sábado, 13 de outubro de 2012
Santo do dia 13/10/2012:São Daniel e companheiros, Santo Eduardo e Alexandrina Maria da Costa
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Alexandrina Maria da Costa
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São Daniel e companheiros |
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Santo Eduardo |
São Daniel e companheiros
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes
missionários franciscanos são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências.
Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de
Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o destino glorioso
dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os
acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja. O irmão Elias de Cortona
era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da
Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África,
onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo
missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são
Francisco, que morrera no ano anterior. O chefe do grupo era Daniel, nascido em
Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da
Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão,
Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para
a cidade de Ceuta, no Marrocos. Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as
autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé
cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de
Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros
dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis. Nas
estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma
local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé.
As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão,
foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão. Depois de sete
dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as
maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então,
condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no
cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus
corpos, destroçados. Todavia os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os
pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em
seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje, as relíquias são
conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da
Itália. O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis
companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas
mortes.
Santo Eduardo
Na história da humanidade, a palavra rei quase sempre está
associada à palavra tirano. Mas na história do catolicismo, rei muitas vezes
vem junto da palavra santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da Inglaterra.
Seu avô era o santo rei e mártir Edgar, e esse exemplo de santidade norteou
também a sua vida no seguimento de Cristo. Eduardo nasceu em Oxford, no ano
1003, num período em que a Inglaterra sofreu a invasão dos pagãos
dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real, tiveram de abandonar o
país, indo refugiar-se na Corte da Normandia, norte da França, de parentes
cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais renomadas cortes da
Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no cristianismo.
Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria derramamento de
sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a Inglaterra, ele
finalmente assumiu o trono. Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo
inglês. Mesmo sentindo-se um pouco "estrangeiro", fez a pátria
retomar seu caminho correto dos princípios cristãos, afastando a influência
nefasta dos anos de domínio pagão e trazendo paz e prosperidade para seus
súditos. Logo passou a ser chamado de "o santo homem" e os escritos
registram vários prodígios de cura operados por sua intercessão em favor de
pessoas simples do reino. Curou um doente de câncer com um sinal da cruz. E um
paralítico que se movia penosamente na rua ele ajudou a chegar a uma igreja,
onde, por meio de orações, o curou, além de outros fatos narrados pelos
historiadores. A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do
reino, Eduardo o fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus
adversários políticos. Gentil e elegante, por tratar-se de um acordo, prometeu
viver com ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra.
O casal não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das
obras de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o
país. Valorizando o lado espiritual da vida, viviam em perfeita ordem e
harmonia. Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e
aclamados como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as
cortes. Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração,
mortificação dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo
morreu no dia 5 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a
consagração da igreja da Abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais
antigo símbolo da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi
sepultado. Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebrá-lo como
santo. Quase quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e
encontrado intacto, o que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o
papa Alexandre III canonizou-o. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de
outubro, mas os devotos ingleses costumam lembrá-lo também no dia de sua morte.
Alexandrina Maria da Costa
No dia 30 de março de 1904, nasceu Alexandrina Maria da Costa
na pequena cidade de Balazar, em Póvoa de Varzim, Braga, Portugal. De família
camponesa muito pobre, tinha apenas uma irmã mais velha, chamada Deolinda.
Ambas foram educadas com amor pela mãe, Ana Maria e dentro da doutrina cristã.
Alexandrina cresceu forte, inteligente, alegre e vivaz, teve uma infância feliz
dentro da sua realidade. Em 1911, recebeu a primeira eucaristia e, como em Balazar
não havia escola, foi com a irmã Deolinda estudar em Póvoa de Varzim. Não
chegaram a completar o estudo primário, um ano e meio depois estavam de volta.
Nessa ocasião, as duas irmãs receberam a crisma pelo bispo do Porto, depois
foram para um local chamado "Calvário", onde se fixaram. Elas viviam
felizes, trabalhavam nos campos e se dedicavam à costura. Eram estimadas e
queridas pelas famílias e colegas. Aos doze anos, porém, Alexandrina quase
morreu por uma grave infecção. A doença foi superada, mas a sua saúde ficou
abalada. Em 1918, Alexandrina e sua irmã Deolinda e mais uma amiga aprendiz
estavam na sala de costura, situada no piso superior da casa, quando três
homens invadiram o local para molestá-las sexualmente. Alexandrina, para salvar
a sua pureza, atirou-se pela janela, de uma altura de quatro metros.
Assustados, os homens fugiram sem concluir suas intenções. Mas as conseqüências
foram terríveis, embora não imediatas. Alexandrina sofreu dores terríveis num
processo longo, gradual e irreversível que a deixou paralítica. A partir do dia
14 de abril de 1925, Alexandrina nunca mais levantou da cama. Assim,
paralisada, passou trinta anos de sua vida, embora nos três anos seguintes ela
ainda pedisse a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura. Depois
entendeu que a sua vocação era o sofrimento. Desde então teve uma vida repleta
de fenômenos místicos, de grande união com Cristo nos tabernáculos, por meio de
Nossa Senhora. Quanto mais clara se tornava a sua vocação de vítima, mais crescia
nela o amor ao sofrimento. Atingiu tal grau de espiritualidade que às
sextas-feiras vivia os sofrimentos da Paixão de Cristo. Nesses dias, superando
o estado habitual de paralisia, descia da cama e, com movimentos e gestos,
acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos
momentos da "via crucis". Desde 1934, orientada espiritualmente por
um padre jesuíta, passou a escrever tudo quanto lhe dizia Jesus durante seus
êxtases contemplativos. Em 1936, segundo ela por ordem de Jesus, pediu ao papa
a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. O pedido foi renovado
várias vezes até 1941, quando, então, Alexandrina parou de escrever ao papa e
também seu diário. A partir de 27 de março de 1942, deixou de alimentar-se,
vivendo exclusivamente da eucaristia. No ano seguinte, passou a ser estudada
por uma junta médica. Em 1944, seu novo diretor espiritual, um padre salesiano,
após constatar a profundidade espiritual a que tinha chegado, animou
Alexandrina a voltar a ditar o seu diário; o que ela fez até a morte. No mesmo
ano ela se inscreveu na União dos Cooperadores Salesianos, querendo colaborar
com o seu sofrimento e as suas orações para a salvação das almas, sobretudo os
jovens. Atraídas pela fama de santidade, muitas pessoas vindas de longe
buscavam os conselhos da "rosa branca de Jesus", como era também
chamada pelos fiéis, que já veneravam em vida a "santinha de
Balazar". No dia 13 de outubro de 1955, Alexandrina morreu dizendo:
"Sou feliz porque vou para o céu". A 25 de abril de 2004 foi
proclamada Bem-aventurada pelo papa João Paulo II, que a propôs como modelo dos
que sofrem.
