sábado, 4 de janeiro de 2014
Santo do dia 04/01/2014: Santa Ângela de Foligno, Manuel Gonzáles Garcia e Santa Elisabete Ana Baylei Seton
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Santa Ângela de Foligno
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Manuel Gonzáles Garcia |
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Santa Elis Ana Baylei Seton
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Santa Ângela de Foligno
A história de Santa Ângela, considerada uma das primeiras
místicas italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final
feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e
devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data mais aceita para
o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de Roma, é o ano 1248. Ela
pertencia à uma família relativamente rica e bem situada socialmente. Ainda
muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais
confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim
viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua
vida. Num curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos
filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante
nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu
conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os votos religiosos, doando
todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São
Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. O dom místico
começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de
São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a
partir daí as manifestações não pararam mais. Contam seus escritos que ela
chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas do
próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e testemunhadas por seu
diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno, foram registradas em narrações
que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o
latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente
por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o
título "Experiências espirituais, revelações e consolações da
Bem-Aventurada Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a
formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos
Teólogos". Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa
Catarina de Sena. Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente, através
de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao Santo Arnaldo, à
quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu, Ângela de Foligno,
tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A
primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi
sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira
me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande
misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A
quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu
por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima
aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava
procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na
Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu, em 04
de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em
Foligno, Itália. Seu túmulo foi cenário de muitos prodígios e graças. Assim, a
atribuição de sua santidade aconteceu naturalmente, àquela que os devotos
consideram como a padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das
crianças. Foi o Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela
já tinha sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de
Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio XI a
mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.
Manuel Gonzáles Garcia
Manuel Gonzáles Garcia nasceu em Sevilha, na Espanha no dia
25 de fevereiro de 1877. A família era humilde e profundamente religiosa. O seu
pai Martim era carpinteiro e a sua mãe Antonia era dona de casa. O casal teve
cinco filhos, ele foi o segundo. Neste ambiente sereno, Manuel cresceu,
nutrindo no coração o desejo de fazer parte, na catedral de Sevilha, do grupo
de meninos do côro que cantavam nas solenidades do "Corpus Christi" e
da Imaculada. Já nessa época se consolidou o seu amor pela Eucaristia e por Maria.
Através da vivência cristã e o bom exemplo da família e de vários sacerdotes,
descobriu a sua verdadeira vocação. Assim, sem avisar os seus pais, fez os
exames de ingresso no seminário. Eles aceitaram a vontade do filho e os
desígnios de Deus. Consciente da situação econômica da sua família, Manuel
pagou os estudos do seminário trabalhando como servidor e também auxiliou sua
irmã, Maria Antonia que se tornou religiosa. Finalmente, em 1901, recebeu a
ordenação sacerdotal das mãos do cardeal Marcelo Espinola, um beato da Igreja.
Um ano depois, padre Manuel foi enviado numa missão para pregar em Palomares do
Rio, onde permaneceu durante toda a sua vida sacerdotal. Foi dentro da
simplicidade do Evangelho que desenvolveu todo seu trabalho missionário. Criou
a "Obra dos Sacrários-Calvários", uma resposta de amor reparador ao
amor de Cristo na Eucaristia, como ele mesmo definiu sua obra. O início foi a
União Eucaristia Reparadora, formada pelos ramos masculino e feminino de leigos
, culminando com a Reparação Infantil Eucarística e a criação da revista
"O grão de areia", para a divulgação destas associações. Após quinze
anos, em reconhecimento da sua capacidade e laureando sua atuação missionária,
foi consagrado bispo de Málaga. Com a aprovação da Santa Sé, em 1918 fundou a
instituição dos padres Missionários Eucarísticos e três anos depois a
congregação religiosa das Missionárias Eucarísticas de Nazaré. Em 1932,
colaborou com a irmã no sangue e na fé, Maria Antonia, para a criação das
instituições das Missionárias Auxiliares Nazarenas e a Juventude Eucarística.
