sábado, 25 de maio de 2013
Santo do dia 25/05/2013: Santa Maria Madalena de Pazzi, São Gregório VII, Santa Madalena Sofia Barat, São Beda e São Cristóbal Magallanes Jara
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Sta Maria Madalena de Pazzi
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São Gregório VII |
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Santa Madalena Sofia Barat |
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São Beda |
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São Cristóbal Magallanes Jara |
Santa Maria Madalena de Pazzi
Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 2 de abril
de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte
da Itália. Tinha a origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria
quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governavam o
ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e
espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades que a
nobreza proporcionava. Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e, contrariando
o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando
no convento das carmelitas descalças. Ali, por causa de uma grave doença, teve
de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de
Maria Madalena. A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito
Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram
comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando
extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem,
seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia
nessas ocasiões. Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois
foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de
teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas
dirigidas a papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a
inteira renovação da comunidade eclesiástica. Durante cinco anos foi provada na
fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que, no dia de
Pentecostes do ano 1690, a luz do êxtase voltou para a provação final: a da dor
física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A
tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à
Paixão de Jesus. Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607,
no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença.
Apenas dois anos mais tarde foi canonizada pelo papa Clemente IX. O corpo
incorrupto de santa Maria Madalena de Pazzi repousa na igreja do convento onde faleceu.
Sua festa é celebrada no dia de seu trânsito.
São Gregório VII
Hildebrando nasceu numa família pobre na cidade de Soana, na
Toscana, Itália, em 1020. Desde jovem o atraía a solidão, por isso foi para o
mosteiro de Cluny e se tornou monge beneditino. Depois estudou em Laterano,
onde se destacou pela inteligência e a firmeza na fé. Galgou a hierarquia
eclesiástica e foi consagrado cardeal. Tornou-se o auxiliar direto dos papas
Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio cardinalício.
Assim, quando faleceu o papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado papa pelo povo
e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta incansável
para implantar a reforma, importantíssima para a Igreja, conhecida como
"gregoriana". Há tempos que a decadência de costumes atingia o
próprio cristianismo. A mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos
fazia enorme estrago no clero. Príncipes e reis movidos por interesses
políticos nomeavam bispos, vigários e abades de forma arbitrária. Desse modo,
acabavam designando pessoas despreparadas e muitas vezes indignas de ocupar
tais cargos. Reinavam as incompetências, os escândalos morais e o esbanjamento
dos bens da Igreja. Apoiado por Pedro Damião, depois santo e doutor da Igreja,
o papa Gregório VII colocou-se firme e energicamente contra a situação. Claro
que provocou choques e represálias dos poderosos, principalmente do arrogante
imperador Henrique IV, o qual continuou a conferir benefícios eclesiásticos a
candidatos indesejáveis. O papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal
foi a pressão sobre Henrique IV, que o tirano teve de humilhar-se e pedir
perdão, em 1077, para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou
conhecido como "o episódio de Canossa". Mas o pedido de clemência era
uma bem elaborada jogada política. Pouco tempo depois, o imperador saboreou sua
vingança, depondo o papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III.
Mesmo assim o papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do
governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas
no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos. Passou para a história
como o papa da independência da Igreja contra a interferência dos poderosos
políticos. Sua última frase, à beira da morte, sem dúvida retrata a síntese de
sua existência: "Amei a justiça, odiei a iniqüidade e, por isso, morro no
exílio". Muitos milagres foram atribuídos à intercessão de papa Gregório
VII, que teve seu culto autorizado pelo papa Paulo V em 1606.
Santa Madalena Sofia Barat
Madalena Sofia nasceu prematura em Ivigny, na Borgonha,
França, devido a um incêndio assustador que arrasou a casa vizinha àquela em
que moravam seus pais, na madrugada de 13 de dezembro de 1779. Se um incêndio
marcou seu nascimento, o fogo da fé, presente em sua alma, contagiou muitas
outras durante toda a sua existência, que abrangeu o período da sangrenta e
anticristã Revolução Francesa. Com o imprevisto do nascimento prematuro, sua
mãe quase perdeu a vida, e Madalena, devido ao risco de morte que corria, foi
batizada no mesmo dia, tendo como padrinho o irmão Luís, de doze anos,
profundamente ligado aos ensinamentos cristãos. Madalena Sofia cresceu fraca
fisicamente, mas com uma força interior marcante desde a infância. Desde pequena
aprendia as orações com facilidade e era sempre a primeira nas aulas de
catecismo. Seu irmão e padrinho, estudante de teologia, foi promovido a
subdiácono e nomeado professor do ginásio de Ivigny, levando consigo sua irmã e
afilhada, para melhor prepará-la para a vida. Percebendo que Madalena aprendia
com rapidez as matérias próprias do ginásio, Luís passou a lhe ensinar também
latim, grego, italiano e espanhol. Porém chegou a Revolução Francesa. Igrejas e
conventos eram fechados. Os cárceres ficaram lotados de sacerdotes e
religiosos, incluindo Luís. Quando foi libertado, em 1795, ele se ordenou
sacerdote e foi para Paris, acompanhado da irmã. Trabalhando na reconstrução da
Igreja aniquilada pela revolução, Madalena confiou sua orientação religiosa ao sábio
e famoso padre Varin. Percebendo as necessidades da época e seguindo sua forte
inspiração, Madalena fundou, com a ajuda do padre, a Congregação do Sagrado
Coração de Jesus, para o ensino gratuito de meninas pobres, em 1800. Junto com
outras companheiras religiosas, vestiu o hábito da ordem e, embora fosse a mais
jovem da nova congregação, foi nomeada superiora. A ordem passou a ter cada vez
mais seguidoras e enfrentou muitas dificuldades até obter a aprovação canônica.
Para manter as escolas gratuitas, Madalena as criava aos pares: uma para as
meninas pobres e outra para as de classe rica, que custeava a primeira. Assim
espalhou o carisma da congregação, com suas missionárias sendo enviadas pelo
mundo. Durante sessenta e três anos ela fundou cento e vinte e duas escolas, em
dezesseis países. Até que pressentiu, três dias antes, sua própria morte.