Oração do dia 13/10/2012
Senhor, não esqueço que sou muito feliz seguindo vossa
palavra. Mas não esqueço como deve ter sido grande a felicidade de Maria por
ser vossa mãe. E porque lhe quero bem, não apenas a admiro, mas alegro-me com
sua felicidade. E, sabendo que ela também quer bem a mim, tenho certeza que
estará sempre a orar por mim, para que eu também possa ser muito feliz. Amém!
Deus nos fala dia 13/10/2012
Se vivemos com
sinceridade a vida com Deus, criamos um relacionamento fraterno e solidário
entre irmãos. Nossas ações produzem frutos de vida e de paz. Mas, para que essa
verdade se realize, é preciso reconhecer a Jesus como Palavra viva do Pai; como
a mulher do Evangelho que vamos ler!
Leitura do dia 13/10/2012
Gálatas 3,22-29
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos, 22a
Escritura pôs todos e tudo sob o jugo do pecado, a fim de que, pela fé em Jesus
Cristo, se cumprisse a promessa em favor dos que creem. 23Antes que se
inaugurasse o regime da fé, nós éramos guardados, como prisioneiros, sob o jugo
da Lei. Éramos guardados para o regime da fé, que estava para ser revelado. 24Assim,
a Lei foi como um pedagogo que nos conduziu até Cristo, para que fôssemos
justificados pela fé. 25Mas, uma vez inaugurado o regime
pela fé, já não estamos na dependência desse pedagogo. 26Com efeito, vós
todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 27Vós todos que
fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. 28O que vale não
é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois
todos vós sois um só, em Jesus Cristo. 29Sendo de Cristo, sois então
descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. Palavra do Senhor!
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 13/10/2012
Lucas
11,27-28
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 27enquanto
Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: “Feliz
o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. 28Jesus
respondeu: “Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem
em prática”. Palavra da Salvação!
—
Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Santo do dia 12/10/2012:Nossa Senhora Aparecida e São Serafim de Montegranaro
Nossa Senhora Aparecida
Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta,
o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da
cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do Santuário de Nossa Senhora
Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada com o nome da
Senhora, "aparecida" das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu
sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a
tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na
Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se
fortaleceu. Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi
ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade
possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada
com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles,
Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, partiram juntos com suas canoas e
juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De
repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa. Outra
vez lançada a rede, e a cabeça da imagem vem também para bordo. A partir daí,
os três pescaram tanto que quase afundaram por causa da quantidade de peixes. A
pesca, milagrosa, eles atribuíram à imagem da santa. Ao regressarem foram para
a casa de Filipe Pedroso e, ao limparem a imagem com cuidado, viram que se
tratava de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de cor escura. Então,
cobriram-na com um manto e a colocaram num pequeno altar dentro de casa, onde
passaram a fazer suas orações diárias. A novidade se espalhou e todos da
vizinhança acorriam para rezar diante dela. Invocada pelos devotos como
"Aparecida" das águas, durante quinze anos seguidos, a imagem ficou
na casa da família daquele pescador. A devoção foi crescendo no meio do povo e
muitas graças foram alcançadas por todos aqueles que rezavam diante da imagem.
Eram tantos os devotos que acorriam ao local que, em 1732, a família de Filipe
construiu o primeiro oratório. Mas a fama dos prodigiosos poderes de Nossa
Senhora Aparecida foi se espalhando até atingir todos os recantos do Brasil.
Assim, foi necessário, então, construir uma pequena capela, em seguida uma
sucessão de outras capelas cada vez maiores. Até que o local se tornou a cidade
de hoje. Em 1888, houve a bênção do primeiro templo, que existe até hoje,
conhecido como "Basílica Velha". A primeira grande peregrinação de
católicos "de fora", oficial e historicamente registrada, aconteceu
em 1900. Eram mil e duzentos peregrinos viajando de trem desde São Paulo,
liderados por seu bispo. Atualmente, são milhões de peregrinos vindos,
diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas,
especialmente das Américas. A atual Catedral-Basílica de Nossa Senhora
Aparecida, conhecida como "Basílica Nova", foi consagrada
pessoalmente pelo papa João Paulo II, em 1980, quando de sua primeira visita ao
Brasil. Quanto ao amor do nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada,
simbolizando a elevação da Senhora como eterna "Rainha do Brasil",
com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi
também por aclamação popular e a pedido dos bispos brasileiros que, em 1930, o
papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a "padroeira
oficial do Brasil". O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é
feriado nacional.