Depois, durante a guerra espanhola foi nomeado bispo de Palência, para onde foi
transferido em 1935. Nesta diocese, Manuel passou os últimos anos do seu
ministério sacerdotal, escrevendo também inúmeras obras de conteúdo religioso e
espiritual. Depois de um longo período de enfermidade, serenamente morreu no
dia 4 de Janeiro de 1940. O Papa João Paulo II o proclamou "Apóstolo da
Eucaristia" na celebração solene de sua beatificação em 1998. Santo Manuel
Gonzáles Garcia foi enterrado na Catedral de Palência e sua festa litúrgica
marcada para o dia de sua morte.
Santa Elisabete Ana Baylei Seton
Elisabete Ana Bayley nasceu em Nova Iorque, onde cresceu e
constituiu família dentro do protestantismo anticatólico dos Estados Unidos, no
final do século dezoito. Catarina sua mãe, era filha de pastor anglicano e
Ricardo seu pai, era um médico famoso e muito bem conceituado na comunidade. A
menina veio ao mundo no dia 28 de agosto de 1774. A infância de Elisabete foi
muito infeliz, perdeu a mãe aos três anos de idade e sua madrasta a maltratou
por anos e anos. Ela cresceu solitária pois, seu pai só pensava em seus
compromissos profissionais, dando-lhe pouca atenção. Seu consolo era a Bíblia,
que lia muito e sobre cujos ensinamentos meditava achando a paz. Enfim, aos
dezenove anos casou-se com Guilherme Selton, um rico comerciante nova-iorquino
e teve cinco filhos. Mas uma grave tuberculose que acometeu o marido mudou sua
vida. A família se transferiu para a Itália, onde ele esperava encontrar a
cura. Lá ficaram hospedados na casa de uma família italiana, a dos amigos
Felicchi. A cura do marido não veio e ele acabou falecendo. Entretanto, durante
o tempo em que ficou naquela residência e país, Elisabete conheceu o catolicismo
e se converteu. Era o ano 1805. Ao voltar para a pátria, viúva e com os filhos
para criar, seu calvário só aumentou. Contou sobre sua conversão à família,
sendo então desprezada e depois abandonada. O mesmo o fez a sua comunidade.
Elisabete, então com vinte e nove anos, passou inúmeras dificuldades materiais,
sentindo na pele a marginalização a que era relegada a minoria católica. Até
seus filhos deixaram de ter acesso à escola. Elisabete, seguindo a orientação
do Arcebispo de Baltimore e unindo-se a uma amiga de fé, Cecília da Filadélfia,
criou em 1808, apesar de toda a oposição já citada, a primeira escola paroquial
nos Estados Unidos. Esta escola de Baltimore é considerada um marco que muito
contribuiria nos anos seguintes para a expansão da Igreja Católica naquele
país. Em junho de 1809, sempre sob a orientação do Arcebispo, ela fundou uma
nova instituição religiosa feminina totalmente norte americana, a Ordem das
Irmãs de Caridade de São José, para a qual doou todos os seus bens. A
instituição, com a finalidade de proporcionar: educação cristã e cura de
doentes, progrediu rapidamente. Assim, em 1812 obteve aprovação canônica para
seguir as regras de São Vicente de Paulo. Atualmente a Ordem continuam
cumprindo com suas funções em todo o território dos Estados Unidos e alguns
países da América Latina, contando com milhares de integrantes. Ainda jovem,
aos quarenta e sete anos de idade, Elisabete Ana Bayley Selton morreu no
convento de Maryland no dia 4 de janeiro de 1821. Ela foi a primeira cidadã
norte americana a ser beatificada, em 1963, pelo Papa João XXIII. Depois, foi
canonizada pelo Papa Paulo VI, em 1975, não por acaso no Ano Internacional da
Mulher.
Oração do dia 04/01/2014
Pai, faze-me permanecer sempre junto a teu Filho Jesus,
enviado por ti para realizar todas as nossas esperanças de salvação. Amém.
