sábado, 17 de novembro de 2012
Santo do dia 17/11/2012:Santa Isabel da Hungria e São Roque Gonzales
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Santa Isabel da Hungria
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São Roque Gonzales |
Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa.
Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha Gertrudes, de Merano,
atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada
como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos
viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos. O jovem príncipe
Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável
e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas
palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres
e doentes. A mãe de Luís não gostava da devoção da sua futura nora, e tentou
convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma
rainha inadequada politicamente. A própria Corte a perseguia por causa de seu
desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico ao dizer preferir
abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente, amava-a muito. No castelo de
Wartenburg, quando atingiu a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel,
que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se
recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na
Igreja. Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar
uma coroa tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou a seu
desejo e tornou-se rei sem colocar a sua coroa, também, diante de Cristo. Foi
um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado
pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da
rainha, sendo, ao contrário, seu incentivador. Em Marburg, Isabel construiu o
Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de
ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com
freqüência. Depois de seis anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos
pequenos. O rei Luís IV, participando de uma cruzada, morreu antes de voltar
para a Alemanha. A partir de então, as perseguições da Corte contra ela
aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa acabou de
vez. E o cunhado, para assumir o poder, expulsou-a do palácio junto com os três
reais herdeiros ainda crianças. Isabel ingressou, então, na Ordem Terceira de
São Francisco e dedicou-se à vida de religião e à assistência aos leprosos no
hospital que ela própria havia construído. Quando os cruzados que acompanhavam
seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados ao constatar como a rainha
viúva e os herdeiros haviam sido tratados. Conseguiram fazer a viúva rainha
Isabel reassumir o trono, que depois entregou ao seu filho, na maioridade.
Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e
quatro anos de idade, em Marburg, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi
canonizada pelo papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular venera-a como sua
padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.
São Roque Gonzales
"Matastes a quem tanto vos amava. Matastes meu corpo,
mas minha alma está no céu." Contam os escritos que estas palavras foram
ouvidas pelos índios que assassinaram o missionário jesuíta Roque Gonzalez e
seus companheiros, padres Afonso Rodrigues e João de Castillo, em 1628. As
palavras foram prodigiosamente proferidas pelo coração de padre Roque, ao ser
transpassado por uma flecha, porque o fogo não tinha conseguido consumir. Os
três padres eram jesuítas missionários na América do Sul, no tempo da
colonização espanhola. Organizavam as missões e reduções implantadas pela
Companhia de Jesus entre os índios guaranis do hoje chamado Cone Sul. O
objetivo era catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos,
além de formar núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes
era praticada pelos colonizadores europeus. Elas impediam que eles fossem
escravizados, ao mesmo tempo que permitiam manter as suas culturas. Eram
alfabetizados através da religião e aprendiam novas técnicas de sobrevivência e
os conceitos morais e sociais da vida ocidental. Era um modo comunitário de
vida em que todos trabalhavam e tudo era dividido entre todos. O grande sucesso
fez que os colonizadores se unissem aos índios rebeldes, que invadiam e destruíam
todas as missões e reduções, matando os ocupantes e pondo fim à rica e
histórica experiência. Roque foi um sacerdote e missionário exemplar. Era
paraguaio, filho de colonizadores espanhóis, nascido na capital, Assunção, em
1576. A família pertencia à nobreza espanhola, o pai era Bartolomeu Gonzales
Vilaverde e a mãe era Maria de Santa Cruz, que o criaram na virtude e piedade.
Aos quinze anos, decidiu entregar sua vida a serviço de Deus. Ingressou no
seminário e, aos vinte e quatro anos de idade, foi ordenado sacerdote. Padre
Roque quis trabalhar na formação espiritual dos índios que viviam do outro lado
do rio Paraguai, nas fazendas dos colonizadores. O resultado foi tão frutífero
que o bispo de Assunção o nomeou pároco da catedral e depois vigário-geral da
diocese. Mas ele renunciou às nomeações para ingressar na Companhia de Jesus,
onde vestiu o hábito de missionário jesuíta em 1609. Depois, passou toda a sua
vida a serviço dos índios das regiões dos países do Paraguai, Argentina,
Uruguai, Brasil e parte da Bolívia. Em 1611, chefiou por quatro anos a redução
de Santo Inácio Guaçu. Em 1626, fundou quatro reduções: Candelária,
Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró. Foi na Redução de Caaró, atualmente
pertencente ao Brasil, que os martírios ocorreram, em 15 de novembro de 1628.
Depois de celebrar a missa com os índios, padre Roque estava levantando um
pequeno campanário na capela recém-construída, quando índios rebeldes, a mando
do invejoso e feiticeiro Nheçu, atacaram aquela e a vizinha Redução de São
Nicolau. Mataram todos e incendiaram tudo. Padre João de Castillo morreu
naquela de São Nicolau, enquanto padre Afonso Rodrigues, que ficou na de Caaró,
morreu junto com padre Roque Gonzales, esse último com a cabeça golpeada a
machado de pedra. Dois dias depois, os índios rebeldes voltaram para saquear os
escombros. Viram, então, que o corpo de padre Roque estava pouco queimado,
então transpassaram seu coração com uma flecha. Foi aí que ocorreu o prodígio
citado no início deste texto e mantido pela tradição. Eles foram beatificados
pelo papa Pio XI em 1934 e canonizados pelo papa João Paulo II em 1988, em sua
visita à capital do Paraguai. A festa de são Roque Gonzales ocorre no dia 17 de
novembro.
Oração do dia 17/11/2012
Senhor, não posso negar minhas necessidades espirituais ou
temporais. E sei que posso contar com vosso poder e vossa bondade para me
ajudar. E, no entanto, sou tão lento em recorrer a vós e tão pouco insistente
em meu pedido. Perdoai minha falta de confiança e ajudai-me a pedir sempre, sem
desistir, o necessário para minha salvação. Dai-me a graça da oração constante.
Amém!
Deus nos fala dia 17/11/2012
A hospitalidade
é caridade e atitude de fé, e sinal transparente da solidariedade e da
fraternidade cristã. O desprezo é dor difícil de consolar, mas a justiça divina
é transparente. Nós complicamos nossas relações, mas Deus é simples e
misericordioso. Acolhamos o que o Senhor que nos fala!
