sábado, 23 de fevereiro de 2013
Santo do dia 23/02/2013: Santo Policarpo de Esmirna e Rafaela Ybarra
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Santo Policarpo de Esmirna
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Rafaela Ybarra
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Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em
Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram
transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o
"Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi
discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos
que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida,
sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo
foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo
próprio apóstolo João, o Evangelista. Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia,
que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este
escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer,
enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto,
Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre
a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e
Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a
liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas
questões disciplinares. Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava
interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu
rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje
foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em
Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também
citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas
informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a
Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os
primeiros discípulos dos apóstolos. Durante a perseguição de Marco Aurélio,
Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser
preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi
preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio
Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido
Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra
meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo
subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó
Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".
Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a
fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu. Os carrascos
foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado
exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos
que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito
um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de
156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro
mais antigo do martirológio cristão existente.
Rafaela Ybarra
Rafaela nasceu no dia 16 de janeiro de 1843, em Bilbao,
Espanha, no seio da tradicional família cristã Ybarra, da alta burguesia local.
De personalidade serena e afável teve a infância e adolescência felizes,
recebendo uma sólida formação humana e religiosa, de acordo com os costumes da
época. Aos dezoito anos se casou com o engenheiro João Vilallonga, com quem
teve sete filhos. Mas, a morte trágica da sua irmã e do cunhado, fez o casal
assumir os cinco sobrinhos como seus próprios filhos. Rafaela soube conciliar
sua obrigação familiar com uma vida cheia de caridade e riqueza espiritual. Em
pleno século XIX, a Espanha vivia um período conturbado, com o povo sofrendo
severas privações provocadas pela Revolução Industrial, que se desencadeara no
mundo. A grande população rural, principalmente a de jovens, se sentia acuada e
era seduzida pelos novos pólos industriais que surgiam. Bilbao não foi uma
exceção, atraindo uma legião deles, que buscavam uma melhor condição de vida. A
este fato, Rafaela se manteve alerta. Sua situação social não foi um obstáculo
para esta sensibilidade, ao contrário, tinha consciência dos perigos que a
capital produzia, como a privação, exploração e marginalização. Com esta
preocupação e neste campo realizou seu apostolado, de modo tão amplo, que nem
mesmo depois de sua morte se sabia exatamente até onde poderia ter chegado.
Colocou à distribuição das obras assistenciais todo o seu dinheiro e suas
energias: recolhia as jovens que buscavam trabalho e depois de arranjar-lhes as
colocações, as mantinham abrigadas sob seus cuidados até que tivessem uma
profissão, com emprego e moradia dignos. Cultivando o contato com Deus, através
da oração, no amor ao próximo e na caridade para com todos; despertou e
alicerçou as bases para a fundação de um novo instituto religioso. Ao mesmo
tempo em que não descuidou da sua vida familiar, se dedicou a uma vida intensa
de apostolado, atuando em todas as obras assistenciais que eram criadas em
Bilbao. Entretanto, nunca abandonou seu sonho, ao contrário, solidificou muito
bem o fundamento e elaborou as Regras, sob a orientação do bispo de sua
diocese. No final de1894, junto com três jovens religiosas, assumiram o trabalho
de "mães e educadoras" das meninas e jovens que necessitavam de ajuda
naqueles anos tão difíceis. A missão se assemelhou a dos "Anjos da
Guarda", cujo nome tomou para sua fundação e cujas atitudes foram
imitadas. Em 1897, a Congregação dos Santos Anjos da Guarda estava criada e
dois anos depois aprovada pelo Vaticano, sendo a Casa Mãe em Bilbao, o modelo.
Nesta ocasião, tentou se tornar uma religiosa, mas graves problemas a
impediram. Depois de padecer uma longa enfermidade, morreu em 23 de fevereiro de
1900, aos cinqüenta e sete anos. A santidade de sua vida foi reconhecida pela
Igreja. O Papa João Paulo II, a beatificou em 1984, nesta ocasião as Irmãs se
encontravam em toda a Espanha, Itália e América Latina. A fundadora recebe as
homenagens no dia de sua morte.
Oração do dia 23/02/2013
Senhor, no amor está nossa felicidade. No amor que nos tendes
e no que vos damos. No que damos aos nossos irmãos e no que deles recebemos.
Vós nos ensinais que amor não é peso, mas asas que nos fazem crescer. Eu vos
agradeço a capacidade de amar, e peço que me ajudeis a amar cada vez mais.
Ajudai-nos para que, amando agora, nos preparemos para o amor eterno. Amém!
Deus nos fala dia 23/02/2013
Aquele que é fiel também espera que o sejamos. E
Deus aproxima-se de nós com seu amor infinito e pede-nos que tenhamos amor
maior por aqueles que menos amamos!
