. Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX. Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.
Santo Ávito (Aventino)
O eremita Ávito, ou Aventino, como também é conhecido, chegou a ser chamado de "o Idiota" pelos seus detratores, por causa de sua humildade e simplicidade. Tinha o espírito tão serviçal e ingênuo que suas atitudes eram, muitas vezes, consideradas tolas. Ávito nasceu no final do século V. Era filho de lavradores da região de Orleans, na França. Cresceu cristão e tornou-se monge eremita do mosteiro localizado nos montes Pirineus, na região do vale de Larboust, que mais tarde recebeu o seu nome. Ao contrário do que julgavam seus colegas, companheiros e parentes, foi considerado modelo de religioso e nomeado "ecônomo da comunidade". Mas Ávito desejava a solidão para meditar e rezar. E por isso, certo dia, fugiu para o interior misterioso e desconhecido de uma floresta, para viver na mais íntima união com Deus. Quando o abade Maximino morreu, Ávito foi eleito seu sucessor. Os outros monges, entretanto, tiveram dificuldade e demoraram algum tempo para encontrá-lo. Ávito, a princípio, recusou o posto, por não se achar suficientemente capacitado. Só aceitou porque recebeu ordem direta do bispo e por exclusivo senso de disciplina. Governou o mosteiro por muitos anos e, mesmo assim, a cada oportunidade surgida refugiava-se em sua floresta, ficando ali por dias e noites seguidos, no mais rigoroso retiro. Na oportunidade, aproveitava para ensinar o Evangelho aos montanheses que ainda eram pagãos. Ávito morreu assassinado pelos bárbaros pagãos, em 530, os quais esconderam o seu corpo. Porém, alguns séculos depois, suas relíquias foram milagrosamente recuperadas e colocadas numa igreja construída especialmente para acolhê-las. O mais antigo documento que testemunha o culto litúrgico dedicado a são Ávito no dia 13 de junho foi encontrado no breviário de Comminges. Ele é invocado, especialmente, pelas gestantes na hora do parto, porque, segundo a tradição, seu nascimento ocorreu durante um parto repleto de dificuldades. A Igreja autorizou a sua celebração e manteve a data da festa.
Inácio Maloyan
Choukrallah Maloyan nasceu em Mardin, atualmente, Turquia, no dia 19 de abril de 1869, filho de pais cristãos piedosos. Desde criança, dedicava-se a oração, a caridade e a penitência. Recebeu boa formação acadêmica e religiosa, sendo fluente nas línguas árabe e turca. Descobrindo a sua inegável vocação para o sacerdócio, em 1883 o arcebispo da comunidade armênio-católica enviou-o para estudar a religião no Líbano. Estudos que foram interrompidos por cinco anos, quando voltou para cuidar da saúde na sua cidade natal. No ano de 1901, já curado, retomou os estudos de filosofia e teologia no Líbano. Tornou-se membro do Instituto do Clero Patriarcal de Bzommar e, em 1896, recebeu a ordenação sacerdotal, tomando o nome de Inácio, a exemplo do seu santo de devoção. Logo foi nomeado pregador dos sacerdotes e seminaristas do Convento de Bzommar e depois enviado para o apostolado no Egito. Em seguida, em Istambul, Turquia, foi eleito secretário-geral do patriarca, e agraciado com o título de arcipreste. Depois de alguns anos no Egito, regressou a Mardin, onde continuou o seu abnegado trabalho e, por isso, foi nomeado administrador dos assuntos temporais e espirituais dessa eparquia, uma vez que o bispo tinha renunciado ao posto. Em 1911, viajou para Roma como secretário-geral do sínodo dos bispos armênio-católicos. No mesmo ano, foi nomeado bispo de Mardin, uma das eparquias armênio-católicas mais importantes. Nessa Sede desempenhou um ministério exemplar, melhorando o nível educativo, cultural e religioso das escolas da comunidade armênia, e difundiu um espírito de grande piedade. Propagou em todas as paróquias de sua diocese o amor e a devoção ao Santíssimo Sacramento, ao Sagrado Coração e à Santíssima Virgem Maria. O seu patriotismo não passou despercebido ao sultão do Império Otomano, que o condecorou com a Legião de Honra. Durante a guerra, os soldados turcos invadiram as igrejas, semearam o terror, aprisionaram e torturam pessoas inocentes, provocando o vigoroso protesto do bispo Maloyan, que exortava os seus sacerdotes a rezar pedindo a proteção de Deus. Preso de maneira arbitrária quando o governo decidiu acabar com os cristãos na Turquia, foi induzido a professar a fé do islã, mas respondeu energicamente: "Nunca renegarei Cristo, nem os ensinamentos da Igreja Católica, à sombra da qual cresci e da qual, sem ser digno, fui um dos seus ardorosos discípulos", provocando a fúria dos presentes. Torturado cruelmente na prisão, foi morto no dia 13 de junho de 1915. Porém, antes de partir para a casa do Pai, tomou algumas migalhas de pão, consagrou-as e deu-as aos seus companheiros como corpo de Cristo. O papa João Paulo II beatificou Inácio Maloyan em 2001, e indicou o dia de sua morte para a sua veneração litúrgica.


