sábado, 8 de junho de 2013
Santo do dia 08/06/2013: São Medardo e Pacífico de Cerano
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São Medardo
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Pacífico de Cerano
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Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua
mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um
nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo foi bispo de Rouen, mais tarde
canonizado pela Igreja. Essa posição social garantiu-lhe uma educação de
primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do bispo de Vermand,
para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa. Piedoso e inteligente,
logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois
eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar
os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho
cego e quase despido que lhe pediu uma esmola. Medardo ordenou-se sacerdote aos
trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria
famosa pelos séculos seguintes. No ano 530, sucedeu o bispo de Noyon, sendo
consagrado pelas mãos do bispo de Reims, Remígio, hoje santo, o qual era também
conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido, mas
tolerava o cristianismo. Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda
tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado
de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo, que colocou sua
vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora
obrigada a coabitar com um rei pagão. A história conta que Radegunda fundou um
mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos.
Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante
pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro, o bispo
Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de
paganismo, a diocese de Tournay. Dirigiu as duas ao mesmo tempo, de forma
perfeita, e converteu tanta gente de Tournay que, pelos quinhentos anos
seguintes, elas seguiram sendo uma só diocese. Mas não parou por aí. A
província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha
um índice de pagãos maior ainda. Novamente, Medardo foi solicitado. Quando
morreu em Noyon, no dia 8 de junho em 545, toda aquela província também era
católica. A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido
por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário
mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital, Soisson, onde, sobre
sua sepultura, o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na
França.
Pacífico de Cerano
Pacífico Ramati nasceu no ano de 1424 em Cerano, na cidade de
Novara, Itália. Muito cedo ficou órfão dos pais, sendo educado e formado pelo
superior dos beneditinos do Mosteiro de São Lorenzo de Novara. Após a morte do
seu benfeitor beneditino, ele decidiu seguir a vida religiosa, mas preferiu
ingressar na Ordem dos Irmãos Menores Franciscanos, no Convento de São Nazário,
dos ilustres João Capristano e Bernardino de Siena, hoje ambos santos da
Igreja. Em 1444, com vinte anos de idade e no ano da morte de são Bernardino,
tomou o hábito franciscano. Em seguida, foi enviado para completar os estudos
na Universidade de Sorbone, em Paris, regressando para a Itália com o título de
doutor. Desde então se dedicou à pregação e percorreu inúmeras regiões da
Itália entre os anos de 1445 e 1471, com tal êxito que era considerado "um
novo são Bernardino". O seu apostolado era combater a ignorância
religiosa, tanto entre os leigos como no meio do clero, especialmente em
relação ao sacramento da penitência. E não se contentou apenas com as pregações
verbais. Escreveu com competência e clareza a "Suma Pacífica da
Consciência", publicada em 1474 na linguagem popular, para que todos
tivessem acesso, fato raro e uma ousadia para a época. Pacífico amava a sua
cidade natal, visitando-a sempre que podia, por isso mandou construir uma
igreja em homenagem à Virgem, para aumentar a devoção à Mãe de Deus.
Entretanto, a sua principal ocupação foi com a pregação do Evangelho por meio
de uma retórica veemente e clara, na qual se tornou famoso. Esse foi um período
de maravilhosa florescência para a Ordem franciscana, com os conventos se
multiplicando, não somente na península italiana, mas também nas ilhas da
Sicília e Sardenha. Como visitador e comissário geral da Ordem, Pacífico teve a
tarefa de peregrinar por todos eles, como pregador da paz e do evangelho de
Cristo. Em 1471, o papa Xisto IV o enviou em missão à Sardenha e depois, outra
vez, em 1480, durante a invasão dos árabes muçulmanos, a fim de organizar uma
cruzada especial para expulsá-los. Na ocasião, Pacífico sentiu que não tinha
muito tempo de vida. De fato, logo no início da cruzada caiu gravemente
enfermo. Não resistindo, morreu, aos cinqüenta e oito anos, no dia 4 de junho
de 1482, em Sassari, na Sardenha, longe de sua querida cidade natal. Porém foi
sepultado na igreja franciscana de Cerano, atendendo o desejo que expressara em
vida. O papa Bento XIV beatificou-o em 1746, indicando o dia 8 de junho para
sua festa litúrgica. Bem-aventurado Pacífico de Cerano é considerado pelos
teólogos "insigne por sua doutrina e santidade, consolo e protetor de sua
pátria".
Oração do dia 08/06/2013
Pai, tenho diante de mim o mundo todo a ser evangelizado.
Transforma cada circunstância e cada momento da minha vida em chance para dar
testemunho do teu Reino. Amém!
Deus nos fala dia 08/06/2013
Ouvir a Palavra de Deus foi o que fez Maria desde
sempre. Nela, não há separação entre a fé, a Palavra do Senhor e a vida. Tudo
se funde e se torna uma só verdade. Ela compreende como se dão os desígnios
divinos e os acolhe com ternura. Acolhamos também o Senhor em sua Palavra!
Leitura do dia 08/06/2013
Isaías 61,9-11
Leitura do Livro do Profeta Isaías: 9A descendência do meu povo será
conhecida entre as nações, e seus filhos se fixarão no meio dos povos; quem os
vir há de reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus. 10Exulto de alegria no Senhor e minha
alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação,
envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou
uma noiva com suas joias. 11Assim como a
terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor
Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações. Palavra
do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 08/06/2013
Lucas
2,41-51
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: 41Os pais de Jesus
iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele
completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados
os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em
Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na
caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os
parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado,
voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o
encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo
perguntas. 47Todos
os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas
respostas. 48Ao
vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por
que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua
procura”. 49Jesus
respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu
Pai?” 50Eles,
porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então
com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no
coração todas estas coisas. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Santo do dia 07/06/2013: Santo Antônio Maria Gianelli
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Santo Antônio Maria Gianelli
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Santo Antônio Maria Gianelli
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari,
na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A seu modo,
foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período
posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte. Sua família era de
camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de
sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito
assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de Genova, onde ingressou em
1807. Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou
letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital
organizado para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini.