São Serafim de Montegranaro
Batizado com o nome de Félix, nasceu em 1540, em
Montegranaro, na região das Marcas, na Itália. De família numerosa e muito
pobre, era o quarto filho de Jerônimo Rapagnano e Teodora Giovannuzzi, cristãos
fervorosos. Desde a infância teve de buscar o seu sustento. Trabalhou como
serviçal nas casas de camponeses e aprendeu a pastorear rebanhos, exercendo
essa função até os dezoito anos. Era analfabeto e aprendeu, contemplando a
natureza e na sua solidão, a elevar o espírito para Deus. Nessa idade,
ingressou no Convento dos capuchinhos de Tolentino como irmão leigo e recebeu o
nome de frei Serafim de Montegranaro, fazendo o noviciado em Jesi. Percorreu
quase todos os conventos da região porque, devido à sua falta de instrução,
apesar da sua boa vontade e dedicação, não conseguia cumprir satisfatoriamente
as tarefas que lhe confiavam os superiores e os frades da comunidade. Mas
sempre lhe eram poupadas as repreensões e os castigos, por causa de sua
extraordinária bondade, pobreza, humildade, pureza e mortificação. Exerceu as
mais simples funções, de porteiro e esmoleiro, sempre em contato com os mais
diversos grupos de pessoas, para as quais sempre distribuia palavras piedosas,
conduzindo os fieis à misericórdia de Deus. A exemplo do santo fundador da
Ordem, são Francisco de Assis, amou a natureza e através dela seu coração era
conduzido a Deus. Em 1590, finalmente, estabeleceu-se no Convento de Ascoli
Piceno. Os habitantes da cidade afeiçoaram-se tanto ao singelo frade Serafim
que, em 1602, quando souberam que seria transferido, as autoridades escreveram
aos superiores capuchinhos e impediram a sua partida. E não foi só nessa
ocasião, nas outras tentativas também. Assim, o querido e respeitado frade
Serafim permaneceu em Ascoli Piceno até morrer. Era um verdadeiro mensageiro da
paz e do amor de Cristo, sua palavra ou a sua simples presença exercia uma ação
enorme em todas as pessoas: acalmava os ânimos, extinguia ódios. Viveu em
oração, humildade, penitência e trabalho. Deus encarregou-se de o ajudar,
suprindo-o, nas suas capacidades, com os dons da cura, de penetrar os corações,
de confortar as almas de um modo especial. Enquanto Serafim se manteve sempre
na fidelidade do amor a Deus, estudando como ninguém os seus dois livros: o
crucifixo e o terço de Maria. Aos sessenta e quatro anos de idade, morreu no
dia 12 de outubro de 1604. A voz do povo começou a difundir a fama de sua
santidade por toda a Itália e logo atingiu todos os locais onde os capuchinhos
se fixaram. O papa Paulo V autorizou, pessoalmente, que se acendesse uma
lâmpada junto da sua sepultura, em 1605. Foi canonizado pelo papa Clemente XIII
em 1767. A festa de são Serafim de Montegranaro ocorre na data de sua morte.
Oração do dia 12/10/2012
Senhor, eu vos agradeço as alegrias que colocais em minha
vida. Sei que devo cuidar que não me prendam, mas sei também que elas me ajudam
na caminhada para vos seguir. Elas adoçam um pouco as lutas e dificuldades da
vida, temperam com alguns sorrisos algumas lágrimas. Humildemente me alegro
porque nossa vida não é feita só de sextas-feiras, mas também de domingos. Amém!
Deus nos fala dia 12/10/2012
Maria, como
máxima expressão da beleza humana, por seu testemunho de fé, convida-nos à
vivência do amor como manifestação de nossa adesão ao Evangelho de Cristo!
Leitura do dia 12/10/2012
Primeira Leitura
Ester 5,1b-2; 7,2b-3
Livro de Ester: 1bEster
revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do
palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real,
na sala do trono, frente à entrada. 2Ao ver a rainha Ester parada no
vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha
na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. 7,2bEntão,
o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me
pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3Ester
respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado,
concede-me a vida — eis o meu pedido! — e a vida do meu povo — eis o meu
desejo!” Palavra do Senhor!
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Apocalipse de São João 12,1.5.13a.15-16a
Livro do Apocalipse de São João: 1Apareceu
no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés
e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz
um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas
o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13aQuando viu que
tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que
tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um
rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. 16aA terra,
porém, veio em socorro da mulher. Palavra do Senhor!
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 12/10/2012
João
2,1-11
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Naquele tempo, 1houve
um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos
tinham sido convidados para o casamento. 3Como
o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por
que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua
mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra
colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas
cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus
disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a
boca. 8Jesus disse:
“Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O
mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não
sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que
tinham tirado a água. 10O
mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o
vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos
bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!” 11Este
foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e
manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. Palavra da Salvação!
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Santo do dia 11/10/2012:Santo Alexandre Sauli e João XXIII
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Santo Alexandre Sauli |
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João XXIII
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A família Sauli fazia parte da nobre Corte de Gênova, muito
ligada à Igreja. Nela, havia inúmeras figuras de destaque e influência na
política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para
aquela costa marítima tão importante da Itália. No seio deles nasceu Alexandre,
no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado, sua mãe o consagrou à
Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na
adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na Corte do rei Carlos V,
conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação. Aos
dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da
igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família.
Lá, entregou-se por completo à obediência das regras da vida comum com severas
tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro
seguidor de Cristo. Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério
como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado
pelo arcebispo de Milão, Carlos Borromeo, agora santo, teólogo e decano da
Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade, foi
eleito superior-geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito
original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o
confessor do próprio são Carlos Borromeo, e orientador espiritual de muitas
pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos. Em 1567, foi
nomeado bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto, uma
diocese decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto
decente, com um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição.
Trabalhou duro durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o
professor e o exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando
divergências e ódios entre as várias famílias dominantes. Transformou a diocese
num modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por
todos, ricos e pobres. Mas Alexandre teve de deixar a Córsega quando foi
nomeado bispo de Pávia pelo papa Gregório XIV, de quem fora diretor espiritual
e confessor. Na época, Alexandre não tinha boas condições físicas devido ao seu
incansável trabalho e à vida dura de privações, penitências e mortificações a
que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou a visita pastoral de sua nova
diocese, sem nem sequer pensar em abandonar a cruz de sua missão. No dia 11 de
outubro de 1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d'Asti. Era um doce
entardecer de outono. Estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou
sua oferta de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões,
preferiu estar entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos
animais, onde adormeceu e não mais acordou. Seu corpo foi transferido e
sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o papa Pio X o canonizou como
santo Alexandre Sauli, "Apóstolo da Córsega". Venerado como padroeiro
da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua morte,
mantém-se muito viva e vigorosa.