Pediu, então, exoneração do cargo para esperá-la, despediu-se das religiosas e
nomeou sua substituta. Morreu no dia 25 de maio de 1865, em Paris.
Imediatamente, vários milagres aconteceram e muitas conversões se sucederam,
conforme os dos registros que regeram sua canonização, proclamada em 1925.
Santa Madalena Sofia Barat é festejada no dia de seu trânsito nos cinco
continentes, onde a congregação atua em quarenta e quatro países, no Brasil
inclusive.
São Beda
Todas as informações que temos sobre o extraordinário Beda
foram escritas por ele mesmo no livro "História da Inglaterra", um
dos mais raros e completos registros da formação do povo inglês antes do século
VIII, narradas assim: "Eu, Beda, servo de Cristo e sacerdote, e monge do
mosteiro de São Pedro e São Paulo, da Inglaterra, nasci neste país. Aos sete
anos, fui levado ao mosteiro para ser educado pelos monges. Desde então, passei
toda a minha vida no mosteiro, e me dediquei sobretudo ao estudo da Sagrada
Escritura. Além de cantar e rezar na Igreja, minha maior alegria foi poder
dedicar-me a aprender, a ensinar e a escrever. Aos dezenove anos, recebi o
diaconato e aos trinta, o sacerdócio. Todos os momentos livres eu os dediquei a
buscar explicações da Sagrada Escritura, especialmente extraídas dos escritos
dos santos Padres". Além desses dados, podemos acrescentar ainda, com
segurança, que Beda nasceu no ano 672, tendo sido educado e orientado espiritualmente
pelo próprio são Bento Biscop, abade do mosteiro, que, impressionado com seus
dons e inteligência, o tratava como próprio filho, na cidade de Wearmouth.
Cedo, Beda percebeu que um sermão podia ser ouvido por apenas algumas pessoas,
mas podia ser lido por milhares delas e por muitos séculos. Por isso ele
desejou escrever, e escreveu muito, sem se cansar, com cuidado e esmero no
conteúdo e estilo, resultando em livros agradáveis de ler, verdadeiras obras
literárias, sobre os mais variados temas, indo do teológico ao intelectual. Ao
todo, foram sessenta obras sobre teologia, filosofia, cronologia, aritmética,
gramática, astronomia, música e até medicina. Beda gostava de aprender, por
isso pesquisava e estudava; e também de ensinar, por isso escrevia e dava aulas.
Ajudou a formar várias gerações de monges, que, atraídos pela linguagem
simples, encantadora e acessível, eram dirigidos, por meio dessas matérias,
para os ensinamentos de Deus. O papa Gregório II chamou-o a Roma, para tê-lo
como seu auxiliar, mas Beda implorou para permanecer na solidão do mosteiro,
onde ficou até seus últimos momentos de vida. Só saiu por poucos dias para
estabelecer as bases da Escola de York, na qual, depois, estudou e se formou o
famoso mestre Alcuíno, fundador da primeira universidade de Paris. Ainda em
vida, era chamado de "venerável Beda", ou "Beda, o
Venerável". Morreu com sessenta e três anos, na paz do seu mosteiro, em
Jarrow, Inglaterra, no dia 25 de maio de 735. Muitos séculos depois, pelo
imensurável serviço prestado à Igreja, o papa Leão XIII, em 1899, proclamou-o
santo e doutor da Igreja. São Beda, único santo inglês que possui o título de
doutor da Igreja, é celebrado no dia 25 de maio.
São Cristóbal Magallanes Jara
Cristóbal nasceu em um pequeno rancho do município de Totaltiche,
Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, México, em 30 de julho de 1869. Até os
dezenove anos de idade ali permaneceu, estudando e trabalhando nos mais
diversos serviços. Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara,
realizando o seu sonho de ser sacerdote ao ser designado para a paróquia de sua
cidade natal. De temperamento sereno, tranqüilo e persistente, Cristóbal se
tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e
pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis.
Missionário entre os indígenas huicholes e fervoroso propagador do Rosário à
Santíssima Virgem Maria. Mas os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o
destino do país. Nesse ano foi promulgada a constituição anticlerical do México,
assinada pelo então presidente Venusiano Carranza, dando início às perseguições
religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país. Apesar da
Igreja, por seu episcopado, expressar seu desagravo às novas leis, nada pôde
fazer, ao contrário, foi vitimada pelo endurecimento nas perseguições. Isso
gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram formando a Liga em
Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto, até mesmo armado, com os
integrantes do governo. Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado.
O então presidente, Plutarco Elias Calles, tornou a perseguição ainda mais
violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e
obras assistenciais de organizações religiosas. Os integrantes da Liga reagiram
com vigor. Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos
sacerdotes preferiam não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas
atividades por um tempo. Porém, outros decidiram ficar firmes em seus postos,
para atender os fiéis, mesmo arriscando as próprias vidas. E assim fez
Cristóbal, que tinha para as vocações sacerdotais um cuidado extremado e um
lugar especial no seu ministério. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o
seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um
seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros
sacerdotes. Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán,
Jalisco, diocese de Zacatecas. Antes, ainda confortou seu companheiro de
martírio, padre Agustín Caloca, que tremia diante do carrasco, dizendo-lhe:
"Fique tranqüilo filho, é apenas um momento e depois virá o céu". À
sua hora, dirigindo-se a tropa, exclamou: "Eu morro inocente, e peço a
Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos". O papa
João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período,
entre eles são Cristóbal Magallanes Jara, que é celebrado neste dia.
Oração do dia 25/05/2013
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do
Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti. Amém!
Deus nos fala dia 25/05/2013
O ser humano é imagem e semelhança divinas, e a
sabedoria divina revela-se através dele. Essa sabedoria nos atrai com
suavidade, como a de uma criança, de que nos fala Jesus. É a simplicidade da
presença do Reino. Devemos, pois, descobri-lo entre nós!