Intitulou o recital de "Reforma do Seminário". Assim, tranqüilo,
direto e com poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros
sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da
restauração pós-napoleônica. Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da
igreja de Chiavari, onde continuou intervindo com inovações pastorais e a
fundação de várias instituições, entre elas seu próprio seminário. Em 1827,
criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a
proteção de santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado
da pregação ao povo e à organização do clero. Depois, fundou uma feminina , de
caráter beneficente, cultural e assistencial, para a qual deu um nome pouco
comum, "Sociedade Econômica", e entregou-a às damas da caridade,
destinada à educação gratuita das meninas carentes. Era, na verdade, o embrião
da congregação religiosa que seria fundada em 1829, as "Filhas de Maria Santíssima
do Horto", depois chamadas de "Irmãs Gianellinas". Em 1838, foi
nomeado bispo de Bobbio. Com a ajuda dos "padres ligorianos",
reorganizou sua própria diocese, punindo padres pouco zelosos e até mesmo
expulsando os indignos. Também reconstituiu a pequena congregação com o nome de
"Oblatos de Santo Afonso Maria de Ligório". Aos cinqüenta e sete
anos, morreu no dia 7 de junho de 1846, em Piaceza. Na obra escrita que deixou,
expõe seu pensamento "revolucionário": a moralidade do clero na vida
simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo. Reacionária para aqueles
tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo
cada vez mais miserável. Portanto um tema atual, que deve ser lembrado, sempre,
nas sociedades de qualquer tempo. Antônio Maria Gianelli foi canonizado por Pio
XII em 1951 e suas instituições femininas ainda hoje florescem, principalmente
na América Latina. Por esse motivo é chamado de o "Santo das Irmãs".
Oração do dia 07/06/2013
Senhor Jesus, não permitas que eu me curve aos caprichos do
mundo, e faze-me caminhar firme na estrada das bem-aventuranças. Amém!
Deus nos fala dia 07/06/2013
É hora de ouvir o Senhor em sua Palavra. Ela é
alento e força em nosso viver. Dela nos vêm a fé e a certeza de que Deus se
preocupa conosco em seu amor. Está sempre pronto a nos oferecer a vida. Acolhamos
e deixemos que esta Palavra produza em nós seus frutos!
Leitura do dia 07/06/2013
Ezequiel 34,11-16
Leitura da Profecia de Ezequiel: 11Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu
mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como
o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas,
assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que
forem dispersadas num dia de nuvens e escuridão. 13Vou
retirar minhas ovelhas do meio dos povos e recolhê-las do meio dos países para
as conduzir à sua terra. Vou apascentar as ovelhas sobre os montes de Israel,
nos vales dos riachos e em todas as regiões habitáveis do país. 14Vou apascentá-las em boas pastagens
e nos altos montes de Israel estará o seu abrigo, e pastarão em férteis
pastagens sobre os montes de Israel. 15Eu mesmo vou
apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar – oráculo do Senhor Deus. 16Vou procurar a ovelha perdida,
reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e
vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-la conforme o direito”. Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 07/06/2013
Lucas
15,3-7
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas: Naquele tempo, 3Jesus contou-lhes
esta parábola: 4”Se
um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto,
e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra,
coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e
vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava
perdida!’ 7Eu
vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte,
do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Santo do dia 06/06/2013: São Marcelino Champagnat, São Norberto e São Gerardo Tintori
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São Marcelino Champagnat
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São Norberto |
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São Gerardo Tintori
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Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de
Marlhes, próxima de Lion França, no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma
família de camponeses pobres e muito religiosos. O pai era um agricultor com
instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. A mãe,
além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação
dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. A família era
muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus. Na
infância, logo que ingressou na escola, Marcelino sofreu um grande trauma
quando o professor castigou um dos seus companheiros. Ele preferiu não
freqüentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. E assim o fez até
os quatorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua vocação
religiosa. Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de escolaridade,
foi admitido no seminário de Verrièrres. Porém, a partir daí, dedicou-se aos
estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e sete anos, em 1816,
recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no seminário de Lion. Talvez por
influência da sua dura infância, mas movido pelo Espírito Santo, acabou se
dedicando aos problemas e à situação de abandono por que passavam os jovens de
sua época, no campo da religião e dos estudos. Marcelino rezou e meditou em
busca de uma resposta a esses problemas que antecederam e anunciavam a Revolução
Francesa. Numa visita a um rapaz doente, descobriu que este, além de
analfabeto, nada sabia sobre Deus e sobre religião. Sua alma estava angustiada
com tantas vidas sem sentido e sem guia vagando sem rumo. Foi então que liderou
um grupo de jovens para a educação da juventude. Nascia, então, a futura
Congregação dos Irmãos Maristas, também chamada de Família Marista, uma Ordem
Terceira que leva o nome de Maria e sua proteção. Sua obra tomou tanto vulto
que Marcelino acabou por desligar-se de suas atividades paroquiais, para
dedicar-se, completamente, a essa missão apostólica. Determinou que os membros
da Congregação não deveriam ser sacerdotes, mas simples irmãos leigos, a fim de
assumirem a missão de catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos,
nas escolas paroquiais. Ainda vivo, Marcelino teve a graça de ver sua Família
Marista crescendo, dando frutos e sendo bem aceita em todos os países aonde
chegaram. Ainda hoje, temos como referência a criteriosa e moderna educação
marista presente nas melhores escolas do mundo. Marcelino Champagnat morreu aos
cinqüenta e um anos, em 6 de junho de 1840. Foi beatificado em 1955 e
proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1999. Ele é considerado o
"Santo da Escola" e um grande precursor dos modernos métodos
pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no educando.