João XXIII
Ângelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, na
pequena cidade de Soto il Monte, em Bergamo, Itália, quarto filho de uma
família de camponeses pobres. O ambiente religioso da família e a fervorosa
atividade paroquial foram a sua primeira escola de vida cristã, marcando a sua
feição espiritual. O menino Angelino, como era carinhosamente chamado, era
muito ativo, bondoso e inteligente. Terminou os estudos num lampejo, tanto que
no seminário era o mais jovem da classe. Aos quinze anos de idade, foi admitido
na Ordem Franciscana Secular, professando as regras no ano seguinte. E aos dezenove
anos já havia completado os cursos, mas pelas leis eclesiásticas não poderia
ser ordenado sacerdote antes dos vinte e quatro anos de idade. Assim, foi
enviado para Roma como bolsista da diocese de Bergamo, para formar-se no
Pontifício Seminário Gregoriano. Também nesse tempo, prestou um ano de serviço
militar. Recebeu a ordenação sacerdotal em 1904, em Roma, e no ano seguinte foi
nomeado secretário do novo bispo de Bergamo, trabalhando também no seminário
como professor. Além disso, foi assistente da Ação Católica Feminina,
colaborador no diário católico de Bergamo e pregador muito solicitado pela sua
eloqüência elegante, profunda e eficaz. Em 1915, quando estourou a Primeira
Guerra Mundial, serviu a Itália como soldado integrante do corpo de saúde e,
depois, como capelão militar. No fim da guerra, abriu a "Casa do
Estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Quando o papa
Bento XV o chamou a Roma em 1921, teve início a segunda parte da sua vida,
dedicada ao serviço da Santa Igreja. Lá, exerceu a presidência nacional do
Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, como tal percorreu
muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários. Foi o papa Pio XI
que o iniciou na carreira diplomática em 1925, na função de visitador
apostólico da Bulgária, e o elevou à dignidade episcopal. No mesmo ano foi
nomeado delegado apostólico na Turquia e Grécia, onde ficou até 1935. O
trabalho intenso de Roncalli a serviço dos católicos romanos ganhava cada vez
mais destaque pelo tom do diálogo e pelo trato respeitoso para com os cristãos
ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, ele estava
na Grécia, onde procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou
muitos judeus com a "permissão de trânsito", fornecida pela delegação
apostólica. Já nos últimos meses da guerra, em 1944, foi, como núncio
apostólico, para Paris. Uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de
guerra e trabalhou para normalizar a vida eclesial na França. Consagrado
cardeal em 1953, foi designado patriarca de Veneza. No conclave de 1958, foi
eleito papa, tomando o nome de João XXIII, aos setenta e sete anos de idade. O
seu pontificado durou menos de cinco anos e tornou-se muito apreciado,
sobretudo, porque lançou as encíclicas "Pacem in Terris" e
"Mater et magistra". Também, convocou o sínodo romano, instituiu uma
comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio
Ecumênico Vaticano II em 11 de outubro de 1962. Este papa exalava odor de santidade,
sendo assim reconhecido pelo seu rebanho, que o chamava apenas de "papa
bom". Foi irradiando a paz, própria de quem confia sempre na Providência
Divina, que ele morreu no dia 3 de junho de 1963, em Roma. No Jubileu do ano
2000, o papa João XXIII foi beatificado pelo sumo pontífice João Paulo II, cuja
celebração foi marcada para ocorrer no dia 11 de outubro, dada a importância do
Concílio iniciado por ele nesta data.
Oração do dia 11/10/2012
Senhor, é bom saber que estais sempre pronto a ouvir meus
pedidos. Agora, então, quero pedir que me ajudeis a sempre vos pedir a ajuda
necessária para viver como ensinais. Facilmente esqueço de rezar, mas sei que
sem vossa ajuda não serei capaz de permanecer no bem e na verdade. Cheio de
confiança eu me entrego em vossas mãos, guardai-me, livrai-me de todo mal. Amém!
Deus nos fala dia 11/10/2012
Devemos ter o
amor de Deus, devemos ser como que “de casa”, superando limitações ou
barreiras, ou ainda a observância pela observância. Essa casa é nossa
existência. Somente seremos saciados e supridos em nossas necessidades se o
amor infinito de Deus tiver lugar em nós!
Leitura do dia 11/10/2012
Gálatas 3,1-5
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: 1Ó
gálatas insensatos, quem é que vos fascinou? Diante de vossos olhos, não foi
acaso representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado? 2Só
isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pela prática da Lei ou pela fé
através da pregação? 3Sois assim tão insensatos? A ponto
de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar pela carne? 4Foi
acaso em vão que sofrestes tanto? Se é que foi mesmo em vão! 5Aquele
que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós, faz isso
porque praticais a Lei ou porque crestes, através da pregação? Palavra do
Senhor!
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 11/10/2012
Lucas
11,5-13
Proclamação
do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos: 5“Se
um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo,
empresta-me três pães, 6porque
um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de
dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos
deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu
vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo,
vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for
necessário. 9Portanto, eu vos
digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede recebe; quem
procura encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será
que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe
dará um escorpião? 13Ora, se vós que
sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu
dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” Palavra da Salvação!