Leitura do dia 25/05/2013
Eclesiástico 17,1-13
Leitura do Livro do Eclesiástico: 1Da terra
Deus criou o homem, e o formou à sua imagem. 2E à terra o faz voltar
novamente, embora o tenha revestido de poder, semelhante ao seu. 3Concedeu-lhe
dias contados e tempo determinado, deu-lhe autoridade sobre tudo o que está
sobre a terra. 4Em
todo ser vivo infundiu o temor do homem, fazendo-o dominar sobre as feras e os
pássaros. 5Deu
aos homens discernimento, língua, olhos, ouvidos, e um coração para pensar;
encheu-os de inteligência e de sabedoria. 6Deu-lhes ainda a ciência do
espírito, encheu o seu coração de bom senso e mostrou-lhes o bem e o mal. 7Infundiu o
seu temor em seus corações, mostrando-lhes as grandezas de suas obras. 8Concedeu-lhes
que se gloriassem de suas maravilhas, louvassem o seu Nome Santo e proclamassem
as grandezas de suas obras. 9Concedeu-lhes ainda a instrução e entregou-lhes
por herança a lei da vida. 10Firmou com eles uma aliança eterna e
mostrou-lhes sua justiça e seus julgamentos. 11Seus olhos viram as grandezas
da sua glória e seus ouvidos ouviram a glória da sua voz. Ele lhes disse:
“Tomai cuidado com tudo o que é injusto!” 12E a cada um deu mandamentos em
relação a seu próximo. 13Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não
podem ficar ocultos a seus olhos. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 25/05/2013
Marcos
10,13-16
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse.
Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso,
Jesus se aborreceu e disse: “deixai vir a mim as crianças. Não as proibais,
porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em
verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não
entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as
abençoava, impondo-lhes as mãos. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Santo do dia 24/05/2013: São Vicente de Lérins
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São Vicente de Lérins
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São Vicente de Lérins
As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas.
Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os
dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que
ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França,
hoje território da Bélgica. Alguns registros encontrados em Lérins, escritos
por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele
decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para
"espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a
Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e
nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de
Lérins. Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa
localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e
foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.
Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade,
verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra
mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de
advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa
obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios
básicos para viver integralmente a mensagem evangélica. Profundo conhecedor das
Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus
escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de
pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e
outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a
"Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão,
atingindo os nossos dias. Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque
traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os
critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até
mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois
travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre
muitas divergências doutrinais. Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado
pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua
famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A
Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na
mesma data também no Oriente.
Oração do dia 23/05/2013
Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do
Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de
evangelizador. Amém!
Deus nos fala dia 24/05/2013
O que deve reger nossos pensamentos e atitudes
cristãos são o amor e a fidelidade. E nada se compara àquele que é fiel. Esta
fidelidade que gera a vida deve estar presente na vida do casal, da família e
de toda Comunidade cristã. Acolhamos o que agora nos diz o Senhor!
Leitura do dia 24/05/2013
Eclesiástico 6,5-17
Leitura do Livro do Eclesiástico: 5Uma palavra
amena multiplica os amigos e acalma os inimigos; uma língua afável multiplica
as saudações. 6Sejam
numerosos os que te saúdam, mas teus conselheiros, um entre mil. 7Se queres
adquirir um amigo, adquire-o na provação; e não te apresses em confiar nele. 8Porque há
amigo de ocasião, que não persevera no dia da aflição. 9Há amigo que
passa para a inimizade, e que revela as desavenças para te envergonhar. 10Há amigo
que é companheiro de mesa e que não persevera no dia da necessidade. 11Quando
fores bem-sucedido, ele será como teu igual e, sem cerimônia, dará ordens a
teus criados. 12Mas,
se fores humilhado, ele estará contra ti e se esconderá da tua presença. 13Afasta-te
dos teus inimigos e toma cuidado com os amigos. 14Um amigo fiel é poderosa
proteção: quem o encontrou, encontrou um tesouro. 15Ao amigo fiel não há nada que
se compare, é um bem inestimável. 16Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que
temem o Senhor vão encontrá-lo. 17Quem teme o Senhor, conduz bem a sua amizade:
como ele é, tal será o seu amigo. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 24/05/2013
Marcos
10,1-12
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia, do outro
lado do Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como
de costume, as ensinava. 2Alguns
fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era
permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3Jesus
perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus
responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do
vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No
entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e
os dois serão uma só carne. 8Assim, já
não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o
que Deus uniu, o homem não separe!” 10Em casa, os
discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua
mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e
casar com outro, cometerá adultério”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Santo do dia 23/05/2013: São João Batista de Rossi
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São João Batista de Rossi
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São João Batista de Rossi
João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698,
em Voltagio, na província de Gênova, Itália. Aos dez anos, foi trabalhar para
uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e manter-se.
Três anos depois, transferiu-se, definitivamente, para Roma, morando na casa de
um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se
doutorou em filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua
geração de clérigos. Depois, os cursos de teologia ele concluiu com os
dominicanos de Minerva. A todo esse esforço intelectual João Batista
acrescentava uma excessiva carga de atividade evangelizadora, mesmo antes de
ser ordenado sacerdote, junto aos jovens e às pessoas abandonadas e pobres. Com
isso, teve um esgotamento físico e psicológico tão intenso que desencadearam os
ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos. Nunca mais se recuperou e teve
de conviver com essa situação o resto da vida. Contudo ele nunca deixou de
praticar a penitência, concentrada na pouca alimentação, minando ainda mais seu
frágil organismo. Recebeu a unção sacerdotal em 1721. Nessa ocasião, devido à
experiência adquirida na direção dos grupos de estudantes, decidiu fundar a Pia
União de Sacerdotes Seculares, que dirigiu durante alguns anos. Por lá, até o
final de 1935, passaram ilustres personalidades do clero romano, alguns mais
tarde a Igreja canonizou e outros foram eleitos para dirigi-la. Entretanto João
Batista queria uma obra mais completa, por isso fundou e também dirigiu a Casa
de Santa Gala, para rapazes carentes, e a Casa de São Luiz Gonzaga, para moças
carentes. Aliás, esse era seu santo preferido e exemplo que seguia no seu
apostolado. O seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e
pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os
fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação,
exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda
a cidade e de outras vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com
doçura e firmeza, e onde houvesse necessidade de algum socorro ali estava ele
levando seu fervor e força espiritual. Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito
para sucedê-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado
da obrigação do coro para poder dedicar-se com maior autonomia aos seus
compromissos apostólicos. Aos sessenta e seis anos de idade, a doença
finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu
enterro foi custeado pela caridade dos devotos. João Batista de Rossi foi
canonizado pelo papa Leão XIII em 1881, que marcou sua celebração para o dia de
sua morte.