Leitura do dia 23/02/2013
Deuteronômio 26,16-19
Leitura do Livro do Deuteronômio: Moisés dirigiu a
palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus
te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o
teu coração e com toda a tua alma. 17Tu escolheste hoje o Senhor para ser
teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos,
mandamentos e decretos, e para obedecerdes à sua voz. 18E o
Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te
prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim
ele te fará ilustre entre todas as nações que criou, e te tornará superior em
honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele
disse”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 23/02/2013
Mateus
5,43-48
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 43“Vós
ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos
inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim,
vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o
sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que
vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma
coisa? 47E se saudais somente os
vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma
coisa? 48Portanto, sede perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Santo do dia 22/02/2013: Cátedra de São Pedro e Santa Margarida de Cortona
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Cátedra de São Pedro
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Santa Margarida de Cortona
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A Cátedra de São Pedro era comemorada em duas datas, que
marcaram as mais importantes etapas da missão deixada ao apóstolo pelo próprio
Jesus. A primeira, em 18 de janeiro se comemorava a sua posse em Roma, a
segunda, em 22 de fevereiro, marca o aparecimento do Cristianismo na Antioquia,
onde Pedro foi o primeiro bispo. Por se tratar de uma das mais expressivas
datas da Igreja o martirológio decidiu unificar os dois dias e festejar apenas
o dia 22 de fevereiro, que é a mesma data do livro "Dispositio
Martyrum", único motivo da escolha para a celebração. Cátedra significa
símbolo da autoridade e do magistério do bispo. É daí que se origina a palavra
catedral, a igreja-mãe da diocese. Estabeleceu-se então, a Cátedra de São Pedro
para marcar sua autoridade sobre toda a Igreja, inclusive sobre os outros
apóstolos. Sem dúvida alguma foi o mais importante dos escolhidos por Jesus
Cristo. Recebendo a incumbência de se tornar a pedra sobre a qual seria
edificada Sua Igreja, Pedro assumiu seu lugar de líder, atendendo a vontade
explícita de Jesus, que lhe assinalou a tarefa de "pascere" em grego,
isto é guiar o novo povo de Deus, a Igreja. Veremos de fato que Pedro desempenhando,
depois da Ascensão, o papel de guia. Presidiu a eleição de Matias e foi o
orador do dia de Pentecostes. Mais tarde enfrentou a perseguição de Herodes
Agripa, que pretendia matá-lo para aplicar um duro golpe no cristianismo.
Implantou as fortes raízes do catolicismo em Antioquia, e então partiu para
Roma, onde reinava o imperador Cláudio. A Igreja ganhou grande força com a sua
determinação. Alguns fatos históricos podem ser comprovados através da epístola
de São Paulo aos Romanos, do ano 57. Nela, este apóstolo descreve o crescimento
da fé cristã, em todos os territórios dos domínios deste Império, como obra de
Pedro. Mas foi na capital, Roma, que Pedro deu impulso gigantesco à expansão do
Evangelho, até o seu martírio e a morte, que aconteceram na cidade-sede de toda
a Igreja. Conforme constatação extraída dos registros das tradições narradas na
época e aceita por unanimidade pelos estudiosos, inclusive os não cristãos.
Posteriormente atestadas, de modo histórico irrefutável, pelas escavações
feitas em 1939, por ordem do Papa Pio XII, nas Grutas Vaticanas, embaixo da
Basílica de São Pedro, e cujos resultados foram acolhidos favoravelmente também
pelos estudiosos não católicos.
Santa Margarida de Cortona
A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247,
em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou
todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.
Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de
novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem
apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e
prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e
passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas. Um dia, porém, o
homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi
assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada
misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na
viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a
inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia
passar o resto da vida na penitência. Para mostrar publicamente sua mudança de
vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a
todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua
madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida
sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e
riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão
religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na
Ordem Terceira. Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar
por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas
penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos
escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações
do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer
excessos nas penitências. Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como
passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que
foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais
franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e
mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas
orações contemplativas. Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e
foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida
de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte
indicado para a sua veneração litúrgica.
Oração do dia 22/02/2013
Senhor, desde criança ouvi falar sobre vós, e aos poucos fui
percebendo que sois alguém que interfere em minha vida. Penso que tenho uma
ligação pessoal convosco que deve, porém, ser aprofundada. Aumentai meu amor, e
poderei conhecer-vos mais, e crescer em união convosco. Quero tomar-vos sempre
como ponto de referência em todas as minhas decisões. Ajudai-me. Amém!
Deus nos fala dia 22/02/2013
Somos responsáveis pela causa do Reino de Deus.
Nosso compromisso batismal é com a mesma missão de Jesus. Por isso, a profissão
de fé de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, é também a dos
apóstolos e de todos os cristãos. Sejamos, pois, fiéis ao Reino!
Leitura do dia 22/02/2013
1 São Pedro 5,1-4
Leitura da Primeira Carta de São Pedro: Caríssimos, 1exorto
aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos
sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: 2Sede pastores
do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, não por coação, mas de coração
generoso; não por torpe ganância, mas livremente; 3não como
dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do
rebanho. 4Assim,
quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória. Palavra do Senhor.