Deus nos fala dia 04/01/2014
Quem não toma cuidado, pode sofrer influências
negativas e se desencaminhar. Tomar cuidado é praticar a justiça, solidário com
o próximo, como quem nasce e sempre renasce de Deus. Então é preciso conviver
com Jesus, levar os outros para Ele e aceitar ser transformado por Ele. Acolhamos
com amor e atenção!
Leitura do dia 04/01/2014
1 São João 3,7-10
Leitura da Primeira Carta de São João: 7Filhinhos,
que ninguém vos desencaminhe. O que pratica a justiça é justo, assim como ele é
justo. 8Aquele
que comete o pecado é do diabo, porque o diabo é pecador desde o princípio.
Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo.
9Todo
aquele que nasceu de Deus não comete pecado, porque a semente de Deus fica
nele; ele não pode pecar, pois nasceu de Deus. 10Nisto se revela
quem é filho de Deus e quem é filho do diabo: todo o que não pratica a justiça
não é de Deus, nem aquele que não ama seu irmão. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 04/01/2014
João 1,35-42
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: Naquele tempo, 35João estava de novo com dois de seus
discípulos 36e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o
Cordeiro de Deus!” 37Ouvindo essas palavras, os dois
discípulos seguiram Jesus. 38Voltando-se para eles e vendo que o
estavam seguindo, Jesus perguntou: “Que estais procurando?” Eles disseram:
“Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras?” 39Jesus respondeu:
“Vinde ver”. Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele.
Era por volta das quatro da tarde. 40André, irmão de Simão Pedro, era um
dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. 41Ele
foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias (que
quer dizer: Cristo)”. 42Então André conduziu Simão a Jesus.
Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado
Cefas” (que quer dizer: Pedra). Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Santo do dia 03/01/2014: Santa Genoveva
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Santa Genoveva
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Santa Genoveva
A França não deu ao mundo somente Santa Joana D'Arc como
exemplo de mulher santa por interferir na política dos homens. Presenteou a
Humanidade também com Santa Genoveva. Embora não se atirasse à guerra como
Joana D'Arc, Santa Genoveva fez da atividade política e social uma obrigação
tão importante quanto a oração e o jejum. Se Joana é invocada como guerreira,
Genoveva se faz protetora nas horas de calamidade e perseguição. Nasceu em
Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde e modesta, época
em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma
postura de evangelização naquele importante país. Assim, tinha Genoveva cerca
de 6 anos (alguns escritos falam em 8) quando uma missão católica passou por
sua cidade a caminho da Bretanha, liderada por dois bispos. Um deles profetizou
que a menina seria um prodígio cristão - e não errou. Já aos 15 anos Genoveva
fez voto de castidade, participando ainda de uma irmandade que, embora não se
retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas
próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios
significativos e sempre citados: a resistência aos hunos e o auxílio dos
moradores do campo à cidade que vivia na penúria. Quando Átila, "o flagelo
de Deus", liderou os hunos na invasão a Paris, a população decidiu
abandonar a cidade. Santa Genoveva os convenceu a ficar, pois deviam confiar em
Deus que impediria a destruição da metrópole. Embora quase fosse linchada pelos
mais temerosos, sua convicção contagiou e o povo ficou. Átila não só não
invadiu Paris como pouco tempo depois foi obrigado a recuar e abandonar outras
cidades conquistadas. Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na
escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores
urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital
francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus
devotos. Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da
perseguição, pois interferia freqüentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo
anistia aos prisioneiros políticos. Morreu por volta do ano 502, depois de ter
convencido o rei a construir a famosa igreja dedicada a São Pedro e São Paulo.
Durante a revolução francesa a abadia construída sobre seu túmulo, e que
abrigava suas relíquias, foi saqueada pelos jacobinos, mas seu culto continuou
e perdura até hoje na Igreja de Santo Estevão do Monte.
Oração do dia 03/01/2014
Espírito solidário com os pecadores, faze-me colaborar na
obra da salvação, levando a todos a luz trazida por Jesus. Amém.