Leitura do dia 17/11/2012
3 São João 5-8
Leitura da Terceira Carta de São João: 5Caríssimo
Gaio, é muito leal o teu proceder, agindo assim com teus irmãos, ainda que
estrangeiros. 6Eles deram testemunho da tua caridade
diante da Igreja. Farás bem em provê-los para a viagem de um modo digno de
Deus. 7Pois,
por amor do Nome, eles empreenderam a viagem, sem aceitar nada da parte dos
pagãos. 8A
nós, portanto, cabe acolhê-los, para sermos cooperadores da Verdade. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 17/11/2012
Lucas 18,1-8
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas: Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma
parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir,
dizendo: 2“Numa
cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na
mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me
justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se
recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas
esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não
venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o
que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus
escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu
vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando
vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Santo do dia 16/11/2012:Santa Gertrudes e Santa Margarida da Escócia
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Santa Gertrudes
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Santa Margarida da Escócia
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A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa
Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao
contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas
seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos. Aos cinco anos de
idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo
grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico,
tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística
Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de
poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.
Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se
aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento
místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante,
recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas
revelações de Deus. A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira
das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica
experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor",
talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística.
Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes
e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra. Essa notável mística
cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao
Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa
Margarida Maria Alacoque, no século XVII. Mais tarde, foi eleita abadessa,
cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas
por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do
Pai, em 1302. A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi
autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.
Santa Margarida da Escócia
Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira,
foi profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar
como uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida
pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje.
Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês. Nascida em
1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã, culta,
inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões políticas
levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido. Sua mãe,
Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo,
pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto. Numa época
tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu
dar abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais. Não
demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e
nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em
casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim
agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo
escocês, ainda pagão. Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim
um pouco rude e ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por
sua mulher instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com
devoção e sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco,
alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta,
modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma
nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.
Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo também
se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que
receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também
passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e
os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça. No palácio, a
rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos,
viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava dessa alegria e das
obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos. Fundaram muitas igrejas,
mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia, foi um período de reinado
justo, próspero e feliz para o povo e para a nação. A rainha Margarida tinha
apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave doença. E resistiu
pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu marido e do filho mais
velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick. Morreu no dia 16 de
novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline,
Escócia. Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo
papa Inocêncio IV. O culto que celebra santa Margarida da Escócia com grande
festa ocorre, no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
Oração do dia 16/11/2012
Senhor Jesus, creio que estais presente entre nós,
acompanhando cada um de nós durante a vida e vossa Igreja até o fim dos tempos.
Fortalecei nossa esperança e dai-nos a coragem para enfrentar as dificuldades
na fidelidade e na paciência. Fazei-nos vigilantes e atentos, para não sermos
surpreendidos pelos fatos, nem perder as oportunidades de salvação que nos
ofereceis. Amém!
Deus nos fala dia 16/11/2012
A Palavra
mostra-nos a importância de estarmos atentos a seu ensinamento, para encontrar
a Deus, e vigilantes para acolher sua chegada. Sua presença é sempre carregada
de amor e de misericórdia!
Leitura do dia 16/11/2012
2 São João 4-9
Leitura da Segunda Carta de São João: 4Muito
me alegrei, Senhora, por ter encontrado alguns dos teus filhos que caminham
conforme a verdade, segundo o mandamento que recebemos do Pai. 5E
agora, Senhora, eu te peço – não que te esteja escrevendo a respeito de um novo
mandamento, pois se trata daquele que temos desde o princípio: amemo-nos uns
aos outros. 6E amar consiste no seguinte: em
viver conforme os seus mandamentos. Este é o mandamento que ouvistes desde o
início para guiar o vosso proceder. 7Acontece que se espalharam pelo
mundo muitos sedutores, que não confessam a Jesus Cristo encarnado. Está aí o
Sedutor, o Anticristo. 8Tomai cuidado, se não quereis
perder o fruto do vosso trabalho, mas sim, receber a plena recompensa. 9Todo
o que não permanece na doutrina de Cristo, mas passa além, não possui a Deus.
Aquele que permanece na doutrina é o que possui o Pai e o Filho. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 16/11/2012
Lucas 17,26-37
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu
nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles
comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou
na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá
como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e
construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de
Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O
mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse
dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua
casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da
mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida vai
perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo:
nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas
mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois
homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. 37Os
discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde
estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Santo do dia 15/11/2012:Santo Alberto Magno e São Leopoldo III
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Santo Alberto Magno
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São Leopoldo III |
Um ser pleno de virtudes, ciência, sabedoria e fé inabalável,
grandioso em todos os sentidos. Frei dominicano, pregador eloqüente, magistral
professor das ciências naturais e das doutrinas da fé, escritor, fundador,
bispo e, finalmente, doutor da Igreja. Sim, essas qualificações pertencem a
santo Alberto Magno, um dos mais importantes da Igreja e da humanidade. O
grande filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansável do encontro
da ciência com a fé, e que se destacou, principalmente, pela humildade e
caridade. Escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências
naturais - como a filosofia, a química, a física, e a botânica -, além de
inúmeros tratados sobre as artes práticas - como tecelagem, navegação,
agricultura, Foi, sobretudo, um profundo observador e amante da natureza. Por
tudo isso, ainda em vida era chamado de "o Magno" por seus
contemporâneos. Entretanto, ainda jovem, quase desistiu da vida religiosa,
sentia dificuldades no entendimento do estudo da teologia. Mas segundo ele
próprio, foi Nossa Senhora que o fez perseverar. Devotíssimo da Virgem Maria,
durante as orações ela o teria aconselhado a não desistir, pois, se o fizesse,
pouco a pouco os dons que tinha recebido lhe seriam tirados. Desde então,
dizia: "Minha intenção última está na ciência de Deus". E sem dúvida,
a forma rápida e fácil como aprendia tudo e a clareza com que pregava,
explicava e ensinava, eram dons divinos. Nascido em 1206, na Alemanha, Alberto
pertencia à influente e poderosa família Bolsadt, rica, nobre, cristã e de
tradição militar. Piedoso desde a infância, Alberto recebeu uma educação muito
aprimorada, digna dos nobres. Porém sempre deixou evidente a sua preferência
pelos estudos das ciências naturais e pela religião às alegrias fúteis da
Corte. Aos dezesseis anos, foi para a Universidade de Pádua, na Itália, onde,
sob a tutela de Maria, completou os estudos superiores. Em 1229, tornou-se
frade dominicano pregador. Lecionou nos principais pólos de cultura europeus de
sua época, Itália, Alemanha e França. Em Paris, atraiu tantos estudantes e
discípulos que teve de lecionar em praça pública. Que passou a ser chamada de
praça Maubert, graças a santo Alberto Magno. O nome é uma derivação de Magnus
Albert, e existe até hoje. Lá, entre seus discípulos, estava santo Tomás de
Aquino, outro dominicano cuja importância não é menor. Em 1254, eleito superior
provincial de sua ordem na Alemanha, abriu mão da cátedra de Paris para ficar na
comunidade dominicana sob sua direção, quando demonstrou todo o seu espírito de
monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da Alemanha sempre a pé e
pedindo esmolas no caminho para alimentar-se. Assim, ele fundou vários
conventos, além de renovar os já existentes. Em 1260, foi nomeado bispo de
Ratisbona, ocupando o cargo por dois anos, quando pediu exoneração. Não estava
interessado no poder e sim no saber, voltou para a vida simples no convento que
ele fundara e ao ensino na Universidade de Colônia. Já entrado nos setenta
anos, foi incumbido pelo papa Urbano IV de liderar as cruzadas na Alemanha e na
Boêmia. Em 1274, teve participação decisiva na união da Igreja grega com a
latina, no segundo Concílio de Lyon. Três anos antes de sua morte, santo Alberto
Magno começou a perder a memória. Mandou, então, construir sua própria
sepultura, e rezava o ofício dos mortos todos os dias. Morreu, serenamente, no
dia 15 de novembro de 1280. O papa Pio XI canonizou-o proclamou-o doutor da
Igreja em 1931. Dez anos depois, o papa Pio XII declarou-o padroeiro dos
estudiosos das ciências naturais.
São Leopoldo III
Entre os antepassados de quase todas as casas reais sempre
aparece a figura de um santo célebre. São Leopoldo é um bom exemplo, tendo o
seu nome se tornado comum entre os reinantes da Áustria, até porque ele mesmo
também foi um dos coroados. Pertencia à casa real de Bagengerg, da Áustria, que
há muitos séculos descendia dos de imperadores de Augsburg e dos grãos duques
de Lorena. Nascido em Melk no ano de 1073, foi batizado com o nome de seu pai.
Foi um exemplo de rei, cristão, esposo e pai. Em 1096, sucedeu a seu pai, como
Leopoldo III, e assumiu o reino quando o país começava a ser uma grande
potência européia. Casou-se com a irmã do rei Henrique V da Alemanha, a
princesa Inês, que era viúva e tinha três filhos. Com Leopoldo teve mais
dezoito filhos, os quais, uma vez crescidos, povoaram conventos, mosteiros e
episcopados como uma verdadeira semeadura de virtude cristã. Dele floresceram
para a Igreja dois relevantes servidores, os santos Conrado, bispo de Salzburg,
e Oto, bispo de Freising. A sua vida privada foi similar e digna dos ascetas,
por isso era chamado de "o Pio". Os quarenta anos do seu reinado
foram justos e prósperos, apesar de ter guerreado contra os húngaros, os quais
conseguiu expulsar. Sob seu comando, a cidade de Viena converteu-se em sede da
Corte e em porto de grande importância. Ganhou o amor e o respeito do seu povo
como governante hábil, firme, honrado, e caridoso, que o apelidou carinhosamente
de "pai dos pobres". Com a morte de seu cunhado, Henrique V, foi
proposto como imperador da Alemanha. Mas Leopoldo recusou, entendendo que não
lhe cabia por direito real, e ficou na Áustria com o seu povo. Como grande
benfeitor da Igreja, a sua constante preocupação foi fundar e aparelhar igrejas
e mosteiros. Ajudou, generosamente, o Mosteiro de Melk, sua cidade natal, e
fundou o de Neuburg, em Viena, onde, depois, foi sepultado. Mas a sua maior
inspiração foi à fundação do mosteiro beneditino, a partir do que antes era uma
simples capela dedicada à Virgem Maria. O local depois se tornou o Santuário de
Mariazell, hoje famoso como o mais antigo e mais importante santuário mariano
de toda a Áustria. Rota constante dos mais simples peregrinos, onde se incluíram
sempre os reis e os imperadores que iam para pedir, honrar e agradecer à Virgem
Santíssima a sua proteção ao seu povo, a exemplo do seu fundador, rei Leopoldo
III, fiel devoto de Maria. Morreu em Viena, com fama de santidade, no dia 15 de
novembro de 1136, em meio a forte comoção popular. Foi canonizado, em 1486,
pelo papa Inocêncio VIII. São Leopoldo, o Pio, é o padroeiro da Áustria e sua
festa é comemorada nacionalmente.
Oração do dia 15/11/2012
Senhor, creio que estais continuamente agindo entre nós para
nos salvar. Confio em vosso poder bondoso, e sei que se eu não atrapalhar
realizareis em mim vossos planos. Ajudai-me, para que não só não atrapalhe, mas
colabore o máximo com vossa graça. Fazei-me atento aos sinais que me fazeis,
dai-me paciência para esperar vossa hora, e a sabedoria para fazer o
necessário. Amém!
Deus nos fala dia 15/11/2012
A experiência do
amor fraterno traz-nos liberdade e justiça. Constrói a paz. E o Reino que o
Cristo inaugurou entre nós liberta-nos de toda escravidão. Assim queremos que
seja nossa pátria!