Oração do dia 13/06/2013

Espírito de hospitalidade, abre meu coração para acolher Jesus, e manifestar-lhe toda a minha gratidão pelo amor que ele tem por mim. Amém!

Deus nos fala dia 13/06/2013

Deus fez brilhar sua luz em nosso coração para tornar claro o conhecimento da sua glória. Por isso, Jesus nos ensina que a justiça divina é profunda e gera a fraternidade entre nós. Acolhamos, de todo o coração, o que agora nos fala o Senhor por sua Palavra!

Leitura do dia 13/06/2013

Primeira Leitura
2 Coríntios 3,15–4,1.3-6
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos, 3,15até o dia de hoje, quando os israelitas leem os escritos de Moisés, um véu cobre o coração deles. 16Mas, todas as vezes que o coração se converte ao Senhor, o véu é tirado. 17Pois o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. 18Todos nós, porém, com o rosto descoberto, contemplamos e refletimos a glória do Senhor e assim somos transformados à sua imagem, pelo seu Espírito, com uma glória cada vez maior. 4,1Não desanimamos no exercício deste ministério que recebemos da misericórdia divina. 3E se o nosso evangelho está velado, é só para aqueles que perecem que ele está velado. 4O deus deste mundo cegou a inteligência desses incrédulos, para que eles não vejam a luz esplendorosa do evangelho da glória de Cristo que é a imagem de Deus. 5De fato, não nos pregamos a nós mesmos, pregamos a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus. 6Com efeito, Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz”, é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 13/06/2013

Mateus 5,20-26
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno. 23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

10ª Semana Comum (Cor Verde)

Santo do dia 12/06/2013: São João de Sahagun, São Bernardo de Menton (de Aosta), Santo Onofre e São Gaspar Bertoni

         São João de Sahagun
S.Bernardo de Menton (de Aosta)
Santo Onofre 










           São Gaspar Bertoni
São João de Sahagun
João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453. O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade. Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador". O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos. Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos. Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos. Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã. João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.
São Bernardo de Menton (de Aosta)
Bernardo viveu no século IX. Pouco se sabe sobre sua origem, não é certo, mas parece que pertencia à família dos barões de Menton, da corte francesa. Entretanto documentos da época confirmam que, na Itália, Bernardo era o arcedecano da catedral de Aosta, conhecido pela oratória nas pregações. Ele será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos da Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São Bernardo, onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma rota importante que ligava Londres, na Inglaterra, a Perugia, na Itália, permitindo o trânsito de mercadorias, pessoas e idéias. Desde o final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno. Os exércitos árabes dominaram a região, achacando a população, provocando seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e aldeias inteiras. Até que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação. Destruiu a base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas, em conseqüência, a região ficou completamente destruída. Foi nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro lá existente, criando uma nova comunidade religiosa, que, sob a sua direção, com determinação e competência, reorganizou a população e reconstruiu as aldeias e vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a pouco, com os habitantes fixando-se na região. Depois, os novos religiosos, com o tempo, converteram-se em cônegos regulares e chegaram a formar uma congregação, a qual se dedicou a evangelizar as regiões montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por utilizarem cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo", pois se originaram nesse mosteiro, e que tanto serviços prestaram para resgatar os alpinistas perdidos. Este foi o outro Bernardo atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos comentada de sua vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais. Pois foi trabalhando nessa causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081, no Convento de Novara. A Europa conseguiu reerguer-se, após mil anos de invasões de árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças a homens como Bernardo de Aosta. Seu corpo foi sepultado na catedral de Novara, na Itália. Inscrito no Martirológio Romano em 1681, são Bernardo de Aosta foi proclamado pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores.
Santo Onofre
Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la. Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas. Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta. No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus. O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse. Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou. Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho. Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.
São Gaspar Bertoni
Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de 1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e austríacos. O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria. Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens". A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário Apostólico". Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas, consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos. Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos. Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se: "Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus. Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele. Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi canonizado por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989. Celebra-se sua festa litúrgica dia 12 de junho.