São Norberto
Norberto nasceu, por volta de 1080, em Xauten, na Alemanha.
Filho mais novo de uma família da nobreza, podia escolher entre a carreira
militar e a religiosa. Norberto escolheu a segunda, mas buscou apenas prazeres
e luxos, como faziam muitos nobres da Europa. Circulava em altas rodas,
vestindo riquíssimas roupas da moda, dedicando-se a caçadas e à vida da corte,
até que um dia foi atingido por um raio, quando cavalgava no bosque. Seu cavalo
morreu e, quando o jovem nobre despertou do desmaio, ouviu uma voz que lhe
dizia para abandonar a vida mundana e praticar a virtude para salvar sua alma.
Entendeu o acontecido como um presságio para uma conversa com Deus. A partir
daquele instante, abandonou a família, amigos, posses e a vida dos prazeres.
Passou a percorrer, na solidão, com os pés descalços e roupa de penitente, os
caminhos da Alemanha, Bélgica e França. Para aprimorar o dom da pregação,
completou os estudos teológicos no mosteiro de Siegburgo e recebeu a ordenação
sacerdotal. Talvez envergonhado pelo passado, empreendeu a luta por reformas na
Igreja, visando acabar com os privilégios dos nobres no interior do
cristianismo. Foi muito contestado, principalmente pelo próprio clero, mas
conseguiu o apoio do papa e seu trabalho prosperou. Quando as reformas estavam
já implantadas e em andamento, retirou-se para a solidão e fundou a Ordem dos
Cônegos Regulares Premonstratenses, também conhecida como "dos Monges
Brancos", uma referência ao hábito, que é dessa cor. A principal regra da
nova Ordem era fazer com que os sacerdotes vivessem sua vida apostólica com a
disciplina e a dedicação dos monges, uma concepção de vida religiosa
revolucionária para a época. Mas não encerrou aí seu apostolado, pois desejava
continuar como pregador fora do mosteiro. Reiniciou sua obra de evangelização
itinerante como um simples sacerdote mendicante. Em 1126, foi nomeado arcebispo
de Magdeburgo, lutando contra o cisma que ameaçava dividir a Igreja naquele tempo.
Respeitado pelo rei Lotário III, da Alemanha, foi por ele escolhido para seu
conselheiro espiritual e chanceler junto ao papa. Norberto morreu no dia 6 de
junho de 1134, na sua sede episcopal, onde foi sepultado. Ele foi canonizado,
em 1582, pelo papa Gregório XIII. Devido à Reforma Protestante, suas relíquias
foram trasladadas para a abadia de Strahov, na cidade de Praga, capital da
República Tcheca, em 1627, onde estão guardadas até hoje. Ao lado de são
Bernardo, são Norberto é considerado um dos maiores reformadores eclesiásticos
do século XII. Atualmente, existem milhares de monges da Ordem de São Norberto,
em vários mosteiros encontrados em muitos países de todos os continentes,
inclusive no Brasil.
São Gerardo Tintori
Até o ano do seu nascimento, 1135, os hospitais que surgiram
na Europa foram fundados, a maioria, por obra de religiosos. Mas o de Monza,
sua cidade natal, em 1174, quem o fez nascer foi ele, Gerardo Tintori. Ele
investiu toda a fortuna que herdou do seu pai, um nobre muito rico, nos doentes
abandonados. Colocou a obra sob o controle da prefeitura e dos religiosos da
igreja de São João Batista, e reservou para si o trabalho mais exaustivo:
carregar nas costas os doentes recolhidos nas ruas, banhá-los, alimentá-los e
servi-los. Alguns voluntários se juntaram a ele, que os organizou como um grupo
de leigos, unidos, entretanto, por uma disciplina de vida celibatária. Gerardo
era considerado santo ainda em vida por todos os habitantes da cidade. A
tradição diz que ele conseguiu impedir uma enchente do rio Lambro, salvando o
hospital da inundação; que também enchia as despensas prodigiosamente com
alimentos, e a cantina com vinho. A ele eram atribuídos outros pequenos
prodígios, envoltos de delicadeza e poesia: consta que Gerardo pediu aos sacristãos
da igreja que o deixassem fazer penitência rezando toda a noite dentro dela,
prometendo para eles cestas de cerejas frescas e maduras. E no dia seguinte, de
fato, entregou as cerejas maduras para todos. Todavia era o mês de dezembro,
nevava e não era a época das cerejas maduras. Quando ele morreu, no dia 6 de
junho de 1207, começaram as peregrinações à sua sepultura, na igreja de Santo
Ambrósio, mais tarde incorporada à paróquia da igreja com seu nome. Correu a
voz popular contando outros milagres atribuídos à sua intercessão e seu culto
propagou-se entre os fiéis. O reconhecimento canônico de sua santidade só foi
obtido por iniciativa do bispo de Milão, Carlos Borromeu, hoje santo, que
encaminhou o pedido a Roma. Em 1583, foi proclamada sua canonização pelo papa
Gregório XIII. São Gerardo Tintori é um dos padroeiros da cidade de Monza, e
seus compatriotas dedicaram-lhe, no século XVII, um monumento; e até hoje o
chamam de "Pai da Cidade". Na igreja de São João Batista, em que ele
fazia orações e penitências, pode ser visto seu retrato pintado, onde está
representado vestindo roupas surradas, descalço e com uma cesta de cerejas
maduras, como as que distribuiu naquela noite de inverno europeu.