—
Graças a Deus!
Evangelho do dia 22/02/2013
Mateus
16,13-19
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de
Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho
do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns
dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou
algum dos profetas”. 15Então
Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão
Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo,
Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser
humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por
isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja,
e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu
te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será
ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Santo do dia 21/02/2013: Santo Pedro Damião
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Santo Pedro Damião
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Santo Pedro Damião
Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito
sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos
que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por
se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua
e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte
Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro,
em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar
sacerdote. Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por
seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras,
mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos
onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e
da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus
conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida
religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e
da penitência. Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples,
adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais.
Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para
evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de
Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo
que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência
terrena. Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos,
funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca
de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender
benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que
procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da
Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam
contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato. A
Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade
de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado
à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como
viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande
reformador que se tornou o Papa Gregório VII. Pedro Damião após várias
peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi
designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte,
prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da
Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão
do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de
uma missão de paz. A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos
fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII
declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus
numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a
unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.
Oração do dia 21/02/2013
Senhor, dai-me a graça de sempre vos procurar, com sede e
fome, para vos conhecer mais intimamente e mais estreitamente me unir a vós.
Preciso de vós, mas nem sempre chego a saber que é de vós que preciso; por
isso, livrai-me das ilusões, das fontes que me não podem dessedentar. Olhai por
aqueles que não vos conhecem, seduzi-os, arrastai-os para vós, dai-lhes a vida.
Amém!
Deus nos fala dia 21/02/2013
Ester é sincera em sua prece e por isso pede a
misericórdia do Senhor. E Jesus mostra-nos que é assim que devemos rezar:
confiar plenamente no Deus que é bom para conosco. Acolhamos o Senhor que agora
nos fala!
Leitura do dia 21/02/2013
Ester
4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh
Leitura do Livro de Ester: Naqueles dias, 17na
rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no
Senhor. 17pProstrou-se
por terra desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: 17q“Deus
de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro,
pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor, 17rpois
eu mesma me expus ao perigo. 17aaSenhor, eu ouvi, dos livros de meus
antepassados, que tu libertas, Senhor, até o fim, todos os que te são caros. 17bbAgora,
pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha e não tenho mais ninguém senão a ti,
Senhor meu Deus. 17ggVem, pois, em auxílio de minha orfandade. Põe em meus
lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu
coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os
seus cúmplices. 17hhE livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma
nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 21/02/2013
Mateus
7,7-12
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: “Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta
vos será aberta! 8Pois
todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será
aberta. 9Quem de vós dá ao filho uma
pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe
dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se
vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso
Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos
façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Santo do dia 20/02/2013: Santo Euquério, Jacinta de Jesus Marto, Santo Ulrico e Santo Eleutério
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Santo Euquério
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Jacinta de Jesus Marto |
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Santo Ulrico |
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Santo Eleutério |
Santo Euquério
O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em
seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus
bens, que tanto atraíam os poderosos. Euquério nasceu em Órleans, na França, e
recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o
permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete
anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa,
chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o
candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério
tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo
em geral, que acabou aceitando. Seu bispado foi marcado pelo respeito às
tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos
Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras
graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário.
O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a
guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção.
Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida
cidade de Órleans. Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde
também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo
rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no
exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério
morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na
igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela
devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo
cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.
Jacinta de Jesus Marto
Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de
março de 1910. Foi batizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão
Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada
a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia.
Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora
apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave
pneumonia que a acometeu juntamente com seu irmão Francisco. Nessa primeira
aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina:
"Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em
breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe
que sim". De fato, logo depois Francisco morreu santamente. Nessa ocasião,
ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe:
"Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes
que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta
ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da
Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e
penitência era demais para salvar os pecadores. A vida da pequena Jacinta foi
caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de
Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da
salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo
oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes
ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em
reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro
de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em
1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a
Basílica do Santuário. No dia 13 de maio de 2001, dia da festa de Nossa Senhora
de Fátima, foi um dia muito especial não só para os portugueses, mas para a
família católica inteira. O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa
para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de
sua morte. A cerimônia ocorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de
Fátima, com a presença da Irmã Lúcia de Jesus. Os acontecimentos de Fátima e os
pastorzinhos são porta-vozes do convite materno de Maria ao acolhimento, ao
amor, à confiança, à pureza de vida e de coração e à entrega de si mesmo a Deus
e aos outros, em atitude de solidariedade e de fé inquebrantável. A
beatificação de Jacinta de Jesus Marto nos lembra a vocação última da Igreja e
a comunhão dos santos.