—
Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Santo do dia 10/10/2012:São Francisco Borja (ou Bórgia) e São Daniel Comboni
São Francisco Borja (ou Bórgia)
Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia,
em português Borja, no dia 28 de outubro de 1510, em Gáudia, Valença. Teve o
mérito de redimir completamente a má fama precedente desta família desde a
remota e obscura época medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante
do papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II, de Aragão e
Castela. Os Bórgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe
garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando
o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente a Deus. Mesmo vivendo
numa Corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco manteve-se sempre firme na
busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância, foi
pagem da Corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava
dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre
os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica,
principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais
tarde, pessoalmente aos seus oito filhos. Tinha dezenove anos quando se casou
com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do
acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e
atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a unir-se nas
orações diárias. O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu
povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A história mostra que a
administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos
e serviçais o consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao
palácio. Entretanto, com as sucessivas mortes de seu pai e sua esposa, os quais
ele muito amava, decidiu entregar-se, totalmente, ao serviço de Deus. Em 1548,
abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez
votos de pobreza, castidade e obediência e entrou, oficialmente, para a
Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também santo Inácio de Loyola.
Meses depois, o papa quis consagrá-lo cardeal, mas ele pediu para poder
recusar. Porém logo foi eleito superior-geral da Companhia. Nesse cargo,
imprimiu as suas principais características de santidade: a humildade, a
mortificação e uma grande devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Ativo, fundou
o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro em sua terra natal, Gáudia, e
mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou, também, as primeiras missões
para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma original
dos jesuítas, impondo a todos a hora de meditação cotidiana. Morreu em 30 de
setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade,
além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, são Francisco Bórgia foi
elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, por meio dele, que o nome da
família Bórgia se destacou com uma glória nunca antes presumida.
São Daniel Comboni
Daniel Comboni era italiano de Limone sul Garda, na Brescia,
tendo nascido, em 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e
pobre de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido,
pois era o único sobrevivente de oito filhos. Por causa da condição econômica,
enviaram Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona,
quando, então, despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a
missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em
filosofia e teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as
bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários. Após
quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do Sudão. A
realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima
insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o
índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de
estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Pela África
e seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma
nova tática para evangelizar naquele continente. Em 1864, rezando junto ao
túmulo de são Pedro, em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração
da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África",
um projeto missionário simples e ousado para a época. Padre Comboni passa,
imediatamente, à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade
européia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e
simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo
objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que
consegue fundar uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.
Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos Missionários, depois chamados de
Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Missionárias, mais
tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas. No Concílio Vaticano I,
ele participa como teólogo do bispo de Verona, conseguindo que outros setenta
bispos assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em
1877, Comboni é nomeado vigário apostólico da África Central e, em seguida, é também
consagrado o primeiro bispo católico da África Central, confirmação de que suas
idéias antes contestadas são as mais eficientes para anunciar a Palavra de
Cristo aos africanos. Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia
10 de outubro de 1881 o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo
africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra
missionária não morreria. Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa João
Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel
Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorrer no dia de sua morte.
Oração do dia 10/10/2012
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha
oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais
inequívocos de minha comunhão contigo!
Deus nos fala dia 10/10/2012
É possível
realizar a missão na Igreja se houver unidade entre os cristãos. É a união
entre a fé, a vida e o coração. Por isso, o Cristo ensina-nos a rezar o Pai
nosso, e não o “Pai meu”, pois só o amor pode unir-nos de verdade. A oração em
comum e a unidade cristã são nossa missão no mundo!
Leitura do dia 10/10/2012
Gálatas 2,1-2.7-14
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos, 1catorze
anos mais tarde, subi, de novo, a Jerusalém, com Barnabé, levando também Tito
comigo. 2Fui
lá, por causa de uma revelação. Expus-lhe o evangelho que tenho pregado entre
os pagãos, o que fiz em particular aos líderes da Igreja, para não acontecer
estivesse eu correndo em vão ou tivesse corrido em vão. 7Pelo contrário, viram que a
evangelização dos pagãos foi confiada a mim, como a Pedro foi confiada a evangelização
dos judeus. 8De fato, aquele que preparou Pedro
para o apostolado entre os judeus preparou-me também a mim para o apostolado
entre os pagãos. 9Reconhecendo a graça que me foi
dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-nos a mão,
a mim e a Barnabé, como sinal de nossa comunhão recíproca. Assim ficou
confirmado que nós iríamos aos pagãos e eles iriam aos judeus. 10O
que nos recomendaram foi somente que nos lembrássemos dos pobres. E isso
procurei fazer sempre, com toda a solicitude. 11Mas, quando
Cefas chegou a Antioquia, opus-me a ele abertamente, pois ele merecia censura. 12Com
efeito, antes que chegassem alguns da Comunidade de Tiago, ele tomava refeição
com os gentios. Mas, depois que eles chegaram, Cefas começou a esquivar-se e a
afastar-se, por medo dos circuncidados. 13E os demais judeus acompanharam-no
nessa dissimulação, a ponto de até Barnabé se deixar arrastar pela hipocrisia
deles. 14Quando
vi que não estavam procedendo direito, de acordo com a verdade do Evangelho,
disse a Cefas, diante de todos: “Se tu, que és judeu, vives como pagão e não
como judeu, como podes obrigar os pagãos a viverem como judeus?” Palavra do
Senhor!
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 10/10/2012
Lucas
11,1-4
Proclamação
do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas: 1Um
dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos
pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus
discípulos”. 2Jesus respondeu:
“Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que
precisamos, 4e perdoa-nos os
nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não
nos deixes cair em tentação’”. Palavra da Salvação!