Oração do dia 23/05/2013
Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do
Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de
evangelizador. Amém!
Deus nos fala dia 23/05/2013
A simplicidade, a pobreza, o desprendimento e o
espírito de serviço são próprios de quem ama verdadeiramente e busca sua
conversão. Deste modo, a pessoa se deixa conduzir pelo ensinamento do
Evangelho, e não por seus desejos e ideias que não a levam à paz e à salvação!
Leitura do dia 23/05/2013
Eclesiástico 5,1-10
Leitura do Livro do Eclesiástico: 1Não confies
nas tuas riquezas e não digas: “Basta-me viver!” 2Não deixes que tua força te
leve a seguir as paixões do coração. 3Não digas: “Quem terá poder sobre mim?”
ou: “Quem me fará prestar contas das minhas ações?”, pois o Senhor, com
certeza, te castigará. 4Não digas: “Pequei, e que de mal me aconteceu?”, pois o
Altíssimo é paciente. 5Não percas o temor por causa do perdão, cometendo pecado
sobre pecado. 6Não
digas: “A misericórdia do Senhor é grande, ele me perdoará a multidão dos meus
pecados!”, 7pois
dele procedem misericórdia e cólera, e sua ira se abate sobre os pecadores. 8Não demores
em voltar para o Senhor, e não adies de um dia para outro, 9pois a sua
cólera vem de repente e, no dia do castigo, serás aniquilado. 10Não te
apoies em riquezas injustas, pois elas de nada te valerão no dia da desgraça.
Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 23/05/2013
Marcos
9,41-50
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der
a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua
recompensa. 42E se alguém escandalizar um
desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra
de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão
te leva a pecar, corta-a! 44É melhor
entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para
o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé
te leva a pecar, corta-o! 46É melhor
entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É
melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser
jogado no inferno, 48‘onde o
verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois
todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é
o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero?
Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Santo do dia 22/05/2013 Santa Rita de Cássia, Santa Catarina de Gênova e Santa Júlia
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Santa Rita de Cássia
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Santa Catarina de Gênova |
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Santa Júlia
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Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália,
exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação
religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar
as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando. Para
atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome
Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o
passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A
tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e
a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia,
Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai.
Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que
culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de
Rita. Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência
descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando
adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a
interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso
não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano,
os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. Rita ficou sozinha
no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a
vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas
primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a
tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os
seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a
conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A
partir desse milagre ela foi aceita. Ela se entregou, completamente, a uma vida
de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras
agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da
coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o
fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade. Rita
morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade
atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua
intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. A vida
de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja
católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas
impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo
festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.
Santa Catarina de Gênova
No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os
dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas
sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da
nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era
mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a
essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram
em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini. A
união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável,
desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas
dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar,
desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.
Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da
corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso.
Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro,
quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu
viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes. Sua
conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu
também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e
deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira
Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às
freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a
peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e
pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes. Catarina realizou o
seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais
contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497.
Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega
aos pobres mais doentes e abandonados. Ao seu redor se juntou um grupo de
seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos
dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro
para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade".
Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis. Catarina, nessa
íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho
e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com
os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de
setembro de 1510. Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa
Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais
conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova
no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
Santa Júlia
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um
dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua
cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um
furacão. Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os
sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do
paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e
belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às
mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a
veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade
pela escravidão, Júlia não se abalou. A tradição conta que ela foi vendida para
Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que
encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que
passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse
molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às
orações e leituras espirituais. Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os
vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha
francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio
chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para
prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do
templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus,
caminho da verdade. A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do
governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava
Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu
palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia
despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a
escrava à força, enquanto Eusébio dormia. Júlia se manteve firme e não se
curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício
aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que
sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por
fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era
tarde. Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor,
contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a
sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda
pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de
Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no
e o colocaram num sepulcro. Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se
difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo
Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia,
propagando ainda mais sua veneração entre os féis. Um ano depois, o papa Paulo
I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia,
a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio.
Oração do dia 22/05/2013
Pai, como o discípulo amado, desejo estar perto de Jesus e
ser amado por ele. Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para
atrair muitos outros discípulos para ele. Amém!
Deus nos fala dia 22/05/2013
Ninguém deve adiar sua conversão. Contanto que, com
a graça de Deus, devemos sim buscá-la todos os dias. E não podemos ficar
fechados em nós mesmos, em nossas ideias, mas iluminar nossos pensamentos e
ações com a Palavra do Senhor, que nos liberta, orienta e salva!