Oração do dia 12/06/2013

Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai. Amém!

Deus nos fala dia 12/06/2013

O Senhor nos chama para viver na aliança de seu amor. E viver na aliança de amor significa estar pronto para praticar o bem, pois não basta não fazer o mal e deixar de fazer o bem. Por isso, toda lei que nos obriga à obediência, deve colocar a vida e a misericórdia acima de qualquer outro valor!

Leitura do dia 12/06/2013

2 Coríntios 3,4-11
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes por nós mesmos, de ter algum pensamento, como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério, da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério ao serviço da justificação. 10Realmente em comparação com uma glória, tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 12/06/2013

Mateus 5,17-19
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo; disse Jesus aos seus discípulos: 17”Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

terça-feira, 11 de junho de 2013

São Barnabé (Cor Vermelha)

Santo do dia 11/06/2013: São Barnabé e Santa Paula Frassinetti

              São Barnabé
       Santa Paula Frassinetti
 São Barnabé
Barnabé não fez parte dos primeiros doze apóstolos escolhidos por Jesus. Mas acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias. Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos apóstolos, como conta Lucas nos Atos. Assim era Barnabé, homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, segundo narram as Sagradas Escrituras. Ele era da tribo de Levi e veio ao mundo na ilha de Chipre. Foi ali que estudou, na companhia de Paulo, com o célebre mestre Gamaliel, com quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Chamava-se José e, quando foi admitido entre os apóstolos, recebeu o nome de Barnabé, que significa "filho da consolação", devido ao seu maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos. No quarto capítulo do Ato dos Apóstolos, Barnabé também é chamado de o "filho da exortação". Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo de Tarso, o terrível perseguidor dos cristãos, ingressou nos círculos judeo-cristãos, sendo apresentado a Pedro, Tiago e aos fiéis de Jerusalém depois de sua conversão. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade a chamar de cristãos aos fiéis seguidores de Cristo. Depois, aos dois se juntou João Marcos, e viajaram por Salamina, Patos, Chipre, Panfília, Pisídia, Icônio e Listra, pregando e realizando milagres como testemunho da presença do Espírito Santo. Todo esse trabalho foi reconhecido pelo Concílio de Jerusalém, bem como o trabalho que realizou depois de passar a pregar separado de João Marcos e de Paulo, deste último por decisão pessoal, após uma divergência. Barnabé estava em Chipre quando foi martirizado no ano 61. Segundo uma antiga tradição, Barnabé pregava na sinagoga da Salamina quando foi interrompido por uma multidão de judeus fanáticos. O apóstolo foi seqüestrado, levado para fora da cidade e apedrejado. Entretanto existe uma outra, tão antiga quanto esta, que narra Barnabé pregando em Alexandria e em Roma, e que diz, ainda, que teria sido consagrado o primeiro bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.
Santa Paula Frassinetti
Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em 3 de março de 1809, na cidade de Gênova, Itália. Com a morte da sua mãe, seu pai e seus quatro irmãos assumem sua educação. Seu pai incutiu nos filhos um forte sentido cristão e todos seguiram a vida sacerdotal. O mais velho foi o fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada. Paula tinha uma inteligência aguçada e uma preferência para o estudo da filosofia e da teologia. Em 1827, ela foi residir com seu irmão José, que era o pároco da aldeia de Quinto, perto de Gênova. Junto com ele, Paula apressou-se em fundar uma escola paroquial, iniciando uma ação fecunda de apostolado com um pequeno grupo de fiéis seguidoras. Depois, em 1834, com elas Paula fundou uma congregação religiosa, com o nome de Filhas da Santa Fé, com o propósito de "estar plenamente disponíveis nas mãos de Deus para evangelizar por meio da educação, com preferência pelos jovens e pelos mais pobres". Em visita a Gênova, o sacerdote Luca de Passi, que criava na Itália comunidades apostólicas de Santa Dorotéia, convidou a congregação recém-fundada para executar os trabalhos de sua instituição. Paula aceitou e o antigo Instituto das Filhas da Santa Fé passou a ser chamado de Irmãs de Santa Dorotéia. Sucessivamente, foram abertos novos colégios pelas religiosas. Primeiro em Gênova, depois em Roma, sendo que o de Santo Onofre, instituído em 1844, em Roma, foi mais tarde escolhido para ser a Casa-mãe da instituição. Inspirada nas regras de santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, dos célebres padres jesuítas, Paula elaborou os estatutos das Irmãs de Santa Dorotéia à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração. Estabelecida em Roma com seu instituto, madre Paula foi recebida pela primeira vez pelo papa Gregório XVI, por quem foi abençoada, recebendo novo estímulo para sua obra. Muito cedo a força de sua ação evangelizadora foi reconhecida e difundiu-se com a criação de novas casas por toda a Itália. Em 1866, chegou ao Brasil e logo depois a Portugal. Daí por diante se propagou por todos os continentes, com suas missionárias animadas por suas palavras, que ainda ecoam entre elas: "O Senhor as encha do seu Espírito e as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem, acendam o fogo do amor de Deus". No dia 11 de junho de 1882, aos setenta e três anos de idade, madre Paula morreu em Roma, sendo enterrada no cemitério de São Lourenço. Em 1903, quando da exumação do seu corpo, este foi encontrado intacto. Três anos depois, foi transferido para a capela da Casa-mãe do Instituto de Santo Onofre, em Roma. Muitas foram as graças e milagres atribuídos à intercessão de madre Paula, e sua veneração tornou-se vigorosa entre os fiéis. Em 1930, foi beatificada pelo papa Pio XI. Depois, em 1984, Paula Frassinetti foi declarada santa pelo papa João Paulo II, durante uma comovente cerimônia solene em Roma.

Oração do dia 11/06/2013

Espírito de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus. Amém!

Deus nos fala dia 13/06/2013

Deus fez brilhar sua luz em nosso coração para tornar claro o conhecimento da sua glória. Por isso, Jesus nos ensina que a justiça divina é profunda e gera a fraternidade entre nós. Acolhamos, de todo o coração, o que agora nos fala o Senhor por sua Palavra!

Leitura do dia 11/06/2013

Atos dos Apóstolos 11,21b-26; 13,1-3
Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 11,21bmuitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. 13,1Na Igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei”. 3Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir.  Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 11/06/2013

Mateus 10,7-13
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz”. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

10ª Semana Comum (Cor Verde) Pelos cristãos leigos!