Leitura do dia 15/11/2012
Filêmon 7-20
Leitura da Carta de São Paulo a Filêmon: Caríssimo, 7grande
alegria e consolo tive por causa de tua caridade. Os corações dos santos foram
reanimados por ti, irmão. 8Por este motivo, se bem que tenha
plena autoridade em Cristo para prescrever-te tua obrigação, 9prefiro
fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu, Paulo, velho como estou e agora
também prisioneiro de Cristo Jesus, 10faço-te um pedido em favor do meu
filho que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. 11Antes, ele era
inútil para ti; agora, ele é valioso para ti e para mim. 12Eu
o estou mandando de volta para ti. Ele é como se fosse o meu próprio coração. 13Gostaria
de tê-lo comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta
prisão, que eu devo ao evangelho. 14Mas, eu não quis fazer nada sem o
teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea. 15Se
ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta
para sempre, 16já não como escravo, mas, muito mais
do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais o
for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor. 17Assim,
se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo. 18Se
em alguma coisa te prejudicou ou se alguma coisa te deve, põe em minha conta. 19Eu,
Paulo, de meu punho o escrevo; eu o pagarei, para não dizer que tu mesmo me
deves a própria vida. 20Sim, irmão, deixa que eu te
explore no Senhor. Conforta em Cristo meu coração. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 15/11/2012
Lucas 17,20-25
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas: Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus
sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de
Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou
‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”. 22E Jesus disse
aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e
não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está
ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois,
como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o
Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer
muito e ser rejeitado por esta geração”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Santo do dia 14/11/2012:São Serapião
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São Serapião
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São Serapião
Procedente de família cristã da nobreza inglesa, Serapião
nasceu em Londres no ano 1179. Seu pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra
do rei Henrique III. Muito jovem, já estava atuando ao lado do pai na cruzada
comandada pelo lendário Ricardo Coração de Leão. Porém, no retorno, o navio
naufragou próximo de Veneza e a viagem continuou por terra. Nesse percurso,
acabaram prisioneiros do duque da Áustria, Leopoldo, "o Glorioso",
que libertou o rei e seu pai. Mas Serapião e os demais tiveram de ficar. Logo o
duque percebeu que o jovem militar, além de bom militar, era bom cristão, muito
bondoso e caridoso. Por isso o manteve na Corte. Mais tarde, quando recebeu a
notícia da morte dos pais, Serapião decidiu ficar na Áustria. Com os soldados
do duque, seguiu para a Espanha, para auxiliar o exército cristão do rei Afonso
III, que lutava contra os invasores muçulmanos. Quando chegaram, eles já tinham
sido expulsos. Serapião decidiu ficar e servir ao exército do rei Afonso III,
para continuar defendendo os cristãos. Participou de algumas cruzadas bem
sucedidas, até que, em 1214, o rei Afonso III morreu em combate. Serapião,
então, voltou para a Áustria e alistou-se na quinta cruzada do duque Leopoldo,
que partiu em 1217 com destino a Jerusalém e depois ao Egito. O vai-e-vem da
vida militar em defesa dos cristãos levou, novamente, Serapião para a Corte
espanhola, em 1220. Dessa feita, acompanhando Beatriz da Suécia, que ia
casar-se com Fernando, rei de Castela. Foi quando conheceu o sacerdote Pedro
Nolasco, santo fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os chamados
frades mercedários, os quais se dedicavam em defesa da mesma fé, mas não
guerreando contra os muçulmanos, e sim buscando libertar do seu poder os cristãos
cativos, mesmo que para isso tivessem de empenhar suas próprias vidas. Serapião
ingressou na Ordem e recebeu o hábito mercedário em 1222. Junto com Pedro
Nolasco e Raimundo Nonato, santo co-fundador, realizou várias redenções. Na
última, que ocorreu em Argel, na África, teve de ficar refém para libertar os
cristãos que estavam quase renegando a fé, enquanto o outro padre mercedário
viajou rapidamente para Barcelona para buscar o dinheiro. Mas o superior, Pedro
Nolasco, estava na França. Quando foi informado, escreveu uma carta ao seu
substituto na direção para arrecadar esmolas em todos os conventos da Ordem e
enviar o dinheiro para libertar Serapião o mais rápido possível. Como o resgate
não chegou na data marcada, os muçulmanos disseram a Serapião que poderia ser
libertado se renegasse a fé cristã. Ele recusou. Enlouquecidos, deram-lhe uma
morte terrível. Colocado numa cruz em forma de X, como o apóstolo André, teve
todas as juntas dos seus ossos quebradas, e assim foi deixado até morrer. Tudo
aconteceu no dia 14 de novembro de 1240, em Argel, atual capital da Argélia. O
culto que sempre foi atribuído a são Serapião, protetor contra as dores de
artrose, foi confirmado em 1625 pelo papa Urbano VIII. A festa religiosa ao
santo mártir mercedário ocorre no dia de sua morte.
Oração do dia 14/11/2012
Senhor, até que eu compreendo aqueles nove leprosos curados.
Devem ter ficado tão alegres, festejavam tanto, que se esqueceram de agradecer.
Compreendo, porque isso acontece muitas vezes comigo. Fico tão feliz e contente
que não me lembro que tudo é favor que me fazeis. Perdoai-me. Agradeço tudo que
fizestes por mim. Bendita seja sempre vossa bondade generosa. Amém!
Deus nos fala dia 14/11/2012
O Senhor por sua
misericórdia restituiu-nos a vida, fez-nos viver de novo. Não somos inclinados
à mansidão e por isso, se cremos, é preciso enfrentar essa luta todos os dias.
E esta é a glória e a gratidão a Deus: Crescer em seu amor e em sua bondade. Acolhamos
a Palavra de Deus!
Leitura do dia 14/11/2012
Tito 3,1-7
Leitura da Carta de São Paulo a Tito: Caríssimo, 1admoesta
a todos que vivam submissos aos príncipes e às autoridades, que lhes obedeçam e
estejam prontos para qualquer boa obra. 2Não injuriem a ninguém, sejam
pacíficos, afáveis e deem provas de mansidão para com todos os homens. 3Porque
nós outrora éramos insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda sorte de
paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, dignos de ódio e odiando
uns aos outros. 4Mas um dia manifestou-se a bondade
de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pelos homens: 5Ele salvou-nos
não por causa dos atos de justiça que tivéssemos praticado, mas por sua
misericórdia; quando renascemos e fomos renovados no batismo pelo Espírito
Santo, 6que
ele derramou abundantemente sobre nós por meio de nosso Salvador Jesus Cristo. 7Justificados,
assim, pela sua graça, nos tornamos na esperança herdeiros da vida eterna.
Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 14/11/2012
Lucas 17,11-19
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas: 11Aconteceu
que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando
estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram a seu encontro. Pararam à
distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem
compaixão de nós!” 14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide
apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram
curados. 15Um
deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se
aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um
samaritano. 17Então Jesus lhe perguntou: “Não
foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem
voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E
disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Santo do dia 13/11/2012:Santo Estanislau Kostka, São Diogo (Diego) de Alcalá, Eugênio Bossilkov e Maria Crucifixa Cúrcio
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Santo Estanislau Kostka
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São Diogo (Diego) de Alcalá |
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Eugênio Bossilkov |
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Maria Crucifixa Cúrcio
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Apelidado de "anjo" na infância, Estanislau Kostka
atingiu a juventude guardando todas as virtudes, como um anjo realmente. Mas
não faltaram oportunidades para entregar-se aos prazeres mundanos, pois
pertencia a uma família polonesa nobre e poderosa. Nascido em 28 de outubro
1550, até a idade de treze anos Estanislau viveu na casa dos pais. Aos
quatorze, eles o enviaram para estudar no seminário dos padres jesuítas em
Viena, junto com o irmão mais velho e o tutor. Mas o seminário logo foi fechado
pelo imperador Maximiliano e toda a comunidade estudantil acabou abrigada no
castelo de um príncipe protestante. Aquele ambiente cheio de festas e jogos de
prazeres em nada combinava com Estanislau, que buscava uma vida de virtudes e
oração, dentro da doutrina cristã. A situação para ele era das mais
inadequadas, entretanto agradou o irmão e o tutor, que passaram a requisitar
sua participação nesses jogos. Não bastasse isso, o tal príncipe protestante
queria impedir os católicos de irem à missa receber a comunhão. Depois, também
era atormentado pelos colegas, que zombavam muito de sua preferência pela vida
religiosa. Mas a luta contra o ambiente hostil e a vida de privações a que se
obrigava acabaram por minar a saúde do rapaz. Frágil, ficou doente a ponto de
quase perder a vida, mas o salvaram a fé profunda e a confiança em Maria
Santíssima, de quem era devoto. Durante um sonho, um anjo apareceu para dar-lhe
a eucaristia, e a Virgem Mãe também, curando-o ao colocar-lhe o Menino Jesus
nos braços. Maria, em sua aparição, também o convidou a ingressar na Companhia
de Jesus. Estanislau, que já pensava em ser um padre jesuíta, contou tudo à
família, que fora a Viena verificar como os filhos estavam vivendo e estudando.
Aproveitou para dizer que queria mesmo ser um sacerdote. A oposição dos seus
pais foi total. Tentou insistir, mas foi inútil. Então, fugiu sozinho, a pé e
vestido de mendigo, para despistar se o perseguissem. De Viena, na Áustria, foi
para Treves, na Alemanha, percorrendo setecentos quilômetros até chegar a uma
casa provincial dos jesuítas. O provincial, na época, era Pedro Canísio, que o
recebeu com amabilidade, mas teve de enfrentar a reação do pai do jovem, que
ameaçou fazer expulsar todos os jesuítas da Polônia caso o filho não voltasse
ao convivo da família. Mas Estanislau manteve-se irredutível. Aos dezessete
anos, Estanislau foi enviado para Roma, com uma carta de recomendação ao
superior geral da Ordem, são Francisco de Bórgia, que com carinho o encaminhou
para complementar o noviciado e os estudos de teologia no Colégio Romano. Foram
apenas nove meses entre os jesuítas, mas plenos de trabalho, estudo, dedicação e
disciplina, exemplares. Até ser acometido por uma febre misteriosa e, no dia 15
de agosto de 1568, festa da Assunção de Nossa Senhora, partir docemente ao
encontro de Deus. O seu túmulo tornou-se local de muitas graças e rota de
peregrinação. O papa Bento XIII canonizou-o em 13 de novembro de 1726, e
designou esta data para celebrar a festa em memória do padroeiro dos noviços.
São Diogo (Diego) de Alcalá
São Diogo (Diego) é um dos santos mais populares da Espanha e
das Américas, se não do mundo todo. Tal popularidade fica clara na quantidade
de pinturas e imagens que o representam sempre como viveu: vestindo um hábito
de irmão leigo franciscano, remendado, e portando pão e chaves que indicam os
ofícios a que se dedicava, cozinheiro e porteiro. Sua expressão é a humildade
personificada do mais puro seguidor do pobrezinho de Assis: são Francisco.
Diogo, ou melhor, Diego, como se diz em espanhol, nasceu, em Alcalá do Porto,
Sevilha, Espanha, por volta do ano 1400. Filho de pais muito pobres e simples,
foi autodidata e viveu como monge eremita às margens do povoado natal, em
penitência e oração. Alimentava-se somente com os produtos da pequena horta que
cultivava e vestia-se com as roupas velhas que o povo lhe dava em troca de
trabalhos artesanais. Possuidor de dons místicos e inteligência infusa, sua
piedade e bondade eram tão reconhecidas que logo ganhou fama de santidade. Para
fugir dela, resolveu ingressar como noviço de irmão leigo no Convento dos
frades franciscanos de Arizafe, próximo a Córdoba. Era o tempo das colonizações
espanholas e, em 1441, Diogo foi enviado como missionário às Ilhas Canárias.
Trabalhou com tanto afinco junto à população que, mesmo sendo apenas um irmão
leigo, cinco anos depois já era empossado como superior da Ordem. Mas sua
atuação não era bem vista pelos colonizadores, pois Diogo defendia os indígenas
locais, colocados na condição de escravos pelos dominadores. Assim, tornaram
sua atuação muito difícil. Com tantas pressões, ele teve de voltar para a
Espanha em 1449. No ano seguinte, para as celebrações do Jubileu e da
canonização do franciscano Bernardino de Sena, fez uma peregrinação a Roma. Lá,
encontrou a população abandonada à mercê de uma trágica epidemia. Trabalhou
como ninguém na assistência aos doentes, não só material como espiritualmente,
pois seus dons místicos fizeram com que curasse muitos deles com orações e o
simples toque das mãos. Era respeitado e venerado, mas voltou para a Espanha.