Oração do dia 06/06/2013
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa
que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos
concretos. Amém!
Deus nos fala dia 06/06/2013
Seria tão bom e importante que, em qualquer
circunstância da vida, colocássemos Deus em primeiro lugar, como Tobias e Sara
na noite de núpcias. Assim o amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos realizaria
em nós todos os benefícios e bênçãos do céu. Acolhamos o Senhor, nosso Deus!
Leitura do dia 06/06/2013
Tobias 6,10-11;7,1.9-17;8,4-9a
Leitura do Livro de Tobias: Naqueles dias, 6,10depois de penetrarem na Média e
aproximando-se de Ecbátana, 11Rafael disse
ao jovem: “Tobias, meu irmão!” “Pronto!”, respondeu-lhe Tobias. Rafael prosseguiu:
“Esta noite devemos hospedar-nos em casa de Raguel”. Este homem é teu parente e
tem uma filha que se chama Sara. 7,1Quando
entraram em Ecbátana, Tobias disse a Rafael: “Azarias, meu irmão, conduze-me
diretamente à casa do nosso irmão Raguel”. O anjo assim o fez. Encontraram
Raguel sentado junto à porta do pátio e foram os primeiros a saudá-lo. Raguel
respondeu: “Muitas saudações, irmãos! Sejam bem-vindos e tenham saúde!” E os
fez entrar em casa. 9Matou depois
um carneiro do rebanho e fez-lhes calorosa recepção. Depois de tomarem banho e
se terem purificado, puseram-se à mesa. Tobias disse então a Rafael: “Azarias,
meu irmão, dize a Raguel que me dê Sara, minha irmã, como esposa. 10Raguel ouviu aquelas palavras e
disse ao jovem: “Come, bebe e passa tranquilamente esta noite. Não há ninguém
com direito de receber Sara, minha filha, como esposa, senão tu, meu irmão. Do
mesmo modo, também eu não tenho direito de dá-la a ninguém senão a ti, porque
és o meu parente mais próximo. Vou, no entanto, dizer-te toda a verdade, meu
filho. 11Dei-a a sete homens dentre
nossos irmãos, e todos morreram na noite em que iam aproximar-se dela. Agora,
filho, come e bebe, e o Senhor providenciará por vós”. 12Tobias
respondeu: “Não comerei nem beberei, antes que decidas a minha situação”.
Raguel respondeu: “Está bem. E a ti que ela é dada, de acordo com a prescrição
do Livro de Moisés. Assim, se o céu decreta que ela te seja dada, leva contigo
tua irmã. Desde agora, tu és seu irmão e ela tua irmã. Desde hoje, ela te é
entregue para sempre. Que o Senhor do céu vos faça felizes esta noite, meu
filho, e vos conceda misericórdia e paz!” 13Raguel
chamou Sara, sua filha, e ela se aproximou. Ele tomou-a pela mão e entregou-a a
Tobias, dizendo: “Recebe-a de acordo com a Lei e de acordo com o preceito
escrito no Livro de Moisés, pelo qual ela te deve ser dada como esposa. Toma-a
e leva-a, feliz, à casa de teu pai. Que o Deus do céu vos conduza em paz!” 14Chamou a mãe da moça e disse-lhe que
trouxesse uma folha de papiro para escrever o contrato de casamento, declarando
que a entregava a Tobias como esposa segundo a sentença da Lei de Moisés. E a
mãe dela trouxe a folha de papiro e ele escreveu e assinou. Depois disso,
começaram, então, a comer e a beber. 15Raguel chamou
Edna, sua mulher, e disse-lhe: “Irmã, prepara outro quarto e conduze Sara para
lá”. 16Ela foi preparar o leito no
quarto, como o marido lhe dissera e para lá conduziu a filha. Chorou sobre ela,
mas em, seguida, enxugou as lágrimas e disse-lhe: 17“Coragem,
minha filha! O Senhor do céu mude em alegria a tua tristeza. Coragem, filha!” E
saiu. 8,4Depois, os pais retiraram-se e
fecharam a porta do quarto. Tobias levantou-se do leito e disse a Sara:
“Levanta-te, irmã! Oremos e imploremos a nosso Senhor que nos conceda
misericórdia e salvação”. 5Ela
levantou-se, e ambos se puseram a orar e a suplicar que lhes fosse concedida a
salvação. Ele começou dizendo: “Tu és bendito, ó Deus de nossos pais, e bendito
é o teu nome, por todos os séculos e gerações! Que os céus e todas as tuas criaturas
te bendigam por todos os séculos! 6Foste tu quem
criou Adão, e para ele criaste Eva, sua mulher, para que lhe servisse de ajuda
e apoio. De ambos teve início a geração dos homens Tu mesmo disseste: ‘Não é
bom que o homem esteja só. Vamos fazer-lhe uma auxiliar semelhante a ele’. 7Agora, Senhor, não e por desejo
impuro que eu recebo, como esposa, esta minha irmã, mas faço-o de coração
sincero. Sê misericordioso comigo e com ela e concede-nos que cheguemos,
juntos, a uma idade avançada”. 8Disseram, depois,
a uma só voz: “Amém! Amém!” 9aE
recolheram-se ao leito, aquela noite. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 06/06/2013
Marcos
12,28b-34
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 28bum
mestre da Lei aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: “Qual é o primeiro de
todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro
é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que
estes”. 32O
mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste:
Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o
coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo
é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34Jesus viu que ele
tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de
Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Santo do dia 05/06/2013: São Bonifácio
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São Bonifácio
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São Bonifácio
Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer,
em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da
época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber
boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o
seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de
Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro
nesta mesma abadia, depois na de Nurslig. Em seguida, decidiu iniciar seu
trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno,
mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão
Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma
peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu
apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou
também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.
Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as
primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a
Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado
com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os
pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena
consonância com a orientação central da Santa Sé. Bonifácio fundou o mosteiro
de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao
italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos,
igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da
Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França. Incansável, com sua sede
episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis.
Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a
Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de
um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal
iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os
cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por
um golpe de espada. Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo
a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu,
nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho. São Bonifácio é venerado
como o "Apóstolo da Alemanha". Seu corpo foi sepultado na igreja do
mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado
essa vontade.
Oração do dia 05/06/2013
Pai, instrui-me com tua sabedoria, para que eu saiba avaliar
os gestos humanos com parâmetros divinos, e assim ser capaz de perceber o que é
invisível aos nossos olhos. Amém!
Deus nos fala dia 05/06/2013
Mesmo no sofrimento nossa confiança deve estar no
Senhor, que não deixa de manifestar sua justiça. Nosso Deus está comprometido
com a vida e nos criou para viver nele, em seu amor. Por isso, a vida
ressuscitada não pode ser comparada com a deste mundo. Acolhamos o Senhor,
nosso Deus!
Leitura do dia 05/06/2013
Tobias 3,1-11a.16-17a
Leitura do Livro de Tobias: Naqueles dias, 1tomado de grande tristeza, pus-me a
suspirar e a chorar. E depois, comecei a rezar, entre gemidos: 2“Senhor, tu és justo, e justas são
todas as tuas obras. Todos os teus caminhos são misericórdia e verdade e és tu
quem julga o mundo. Agora, 3Senhor,
lembra-te de mim, olha para mim, e não me castigues por causa de meus pecados,
de minhas transgressões ou de meus pais, que pecaram diante de ti. 4Porque não obedecemos aos teus
preceitos, entregaste-nos à pilhagem, ao cativeiro e à morte, e fizeste de nós
assunto de provérbios, alvo de zombaria e de injúria cm todas as nações, entre
as quais nos dispersaste. 5Agora, porém,
vejo que são verdadeiros os teus numerosos julgamentos, quando me tratas
segundo os meus pecados e os pecados de meus pais, pois não cumprimos teus
mandamentos nem caminhamos na verdade diante de ti. 6Trata-me,
pois, como te aprouver. Ordena que seja retomado de mim o meu espírito, para
que eu desapareça da face da terra e me transforme em terra. Para mim é melhor
morrer do que viver, pois tenho ouvido injúrias caluniosas e sinto em mim
profunda tristeza. Senhor, ordena que eu seja libertado desta angústia.
Deixa-me ir para a morada eterna e não afastes, Senhor, de mim a tua face. Para
mim é preferível morrer a ver tão grande angústia em minha vida, ouvindo ainda
tais injúrias”. 7Naquele mesmo
dia, Sara, filha de Raguel, que morava em Ecbátana, na Média, teve também de
ouvir injúrias de uma das escravas de seu pai. 8Ela
fora dada em casamento a sete homens, mas o perverso demônio Asmodeu havia-os
matado, antes de estarem com ela, como esposa. A escrava disse-lhe: “És tu que
sufocas teus maridos! Já foste dada a sete homens e de nenhum até agora tiveste
proveito. 9Por que nos espancas por terem
morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles e jamais vejamos filho ou filha
nascidos de ti!” 10Naquele dia,
Sara ficou com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar. E subiu ao aposento
de seu pai, no andar superior, intenção de se enforcar. Mas, pensando melhor,
disse consigo mesma: “Não quero que venham injuriar a meu pai e dizer-lhe:
“Tinhas uma filha muito querida e ela enforcou-se por causa de suas desgraças”.
Assim eu faria baixar à sepultura a velhice amargurada de meu pai. É melhor
para mim, em vez de me enforcar, pedir ao Senhor que me faça morrer, mais ouvir
injúrias em minha vida”. 11aNo mesmo
instante, estendendo as mãos em direção à janela, fez esta oração: “Tu és
bendito, Deus de misericórdia, e é eternamente o teu nome!” 16Na hora, a prece dos dois foi ouvida
perante a glória de Deus. 17aE Rafael foi
enviado para curar a ambos. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 05/06/2013
Marcos
12,18-27
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 18vieram
ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e
lhe propuseram este caso: 19“Mestre, Moisés deu-nos esta
prescrição: Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão
desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu
irmão”. 20Ora,
havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. 21O
segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa
aconteceu com o terceiro. 22E nenhum dos sete deixou
descendência. Por último, morreu também a mulher. 23Na ressurreição,
quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Porque os sete se casaram
com ela!” 24Jesus
respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras,
nem o poder de Deus? 25Com efeito, quando os mortos
ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos
do céu. 26Quanto
ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem
da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de
Isaac e o Deus de Jacó’? 27Ora, ele não é Deus de mortos,
mas de vivos! Vós estais muito enganados”. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
terça-feira, 4 de junho de 2013
Santo do dia 04/06/2013: São Francisco Caracciolo
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São Francisco Caracciolo
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São Francisco Caracciolo
Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de
mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite
da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de
outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e
da política, em meio às festas sociais e aos esportes. Na adolescência, decidiu
pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida
com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram,
Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se
tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco
depois a cura aconteceu. Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois
anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou
seu trabalho junto aos "Padres Brancos da Justiça", que se dedicavam
ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados. Entretanto, Deus
tinha outros planos para ele. Na organização dos "Padres Brancos"
havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo,
só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando
uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A
carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício
Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho
Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem,
a dos "Clérigos Regulares Menores", dando alguns detalhes sobre o
carisma que desejavam implantar. O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem
vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois
sacerdotes. Depois os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para
rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao
final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse
incluído um quarto voto, alem dos três habituais de pobreza, obediência e
castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi
aceito e incorporado à nova Ordem. Quando a comunidade contava com doze
integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no
dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos
Regulares Menores tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis,
no qual se espelhava. Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa
sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém,
ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles.