Deus nos fala dia 03/01/2014
Ser filho de Deus é a nossa grandeza. Jesus, pelo
seu Espírito Santo, nos dá essa consciência de filiação divina. O que impede de
viver essa experiência, em clima de fraternidade e igualdade, é o pecado,
pessoal e social. Por isso, Jesus veio tirar e ensinar a tirar o pecado do
mundo. Acolhamos com atenção!
Leitura do dia 03/01/2014
1 São João 2,29–3,6
Leitura da Primeira Carta de São João: Caríssimos: 29Já
que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça
nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o
Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não
nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já
somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que,
quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal
como ele é. 3Todo o que espera nele, purifica-se a
si mesmo, como também ele é puro. 4Todo o que comete pecado, comete também
a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5Vós sabeis que ele
se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6Todo
aquele que peca mostra que não o viu, nem o conheceu. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 03/01/2014
João
1,29-34
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: 29No
dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele
é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque
existia antes de mim. 31Também
eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse
manifestado a Israel”. 32E
João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu,
e permanecer sobre ele. 33Também
eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse:
‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com
o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou
testemunho: Este é o Filho de Deus!” Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Santo do dia 02/01/2014: Santo Basílio e Santo Gregório Nazianzeno
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Santo Basílio
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Santo Gregório Nazianzeno
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Santo Basílio
Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga Capadócia, no
ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na
perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã,
cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus
irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo
São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja. Basílio estudou em Atenas e
Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa.
Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade.
Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de
viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e escreveu suas famosas
"Constituições", a primeira Regra de vida espiritual destinada aos
religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos fundadores de comunidades
ao redigir os Regulamentos de suas Congregações. Basílio foi eleito bispo de
Cesaréia, e nesta época o representante do Império tentou fazer com que ele
renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde muito frágil, Basílio o
enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este representante desistiu de castigá-lo,
percebendo sua admirável santidade e porque já era venerado pelo povo. Por sua
oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras obras de
assistência, que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio Magno".
Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora eloqüência,
Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava tudo o que
ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos carentes e
depois criou asilos e orfanatos. Muito culto e profundo conhecedor de teologia,
filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da Sagrada
Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e
convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de proveitosa
leitura para a alma. Seu pensamento era: depois do amor à Deus, ajudar, e fazer
os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e escrevia sem
cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia se
alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos. Morreu em 1o. de
janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia
seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu
amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data;
disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio
pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um
mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá
pregando sempre com seus escritos admiráveis". A Igreja autorizou o seu
culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi
sepultado.
Santo Gregório Nazianzeno
Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na
Capadócia, atual Turquia. Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve
o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias da
Antiguidade. Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e
inclinação para a vida de monge. Ele passou quase dez anos em Atenas como
estudante, onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio, cujo culto também se
comemora hoje. Durante este período desenvolveu, de vez, sua capacidade para a
poesia, literatura e retórica. Não cedendo à tentação de viver entre a frivolidade
de oradores e filósofos, ao contrário, se aprimorou numa profunda vida
religiosa, junto com seu fiel amigo. Ao regressar a Nazianzo recebeu o Batismo
das mãos de seu próprio pai e, mais tarde, a Ordem sacerdotal para poder
ajuda-lo na pastoral da sua diocese. Como estava vaga a diocese de Sásimos, na
Ásia Menor, o então bispo São Basílio o consagrou à dignidade episcopal desta
sede. Tornou-se um famosíssimo orador e teólogo sendo muito perseguido pelos
arianos. Por isto, preferiu desistir da vida episcopal e se recolher num
mosteiro onde se dedicava inteiramente às orações, à meditação, ao estudo do
Evangelho. Em virtude de sua grande erudição teológica e seus claros
conhecimentos sobre a discutida cristologia dos primeiros tempos, foi escolhido
para ser o bispo de Constantinopla. Neste caso, mesmo sob pressão dos inimigos,
Gregório aceitou ser declarado patriarca desta metrópole e nesta posição
presidiu o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja alí sediado em 381, que
triunfou a doutrina da Santíssima Trindade ortodoxa, ou seja, reconheceu a
divindade do Espírito Santo. Mesmo com seu caráter demasiado sensível, suportou
as dificuldades da administração de uma diocese. Mas as perseguições arianas
foram tantas que novamente se viu obrigado a abdicar do cargo, voltando para
sua solidão de monge, para o trabalho literário, ao exercício de meditação e
aos mistérios de Deus. Gregório morreu no ano 390. Dentre o seu legado
encontramos quase cinqüenta sermões e duzentas e quarenta e quatro cartas, que
tratam, em especial, sobre a verdadeira divindade do Espírito Santo e da
santidade da Virgem Maria como Mãe de Deus. Sua inspiração poética também nos
presenteou com cerca de quatrocentos poemas. Seus sermões e escritos deixaram
um tesouro de testemunho ortodoxo, em um tempo de muita confusão e luta interna
na Igreja de Roma. A Igreja o incluiu no Calendário dos Santos mantendo seu
culto no dia 2 de janeiro, como sempre foi venerado. São Gregório de Nazianzeno
junto com São Basílio Magno, e o irmão mais novo deste, chamado de São Gregório
de Nissa, receberam o título de "Os três capadócios".