Dessa vez, fez questão de retomar as atividades humildes do início, trabalhando
como porteiro e cozinheiro em vários conventos franciscanos. Morreu em 12 de
novembro de 1463, exercendo, ainda, estas funções no Convento de Alcalá de
Henares, próximo de Madri. Com a santidade reconhecida, foi canonizado pelo
papa Xisto V em 1588. Tornou-se um dos cultos de maior devoção da cristandade,
que perpetua a sua memória pelo seu nome emprestado aos seus rios, baías e a
várias cidades, além de ser padroeiro de muitas outras também. O exemplo mais
famoso é a rica cidade de San Diego, no estado da Califórnia, América do Norte.
A festa de são Diogo de Alcalá é celebrada no dia 13 de novembro.
Eugênio Bossilkov
Vicente Bossilkov nasceu na cidade de Belém do Danúbio,
Bulgária, no dia 16 de novembro de 1900. Filho de camponeses católicos romanos,
fez os seus votos na Congregação da Paixão em 1920, e ordenou-se sacerdote em
1926, com o nome de Eugênio. Homem dotado de uma grande inteligência, muito
contribuiu para o desenvolvimento da diocese de Nicópolis, orientada por um
bispo passionista. Era um padre ativo e colaborador, trabalhando para a
aproximação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa russa. Eugênio acabou sendo
eleito para a sucessão em 1947, e tornou-se o bispo de Russe, na Bulgária. A
Bulgária vivia, então, sob o domínio do regime comunista do russo Josef Stálin.
O bispo Eugênio foi preso no auge da repressão desse regime, iniciada, em 1944,
contra os cultos religiosos, principalmente contra a Igreja Católica. Na
ocasião, foram proibidos: feriados religiosos, manifestações fora das igrejas e
obras sociais dos católicos romanos. Também fecharam escolas, hospitais e
orfanatos. O objetivo era promover a adesão da pequena, mas compacta,
comunidade católica búlgara ao culto ortodoxo através de uma lei especial que
induzia a total desobediência ao sumo sacerdote da Igreja. Assim, iniciaram a
perseguição aos católicos romanos. O bispo Eugênio Bossilkov foi convidado a
passar para o grupo dos ortodoxos, mas recusou-se e confirmou sua fidelidade ao
sumo pontífice romano. Ele foi preso em julho de 1952 e negou-se a aceitar
aquela lei especial de desobediência à Santa Sé. A polícia política do regime
stalinista búlgaro acusou-o de subversão e espionagem por conta da Igreja de
Roma. A sentença de morte foi ditada em 3 de outubro de 1952. Dom Eugênio, após
ser torturado, morreu fuzilado no dia 11 de novembro do mesmo ano, em Sófia,
Bulgária. Numa das últimas cartas que enviou da prisão antes de morrer, para um
dos seus amigos ortodoxos, escreveu: "Não vos preocupeis comigo; eu estou
assistido pela graça de Deus e permaneço fiel a Cristo e à Igreja".
Oficialmente, foi dado como desaparecido. Nem mesmo a família obtinha
informações de seu paradeiro. No anuário pontifício, aparecia, ainda, como o
bispo de Russe em 1975. Só naquele ano a notificação da morte foi dada oficialmente
pelo governo búlgaro e depois confirmada com o acesso aos arquivos e ao
relatório do fuzilamento. Eugênio Bossilkov foi beatificado pela Igreja
Católica em 15 de março de 1998, numa cerimônia solene presidida pelo papa João
Paulo II na Basílica de São Pedro, em Roma, quando foi proclamado
"primeiro mártir do século XX da Europa do Leste", morto em nome da
fé e da fidelidade ao papa. Um dos momentos emocionantes da solenidade foi o
encontro com Gabriela Bossilkov, sobrinha do bispo mártir, que entregou ao papa
João Paulo II um pedaço da camisa ensangüentada que seu tio vestia no momento
da execução. A data para a celebração de sua lembrança foi indicada para o dia
13 de novembro.
Maria Crucifixa Cúrcio
Maria Crucifixa Cúrcio nasceu no dia 30 de janeiro de 1877,
em Íspica, na ilha da Sicília (Itália). Desde a adolescência, sentiu-se chamada
a seguir a Cristo, que, através da terna mãe do Carmelo, lhe confiava o projeto
divino de "fazer reflorescer o Carmelo, na sua cidade e em muitas
outras". Madre Maria Crucifixa, para realizar este projeto divino, passou
por inúmeras provas e sofrimentos até se encontrar, providencialmente, com o
padre carmelita Lourenço Van Den Eerenbeemt e poder fundar um pequeno Carmelo
Missionário em santa Marinella, perto de Roma. A amizade espiritual que existia
entre madre Crucifixa e padre Lourenço garantiu que a congregação crescesse com
raízes fortes. O início foi marcado pelo sofrimento, tanto para Madre Crucifixa
como para o padre Lourenço, mas acolheram o sofrimento com alegria a fim de que
pudesse nascer um carisma, cujo centro é a vida missionária e a atividade
específica, a educação da juventude mais pobre e necessitada. Colocaram a obra
sob a proteção de santa Teresinha, pois desejavam concretizar o ideal
missionário da Padroeira das Missões. Madre Crucifixa compreendeu sempre com
clareza que a finalidade de sua vida e o motivo pelo qual Deus a cumulava de
dons era a "missão em sentido amplo. E esta convicção transmitiu à
espiritualidade da congregação. Queria que se difundisse, sobretudo, para
salvar as moças pobres e necessitadas". Tudo fez para que Deus fosse
amado. Mulher simples, com pouca instrução, porém de uma profunda
espiritualidade. Foi uma pessoa profundamente mística. Como santa Terezinha, a
quem dedicou a sua congregação, Crucifixa também sentiu a vocação de rezar
pelos sacerdotes. Muitas vezes ela passava noites inteiras diante do Sacrário,
e encorajava a todos buscarem sua força na Eucaristia. Madre Crucifixa morreu,
em 1957, sua congregação já estava presente em muitos países do mundo,
inclusive no Brasil. No dia 13 de novembro de 2004 o papa João Paulo II, ao
proclamá-la bem-aventurada, disse: "foi uma contínua oração, inclusive
quando ia servir às pessoas, em particular as jovens pobres e necessitadas".