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Santo do dia 09/10/2012:São João Leonardo e São Dionísio, ou Dênis
São João Leonardo
Leonardo nasceu na Toscana, em 1541. Levou uma vida normal de
leigo, trabalhando no ramo farmacêutico com o pai até os vinte e seis anos de
idade, quando este morreu. Tendo participado do trabalho junto aos pobres com
os padres colombinos, decidiu entregar sua vida ao seguimento de Cristo. Mesmo
sabendo das dificuldades por ser adulto, Leonardo não se intimidou. Enfrentou
os estudos desde o começo, do princípio mais elementar. Juntou-se aos meninos
para aprender o latim e, em seguida, aplicou-se no estudo de filosofia e de
teologia. Quatro anos depois, foi ordenado sacerdote. Dedicando-se à catequese
das crianças, implantou, junto com alguns religiosos, uma educação totalmente
voltada para os princípios cristãos, nascendo, em 1574, a Congregação da
Doutrina Cristã, hoje Clérigos Regulares da Mãe de Deus, também conhecidos como
padres leonardinos. Em 1584, resolveu fazer uma peregrinação à França, ao
Santuário de Nossa Senhora de Loreto. Leonardo, que tinha conquistado a
confiança do papa Clemente VIII, foi enviado por este para realizar diversas
missões em seu nome, restaurando a disciplina religiosa em várias ordens,
conventos e congregações. Era um tempo de decadência de costumes e seu trabalho
entusiasmado e atraente trouxe de volta os velhos princípios do verdadeiro
cristianismo que se haviam perdido no dia-a-dia de muitos integrantes da
Igreja. Preocupado em assegurar um futuro de fé às crianças pagãs, fundou, em
parceria com João Batista Vives, um colégio para jovens sacerdotes que se
espalhariam pelo mundo como missionários, pregando o catolicismo entre os
infiéis e cuidando das vítimas das epidemias. Portanto João Leonardo foi o
precursor do Colégio Urbano dos Missionários da Propaganda Fidei, ou Obra da
Propaganda da Fé, fundado em 1627, em Roma, atuante até nossos dias,
principalmente na esfera da Santa Sé. E também dos Missionários Exteriores de
Paris, fundado em 1663. Influenciado pelo Concilio de Trento, ao lado de grandes
religiosos da época, como os depois santos Filipe Neri, José Calazanz e Camilo
de Lellis, João Leonardo travou uma grande luta pela reforma eclesiástica da
Itália, o que o fez tornar-se, também, um dos grandes do seu tempo. Radicado em
Roma, ele morreu no dia 8 de outubro de 1609. Seu corpo se encontra na cripta
da igreja Santa Maria, em Campiteli. Beatificado em 1861, o papa Pio XI
declarou santo João Leonardo em 1938, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua
morte.
São Dionísio, ou Dênis
O santo Dionísio, popularmente conhecido como o são Dênis de
Paris, que é comemorado neste dia, foi durante muito tempo venerado como único
padroeiro de França, até surgir santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande
devoção cristã do povo daquele país. De origem italiana, ele era um jovem
missionário enviado pelo papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte
no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade
católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns
anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido
como Montmartre, isto é, "Colina do Mártir". Ao lado do bispo Dênis,
o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também
testemunharam sua fé cristã. Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi
edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma
abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão
que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo
de são Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram
citados indevidamente. A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da
figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que
viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas num único personagem, o
santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis
de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo papa são Clemente I no fim do
século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio
Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por
isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de
uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo
erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita. Não bastasse toda essa
confusão, são Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga
tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja,
carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir
que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser
enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde,
tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.
Oração do dia 09/10/2012
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo
insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da
escuta atenta desta palavra!
Deus nos fala dia 09/10/2012
A fidelidade
cristã não é a alguma coisa ou teoria, mas à própria pessoa de Cristo. Por
isso, devemos escutá-lo, como fez Marta em sua casa, e ser verdadeiros
discípulos seus. Quem acredita no que Ele diz vive o que ele ensina e pratica
em sua vida!
Leitura do dia 09/10/2012
Gálatas 1,13-24
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos, 13certamente
ouvistes falar como foi outrora a minha conduta no judaísmo, com que excessos
perseguia e devastava a Igreja de Deus 14e como progredia no judaísmo mais do que
muitos judeus de minha idade, mostrando-me extremamente zeloso das tradições
paternas. 15Quando, porém, aquele que me separou desde o
ventre materno e me chamou por sua graça 16se dignou revelar-me o seu Filho,
para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue 17nem
subi, logo, a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo
contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco. 18Três
anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze
dias. 19E
não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor. 20Escrevendo
estas coisas, afirmo diante de Deus que não estou mentindo. 21Depois,
fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22Ainda não era
pessoalmente conhecido das Igrejas da Judeia que estão em Cristo. 23Apenas
tinham ouvido dizer que “aquele que, antes, nos perseguia, está agora pregando
a fé que, antes, procurava destruir”. 24E glorificavam a Deus por minha
causa. Palavra do Senhor!
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 09/10/2012
Lucas
10,38-42
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 38Jesus
entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se
aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta,
porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor,
não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que
ela me venha ajudar!” 41O
Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada
por muitas coisas. 42Porém, uma só
coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
Palavra da Salvação!
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Santo do dia 08/10/2012:São João Calábria e Santa Pelágia Penitente
São João Calábria
João Orestes Maria Calábria, seu nome de batismo, nasceu em 8
de outubro de 1873, em Verona, Itália, sétimo filho de uma família cristã muito
humilde. O pai, Luís, era sapateiro e a mãe, Ângela, uma empregada doméstica e
cristã exemplar. Desde pequeno, João teve uma saúde frágil, agravada ainda pela
grande fome que atingira a região do Vêneto, norte da Itália, em sua infância,
deixando-o subnutrido. Quando o pai faleceu, teve de interromper o quarto ano
do ensino básico para trabalhar como garçom. Com a ajuda de padres amigos da
família, começou a estudar para entrar no seminário e, em 1892, conseguiu
ingressar no de Verona. Muito preocupado com os necessitados, desde o início
teve a preocupação de visitar os doentes, mas desdobrava-se na catequese das
crianças abandonadas, suas prediletas. Em 1894, foi chamado para o serviço
militar. Esta fase, segundo seus orientadores, seria interessante para colocar
à prova sua verdadeira vocação sacerdotal. Logo foi escalado para a enfermaria
do hospital militar, onde se dedicou de corpo e alma a cuidar dos enfermos.