Nessa ocasião morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco
Caracciolo assumiu com humildade até morrer. Fiel ao pedido do papa, não
desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598,
Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio;
e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou
para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido
ao seu rápido crescimento. Foram atividades intensas de que seu corpo frágil
logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade
de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608.
Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado
co-padroeiro de Nápoles em 1840.
Oração do dia 04/06/2013
Pai, revela-me a identidade de teu filho Jesus, para que eu
não me acerque dele movido por falsas esperanças. Amém!
Deus nos fala dia 04/06/2013
Em cada dia, no meio dos fatos e acontecimentos que
nos cercam, é que construímos o Reino de Deus. E, em todos os casos, requer-se
amor, paciência e serenidade. E, por isso, Jesus sabe distinguir entre o que é
de Deus e o que é fruto das decisões humanas: a Deus o que é de Deus, e a César
o que é de César!
Leitura do dia 04/06/2013
Tobias 2,9-14
Leitura do Livro de Tobias: Eu, Tobias, na noite de
Pentecostes, depois de ter sepultado um morto, 9tomei
banho, entrei no pátio de minha casa e deitei-me, junto à parede do pátio,
deixando o rosto descoberto por causa do calor. 10Não
sabia que, na parede, por cima de mim, havia pardais aninhados. Seu excremento
quente caiu nos meus olhos e provocou manchas brancas. Fui procurar os médicos
para me tratarem. Quanto mais remédios me aplicavam, mais meus olhos se obscureciam
com as manchas, até que fiquei completamente cego. Durante quatro anos estive
privado da vista. Todos os meus irmãos se afligiram por minha causa. Aicar
cuidou do meu sustento, durante dois anos, até que partiu para Elimaida. 11Naquela ocasião, Ana, minha mulher,
dedicou-se a trabalhos femininos, tecendo lã. 12Entregava
o produto aos patrões e estes lhe pagavam o salário. No sétimo dia do mês de
Distros, ela separou a peça de tecido que estava pronta, e mandou-a aos
patrões. Estes pagaram-lhe todo o salário e ainda lhe deram um cabrito para a
mesa. 13Quando entrou em minha casa, o
cabrito começo a balir. Chamei minha mulher e perguntei-lhe: “De onde vem este
cabrito? Não terá sido roubado? Devolve-o a seus donos, pois não temos o
direito de comer coisa alguma roubada”. 14Ela
respondeu-me: “É um presente que me foi dado além do salário”. Mas não
acreditei nela e insisti que o devolvesse aos patrões, ficando bastante
contrariado por causa disso. Ela então replicou: “Onde estão as tuas esmolas?
Onde estão as tuas obras de justiça? Vê-se bem em ti o que elas são!” Palavra
do Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 04/06/2013
Marcos
12,13-17
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 13as
autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para
apanharem Jesus em alguma palavra. 14Quando chegaram, disseram a
Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém.
Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade,
o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos
pagar ou não?” 15Jesus
percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma
moeda para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus
perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles
responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai,
pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram
admirados com Jesus. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Santo do dia 03/06/2013: Santos Carlos Lwanga e companheiros e Santa Clotilde
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S.Carlos Lwanga e companheiros
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Santa Clotilde
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O povo africano talvez tenha sido o último a receber a
evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da
Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do
século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas davam-se de forma
violenta, principalmente por meio do comércio de escravos. Portanto, não é de
estranhar que os primeiros missionários encontrassem, ali, enorme oposição, que
lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas. A pregação começou por Uganda,
em 1879, onde conseguiu chegar a "Padres Brancos", congregação
fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres
combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e
colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram
catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase
sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei
assumiu o trono em 1886. O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em
Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei
ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança,
deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã
seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam,
isto é, os cristãos. Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens,
Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que
ainda não haviam recebido o batismo e prepararam-se para um final trágico.
Nenhum desses jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até
treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados
na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia
seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados. Era
o dia 3 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam
atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro,
queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua
fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas
brutais, com alguns sendo queimados vivos. Os vinte e dois mártires de Uganda
foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado "Padroeiro da
Juventude Africana" em 1934. Trinta anos depois, o papa Paulo VI canonizou
esse grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do
grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na
qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a
hora de testemunhar a fé em Cristo.
Santa Clotilde
Clotilde nasceu em Lion, França, no ano 475, filha do rei
ariano Childerico de Borgonha. Mais tarde, o rei, junto com a esposa e três dos
seus cinco filhos, foi assassinado pelo próprio irmão, que lhe tomou o trono.