Oração do dia 13/11/2012
Senhor, como fostes bom para comigo. Destes-me a vida, a
possibilidade de vos amar e fazer o bem, e ainda prometeis dar-me uma
felicidade para sempre. Reconheço que nada disso eu merecia. Pelo contrário,
tantas vezes vos abandonei. Mas vós não me abandonastes, e continuamente me
cercais de provas de amor. Agradeço tanta bondade e peço que me guardeis
sempre. Amém!
Deus nos fala dia 13/11/2012
Vivamos na
piedade aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande
Deus e Salvador, Jesus Cristo. É nele que aprendemos a servir e a amar, sem
nada esperar em troca. E Ele nos ensina por meio de sua Palavra!
Leitura do dia 13/11/2012
Tito 2,1-8.11-14
Leitura da Carta de São Paulo a Tito: Caríssimo, 1o
teu ensino seja conforme à sã doutrina. 2Os mais velhos sejam sóbrios,
ponderados, prudentes, fortes na fé, na caridade, na paciência. 3Assim
também as mulheres idosas observem uma conduta santa, não sejam caluniadoras
nem escravas do vinho, mas mestras do bem. 4Saibam ensinar
as jovens a amarem seus maridos, a cuidarem dos filhos, 5a serem
prudentes, castas, boas donas de casa, dóceis para com os maridos, bondosas,
para que a palavra de Deus não seja difamada. 6Exorta
igualmente os jovens a serem moderados 7e mostra-te em tudo exemplo de boas
obras, de integridade na doutrina, de ponderação, 8de palavra sã e
irreversível, para que os adversários se confundam, não tendo nada de mal para
dizer de nós. 11Pois a graça de Deus se manifestou
trazendo salvação para todos os homens. 12Ela nos ensina a abandonar a
impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e
piedade, 13aguardando
a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador,
Jesus Cristo. 14Ele se entregou por nós, para nos
resgatar de toda a maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que
se dedique a praticar o bem. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 13/11/2012
Lucas 17,7-10
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas: Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado
que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele
volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário,
não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto
eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai
agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim
também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos
inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Santo do dia 12/11/2012:São Josafa Kuncewicz
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São Josafa Kuncewicz
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São Josafa Kuncewicz
Tudo na vida de João Kuncewics aconteceu cedo e rápido.
Nascido de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580, estudou filosofia e
teologia. Aos vinte anos, tornou-se monge na Ordem de São Basílio, recebendo o
nome de Josafá. Em pouco tempo, era nomeado superior do convento e, logo
depois, arquimandrita de Polotsk. Com apenas trinta e sete anos, assumiu,
embora a contragosto, o arcebispado de Polotsk. Dizem os escritos antigos que a
brilhante carreira era plenamente justificada pelos seus dotes intelectuais e,
principalmente, pelo exemplo de suas virtudes, obediência total à disciplina
monástica e à prática da caridade. Exemplo disso foi quando, certa vez, sem ter
como ajudar uma viúva que passava necessidades, penhorou o pálio de bispo para
conseguir dinheiro e socorrê-la. Vivia-se a época do cisma provocado pelas
igrejas do Oriente e Josafá foi um dos grandes batalhadores pela união delas
com Roma, tendo obtido vitória em muitas das frentes de batalha. Josafá
defendia com coragem a autoridade do papa e o fim do cisma, com a conseqüente
união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus
numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável reconquistou
muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos ao
seio da Igreja. Embora outras igrejas do Oriente não o tenham seguido, foi uma
vitória histórica e muito importante. Atuando dessa forma e tendo as origens
que tinha, é evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias,
difamação, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que
apoiavam o cisma. Em uma pregação, chegou a prever que seu fim estava próximo e
seria na mão dos inimigos. Até mesmo avisou "as ovelhas do seu
rebanho", como dizia, de que isso aconteceria. Mas não temia por sua vida
e jamais deixou de lutar. Em uma das visitas às paróquias sob sua
administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da comitiva
foram massacradas. O arcebispo Josafá, então, apresentou-se aos inimigos
perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele próprio.
Impiedosamente, a multidão maltratou-o, torturou-o, matou-o e jogou seu corpo
em um rio. Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na
Bielorússia. Seu corpo, depois, foi recuperado e venerado pelos fiéis. Mais
tarde, os próprios responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos,
julgados, condenados e acabaram convertendo-se, escapando da pena de morte. O
papa Pio IX canonizou-o em 1876. São Josafá Kuncewics, considerado pelos
estudiosos atuais da Igreja o precursor do ecumenismo que vivemos em nossos
dias.
Oração do dia 12/11/2012
Senhor, não quero carregar a culpa de levar meu irmão ao
pecado. Se por negligência acabei sendo escândalo para algum irmão, peço perdão
e espero que vossa graça corrija o dano que causei. Fazei-me atento, para que
minhas palavras, atos e omissões não levem alguém a se afastar de vós, a
duvidar de vossa bondade e de vossa capacidade de perdoar. Tomai conta de mim.
Amém!
Deus nos fala dia 12/11/2012
Os que são
chamados trazem para dentro da Igreja suas virtudes como também seus defeitos e
limitações. Por isso, a Igreja é ao mesmo tempo santa e pecadora, necessitada
de purificação. E Jesus, conhecendo essa fragilidade humana, ensina-nos o
caminho da reconciliação. Devemos dizer sempre como os discípulos: “Aumenta
nossa fé”!