Após dois anos, retornou ao seminário, onde foi aprovado como noviço. Mas o
seminarista Calábria nunca mais deixaria de visitar o hospital militar. Em
1901, recebeu sua ordenação sacerdotal. Designado para o ministério na diocese
de Verona, deixou sua marca de bom pastor em várias paróquias onde atuou. Em
1907, foi nomeado vigário da Reitoria de São Benedito ao Monte. Lá, devido à
sua especial atenção para com as crianças abandonadas, criou, no mesmo ano, uma
casa de acolhida para elas, chamada "Casa dei Buoni Fanciulli", isto
é, "Casa dos Bons Meninos", cuja sede depois foi transferida para a
próxima cidade de São Zeno, onde hoje está a Casa-mãe. Em breve, os lares para
as crianças abandonadas foram se estendendo por toda a Itália. Em decorrência
dessa obra, ele acabou fundando também duas congregações religiosas. Primeiro a
masculina: dos Pobres Servos da Divina Providência; logo depois o ramo
feminino: das Pobres Servas da Divina Providência. A orientação básica que o
fundador costumava repetir aos seus religiosos, colaboradores leigos e aos
jovens dos lares que criou era muito simples, como foi toda a sua vida:
"Sejam evangelhos viventes". Com isso lhes pedia para encontrarem o
amor de Deus vendo o irmão necessitado como a única fonte para poder sentir e
demonstrar a verdadeira Paixão de Jesus Cristo pela humanidade. João Calábria
faleceu no dia 4 de dezembro de 1954, na Casa-mãe de suas obras, em São Zeno. O
papa Pio XII, que na ocasião também estava doente, quando recebeu a notícia da
morte de padre Calábria, cuja vida acompanhou e admirava, assim o definiu: era
um "campeão de evangélica caridade". Canonizado pelo papa João Paulo
II em 1999, a data comemorativa oficial da memória de são João Calábria ocorre
no dia 8 de outubro, em vez de 4 de dezembro, por uma especial autorização
concedida, a pedido das congregações, pela Santa Sé. Expandidas por toda a
Itália, atravessaram oceanos, estabelecendo-se no Uruguai, Brasil, Argentina,
Paraguai, Chile, Colômbia, Angola, Filipinas, Índia, Rússia, Romênia e Quênia.
Além disso, floresceu um ramo na América Latina: as Irmãs Missionárias dos
Pobres, dando vigor e continuidade à obra do santo fundador.
Santa Pelágia Penitente
Esta é uma veneração muito antiga, citada mesmo por são João
Crisóstomo em um de seus célebres sermões. Sem dúvida, uma página cristã muito
interessante, cujos tênues registros estão mesclados pelas tradições orientais
dos primeiros séculos. Originária da Antioquia, Turquia, Pelágia viveu no
século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva
e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas,
jóias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente, com essa
finalidade. Com isso, tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana
e social daquela cidade. Além, é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e
grande influência. Sua fama ultrapassava os limites do movimentado pólo
econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com
ela, que cada vez mais aumentava suas posses e poder. Entretanto, certa vez a
sua ostentação chamou a atenção do bispo Nono. Foi durante uma procissão, a que
exuberante bailarina assistia, como se fosse um simples espetáculo, numa
atitude debochada e espalhafatosa. Ricamente vestida e cercada por alguns
pretendentes, ela assistia a tudo certa de que as atenções eram, na verdade,
apenas voltadas para ela. O sábio bispo, então, questionou a multidão: se uma
mulher era capaz de enfeitar-se daquela forma para chamar a atenção de um
simples homem mortal, como deveríamos nós adornar a nossa alma destinada a Deus
eterno? Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã. Ela foi para casa
refletindo sobre as palavras do sermão, lá chorou de arrependimento a noite
toda. No dia seguinte, procurou o bispo, que a enviou a uma senhora cristã,
para ser preparada para o batismo. Foi assim que, depois, trocou as roupas e
adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. À noite, com
autorização dele, Pelágia trocou sua túnica por uma de penitente e abandonou
Antioquia. Foi a pé para Jerusalém, viver como eremita, numa gruta, no Monte
das Oliveiras, onde Jesus viveu sua agonia da Paixão. Mas quando chegou estava
vestida como homem, para evitar que sua beleza perturbasse os outros anacoretas
da pequena comunidade. E viveu sendo chamada de Pelágio, de tal modo que todos
a esqueceram. Quando morreu, os ermitãos que desconheciam sua origem
descobriram que Pelágio era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da
bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se
anulara do mundo, no seguimento do Cristo. O seu culto e sua história foram
muito difundidos no mundo cristão oriental. Chegou ao Ocidente através das
tradições trazidas pelos peregrinos, que na Terra Santa também visitavam a
gruta de santa Pelágia Penitente. A Igreja autorizou esta tradicional devoção
popular, mantendo no dia 8 de outubro a sua festa litúrgica. Santa Pelágia
Penitente é considerada a padroeira dos cômicos e das atrizes.
Oração do dia 08/10/2012
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu
Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a
caminho da vida eterna!
Deus nos fala dia 08/10/2012
O anúncio do
evangelho não é publicidade nem oportunismo, mas oferta de salvação a todo
homem e mulher. É conduzir a pessoa para que descubra nos fatos e
acontecimentos, como no do samaritano e daquele homem ferido, o caminho da vida
e do amor sincero. Acolhamos o que nos diz o Senhor!