Santo do dia 10/06/2013: Eduardo Poppe e João Dominici

             Eduardo Poppe
               João Dominici
 Eduardo Poppe
Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores. Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico. Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa. Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos. Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X. Mas não criou apenas o "manual", ele instituiu a "Liga da Comunhão Freqüente", estendida aos operários também. O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do Convento das Irmãs de São Vicente de Paulo, em Moerzeke-lez-Termonde. Lá, continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isso publicou um semanário intitulado "Zonneland", que significa "País do Sol", direcionado à "Cruzada Eucarística Pio X" de toda a Bélgica. Mais tarde, os problemas de saúde agravaram-se. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por tal motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi nesse período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na eucaristia. Dela se destacaram as obras: "Direção espiritual dos jovens", de 1920; "Salvemos os operários", de 1923; "Apostolado eucarístico paroquial", de 1923; "O amigo dos jovens" e "O método educativo eucarístico", ambas de 1924. Há outras publicadas depois de sua morte também. Em 1921, o cardeal nomeou-o diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar. Lá também seu ministério floresceu. Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no Convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias. A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado, em 1999, pelo papa João Paulo II, que o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".
João Dominici
João Dominici nasceu no ano 1355, em Florença, na Itália. De origem muito humilde, ele teve sérias dificuldades para estudar, além disso gaguejava. Com forte vocação religiosa, tentou ingressar no convento dos dominicanos, mas foi recusado pela falta de qualificação intelectual e o fato de ser gago também pesou. Apesar dessas desvantagens, João não desistiu: na segunda tentativa, aos dezessete anos, ingressou na Ordem Dominicana, no Convento de Santa Maria Novella. Surpreendeu a todos pelo caráter afável e generoso, pela inteligência e dedicação nos estudos, pelo destacado zelo às regras, às orações e pela austeridade de vida e duras penitências. A única coisa que o entristecia era a dificuldade encontrada na pregação dos vigorosos sermões que escrevia, mas que, ao serem pronunciados,pareciam ridículos. Em 1381, sua cura aconteceu, quando, prostrado e chorando, orou a santa Catarina de Siena, para que intercedesse por ele. E a santa de sua devoção o atendeu. Foi completar os estudos em Pisa e Paris, tornando-se um excelente teólogo e um eloqüente pregador. Ao destacado ministério da Palavra uniu sua talentosa eficácia de escritor, cujas obras alcançaram um alto valor catequético e pedagógico. Tornou-se estreito colaborador de Raimundo da Cápua, agora bem-aventurado, provincial daquela região, que à época se dedicava a restaurar as regras da estrita observância, tanto assim que foi considerado um segundo fundador da Ordem Dominicana. Esse provincial enviou João a Veneza, em 1394, para promover a reforma em todos os conventos e mosteiros. Lá foi eleito prior do Convento de Santa Maria Novella e em seguida começou a obra da restauração da estrita observância, pelo Convento de São Domingos de Veneza. Depois, foi de convento em convento preparando o grande reflorescimento da santidade e do apostolado, como o fundador da Ordem dos Pregadores, são Domingos, havia projetado. Fundou um convento feminino, chamado de Corpus Christi, e o Convento masculino de São Domingos de Fiesole, que foi celeiro de santos e de apóstolos, entre os quais se destacaram Antonino e Frà Angélico, ambos discípulos de João Dominici. Em 1406, ele foi nomeado, pelo papa Gregório XII, seu embaixador em Florença, que, dois anos depois, animado pelas virtudes de João, o consagrou arcebispo de Ragusa e cardeal do título de São Xisto. Participou, entre 1414 e 1418, do Concílio de Constança, conseguindo, com sua influência e autoridade de confessor particular e conselheiro pessoal do papa Gregório XII, que este renunciasse, colocando um fim no cisma que iniciara na Igreja do Ocidente. O novo papa, Martinho V, em 1418, nomeou-o delegado do seu governo para a Boêmia, Polônia e Hungria, onde novas heresias começavam a proliferar. Porém seu zeloso trabalho apostólico foi interrompido quando uma febre fulminante tolheu-lhe a vida, em 10 de junho de 1419, na cidade de Budapeste, na Hungria. O papa Gregório XVI beatificou João Dominici em 1832, confirmando para o dia de sua morte o culto litúrgico.

Oração do dia 10/06/2013

Pai, não permitas que meu coração se feche para meu próximo, e dá-me forças para superar todas as barreiras que me impedem de viver em comunhão com ele. Amém!

Deus nos fala dia 10/06/2013

Deus nos consola em sua misericórdia para que possamos consolar àqueles que se encontram em situações difíceis de aflição e incertezas. E Jesus, nas bem-aventuranças, nos ensina e nos indica o jeito autêntico de ser cristão verdadeiro, voltando o coração para a verdade do Reino!