Leitura do dia 12/11/2012
Tito 1,1-9
Início da Carta de São Paulo a Tito: 1Paulo,
servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e
a conhecerem a verdade da piedade 2que se apoia na esperança da vida
eterna. Deus, que não mente, havia prometido esta vida desde os tempos antigos,
3e,
no tempo marcado, manifestou a sua palavra por meio do anúncio que me foi
confiado por ordem de Deus nosso Salvador. 4A Tito, meu
legítimo filho na fé comum, graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo
nosso Salvador. 5Eu deixei-te em Creta, para
organizares o que ainda falta e constituíres presbíteros em cada cidade,
conforme o que te ordenei: 6todo candidato deve ser
irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de
levianos e insubordinados. 7Porque é preciso que o epíscopo
seja irrepreensível, como administrador posto por Deus. Não seja arrogante nem
irascível nem dado ao vinho nem turbulento nem cobiçoso de lucros desonestos, 8mas
hospitaleiro, amigo do bem, ponderado, justo, piedoso, continente, 9firmemente
empenhado no ensino fiel da doutrina, de sorte que seja capaz de exortar com sã
doutrina e refutar os contraditores. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 12/11/2012
Lucas 17,1-6
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas; Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É
inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria
melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem
no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção:
se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se
ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo:
‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os apóstolos
disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor
respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda,
poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela
vos obedeceria”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
domingo, 11 de novembro de 2012
Santo do dia 11/11/2012:São Martinho de Tours
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São Martinho de Tours
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São Martinho de Tours
"Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir
do trabalho. Seja feita a vossa vontade", dizia Martinho, bispo de Tours,
aos oitenta e um anos de idade. Ele despertou para a fé quando ainda menino e
depois, mesmo soldado da cavalaria do exército romano, jamais abandonou os
ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma verdadeira cruzada contra os pagãos
e em favor do cristianismo. Quatro mil igrejas dedicadas a ele na França, e o
seu nome dado a milhares de localidades, povoados e vilas; como em toda a
Europa, nas Américas. Enfim, em todos os países do mundo. Martinho nasceu na
Hungria, antiga Panônia, por volta do ano 316, e pertencia a uma família pagã.
Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a freqüentar
uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porém sem
receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu
pai o alistou na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era
afastá-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho continuava
praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi
destinado a prestar serviço na Gália, atual França. Foi nessa época que ocorreu
o famoso episódio do manto. Um dia, um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe
esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada,
dando metade ao pedinte. Durante a noite, o próprio Jesus apareceu-lhe em sonho
usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo
aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras
militares para dedicar-se à religião. Com vinte e dois anos, já estava
batizado, provavelmente pelo bispo de Amiens, afastado da vida da Corte e do
exército. Tornou-se monge e discípulo do famoso bispo de Poitiers, santo
Hilário, que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio, em 360,
doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilômetros de Poitiers. Lá, Martinho
fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que
buscavam sua orientação que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e
da Europa ocidental. No Ocidente, ao contrário do Oriente, os monges podiam
exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho
liderou, então, a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com
seus monges, ele visitava as aldeias pagãs, pregava o Evangelho, derrubava
templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência, fundava um
mosteiro. Com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo
todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nessa época, havia recebido
dons místicos, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que
tanto amparava. Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371, o povo aclamou-o,
unanimemente, para ser o bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início.
Mas não abandonou sua peregrinação apostólica: visitava todas as paróquias,
zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a
caridade. Nas proximidades da cidade, fundou outro mosteiro, chamado de
Marmoutier. E sua influência não se limitou a Tours, tendo se expandido por
toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo. Martinho exerceu o
bispado por vinte e cinco anos. Morreu, aos oitenta e um anos, na cidade de
Candes, no dia 8 de novembro de 397. Sua festa é comemorada no dia 11, data em
que foi sepultado na cidade de Tours. Venerado como são Martinho de Tours, ele
se tornou o primeiro santo não-mártir a receber culto oficial da Igreja e
também um dos santos mais populares da Europa medieval.
Oração do dia 11/11/2012
Senhor, hoje vos quero pedir uma fé mais profunda, que
influencie e molde toda a minha vida. Ajudai-me a ser coerente, a agir sempre
de acordo com as convicções que colocastes em meu coração. Sei que não me é
possível viver a religião sem a demonstrar externamente; não permitais, porém,
que eu me prenda às exterioridades, mas que em cada um de meus atos transpareça
a inspiração interior que vem de vós. Afastai de mim a falsa vergonha que me
impeça de manifestar minha fé, mas também a exibição da piedade. Fazei que
todas as minhas atitudes religiosas sejam marcadas pela sinceridade simples e
sem afetação. Finalmente, Senhor, que meu compromisso convosco e minha piedade
se concretizem no serviço sério e desinteressado aos irmãos. Amém!
Deus nos fala dia 11/11/2012
O pouco de
farinha que restou à viúva de Sarepta e as duas moedinhas que a pobre viúva
depositou no cofre do templo eram tudo o que elas tinham para sobreviver. Mas,
confiando na providência de Deus, tiveram a coragem de partilhar tudo o que
tinham. E não ficaram sem a resposta do Deus providente, que quer vida para
todos!
Leitura do dia 11/11/2012
Primeira Leitura
1 Reis 17,10-16
Leitura do Primeiro Livro dos Reis: Naqueles dias, 10Elias
pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva
apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água
numa vasilha para eu beber”. 11Quando ela ia buscar água, Elias
gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão”. 12Ela
respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado
de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois
pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para
comermos e depois esperar a morte”. 13Elias replicou-lhe: “Não te
preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um
pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque
assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a
jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a
face da terra’”. 15A mulher foi e fez como Elias lhe
tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A
farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o
Senhor tinha dito por intermédio de Elias. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Hebreus 9,24-28
Leitura da Carta aos Hebreus: 24Cristo
não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no
próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25E
não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada
ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se
assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas
foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou
para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27O destino de todo homem é morrer uma só vez e,
depois, vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo,
oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma
segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 11/11/2012
Marcos 12,38-44
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Marcos: Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a
uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de
andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam
das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles
devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles
receberão a pior condenação”. 41Jesus estava sentado no Templo,
diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas
no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. 42Então chegou
uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. 43Jesus
chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais
do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do
que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que
possuía para viver”. Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
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