Santo Ulrico
Ulrico Nasceu em Bristol, Inglaterra. Sabemos muito pouco a
respeito de sua vida. Inicialmente Ulrico estava entregue aos vícios da nobreza
inglesa. Muitos sacerdotes não observavam as normas da Igreja. Certa vez,
Ulrico foi abordado por um mendigo. Este o advertiu a respeito de seus atos e
da decadência dos costumes daquela época. Ulrico reconheceu envergonhado a
verdade nas palavras daquele mendigo. Resolveu juntar-se a um grupo de padres
que viviam disciplinadamente, trabalhando na agricultura e na indústria de lã.
Eles trabalhavam, estudavam e pregavam o evangelho, distanciando-se da vida
mundana. Ulrico desaparece das festas e penitencia seu corpo, vestindo uma
malha de ferro sobre a pele nua. Passa a celebrar missas, pregar
apaixonadamente, trabalhar pela Igreja e copiar livros. Enfim, ele havia
reencontrado o caminho que o levaria de volta a Deus. O padre Ulrico ficou
muito conhecido entre os pobres e humildes, tornando-se um dos poucos que os
escutavam. Tornou-se a voz dos pobres, pregando a esperança. Alguns diziam que
ele tinha o dom da profecia e o próprio rei Henrique II fora visitá-lo a fim de
ouvir seus conselhos. O sacerdote Ulrico viveu os últimos anos de sua vida numa
pequena cela na Igreja de Haselbury. Tinha conquistado a fama de um homem santo
e gente de todo o país vinha em peregrinação para vê-lo e ouví-lo. Quando da
sua morte, aos 20 de fevereiro de 1154, uma grande comoção tomou conta do povo
humilde que o amava. Sua cela tornou-se sacristia da Igreja de Haselbury.
Santo Eleutério
Eleutério nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, França.
São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da
França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos,
um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético.
Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades
desta função geralmente incluíam ameaças de morte. Ele viveu num período conturbado
da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio
dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos
ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar,
identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um
território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão. Eleutério seguiu a
carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo. Chegou de
fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o
desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as
bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da
Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei
Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo,
também santo, bispo Remígio, de Reims. Naquela época, era muito difícil
organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de
evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os
habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um
pedaço de terra onde sobreviver. Além disto, havia a complicada questão das
conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei.
Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter
também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente
exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.
Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma
evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela
Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico,
vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo
assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na
sua querida Tournai. Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados
numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A
cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das
maiores dioceses do mundo. A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia
20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada à ele.
Oração do dia 20/02/2013
Senhor, fazei-me atento aos vossos convites, dócil aos
impulsos com que me atraís para vós. Dai-me um olhar simples, para que possa
ver os sinais de vossa presença em meus irmãos, nos acontecimentos que nos
cercam, e nas pequenas coisas da natureza. Creio em vós, quero estar sempre
convosco, e reconheço que só em vós posso encontrar salvação, felicidade e paz.
Amém!
Deus nos fala dia 20/02/2013
O Evangelho nos chama para uma vida de comunhão.
Como Nínive, nossas cidades são os lugares onde o Evangelho deve ser plantado,
tanto no coração das pessoas como em nossos relacionamentos sociais. A Palavra
de Jesus rompe as fronteiras que os homens estabeleceram para si mesmos!
Leitura do dia 20/02/2013
Jonas 3,1-10
Leitura da Profecia de Jonas: 1A
palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, pela segunda vez: 2“Levanta-te
e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe a mensagem que eu
te vou confiar”. 3Jonas pôs-se a caminho da grande cidade de Nínive,
conforme a ordem do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito grande; eram
necessários três dias para ser atravessada. 4Jonas entrou na cidade,
percorrendo o caminho de um dia; pregava ao povo, dizendo: “Ainda quarenta dias,
e Nínive será destruída”. 5Os ninivitas acreditaram em Deus;
aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior. 6A
pregação chegara aos ouvidos do rei de Nínive; ele levantou-se do trono e pôs
de lado o manto real, vestiu-se de saco e sentou-se em cima de cinza. 7Em
seguida, fez proclamar, em Nínive, como decreto do rei e dos príncipes: “Homens
e animais bovinos e ovinos não provarão nada! Não comerão e não beberão água. 8Homens e
animais se cobrirão de sacos, e os homens rezarão a Deus com força; cada um
deve afastar-se do mau caminho e de suas práticas perversas. 9Deus
talvez volte atrás, para perdoar-nos e aplacar sua ira, e assim não venhamos a
perecer”. 10Vendo
Deus as suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho,
compadeceu-se e suspendeu o mal, que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez.
Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 20/02/2013
Lucas
11,29-32
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 29quando
as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta
geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a
não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal
para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul
se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela
veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem
é maior que Salomão. 32No dia
do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a
condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E
aqui está quem é maior do que Jonas”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
1ª Semana da Quaresma (Cor Roxa)
Mateus
6,7-15
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 7“Quando
orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão
ouvidos por força das muitas palavras. 8Não
sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o
peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai
nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha
o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como
nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não
nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De
fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que
está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se
vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós
cometestes”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
Santo do dia 19/02/2013: Santo Gabino e José Antônio de Maria Ibiapina
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Santo Gabino
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José Antônio de Maria Ibiapina
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Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia , numa família da
nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi
viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos
sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com
a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja,
consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio,
que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo
pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a
Igreja neste período de trégua das perseguições. Segundo os registros encontrados,
Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim,
quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu.
Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a
se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito
papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido as
tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência. Decretou a
perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, apontado como
causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu, pois o
final foi trágico para todos. Quando começou esta perseguição, verificamos
pelos registros encontrados que o padre Gabino, não mediu esforços para consolar
e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando
quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo,
animando e preparando, os fiéis para o terrível sacrifício que os aguardava.
Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar
os aflitos. Foram várias as missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas
secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente
foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada. Gabino foi torturado,
julgado e como não renegou a fé, foi condenado à morte por decapitação. Antes
da execução, o mantiveram preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome,
sede e frio, durante seis meses, quando foi degolado em 19 de fevereiro de 296,
em Roma. Ele não foi um simples padre, mas sim, um marco da fé e um símbolo do
cristianismo. No século V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta,
tornou-se uma grande basílica. Em 738, o seu culto foi confirmado durante a
cerimônia de traslado das relíquias de São Gabino, para a cripta do altar
principal desta basílica, onde repousam ao lado das de sua santa filha. No
século XV, a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e
arquiteto Bernini, sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes
na cidade do Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
José Antônio de Maria Ibiapina
José Antônio de Maria Ibiapina nasceu aos 5 de agosto de
1806, em Sobral, Ceará. Era o terceiro dos oito filhos de Francisco Miguel
Pereira e Teresa Maria de Jesus, um casal de fazendeiros decadentes, porém
dotados de fé e humildade. Em 1816 a família se transfere para a vila de Icó,
onde o pai assume as funções de escrivão. A família está com muitas
dificuldades financeiras. Ibiapina se hospeda, então na casa do padre Antônio
Manuel de Sousa, que se ocupou de sua educação religiosa e foi um importante
padrinho. Nesta época, Ibiapina já estava consciente da fragilidade da justiça
e da política de sua região, especialmente pela convivência com seu pai,
serventuário a justiça, que o fez conhecedor dos bastidores do poder. Ele
estava certo de que iria se tornar um defensor dos oprimidos e carentes daquela
terra sem lei. José Ibiapina ingressa no seminário de Olinda em 1823 mas o
deixa para iniciar os estudos de direito. Em 1828 ingressa no curso Jurídico,
finalizando os estudos em 1832. Em 1834 é eleito deputado. Desde o começo se
posicionava como um defensor das questões sociais e como um autêntico
nacionalista, opondo-se, muitas vezes, a políticos e autoridades influentes.
Terminada sua legislatura, Ibiapina não mais desejava continuar na vida pública
e se dedicou ao seu ofício de advogado, principalmente em causas de pessoas
humildes e sem posses. Mas a advocacia não era o que realmente satisfazia a
inquietude de seu espírito. Decepcionado com a vida, com o matrimônio e com os
homens, resolve abandonar a promissora carreira e se tornar sacerdote. Em 1853,
após um longo retiro espiritual, José Ibiapina recebeu as primeiras ordens, com
o consentimento do bispo D. João. Começava aí a parte mais ativa de sua vida.
Depois de ter sido professor do seminário inicia uma vida de peregrinação pelo
interior de todo o Nordeste, para levar a mensagem confortadora do Evangelho e
os dons da caridade aos irmãos mais humildes e abandonados. Movimentou-se do
Piauí a Pernambuco, por diversos vilarejos, fundando colégios, hospitais,
capelas, igrejas, cemitérios e até açudes. Mas, a principal marca do padre
Ibiapina foram as chamadas Casas de Caridade, que começaram a surgir quando da
grande epidemia de cólera que se alastrou por Pernambuco, e que prestavam
atendimento de saúde aos doentes mais pobres. Mais tarde, e com a ajuda de
algumas religiosas missionárias, as Casas de Caridade passaram a oferecer
formação moral e intelectual para os jovens e a abrigar órfãos e abandonados.
Mas não foram apenas obras materiais as que padre Ibiapina construiu. Por onde
passou, acalentou as pessoas, pregou a Palavra de Deus, apaziguou inimizades e
disseminou o amor, como relatam alguns de seus biógrafos. O povo amava o
Padre-Mestre, como era carinhosamente chamado. Acometido de uma paralisia nas
pernas, fruto dos anos de peregrinação, padre Ibiapina ficou preso a uma
cadeira de rodas. Já em 1882 sofria de problemas vasculares que culminaram em
alguns derrames. Acaba falecendo no dia 19 de fevereiro de 1883. Tantos foram
os feitos de José Ibiapina que fora aclamado santo ainda em vida pelo povo
nordestino. Atualmente seu processo de beatificação tramita no Vaticano.