Leitura do dia 10/06/2013

2 Coríntios 1,1-7
Início da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: 1Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos que se encontram em toda a Acaia: 2para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. 4Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. 5Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo. 6Se estamos em aflições, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é para a vossa consolação. E essa consolação sustenta a vossa paciência em meio aos mesmos sofrimentos que nós também padecemos. 7E a nossa esperança a vosso respeito é firme, pois sabemos que, assim como participais dos nossos sofrimentos, participais também da nossa consolação. Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Evangelho do dia 10/06/2013

Mateus 5,1-12
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo: 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós. Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

domingo, 9 de junho de 2013

10º Domingo do Tempo Comum (Cor Verde) Dando vida, Deus visita seu povo!

Santo do dia 09/06/2013: Santo Efrém, José de Anchieta e Ana Maria Taigi

               Santo Efrém
José de Anchieta 
             Ana Maria Taigi
 Santo Efrém
Efrém nasceu no ano 306, bem no início do século IV, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa, além das heresias que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para que sua fé em Cristo e sua ardente devoção à Virgem Maria vigorassem e se firmassem. O pai de Efrém era sacerdote pagão, embora sua mãe, cristã, defendesse a liberdade religiosa educando o filho dentro dos preceitos da palavra de Cristo. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, pois o Edito de Milão, autorizando a liberdade de culto, só entrou em vigor quando ele já tinha sete anos de idade. Mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho. Como não o venceu nem com a força, nem com argumentos, expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos e viveu do seu próprio sustento, trabalhando num balneário local. No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, deslocou-se para a cidade de Edessa, também atual Turquia. Os poucos registros sobre sua vida contam-nos que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema. Como não sabia grego, sua obra ficou isenta da influência dos teólogos seus contemporâneos, inclinados à controvérsia da Trindade. Efrém foi um ardente defensor da genuína doutrina cristã antiga. Com veia poética, seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Na sua época estava-se organizando o canto religioso alternado nas igrejas. Esse movimento foi iniciado pelos bispos Ambrósio de Milão e Diodoro da Antioquia. A colaboração do diácono Efrém de Nisibi foram poesias na língua nativa próprias para o canto coletivo, o que permitiu uma rápida divulgação. Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de "Harpa do Espírito Santo". Somente a Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas, transformados em hinos. Suas poesias eram tão populares e empolgantes que da Síria espalharam-se e chegaram até o Oriente mediterrâneo, graças a uma cuidadosa e fiel tradução em grego. Efrém morreu no dia 9 de junho de 373, em Edessa, sem ter sido ordenado sacerdote. Desde então, é venerado neste dia por sua santidade, tanto pelos católicos do Oriente como do Ocidente. O papa Bento XV declarou-o doutor da Igreja em 1920.
José de Anchieta
José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534, na cidade de São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife, do arquipélago das Canárias, Espanha. Foi educado na ilha até os quatorze anos de idade. Depois, seus pais, descendentes de nobres, decidiram que ele continuaria sua formação na Universidade de Coimbra, em Portugal. Era um jovem inteligente, alegre, estimado e querido por todos. Exímio escritor, sempre se confessou influenciado pelos escritos de são Francisco Xavier. Amava a poesia e mais ainda, gostava de declamar. Por causa da voz doce e melodiosa, era chamado pelos companheiros de "canarinho". Mas também tinha forte inclinação para a solidão. Tinha o hábito de recolher-se na sua cela ou de retirar-se para um local ermo a fim de dedicar-se à oração e à contemplação. Certa vez, isolou-se na catedral de Coimbra e, quando rezava no altar de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava. Naquele mesmo instante, sentiu o chamado para dedicar sua vida ao serviço de Deus. Tinha dezessete anos e fez o voto de consagrar-se à Virgem Maria. Ingressou na Companhia de