Leitura do dia 22/05/2013
Eclesiástico 4,12-22
Leitura do Livro do Eclesiástico: 12A sabedoria
comunica a vida a seus filhos e acolhe os que a procuram. 13Os que a
amam, amam a vida; os que a procuram desde manhã cedo serão repletos de alegria
pelo Senhor. 14Quem
a ela se apega herdará a glória; para onde for, Deus o abençoará. 15Os que a
veneram prestam culto ao Santo; pois Deus ama os que a amam. 16Quem a
escutar julgará as nações; quem a ela se dedicar viverá em segurança. 17Se alguém
confiar nela, vai recebê-la em herança; e na sua posse continuarão seus
descendentes. 18No
começo, ela o acompanha por caminhos contrários, 19trazendo-lhe temor e tremor;
começa a prová-lo com a sua disciplina, até que ele a tenha em seus pensamentos
e nela deponha sua confiança. 20Então voltará a ele em linha reta, o
confirmará e lhe dará alegria, 21lhe revelará os seus segredos e lhe dará o
tesouro da ciência e da compreensão da justiça. 22Se, porém, se desviar, ela o
abandonará e o entregará às mãos de seu inimigo. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 22/05/2013
Marcos
9,38-40
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem
expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz
milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem
não é contra nós é a nosso favor”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 21 de maio de 2013
Santo do dia 21/05/2013: Manuel G. Gonzáles Adílio Daronche e Santo Eugênio de Mazemod
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Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch
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Santo Eugênio de Mazemod
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Bem-aventurados
Padre Manuel Gomes Gonzalez nasceu em 29 de maio de 1877, em
São José de Riberteme, Província de Fontevedra - Espanha. Foi ordenado
sacerdote em 24 de maio de 1902 em Tui. Em 1913, com grande espírito
missionário e abertura de coração veio ao Brasil. Foi nomeado pároco da Igreja
Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, no Rio Grande do Sul. A 23 de janeiro de 1914,
recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em 7 de dezembro de 1915, o
bispo de Santa Maria - RS, Dom Miguel de Lima Valverde, nomeou Padre Manuel
primeiro pároco da igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai. Iniciando assim seu
trabalho pastoral: organizou o Apostolado da Oração, a Catequese paroquial, o
combate ao analfabetismo. Lutando com muitas dificuldades econômicas, reformou
a igreja matriz. Na páscoa de 1924, Padre Manuel recebeu carta do Bispo de
Santa Maria, pedindo que fosse ao Regimento do Alto Uruguai, fazer a páscoa dos
Militares e depois fosse até a colônia Três Passos, para atender aos colonos de
origem alemã, que estavam esperando missa, batizados e a bênção do cemitério.
Padre Manuel convidou o seu coroinha Adílio Daronch que o acompanhasse num longo
itinerário pastoral, a serviço da Paróquia de Palmeira das Missões. Adílio
Daronch nasceu em Dona Francisca (RS), em 1908, filho de Pedro Daroch e Judite
Segabinazzi, migrantes italianos vindo da Itália em 1883, com a família. Adílio
era o terceiro filho do casal. Em 1912 a família foi morar em Passo Fundo, onde
o pai aprendeu o ofício de fotógrafo. Alguns meses depois a família retorna
para Nonoai onde exerce o ofício de fotógrafo e tinha uma pequena farmácia de
homeopatia. A família de Pedro era muito religiosa. Eram grandes colaboradores
do Padre Manuel. Adílio era coroinha e auxiliar nos serviços do altar e da
paróquia. Nesta época o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado
acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de
1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue. Padre Manuel e o
coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a
Colônia Militar, no Alto Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na
Páscoa de militares. A caminho de Três Passos, ao chegar em "Feijão
Miúdo" o coroinha Adílio e o padre Manuel foram surpreendidos por
anticlericais e inimigos da religião. Foram levados para o mato, amarrados em
árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924. Os próprios colonos que
encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da
sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja,
assassinados a 21 de maio de 1924». Quarenta anos depois, em 1964, os restos
mortais foram desenterrados e os ossos foram levados para Nonoai, numa
caravana, pela Diocese. Em 1997, a Diocese encaminhou o processo de
beatificação. Foram escritos vários livros sobre estes mártires. Em 2002: Na
Visita Ad Limina, ao receber um abaixo-assinado dos bispos do Rio Grande do
Sul, o Cardeal português, José Saraiva Martins, responsável pelas
beatificações, nos disse: "Vocês precisam divulgar mais esta causa dos
mártires. A Igreja não pode beatificar uns mártires que apenas são conhecidos
no Alto Uruguai. Alto Uruguai, parece ser de outro país, é preciso que esta
causa venha a interessar a todo o Rio Grande e todo o Brasil, além disso,
Espanha (onde padre Manuel nasceu e foi ordenado padre) e Portugal (onde
trabalhou por mais de 10 anos na Arquidiocese de Braga) precisam conhecer esta
causa". Começou-se então um grande trabalho de divulgação. Falou-se
diversas vezes a todos os Bispos do Brasil, em Itaici. Foram escritas cartas e
e-mails aos bispos de Vigo (na Espanha) e Braga (em Portugal). Dia 21 de outubro
de 2007, foram beatificados, em Frederico Westphalen, os chamados mártires de
Nonoai: o padre Manuel e o coroinha Adílio. A cerimônia foi presidida pelo
cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos
que veio diretamente de Roma. Cerca de 40 mil fiéis estavam presentes à
cerimônia. Em sua homilia, o cardeal Martins destacou: "santo é aquele que
está de tal modo fascinado pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade que
é por elas progressivamente transformado". Foi o que fizeram os dois novos
bem-aventurados disse o cardeal. "Pela beleza e verdade de Cristo e do seu
Evangelho, os dois novos bem-aventurados renunciaram a tudo, também a si
próprios, também à sua própria vida, que é o maior tesouro que Deus nos
deu". Hoje, a Igreja reconhece a vitória do padre Manuel e do coroinha
Adílio, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa
intercessão.
Santo Eugênio de Mazemod
Carlos José Eugênio de Mazemod, esse era seu nome de batismo.
Ele nasceu na bela cidade Aix-en-Provance, sul da França, em dia 1o de agosto
de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua
mãe pertencia a uma família burguesa muito rica. Teve duas irmãs: Antonieta e
Elisabete, que morreu aos cinco anos de idade. Sua infância foi tranqüila até
1790, quando a família teve de fugir da Revolução Francesa, deixando todos os
bens e indo para a Itália, onde permaneceram durante onze anos, vivendo de
cidade em cidade. Nesse período, seus pais também se separam. A mãe deixou
Eugênio com o pai na Itália e foi para a França, tentar reaver os bens
confiscados. Tudo isso influenciou a personalidade o menino, de maneira tanto
positiva como negativa, cujo reflexo foi uma séria crise de identidade na
adolescência. Embora Eugênio, antes do exílio, tivesse dado mostras de sua
vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente
na sua formação intelectual, devido à falta de uma moradia fixa. Mas seu
caráter forte permaneceu por toda a vida, sendo sua marca pessoal. Foi por meio
do padre Bartolo Zinelli, durante o período que morou em Veneza, entre 1794 e
1797, que Eugênio teve contato concreto com a vida de fé. E ao retornar para a
França, em 1802, então com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar
na vida religiosa, seguindo sua vocação primeira. Em 1808, entrou no Seminário
de São Sulpício, em Paris, recebendo a ordenação em Amiens três anos depois.
Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a
Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes
abandonados, a todos dando os sacramentos como único meio de recompor os
valores cristãos, num momento novo para o país tão desgastado e sem rumo.
Outros padres se juntaram a ele nessa missão, por isso decidiu, em 1816, fundar
a Sociedade dos Missionários da Provença, que depois mudou o nome para Oblatos
de Maria Imaculada, recebendo todas as aprovações da Igreja. Eugênio foi,
então, nomeado vigário-geral da diocese de Marselha, da qual, depois, foi
nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. Foram muitos os
problemas com as autoridades que governaram Paris, com a elite social e até com
alguns membros eclesiásticos que não concordavam com as regras de vida em comum
estabelecidas por ele. Mas o povo pobre o queria, amava e respeitava. Assim,
continuou governando a diocese e os oblatos, que se desenvolveram e foram
pregar a Palavra de Cristo fora dos domínios da Europa, nos Estados Unidos,
Canadá e México, depois também na África e na Ásia, levando o carisma
missionário da congregação. Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de
1861, na sua querida Marselha. Muitas foram as graças atribuídas à sua
intercessão. O papa João Paulo II declarou-o santo em 1995. A solenidade contou
com a presença de representantes dos sessenta e oito paises onde os oblatos já
estavam fixados.
Oração do dia 21/05/2013
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho
Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho
autêntico de sua fé. Amém!
Deus nos fala dia 21/05/2013
A escola da Sabedoria nos ensina a estar pronto
para o serviço, e, mesmo no meio de dificuldades, manter fidelidade, constância
e paciência. É o que Jesus mesmo nos ensina: “Se alguém quiser ser o primeiro,
que seja o último de todos e aquele que serve a todos!
Leitura do dia 21/05/2013
Eclesiástico 2,1-13
Leitura do Livro do Eclesiástico: 1Filho, se
decidires servir ao Senhor, permanece na justiça e no temor e prepara a tua
alma para a provação. 2Mantém o teu coração firme e sê constante, inclina teu ouvido
e acolhe as palavras de inteligência, e não te assustes no momento da
contrariedade. 3Suporta
as demoras de Deus, agarra-te a ele e não o deixes, para que sejas sábio em
teus caminhos. 4Tudo
o que te acontecer, aceita-o, e sê constante na dor; e nas contrariedades de
tua pobre condição, sê paciente. 5Pois é no fogo que o ouro e a prata são
provados e, no cadinho da humilhação, os homens agradáveis a Deus. 6Crê em Deus,
e ele cuidará de ti; endireita os teus caminhos e espera nele. Conserva o seu
temor, e nele envelhecerás. 7Vós que temeis o Senhor, contai com a sua
misericórdia e não vos desvieis, para não cair. 8Vós, que temeis o Senhor,
confiai nele, e a recompensa não vos faltará. 9Vós, que temeis o Senhor,
esperai coisas boas: alegria duradoura e misericórdia. 10Vós, que
temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações ficarão iluminados. 11Considerai,
filhos, as gerações passadas e vede: Quem confiou no Senhor e ficou desiludido?
12Quem
permaneceu nos seus mandamentos e foi abandonado? Quem o invocou e foi por ele
desprezado? 13Pois
o Senhor é compassivo e misericordioso, perdoa os pecados no tempo da
tribulação, e protege a todos os que o procuram com sinceridade. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 21/05/2013
Marcos
9,30-37
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessaram a
Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois
estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser
entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte,
ele ressuscitará”. 32Os
discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa,
Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” 34Eles,
porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve
a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança,
colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37“Quem
acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem
me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou”. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Santo do dia 20/05/2013: São Bernardino de Sena e Colomba de Rieti
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São Bernardino de Sena
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Colomba de Rieti
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Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos
Albizzeschi, em 8 de setembro de 380, na pequena Massa Marítima, em Carrara.
Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na
cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir
a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo. Depois de estudar na Universidade
de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e
ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada
e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava
entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco
de Assis, acabou sendo eleito vigário-geral de todos os conventos dos
franciscanos da observância. Aos trinta e cinco anos de idade, começou o
apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua
época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo
taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele. O seu legado
nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e
contundente, se manteve atual até os nossos dias. Os temas freqüentes sobre a caridade,
humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que
"renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras
compridas que roem os ossos dos pobres". Naquela época, a Europa vivia
grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e
religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino
restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo
usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros
impróprios, em praça pública. Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele
trazia as iniciais JHS - Jesus Salvador dos Homens - entalhadas num quadro de
madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar. As pregações
e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada
vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e
quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de
maio de 1444. Só assim ele parou de pregar. Tamanha foi a impressão causada por
essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado.
São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o
mundo.
Colomba de Rieti
Angelina Guadanholi nasceu numa família da aristocracia
italiana, em 2 de fevereiro de 1467, na cidade de Rieti. O dia do seu batizado
foi marcante e muito curioso. No mesmo instante em que o padre lhe ministrava o
batismo, desceu sobre sua cabeça uma pomba branca, talvez como um símbolo da
infinidade de graças que o Espírito Santo colocou em sua alma. Por isso, ficou
conhecida como Colomba, que significa "pomba". Colomba, desde a
infância, consagrou seu coração e sua vida ao amor a Jesus Cristo, como fizeram
são Domingos e santa Catarina, com quem conviveu e dos quais foi discípula. Por
si mesma e com firmeza seguiu o caminho para a santidade. A tradição diz que,
ainda no berço, procurava privar-se da amamentação. Sua infância foi repleta de
penitências severas, que só podem ser equiparadas àquelas dos adultos mais
santificados. Aos dez anos, ela consagrou sua virgindade a Jesus, mesmo sabendo
que seus pais tinham assumido um casamento para ela. Mas o acerto das núpcias
foi desfeito quando apareceu com a cabeça raspada diante dos pais, que ficaram comovidos
com a real vocação da filha. Iniciou sua formação religiosa no convento
dominicano da Ordem Terceira, e teve como orientadores espirituais santa
Catarina, a quem ela chamava de "irmã", e são Domingos, de quem
recebeu o hábito em 1496. Colomba era, de fato, muito especial, pois, além da
alta capacidade contemplativa, contava com dons extraordinários, como o da
profecia, do conselho, da cura, e sabia perceber, como ninguém, os sentimentos
da alma humana. Aos dezenove anos, atendendo uma inspiração, foi para a cidade
de Perugia, onde fundou um convento dominicano da Ordem Terceira, para a
educação das jovens da nobreza. Mas seu apostolado foi muito fecundo também
fora do convento, onde se tornou uma verdadeira "pomba da paz e da
concórdia" na luta que existia entre as poderosas famílias da nobreza, que
disputavam a região. Colomba conseguiu impedir inúmeras lutas sangrentas que
poderiam ter destruído, várias vezes, a cidade de Perugia. Ela morreu aos
trinta e três anos de idade, no dia 20 de maio de 1501, no convento que havia
fundado em Perugia. Em 1627, foi beatificada pelo papa Urbano VIII, que
declarou Colomba de Rieti padroeira de Perugia.