Oração do dia 19/02/2013
Senhor, sois nosso Pai, de quem dependemos em tudo. Bendito
sejais e amado, que todos vos conheçam. Tomai conta de nossos corações, para
que se cumpra em nós vossa vontade de salvar-nos. Vede, precisamos de vós em
tudo e em cada momento; dai-nos o necessário para hoje. Perdoai nossas maldades
e ajudai-nos a perdoar aos irmãos, e livrai-nos de todo o mal. Amém!
Deus nos fala dia 19/02/2013
A Palavra de Deus veio para fecundar nossa
existência. Deus é sempre fiel em suas promessas para conosco. E nossa
fidelidade para com Ele mostra nossa atenção à sua Palavra e ao acolhimento de
seu projeto vivificador!
Leitura do dia 19/02/2013
Isaías 55,10-11
Leitura do Livro do Profeta Isaías: Isto diz o
Senhor: 10Assim
como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar
e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a
alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca, não voltará
para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os
efeitos que pretendi, ao enviá-la. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 19/02/2013
Mateus
6,7-15
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 7“Quando
orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão
ouvidos por força das muitas palavras. 8Não
sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o
peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai
nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha
o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como
nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não
nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De
fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que
está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se
vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós
cometestes”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Santo do dia 18/02/2013: Gertrude Comensoli, São Flaviano e João de Fiesole ou Fra Angélico
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Gertrude Comensoli
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São Flaviano |
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João de Fiesole ou Fra Angélico
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No dia 18 de janeiro de 1847, na cidade de Bienno, ao norte
da Itália nasceu Geltrude Caterina Comensoli, mas sempre foi chamada de
Gertrude. Teve uma infância tranqüila e modesta numa família simples e
religiosa. Com sua mãe e os irmãos freqüentava a missa diariamente. Já, nesta
época, demonstrava uma singular e precoce sensibilidade eucarística, que lhe
permitiu, aos sete anos de idade, receber a sua Primeira Comunhão. Na
adolescência, Gertrude começou a se preparar para a vida religiosa, ingressando
na Companhia de Santa Ângela Merici que cuidava da instrução inicial de suas
inscritas. Mas, aos vinte anos de idade teve de se mudar para outra cidade com
a família, que se encontrava em dificuldades financeiras. Trabalhou como
doméstica durante um ano, depois foi para a cidade de São Gervázio trabalhar
como dama de companhia de uma senhora da nobreza. Nesta época, já era uma jovem
dotada de talentos naturais que se preocupava, de modo particular, com as
necessidades educativas do mundo feminino. Não se sabe quando esta sua
preocupação se concretizou. Na cidade de São Gervázio ela conversava muito
sobre o assunto com o sacerdote da paróquia, padre Spinelli, da diocese de
Bergamo. No ano de 1879, Gertrude tem sua idéia traçada: criar uma família
religiosa de irmãs voltadas para a instrução de meninas, com forte inspiração
eucarística. Com a ajuda financeira do padre Spinelli fundou em 1882, a
Congregação das Irmãs Sacramentinas ingressando definitivamente na vida
religiosa com o nome de Irmã Gertrude. A diocese aprovou tão prontamente esta
iniciativa que de logo depois da primeira casa da Congregação em Bergamo,
autorizou a abertura de outras nas regiões vizinhas. Mas, os problemas
começaram com a situação econômica da diocese do padre Spinelli que não deu o
resultado financeiro esperado e que, uma parte, era transferido para as Casas
de irmã Gertrude. Assim as irmãs ficaram na mais completa ruína. Fecharam as
Casas das Sacramentinas de Bergamo e quase como exiladas, encontram refugio na
diocese de Lodi, numa região italiana mais distante. As irmãs da Congregação só
não se dispersaram porque tiveram como guia Gertrude, que com sua energia
transmitia total confiança na providência de Jesus Eucarístico. Tudo parecia
acabado, quando chegou a notícia do reconhecimento diocesano para a Congregação
das Sacramentinas de Bergamo. Irmã Gertrude e todas as religiosas Sacramentinas
retornam para a primeira Casa da Congregação em Bergamo, onde foram festejadas
e bem acolhidas. No dia 18 de fevereiro de 1903, irmã Gertrude morreu e foi
sepultada na Capela da Casa Mãe da Congregação em Bergamo, tendo deixado
totalmente concluído o regulamento da Congregação das Irmãs Sacramentinas. O
reconhecimento oficial do Vaticano chegou em 1906. O papa João Paulo II
beatificou irmã Gertrude Comensoli no ano de 1989 e escolheu o dia 18 de
fevereiro para sua festa.
São Flaviano
Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido
ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de
Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador
morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à
perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo. Ele,
porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os
cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição,
empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão
se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os
hereges. Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era
capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por
agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo.
Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já
pode ter uma idéia dos conflitos que viriam. Era costume o patriarca, assim que
assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão
bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O
primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria
presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja
não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na
Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões
começaram. Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas
heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais
significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso
significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua
humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi
traído pela parte do clero que defendia a tese. Nenhuma das decisões
conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta
enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as
heresias de Nestório e de Eutiques. Flaviano foi praticamente assassinado
durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso
Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram
sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão
cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no
dia 18 de fevereiro de 449. Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é
venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida.
Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários
foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi
reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São
Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no
dia de sua morte.
João de Fiesole ou Fra Angélico
Guido de Pietro, nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, na
Toscana, Itália. Até o final da juventude foi pintor de quadros na cidade de
Florença, quando se decidiu pela vocação religiosa. Em 1417, ingressou na
congregação de São Nicolau, onde permaneceu por três anos. Depois, junto com
seu irmão Bento, foi para o convento dominicano de Fiesole, no qual se ordenou
sacerdote adotando o nome de João. A ação dos seus dons de santo e de artista,
se desenvolveu de forma esplendida no clima de alta perfeição espiritual e
intelectual, encontrado no convento. Assim pode fazer da pintura a sua
principal obra evangelizadora, ao se tornar um Frade Predicador desta Ordem.
Pela singeleza e genialidade de sua figura passou a ser chamado de "Beato
Angélico" ou "Fra Angélico", nome que ficou impresso inclusive
no mundo das artes. Este frade-pintor foi um dom magnífico feito por Deus para
a Ordem, pois deu também um imenso auxílio financeiro aos co-irmãos, porque,
obedecendo ao voto de pobreza, destinou à Ordem todos os seus ganhos como
artista, que eram tão expressivos quanto a sua genialidade. A santa
austeridade, os estudos profundos, a perene elevação da alma a Deus, mediante
as orações contemplativas, apuraram o seu espírito e lhe abriram horizontes
ocultos. Com este preparo e com seus mágicos pincéis, pode proporcionar a todos
o fruto da própria contemplação, representando o mais sagrado dos poemas, a
divina redenção humana pela Paixão de Jesus Cristo. As suas pinturas são uma
oração que ressoa através dos séculos. Esta alma de uma simplicidade
evangélica, soube viver com o coração no céu, se consagrando num incessante
trabalho. Entre 1425 e1438, viveu retirado, onde retomou o trabalho pintando os
afrescos de quase todos os altares da igreja do convento de Fiesole. Depois foi
a vez do convento de São Marcos, em Florença, onde deixou suas obras impressas
nos corredores, celas, bibliotecas, claustros, ao longo de seis anos. A partir
de 1445 foi para Roma, onde trabalhou para dois papas: Eugênio IV e Nicolau V.
Este último, tentou consagrá-lo bispo de Florença, mas Fra Angélico recusou com
firmeza, indicando outro irmão dominicano. Retornou para o convento de Fiesole,
cinco anos depois, no qual foi eleito o diretor geral. Alí trabalhou com seu
irmão Bento, que nomeou inicialmente como seu secretário e depois conseguiu que
fosse eleito seu sucessor, em 1452. Frei João de Fiesole, voltou para Roma,
onde morreu no dia 18 de fevereiro de 1455. Fra Angélico, que nunca executou
uma obra, sem antes rezar uma oração, foi beatificado pelo papa João Paulo II
em 1982, que indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte. Até porque,
muito antes, a sua sepultura no convento de Santa Maria sobre Minerva se
tornara o local escolhido pelos peregrinos que desejavam cultua-lo, não tanto
devido à sua genialidade artística, que podia ser apreciada nos museus do
mundo, como por seu caráter sincero carregado de profunda santidade. Dois anos
depois, o mesmo pontífice o declarou "Padroeiro Universal dos
Artistas", uma honra pela sua obra evangelizadora que promoveu a arte
sacra através dos séculos.
Oração do dia 18/02/2013
Senhor, creio no vosso amor infinitamente misericordioso, mas
creio também na vossa justiça. Vós me ofereceis o caminho da felicidade e da
salvação, mas isso tem sentido só se acredito também na possibilidade da
condenação. Sei da minha fraqueza, e por isso peço que me ajudeis a continuar
sempre no caminho da justiça e do amor. Não permitais que eu me separe de vós.
Amém!
Deus nos fala dia 18/02/2013
Eis o convite que Deus nos faz: sermos santos como
Ele é Santo. Enquanto peregrinamos nesta terra, encontraremos sentido para a
vida se andarmos no caminho da prática da misericórdia e da caridade. E o Pai
nos acolherá na imensidão eterna de seu amor!