Jesus e, quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Chegou na Bahia junto com mais seis jesuítas, todos doentes, inclusive ele, que nunca mais se recuperou. Em 1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou, no planalto de Piratininga, aquela que seria a cidade de São Paulo, a maior da América do Sul. No local foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou. José de Anchieta não apenas catequizava os índios. Dava condições para que se adaptassem à chegada dos colonizadores, fortalecendo, assim, a resistência cultural. Foi o primeiro a escrever uma "gramática tupi-guarani", mas, ao mesmo tempo, ensinava aos silvícolas noções de higiene, medicina, música e literatura. Por outro lado, fazia questão de aprender com eles, desenvolvendo diversos estudos da fauna, da flora e do idioma. Anchieta era também um poeta, além de escritor. É célebre o dia em que, estando sem papel e lápis à mão, escreveu nas areias da praia o célebre "Poema à Virgem", que decorou antes que o mar apagasse seus versos. A profundidade do seu trabalho missionário, de toda a sua vida dedicada ao bem do próximo aqui no Brasil, foi exclusivamente em favor do futuro e da sobrevivência dos índios, bem como para preservar sua influência na cultura geral de um novo povo. Com a morte do padre Manoel da Nóbrega em 1567, o cargo de provincial do Brasil passou a ser ocupado pelo padre José de Anchieta. Neste posto mais alto da Companhia de Jesus, viajou por todo o país orientando os trabalhos missionários. José de Anchieta morreu no dia 9 de junho de 1597, na pequena vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo, sendo reconhecido como o "Apóstolo do Brasil". Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980. A festa litúrgica foi instituída no dia de sua morte.
Ana Maria Taigi
Ana Maria Antonia Gesualda nasceu na bela cidade toscana de Siena, em 29 de maio de 1769, na Itália. Era filha única de um conceituado farmacêutico de Siena. A família foi obrigada a emigrar para Roma em busca de melhores condições de vida, quando os negócios pioraram. Ali, viveram na pobreza, com Ana Maria abandonando seus estudos para trabalhar e ajudar no sustento da casa. Mas a vida mundana de luxo fácil que a cidade eterna proporcionava chegou a tentar esta jovem que sonhou com tudo isto. Conseguiu passar ilesa porque se casou, aos vinte e um anos, com Domingos Taigi, servidor do palácio Chigi. Ele era um homem piedoso, mas de caráter difícil e grosseiro, que nunca compreendeu exatamente os dons especiais da esposa. Vivendo no ambiente da corte, o casal acabou buscando a felicidade fútil das festas, vaidades, diversões e fortuna. Depois de três anos ela viu o vazio de sua vida familiar e o quanto estava necessitada de Jesus. Foi à uma igreja e fez uma confissão profunda com um sacerdote que se tornou seu orientador espiritual. Foi nesse instante que ocorreu sua conversão. A partir de então iniciou uma nova vida, dedicada aos deveres cristãos, e a procura da santificação. Ana Maria quis entregar-se a duras penitências, mas o padre a fez compreender que seu sacrifício consistia no amor e fidelidade ao sacramento do casamento e no papel de mãe. A sua família foi crescendo com a chegada dos sete filhos, três dos quais morreram ainda pequenos, e dos seus velhos pais. Mas encontrava tempo para ajudar nas despesas da casa costurando sob encomenda. O pouco que tinha era sempre dividido com os pobres e doentes, que nunca deixou de ajudar. Mais tarde, quando a filha Sofia ficou viúva com seis filhos, foi Ana Maria que os acolheu e criou, dando-lhes a formação reta no seguimento de Jesus e na devoção a Maria. Em 1808, recebeu autorização e ingressou na Ordem Terceira secular da Santíssima Trindade. Favorecida com dons especiais da profecia, tornou-se conhecida por seus conselhos no meio do clero. Ana Maria tornou-se muito respeitada durante todos os quarenta e sete anos em que "um sol luminoso aparecia diante dos olhos, onde via os acontecimentos do mundo, os pensamentos e as almas das pessoas", como ela mesma descrevia. Foi conselheira espiritual de vários sacerdotes, hoje todos santos, como Vincente Pallotti, Gaspar Del Búfalo, Vicente Maria Strambi, de nobres e outras personalidades eclesiásticas ilustres. Ela faleceu em 9 de junho de 1837. O papa Bento XV beatificou-a em 1920, designou sua celebração para o dia de sua morte e declarou-a padroeira das mães de família. O corpo da bem-aventurada Ana Maria Taigi, que prodigiosamente se conservou incorrupto, está guardado na igreja de São Crisógono, em Roma, numa capela a ela dedicada.