Oração do dia 02/01/2014
Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas
dele, e conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos
mesmos moldes de João. Amém.
Deus nos fala dia 02/01/2014
No Evangelho, aprendemos que já é hora de viver uma
vida nova em Jesus, com a força do Espírito Santo. Na carta de São João,
aprendemos que já não se pode mais negar Jesus com palavras ou com atitudes.
Cada um é chamado a permanecer na verdade sempre, testemunhando que Jesus é o
caminho da salvação!
Leitura do dia 02/01/2014
1 São João 2,22-28
Leitura da Primeira Carta de São João: Caríssimos: 22Quem
é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele
que nega o Pai e o Filho. 23Todo aquele que nega o Filho também
não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai. 24Permaneça
dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o
princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. 25E
esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. 26Escrevo isto a
respeito dos que procuram desencaminhar-vos. 27Quanto a vós
mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela
é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou,
permanecei nele. 28Então, agora, filhinhos, permanecei
nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando ele se manifestar, e não
seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua vinda. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 02/01/2013
João 1,19-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João: 19Este
foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e
levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou:
“Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então? És
Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele
respondeu: “Não”. 22Perguntaram então: “Quem és, afinal?
Temos de levar uma resposta àqueles que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?” 23João
declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados
pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas
batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26João
respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não
conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço
desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia além do
Jordão, onde João estava batizando. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Santo do dia 01/01/2014: Maria, Mãe de Deus E São Fulgêncio
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Maria, Mãe de Deus
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São Fulgêncio |
Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano
novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no
mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é
"a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda
criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o
direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com
toda verdade, Mãe! Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja
ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser
celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a
última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes
se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido. Num certo
sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela
solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria
concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio
aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu
na noite de Belém. Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por
conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe
daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez
carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra.
Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho
seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como
registram alguns autores. O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43)
nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom
fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando
recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre."
(Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo,
nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é
Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se
rejeita a ambos. Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia,
no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério
exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao
caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e
vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida
Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria
Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe,
incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não
oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal. A comemoração de
Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia
encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde
Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que
personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar
Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos
tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.