Duas princesas foram poupadas, uma era Clotilde. A menina foi entregue a uma
tia, que a educou na religião católica. Cresceu muito bonita, delicada, gentil,
dotada de grande inteligência e sabedoria. Clodoveu, rei dos francos,
encantou-se por ela. Foi aconselhado pelos bispos católicos do seu reino a
pedir a mão de Clotilde. Ela aceitou e tornou-se a rainha dos francos. Ao lado
do marido, pagão, irrascível, ambicioso e guerreiro, Clotilde representava a
gentileza, a bondade e a piedade cristã. Imbuída da vontade de fazer o rei
tornar-se cristão, para que ele fosse mais justo com seus súditos oprimidos e
parasse com as conquistas sangrentas, ela iniciou sua obra de paciência, de
persuasão e de bom exemplo católico. Clodoveu, de fato, amava muito a esposa.
Com ela teve três herdeiros, que, infelizmente, herdaram o seu espírito
belicoso. Não se importava que Clotilde rezasse para seu Deus, em vez de ir ao
templo pagão levar oferendas aos deuses pagãos, quando partia e voltava
vitorioso dos combates. Por outro lado, apreciava os conselhos do bispo de Reims,
Remígio, agora santo, que se tornara confessor e amigo pessoal da rainha. Com
certeza, a graça já atuava no coração do rei. Foi durante a batalha contra os
alemães, em 496, que ele foi tocado pela fé. O seu exercito estava quase
aniquilado quando se lembrou do "Deus de Clotilde". Ele se ajoelhou e
rezou para Jesus Cristo, prometendo converter-se, bem como todo o seu exército
e reino, se conseguisse a vitória. E isso aconteceu. Clodoveu, ao vencer os
alemães, unificou o reino dos francos, formando o da França, do qual foi
consagrado o único rei. Pediu o batismo ao bispo Remígio, assistido por todos
os súditos. Em seguida, todos os soldados do exército foram batizados, seguidos
por toda a corte e súditos. Ele tornou a França um Estado católico, o primeiro
do Ocidente, em meio a tantos reinos pagãos ou arianos. Clotilde e Clodoveu
construíram a igreja dos Apóstolos, hoje chamada de igreja de Santa Genoveva,
em Paris. Mas logo depois Clodoveu morreu. Pela lei dos francos, quando o rei
morria o reino era dividido entre os filhos homens, que eram três. Foi então
que começou o longo período de sofrimento da rainha Clotilde, assistido por
todos os seus súditos que a amavam e a chamavam de "rainha santa". Os
filhos envolveram-se em lutas sangrentas disputando o reino entre si, gerando
muitas mortes na família. Então, Clotilde retirou-se para a cidade de Tours,
perto do sepulcro de são Martinho, para rezar, construir igrejas, mosteiros e
hospitais para os pobres e abandonados. Depois de trinta e quatro anos, a rainha
faleceu, no dia 3 de junho de 545, na presença de seus filhos. Imediatamente, a
fama de sua santidade propagou-se. O culto a santa Clotilde foi autorizado pela
Igreja. A sua memória tornou-se uma bênção para o povo francês e para todo o
mundo católico, sendo venerada no dia de sua morte.
Oração do dia 03/06/2013
Espírito de solidariedade e partilha, faze-me sensível à
lição eucarística da partilha, movendo-me a manifestar minha solidariedade
efetiva com os pobres deste mundo. Amém!
Deus nos fala dia 03/06/2013
Os marginalizados são convidados pelo Reino para se
sentarem à mesa. Os rejeitados no mundo têm nele acolhida e paz. Os malvados do
mundo continuam com sua ganância e pouco se importam com a vida: Expulsam até o
próprio Filho de Deus. Mas a justiça de Deus não falha. Acolhamos o Senhor, que
agora nos fala!
Leitura do dia 03/06/2013
Tobias 1,3;2,1a-8
Início do Livro de Tobias: 1,3Eu,
Tobit, andei nos caminhos da verdade e da justiça, todos os dias da minha vida.
Dei muitas vezes esmolas, aos meus irmãos e compatriotas, que comigo foram
deportados para Nínive, no país dos assírios. 2,1aNo
dia da nossa festa de Pentecostes que é a festa das Sete Semanas, prepararam-me
um excelente almoço, e reclinei-me para comer. 2Quando
puseram a mesa com numerosas iguarias, disse ao meu filho Tobias: “Vai, filho,
vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum que, de todo o
seu coração, se lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer comigo. Assim, meu
filho, ficarei esperando até que voltes. 3Tobias saiu,
pois, à procura de um pobre entre nossos irmãos. E voltou dizendo: “Pai!”
Respondi: “Que há, meu filho?” Continuou Tobias: “Um homem do nosso povo foi
morto e lançado à praça pública. E ainda se encontra lá, estrangulado”. 4Levantei-me de um salto, deixando o
almoço, sem prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e depositei-o numa das
dependências da casa, esperando o pôr do sol para enterrá-lo. 5Ao voltar, lavei-me e, entristecido,
tomei minha refeição. 6Lembrei-me das
palavras do profeta Amós, ditas contra Betel: “Vossas festas se transformarão
em luto e todos os vossos cantos em lamentação”. 7E
chorei. Depois que o sol se escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o
cadáver. 8Meus vizinhos zombavam, dizendo:
“Ele ainda não tem medo. Já foi procurado para ser morto por este motivo, e
teve que fugir. No entanto, está de novo sepultando os mortos!” Palavra do
Senhor.
— Graças a Deus!