Oração do dia 20/05/2013
Pai, faze-me assumir com muita disposição a tarefa de
continuar a missão de Jesus, para que muitas outras pessoas abracem a salvação
que nos ofereces. Amém!
Deus nos fala dia 20/05/2013
Onde está a verdadeira sabedoria? Qual é o sentido
de Deus para nossa humanidade hoje? A tecnologia responde a uma necessidade
humana, mas é Deus quem nos realiza plenamente. Sem Ele a vida não tem sentido.
Alimentemo-nos da Palavra do Senhor, que nos orienta e nos ilumina!
Leitura do dia 20/05/2013
Eclesiástico 1,1-10
Leitura do Livro do Eclesiástico: 1Toda a
sabedoria vem do Senhor Deus. Ela esteve e está sempre com Ele. 2Quem pode
contar a areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? 3Quem poderá
medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundeza do abismo? 4Antes de
todas as coisas foi criada a sabedoria, e a inteligência prudente vem da
eternidade. 5Fonte
da sabedoria é a palavra de Deus no mais alto dos céus e seus caminhos são os
mandamentos eternos. 6A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem conheceu as
capacidades do seu engenho? 7A ciência da sabedoria, a quem foi revelada? E
quem compreendeu sua grande experiência? 8Só um é o altíssimo, criador
onipotente, rei poderoso e a quem muito se deve temer, assentado em seu trono e
dominando tudo, Deus. 9Ele é quem a criou no espírito santo: Ele a viu, a enumerou e
mediu; 10ele
a derramou sobre todas as suas obras e em cada ser humano, segundo a sua
bondade. Ele a concede àqueles que o temem. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 20/05/2013
Marcos
9,14-29
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e
João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma
grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles. 15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa
e correu para saudá-lo. 16Jesus
perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém
na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito
mudo. 18Cada vez que o espírito o
ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica
completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas
eles não conseguiram”. 19Jesus
disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de
suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E
levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o
menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca. 21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está
assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas
vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer
alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”. 23Jesus
disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. 24O
pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto
dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que
saias do menino e nunca mais entres nele”. 26O espírito
sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto,
e por isso todos diziam: “Ele morreu!”27Mas Jesus
pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé. 28Depois
que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não
conseguimos expulsar o espírito?”29Jesus
respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não
ser pela oração”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
domingo, 19 de maio de 2013
Santo do dia 19/05/2013: São Pedro Celestino, Santo Ivo Hélory de Kermartin, São Crispim de Viterbo e Agostinho Novello
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São Pedro Celestino
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Santo Ivo Hélory de Kermartin |
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São Crispim de Viterbo |
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Agostinho Novello
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São Pedro Celestino
Pedro nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de
pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria
religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu
estudando com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os estudos,
retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos. Depois foi para
Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem beneditina e, com
licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de
Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou
uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas. Em 1251, fundou, com
a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de
Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova
Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente,
a aprovação do papa Leão IX, em 1273. Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após
um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para
sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação
por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era
de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo
eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi
política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a
vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi
percebido pelos cardeais. Pedro Celestino exerceu o papado durante um período
cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado,
renunciou em favor do papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise,
com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo
pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou,
humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua
morte. Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e
ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e
aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio
de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou santo o
papa Pedro Celestino, já em 1313. A Ordem dos Celestinos continuou se
espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha
e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da
Ordem na Europa.