São Fulgêncio
Fulgêncio nasceu em Cartago, na África, no ano 465. Nasceu
numa rica família cristã. Seu pai era um senador romano e a mãe era de uma
família local influente. Teve uma formação intelectual excelente, com caráter
firme, espírito de liderança e habilidade para os negócios. Interessava-se pela
religião, pelas artes e literatura. Freqüentava um mosteiro perto de sua casa,
onde conheceu os livros de santo Agostinho e decidiu-se pela vida de sobriedade
e solidão. Tentou morar entre os monges do deserto no Egito, mas acabou
desistindo. Foi na sua própria cidade onde se tornou padre. Em segredo, por
causa das perseguições, tornou-se bispo da diocese de Ruspe. Mas o notícia de
novos bispos chegou aos ouvidos do rei e este exilou sessenta homens na ilha de
Sardenha, entre eles o jovem Fulgêncio. No exílio Fulgêncio tornou-se um líder
e sua influência fez com que o rei o recebesse de volta na pátria. Fulgêncio
pôs-se na luta contra os hereges arianos, escrevendo muitas obras e mantendo
vasta correspondência com amigos e discípulos. Morreu no dia primeiro de
janeiro de 533, aos sessenta e oito anos, pregando a caridade como "o
caminho que conduz ao céu". Reflexão: Está escrito que se a boca dos
profetas se calarem, as pedras falarão. Assim, mesmo que as autoridades
injustas e desonestas tentem apagar a força do Evangelho, este vencerá. Na vida
de São Fulgêncio encontramos este testemunho bonito de que a Palavra de Deus
sempre transforma e modifica nossa vida para melhor. Sejamos autênticos
cristãos, fazendo a vontade de Deus em todas as realidades de nossa vida.
Oração do dia 01/01/2014
Pai, dá-me a luz do teu Espírito, para que, como Maria, eu
possa compreender o desígnio de amor que tens para mim, e ser-lhe fiel. Amém.
Deus nos fala dia 01/01/2014
Desde o Antigo Testamento, Deus foi abençoando seu
povo, fazendo com ele uma aliança de amor. Na plenitude dos tempos deu-nos sua
paz e sua bênção verdadeiras: Jesus, nascido de Maria. Como Maria guardava a
verdade de Deus em seu coração, também nós devemos fazer a mesma coisa. Somente
em Jesus encontramos a paz e a salvação!
Leitura do dia 01/01/2014
Primeira Leitura
Números 6,22-27
Leitura do Livro dos Números: 22O
Senhor falou a Moisés, dizendo: 23“Fala a Aarão e a seus filhos: Ao
abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: 24‘O Senhor te
abençoe e te guarde! 25O Senhor faça brilhar sobre ti a sua
face, e se compadeça de ti! 26O Senhor volte para ti o seu rosto e
te dê a paz!’ 27Assim invocarão o meu nome sobre os
filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Gálatas 4,4-7
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas: Irmãos: 4Quando
se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sujeito à Lei, 5a fim de resgatar os que eram sujeitos
à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois
filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá ó Pai! 7Assim,
já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro: tudo isso por
graça de Deus. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 01/01/2014
Lucas
2,16-21
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 16os
pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido
deitado na manjedoura. 17Tendo-o
visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E
todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses
fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os
pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e
ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando
se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de
Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Santo do dia 31/12/2013: SÃO SILVESTRE
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SÃO SILVESTRE |
SÃO SILVESTRE
Quando a Igreja saiu do período das sanguinárias perseguições
e emergiu da clandestinidade, no século IV, expandindo-se livremente sob a
colaboração do imperador Constantino, encontrou no papa Silvestre I o
comandante à altura para se transformar numa organização eclesiástica que
duraria por vários séculos e sobreviveria a muitas outras turbulências para
chegar a este século XXI. Seu pontificado não só foi longo como produziu muitos
frutos. Embora Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos
apóstolos de Jesus durante tantos anos regados pelo sangue do martírio, nem por
isso o cristianismo vivia em completa paz. Mesmo condescendente, Constantino
não abandonou o hábito pagão de se utodenominar pontífice máximo, portanto
capacitado para controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa.
Não matava, mas não deixava de sufocar os cristãos. Tanto que exigiu para si a
autoridade para convocar um sínodo para sanar um cisma irrompido na África.
Também passou para a história como o autor da convocação do primeiro concílio
ecumênico do planeta, no ano 325. A tudo isso São Silvestre assistia, mas nada
passivo. Avançado na idade, não pôde comparecer ao concílio famoso, mas mandou
representantes à altura do que a Igreja Católica necessitava para se firmar no
encontro: o bispo Ósio de Córdoba e mais dois sacerdotes assessores. Como havia
harmonia entre papa e imperador, foi possível ao cristianismo tirar bons frutos
do sínodo, além de um importante apoio financeiro por parte do império para a
construção de valiosos edifícios eclesiásticos que marcaram o pontificado de
Silvestre I. Não é pouco, pois um deles é justamente a basílica em honra de São
Pedro, no monte Vaticano, em Roma. Foi propositadamente construída sobre um
cemitério pagão, o que fez o templo crescer muito em importância e significado.
Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939.
Outro monumento é a basílica de São Paulo, na Via Ostiense. Temos também a
basílica de São João, igualmente em Roma. Também por causa de Silvestre,
Constantino legou à Igreja outro evento histórico de muita importância para a
humanidade e para o catolicismo: cedeu seu próprio palácio, o Lateralense, para
servir de moradia para os papas durante os séculos futuros. Mas, para
mostrarmos que seus atos não eram politicagem ou simples propaganda utilizando
a Igreja como veículo, e sim fruto do trabalho de Silvestre, basta dizer que
Constantino nunca se deixou batizar pelo papa. Aliás, só na hora da morte
aceitou receber o batismo. Quanto ao papa São Silvestre I, morreu em 335,
depois de ter assumido o Trono de Pedro no ano 314. Para a época, um verdadeiro
recorde.
Oração do dia 31/12/2013
Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus
resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade. Amém!
Deus nos fala dia 31/12/2013
É estranho
perceber que há pessoas que insistem em ser do mal e não do bem. há indivíduos
e há sistemas sociais que acabam gerando a injustiça, como permanentes
anticristos. Mas também há pessoas que amam e acolhem a luz e adquirem a
capacidade de serem filhos de Deus, agindo como filhos de Deus. Aceitam a
revelação do Deus Pai que Jesus veio fazer!
Leitura do dia 31/12/2013
1 São João 2,18-21
Leitura da Primeira Carta de São João: 18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes
dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por
isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles
saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos
nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem
todos são dos nossos. 20Vós já
recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a
verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade.
Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 31/12/2013
João
1,1-18
Início
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João: 1No
princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No
princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se
fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos
homens. 5E
a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu
um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha,
para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele
não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de
verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no
mundo e o mundo foi feito por meio dela mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio
para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a
receberam, deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que
acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E
a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória,
glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele,
João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois
de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De
sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés
foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A
Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do
Pai, ele no-lo deu a conhecer. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Santo do dia 30/12/2013: SAGRADA FAMÍLIA
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SAGRADA FAMÍLIA |
SAGRADA FAMÍLIA
Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade
italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua
origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua
vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da
cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o
bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de
pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado
bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador
Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância
no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais
precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque
de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas. O bispo
Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.
Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da
população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a
sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos
e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos,
incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse
possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as
crianças. Todavia esse século também foi um período conturbado para a história
da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos
e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado
como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício
próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo:
"Tudo para todos". Por tudo isso e por seus dons de conselho e
sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II.
Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das
rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação. Entrou rico
de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde
foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que
promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos
divulgaram a sua santidade. No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já
não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas
eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência
das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi
acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual
Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo
de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela
Igreja.
Oração do dia 30/12/2013
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas
envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim
fonte de perene inspiração. Amém!
Deus nos fala dia 30/12/2013
A profetiza Ana
representa todos que conservam expectativas de um mundo melhor e que vibram
quando vislumbram que está chegando esse tempo. São pessoas que, apesar de
fraquezas e pecados, confiam na misericórdia e se propõem crescer em virtude,
em qualidade de vida e sabedoria, assim como Jesus. Para isso, não podem se
envolver em atitudes mundanos!
Leitura do dia 30/12/2013
1 São João 2,12-17
Leitura da Primeira Carta de São João: 12Eu vos escrevo, filhinhos: os vossos
pecados foram perdoados por meio do seu nome. 13Eu
vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos
escrevo, jovens: vós vencestes o maligno. 14Já
vos escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois
fortes, a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno. 15Não ameis o mundo, nem o que há no mundo.
Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 16Porque tudo o que há no mundo as paixões
da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza não vem do
Pai, mas do mundo. 17Ora, o
mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de
Deus permanece para sempre. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 30/12/2013
Lucas
2,36-40
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 36havia também uma
profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito
avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois
ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo,
dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse
momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a
libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei
do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e
tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. Palavra
da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
domingo, 29 de dezembro de 2013
Santo do dia 29/12/2013: SÃO TOMÁS BECKET
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SÃO TOMÁS BECKET |
SÃO TOMÁS BECKET
Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em
Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do
trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da
Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era
ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e
das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da
juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi
corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou
Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a
vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se
tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação,
foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para
ser nomeado arcediácono do religioso. Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o
papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II
não vacilou em colocar no cargo o amigo. Mas o rei não sabia que o antigo amigo
se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho
defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162
e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury. Não demorou muito para
indispor-se, imediatamente, com o rei. Negou-se a reconhecer as novas leis das
"constituições de Clarendon", que permitiam direitos abusivos ao
soberano, e teve de fugir para a França, para escapar de sua ira. Ficou no
exílio por seis anos, até que o papa Alexandre III conseguiu uma paz formal
entre os dois. Assim, Tomás pôde voltar para a diocese de Canterbury a fim de
reassumir seu cargo. Foi aclamado pelos fiéis, que o respeitavam e amavam sua
integridade de homem e pastor do Senhor. Mas ele sabia o que o esperava e disse
a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". A sua primeira atitude
foi logo destituir os bispos que haviam compactuado com o rei, isto é, aceitado
as leis por ele repudiadas. Naquele momento, também a paz conseguida com tanta
dificuldade acabava. O rei ficou sabendo e imediatamente pediu que alguém
tirasse Tomás do seu caminho. O arcebispo foi até avisado de que o rei mandaria
matá-lo, mas não quis fugir novamente. Apenas respondeu com a frase que ficou
registrada nos anais da história: "O medo da morte não deve fazer-nos
perder de vista a justiça". Encheu-se de coragem e, vestido com os paramentos
sagrados, recebeu os quatro cavaleiros que foram assassiná-lo. Deixou-se
apunhalar sem opor resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. O próprio
papa Alexandre III canonizou Tomás Becket três anos depois do seu testemunho de
fé em Cristo. A sua memória é homenageada com festa litúrgica no dia de sua
morte.
Oração do dia 29/12/2013
Pai, que teu Filho Jesus seja para mim motivo de crescimento
e de promoção, levando-me, a conhecer-te sempre mais e a aderir ao teu Reino de
amor. Amém!
Deus nos fala dia 29/12/2013
A Palavra de
Deus traz a orientação certa para a vida em família, como amor, compreensão e
respeito perante os limites. No coração dos pais e dos filhos brotam
sentimentos de bondade, humildade, paciência e perdão. As dificuldades são
superadas com diálogo e educação!
Leitura do dia 29/12/2013
Primeira Leitura
Eclesiástico 3,3-7.14-17a
Leitura do Livro do Eclesiástico: 3Deus honra o pai nos filhos e confirma,
sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem
honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido
na oração cotidiana. 5Quem
respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus
próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e
quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu
filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive.
15Mesmo que ele esteja
perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em
nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.
Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Colossenses 3,12-21
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses: Irmãos:
12Vós sois amados por Deus,
sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia,
bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos
uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro.
Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros,
pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que
a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só
corpo. E sede agradecidos. 16Que
a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e
admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos
corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de
graças. 17Tudo o que fizerdes,
em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele
dai graças a Deus, o Pai. 18Esposas,
sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. 19Maridos, amai vossas esposas e não sejais
grosseiros com elas. 20Filhos,
obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos,
para que eles não desanimem. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 29/12/2013
Mateus
2,13-15.19-23
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: 13Depois que os magos
partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te,
pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise!
Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de
noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte
de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito
chamei o meu Filho”. 19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor
apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e
sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o
menino já estão mortos”. 21José levantou-se, pegou o menino e sua
mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na
Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois
de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e
foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi
dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
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