Leitura do dia 18/02/2013
Levítico 19,1-2.11-18
Leitura do Livro do Levítico: 1O Senhor
falou a Moisés, dizendo: 2“Fala a toda a Comunidade dos filhos de
Israel, e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. 11Não
furteis, não digais mentiras, nem vos enganeis uns aos outros. 12Não
jureis falso por meu nome, profanando o nome do Senhor teu Deus. Eu sou o
Senhor. 13Não
explores o teu próximo nem pratiques extorsão contra ele. Não retenhas contigo
a diária do assalariado até o dia seguinte. 14Não amaldiçoes o surdo,
nem ponhas tropeço diante do cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. 15Não
cometas injustiças no exercício da justiça; não favoreças o pobre nem
prestigieis o poderoso. Julga teu próximo conforme a justiça. 16Não sejas
um maldizente entre o teu povo. Não conspires, caluniando-o, contra a vida do
teu próximo. Eu sou o Senhor. 17Não tenhas no coração ódio contra teu
irmão. Repreende o teu próximo, para não te tornares culpado de pecado por
causa dele. 18Não
procures vingança, nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 18/02/2013
Mateus
25,31-46
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 31“Quando
o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se
assentará em seu trono glorioso. 32Todos
os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros,
assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E
colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à
sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu
Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu
estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber;
eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu
estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na
prisão e fostes me visitar’. 37Então
os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos
de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando
foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te
vestimos? 39Quando foi que te vimos
doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o
Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes
isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à
sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado
para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu
estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de
beber; 43eu era estrangeiro e não
me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na
prisão e não fostes me visitar’. 44E
responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com
sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em
verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses
pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto,
estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Santo do dia 17/02/20: Os sete fundadores da Ordem dos Servitas e Santo Aleixo Falconieri
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Os sete fundadores da Ordem dos Servitas
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Santo Aleixo Falconieri
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Na Europa dos séculos XII e XIII houve uma grande ruptura dos
valores cristãos, tanto por parte da sociedade civil e dos religiosos. Com isso
surgiram várias confrarias de penitências onde os leigos buscavam viver a
plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto
pelo poder que imperava. Algumas ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu
suas raízes por quase todo o mundo, foi a "Ordem dos Servidores de Nossa
Senhora", ou Servitas. Conta a tradição que, no dia 15 de agosto de 1233
os sete jovens estavam reunidos para as orações, onde também cantavam
"laudas" de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria e a imagem da
Santa se mexeu. Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa,
Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua
tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos. Naquele momento,
os setes nobres, abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e
à assistência aos pobres, para "vivenciar o compromisso cristão da
pobreza, humildade e caridade". Eram eles: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto
Manetti, Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto
d'Antela e Aleixo Falconieri. O bispo de Florença que era monge e nutria pelo
grupo grande estima, soube do projeto que tinham de fundar uma comunidade
religiosa de vida eremita. Resolveu ajudar doando o seu terreno de monte
Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade. Alí os sete irmãos
fundaram a Companhia de Nossa Senhora das Dores e passaram a se vestir de
preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos em êxtases de orações e
se mantendo em constante vigília penitente. Uma vez por semana iam rezar para
Nossa Senhora numa pequena capela, que existia na estrada de Cafagio, próxima
da cidade. O grupo as vezes era visto mendigando pelas ruas para conseguir
ajuda para os pobres, doentes e sem recursos. Certo dia, quando distribuíam
alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou: "Vocês são os
servidores de Maria?". Perceberam que era mais um sinal de Nossa Senhora.
Fundaram uma ordem religiosa mariana , sob as Regras de Santo Agostinho e
mudaram o nome para "Servidores de Maria". A ordem recebeu apoio
tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais tarde, a capelinha
inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num santuário dedicado a
Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos marianos do mundo. Com
exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram ordenados padres. A atuação
da Ordem dos Servitas produziu frutos em muitos países, inclusive no Brasil,
principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Acre onde foram construídos
vários conventos. Ainda há uma missão dela em Rio Branco, no Acre. Os
"Sete Fundadores" foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e
são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador:
Aleixo Falconieri. Ele que na sua humildade se recusou a tomar o hábito de
padre, por se considerar indigno de ser representante de Cristo.
Santo Aleixo Falconieri
Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era
filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes
daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias
poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido
dominante dos Guelfi. Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente,
nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo
material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da
Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna,
formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para
Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio,
Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da
Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu
vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa
guerra civil daquela cidade. Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem
dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da
cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra
de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram
consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito. Aleixo
possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha
momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho
Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os
necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira
da estrada. Sua vida foi austera e sincera de eremita penitente. As roupas eram
as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia
pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde
irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o
suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal.
Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas
da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja
nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e
totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini. Ele transformou
aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada
a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os
cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero,
que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri. Em 1304,
quando a Santa Sé aprovou oficialmente a "Ordem dos Servidores de
Maria" apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer
ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino,
que lhe oferecia uma coroa de ouro. Com cento e dez anos, ele morreu sereno no
dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário. Ele foi beatificado oito anos
antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos,
para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.
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