Santo Ivo Hélory de Kermartin
Ivo, ou melhor, Yves Hélory de Kermartin, filho de um nobre,
nasceu em 17 de outubro de 1253, no castelo da família, na Baixa Bretanha,
França. Educado e orientado por sua mãe, muito religiosa, até a idade de
catorze anos, recebeu uma sólida formação religiosa e cultural. Nessa ocasião,
decidiu continuar os estudos em Paris, acompanhado de seu professor, João de
Kernhoz. Os próximos doze anos foram dedicados aos estudos de teologia e
filosofia na escola de são Boaventura e de direito civil e canônico, cursados
na cidade de Orleans, junto ao famoso jurista Peter de la Chapelle. Era muito
respeitado no meio acadêmico, por sua aplicação nos estudos e devido à sua vida
de piedade muito intensa. Dessa forma, atender o chamado do Senhor pelo
sacerdócio seria apenas uma questão de tempo para Ivo. Atuou como destacado
advogado, tanto na corte civil quanto na corte eclesiástica. Aos vinte e sete
anos, passou a trabalhar para o diaconato da diocese de Rennes, onde foi
nomeado juiz eclesiástico. Pouco tempo depois, o bispo o convocou para
trabalhar junto dele na mesma função, mas antes o consagrou sacerdote. Ivo, aos
poucos, se despojou de tudo para se conformar de maneira radical a Jesus
Cristo, exortando os seus contemporâneos a fazerem o mesmo, por meio de uma
existência diária feita de santidade, no caminho da verdade, da justiça, do
respeito pelo direito e da solidariedade para com os mais pobres. Seus
conhecimentos legais estavam sempre à disposição dos seus paroquianos,
defendendo a todos, ricos e pobres, com igual lisura. Foi o primeiro a
instituir, na diocese, a justiça gratuita para os que não podiam pagá-la. A
fama de juiz austero, que não se deixava corromper, correu rapidamente e Ivo se
tornou o melhor mediador da França, sempre tentando os acordos fora das cortes
para diminuir os custos legais para ambas as partes. Essa sua dedicação na
defesa dos fracos, inocentes, viúvas e pobres lhe conferiu o título de
"advogado dos pobres". Muitos foram os casos julgados por ele,
registrados na jurisprudência, que mostraram bem seu modo de agir. Ficou
constatado que, quando lhe eram denunciados roubos de carneiros, bois e
cavalos, com a desculpa de impostos não pagos, Ivo ia pessoalmente aos castelos
recuperar os animais. Famosa também era sua caridade. Contam os devotos que ele
tirava a roupa do corpo, mesmo no inverno, e ia distribuindo aos pobres e
mendigos, indo para sua casa muitas vezes só com a camisa. Diz a tradição que,
certa vez, deu sua cama a um mendigo que dormia na porta de uma casa e foi
dormir onde dormia o mendigo. Por tudo isso, sua saúde ficou comprometida. Em
1298, a doença se agravou e ele se retirou no seu castelo, o qual transformara
num asilo para os mendigos e pobres ali tratados com conforto, respeito e
fervor. Morreu em 19 de maio de 1303, aos cinqüenta anos de idade. O papa
Clemente VI declarou-o santo 1347. Ele é o padroeiro da Bretanha, dos
advogados, dos juízes e dos escrivães.
São Crispim de Viterbo
Pedro nasceu em Viterbo, em 13 de novembro de 1668, na
Itália. Era filho de Ubaldo Fioretti e Márcia, que, viúva, já tinha uma filha.
Porém Ubaldo também faleceu logo depois, deixando Pedro órfão ainda muito
pequeno. Assim, Márcia, novamente viúva, casou-se com o irmão de Ubaldo, o
sapateiro Francisco, do qual as crianças eram muito afeiçoadas. Francisco,
assumindo o lugar paterno, encaminhou o menino para estudar na escola dos
padres jesuítas e o fez seu aprendiz na sapataria. Entretanto, Pedro
demonstrava uma vocação religiosa muito forte, sendo fervoroso devoto de Jesus
Cristo e de Maria. Em 1693, vestiu o hábito dos capuchinhos, tomando o nome de
frei Crispim de Viterbo, em homenagem ao santo padroeiro dos sapateiros. Até 1710,
serviu em vários mosteiros de Tolfa, Roma e Albano, quando foi,
definitivamente, para Orvietto. Versátil, exerceu várias funções, como
cozinheiro, enfermeiro, encarregado da horta e, além disso, passou a esmolar de
porta em porta. Foram quarenta anos de vida de humildade, penitência e alegria,
contagiando a todos que tiveram a felicidade de sua convivência e conselho. Era
um homem amante da pobreza, contemplativo, gentil e caridoso, sabia encontrar
as palavras e atitudes justas quando era preciso advertir quem quer que fosse,
agindo como um sábio e mestre. Suas atenções eram para os pequeninos,
pecadores, pobres, encarcerados, doentes, velhos e crianças abandonadas. Sua
longa vida foi conduzida para o caminho do otimismo, alegria e amor a Deus e a
Nossa Senhora, louvados e cantados de dia e de noite, em todas as
circunstâncias, sempre. Era todo repleto do Espírito Santo. São tão vastos seus
ditos, poemas e orações que se perpetuaram entre os devotos, como este que
ensinava aos jovens: "Filhinhos, trabalhai quando ainda são jovens, e
sofrei com boa vontade, porque, quando alguém é velho, não lhe resta senão a
boa vontade". E ainda o que exortava a todos : "Amai a Deus e não
fracassareis, fazei por bem e deixai que falem". Aos oitenta e dois anos
de idade, muito doente, sofrendo de artrite nas mãos e pés, além de um grave
mal que lhe atingiu o estômago, foi enviado para Roma, onde morreu em 19 de
maio de 1750, pedindo perdão aos irmãos caso os tivesse ofendido. Uma de suas
frases resume bem o seu carisma de vida: "Quem ama a Deus com pureza de
coração, vive feliz e, depois, contente morre!" Os milagres por sua
intercessão foram muitos e a devoção popular se propagou por todo o mundo
católico, onde as famílias franciscanas estão instaladas. Foi beatificado em 1806,
pelo papa Pio VII, que marcou sua festa para o dia de sua morte. Depois, em
1982, são Crispim de Viterbo foi canonizado pelo papa João Paulo II,
tornando-se o primeiro santo que esse papa alçou à veneração dos altares da
Igreja.
Agostinho Novello
Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na
Sicília, Itália, pelo ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte,
e foi enviado pelos pais à Universidade de Bolonha para estudar direito civil e
eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi, do
reino da Sicília, o qual, ao assumir o trono pela morte de seu pai, mandou
chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela
notável cultura e humildade. Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e
Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus,
decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar
acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um
simples irmão leigo, tomando o nome de Agostinho. Frei Agostinho viveu algum
tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande
inteligência. Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de
defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao
conhecimento do geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua
transferência para a cúria da Ordem em Roma. Ali ordenou-se sacerdote, e logo
em seguida ganhou o apelido de Novello, porque, a exemplo do grande santo
Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da
doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo papa Nicolau IV para o cargo de
penitente apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu
junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII. Nesse meio
tempo, auxiliou a Cúria Romana na elaboração das constituições de 1290. Eleito
geral da Ordem em 1298, permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua
renúncia. Esse notável superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São
Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada a serviço de Deus.
No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos
Hospitaleiros, destinados ao serviço dos doentes terminais. Morreu com fama de
santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo, onde foi
sepultado. A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto
no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a
igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o papa Clemente XIII o
beatificou e manteve o dia do culto ao beato Agostinho Novello. Em 1977, as
suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada a ele,
pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello
também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.
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