Leitura do dia 08/10/2012
Gálatas 1,6-12
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos, 6admiro-me
de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e
de terdes passado para um outro evangelho. 7Não que haja
outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o
evangelho de Cristo. 8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo
vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja
excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se
alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja
excomungado. 10Será que eu estou buscando a
aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos
homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo
de Cristo. 11Irmãos, asseguro-vos que o
evangelho pregado por mim não é conforme critérios humanos. 12Com
efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus
Cristo. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Evangelho do dia 08/10/2012
Lucas
10,25-37
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 25um
mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou:
“Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “Que está escrito
na Lei? Como lês?” 27Ele então
respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua
alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como
a ti mesmo!” 28Jesus lhe
disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele,
porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia
de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Eles arrancaram-lhe
tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava
descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
32O mesmo aconteceu com um levita:
chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano que estava
viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e
fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em
seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas
de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele!
Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi
o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele
respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe
disse: “Vai e faze a mesma coisa”. Palavra da Salvação!
— Glória
a vós, Senhor!
domingo, 7 de outubro de 2012
Santo do dia 07/10/2012:Nossa Senhora do Rosário e Santa Osita
Nossa Senhora do Rosário
O Rosário é uma forma de oração muito antiga, usada pelos
cristãos dos primeiros tempos. Desde os monges do oriente, até os beneditinos e
agostinianos, era costume contar as preces com pedrinhas. Aliás, foi um
beneditino, o venerável Santo Beda, a sugerir que elas fossem enfileiradas em
um cordão, para facilitar o transporte e manuseio. A prática da oração do
Rosário, como conhecemos hoje, nasceu no início do século XVII. E se tornou de
grande valia na solução de um problema relevante das novas Ordens de frades
mendicantes, franciscanos e dominicanos, onde a maioria era de analfabetos.
Nessa época, o Papa Inocêncio III decidiu colocar um fim à heresia albigense,
instalada no sul da França. O pontífice enviou para lá dois sacerdotes, Diego
de Aceber e Domingos de Gusmão. Como o primeiro teve morte súbita, a missão
ficou por conta do segundo. Mas a questão foi resolvida com muita eficiência,
pois ele acabou contando com uma forte aliada: a Virgem Maria. Diz a tradição
que em 1207, o então fundador da Ordem dominicana estava na cidade francesa de
Santa Maria de Prouille inaugurando o primeiro convento feminino de sua
congregação. Na capela desse convento, Nossa Senhora apareceu à Domingos de
Gusmão e lhe ensinou a oração do Rosário, para ser difundida como arma da fé
contra todos os inimigos do cristianismo e também, para a salvação dos fieis. A
partir daí a Ordem Dominicana se tornou a guardiã do Rosário, cujos
missionários iniciaram a propagação do culto em todo o mundo. Outra intercessão
de Nossa Senhora sob a força da oração do Rosário se deu no século XVI, quando
os turcos muçulmanos pretendiam dominar a Europa. O Papa Pio V convocou as
nações católicas a unirem suas tropas e seguirem para Veneza, que há três anos
lutava sozinha, impedindo o avanço do exército turco. E pediu para toda
comunidade cristã rezar o Santo Rosário pedindo ajuda à Virgem Maria, nesse
momento tão decisivo. No dia 07 de outubro de 1571, as tropas cristãs se uniram
e houve a famosa batalha naval de Lepanto, nas águas da Grécia, sob domínio
turco. Num combate de três horas, os cristãos venceram os muçulmanos, colocando
um ponto final na ameaça turca à Europa pelo mar. No ano seguinte, o mesmo Papa
Pio V, instituiu a festa à "Nossa Senhora da Vitória", para celebrar
o Rosário e recordar o êxito obtido na batalha de Lepanto por intercessão de
Maria Santíssima. A celebração ocorria em toda a cristandade, mas em datas
diferente. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração, em 07 de outubro,
para toda a Igreja. A partir de 1960, com a reforma do calendário litúrgico, o
Papa João XXIII proclamou o novo título mariano para essa festa: Nossa Senhora
do Rosário, e dedicou o mês de outubro ao Santo Rosário e às missões
apostólicas. O culto chegou às Américas através dos missionários dominicanos,
vindos com as expedições colonizadoras, nas primeiras décadas do século XVI.
Santa Osita
Era o século VII. Osita nascia na Casa dos Essex, nobreza
inglesa. Seu pai era o rei Fredevardo, cristão, piedoso e muito caridoso. A
menina foi educada na tenra idade pelos pais dentro dos rigores da nobreza e no
seguimento de Cristo. Mas depois eles a entregaram aos cuidados das irmãs
beneditinas, que cuidaram tanto da formação espiritual como intelectual.
Posteriormente, o rei a chamou de volta para a vida da Corte, mundana e
frívola, mas necessária. Costume na época, os casamentos eram arranjados em
acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e até mesmo para poder
mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem princesa Osita. Obedecendo às
regras sociais e políticas da época, deveria casar-se, com o filho do líder dos
saxões, o príncipe Sigero, ele também muito piedoso e casto. Apesar de obrigada
a obedecer, ela lutou muito para tentar manter sua virgindade consagrada
somente a Cristo, como havia feito em votos particulares, com autorização do
seu confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele
contrato entre poderes, títulos e fortunas. Mesmo assim, não perdeu a fé.
Durante a solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre
acontecesse. E conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido atendeu seu
pedido e mantiveram-se casados como irmãos. Entretanto, na primeira viagem feita
pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo, Osita o
surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos cabelos, trocado suas
roupas por um hábito beneditino e feito do palácio um convento. Sigero, embora
surpreso, permitiu que ela continuasse reclusa e mandou construir um novo
convento para ela, do qual se tornou abadessa, sendo muito procurado por jovens
da nobreza que desejavam ser suas seguidoras. Osita, porém, não teve sossego.
Anos depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra,
Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos invasores
encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma princesa, insistiu
para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas recusas, friamente ele mesmo
atravessou seu peito com a espada. Nos anos seguintes, o túmulo de Osita foi
lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram
comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da
tradicional celebração em 7 de outubro.
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