Evangelho do dia 03/06/2013
Marcos
12,1-12
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos: Naquele tempo, 1Jesus
começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando
parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma
torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para
longe. 2Na
época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua
parte dos frutos da vinha. 3Mas os agricultores pegaram no
empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da
vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele
e o insultaram. 5Então
o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira
muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda
alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos
agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. 7Mas aqueles
agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a
herança será nossa. 8Então
agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da
vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10Por
acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de
lado, tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e
é admirável aos nossos olhos’?” 12Então os chefes dos judeus
procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para
eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e
foram-se embora. Palavra da Salvação.
—
Glória a vós, Senhor!
domingo, 2 de junho de 2013
Santo do dia 02/06/2013: Santos Marcelino e Pedro e Santo Erasmo
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Santos Marcelino e Pedro
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Santo Erasmo
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Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo
próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os
acontecimentos. Foi assim que tudo passou. Na Roma dos tempos terríveis e
sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais
respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote,
exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se
tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não
demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os
líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população.
Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere,
conheceram Artêmio, o diretor da prisão. Alguns dias depois notaram que Artêmio
andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha
estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas,
motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os
dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo,
Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas
Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que
mudou seu destino. Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e
ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à
sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha
dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e
pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.
Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus
superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes,
Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram
a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram
localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto
Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo
coberta por pedras até morrerem sufocadas. Quanto aos santos, o prefeito de Roma
ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não
houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes
cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304. Os seus corpos ficaram
escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma
rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã
sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no
mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas
sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da
igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para
conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.
Santo Erasmo
A tradição cristã descreveu a vida de Erasmo com passagens
surpreendentes. Ele pertencia ao clero da Antioquia. Foi forçado, durante a
perseguição do imperador Diocleciano, a esconder-se numa caverna no Monte
Líbano durante sete anos. Capturado e longamente torturado, foi levado para ser
julgado pelo imperador, que tentou de todas as formas fazer com que renegasse a
fé em Cristo. Porém Erasmo manteve-se firme e por isso novamente voltou para a
prisão. De lá foi milagrosamente libertado por um anjo que o levou para a
Dalmácia, onde fez milhares de conversões durante mais sete anos. Na época do
imperador Maximiano, novamente foi preso e no tribunal, além de destruir um
ídolo falso, declarou sua incontestável religião cristã. Tal atitude de Erasmo
fez milhares de pagãos converterem-se, as quais depois foram mortas pela
perseguição desse enfurecido imperador. Outra vez teria sido horrivelmente
torturado e também libertado, agora pelo arcanjo Miguel, que o conduziu para a
costa do sul da Itália. Ali se tornou o bispo de Fornia, mas por um breve
período. Morreu pouco depois devido às feridas de seus dois suplícios, por este
motivo recebeu o título de mártir. As muitas tradições descreveram algumas
particularidades sobre as crueldades impostas nas suas torturas. Dizem que seu
ventre foi cortado e aos poucos os seus intestinos foram retirados. Devido a
esse suplício, santo Erasmo tornou-se, para os fiéis, o protetor das
enfermidades do ventre, dos intestinos e das dores do parto. Os marinheiros
ainda hoje são muito devotos de santo Erasmo, ou são Elmo, como também o
chamam. Desde a Idade Média eles o tomaram como seu padroeiro, invocado-o
especialmente durante as adversidades no mar. As fontes históricas da Igreja
também comprovam a existência de Erasmo como mártir e bispo de Fornia, Itália.
Dentre elas estão o Martirológio Gerominiano, que indicou o dia 2 de junho para
sua veneração e a inscrição do seu nome entre os mártires no calendário
marmóreo de Nápoles. O papa são Gregório Magno, no fim do século VI, escrevendo
ao bispo Bacauda, de Fornia, atestou que o corpo de santo Erasmo estava
sepultado na igreja daquela diocese. No ano 842, depois de Fornia ser destruída
pelos árabes muçulmanos, as suas relíquias foram transferidas para a cidade de
Gaeta e escondidas num dos pilares da igreja, de onde foram retiradas em 917. A
partir de então, santo Erasmo foi declarado padroeiro de Gaeta, e em sua
homenagem foram cunhadas moedas com a sua esfinge. Após a recente revisão do
calendário litúrgico, a Igreja manteve a festa deste santo no dia em que sempre
foi tradicionalmente celebrado.
Oração do dia 02/06/2013
Pai, tu és o Senhor da vida e me conduzes para a vida eterna
junto de ti. Aumenta a minha fé de que não estou destinado à morte, e sim à
comunhão contigo. Amém!
Deus nos fala dia 02/06/2013
O Senhor escolhe gratuitamente pessoas e povos para
realizar seus projetos e comunicar a vida plena. Não é por nossos méritos e nem
mesmo como recompensa que Ele nos concede seus dons, mas sabe apreciar a fé e a
humildade. Acolhamos o Senhor, que agora nos fala!
Leitura do dia 02/06/2013
Primeira Leitura
1 Reis 8,41-43
Leitura do Primeiro Livro dos Reis: Naqueles dias,
Salomão rezou no Templo, dizendo: 41“Senhor, pode
acontecer que até um estrangeiro que não pertence a teu povo, Israel, 42escute falar de teu grande nome, de
tua mão poderosa e do poder de teu braço. Se, por esse motivo, ele vier de uma
terra distante, para rezar neste templo, 43Senhor,
escuta então do céu onde moras e atende a todos os pedidos desse estrangeiro,
pra que todos os povos da terra conheçam o teu nome e o respeitem, como faz o
teu povo Israel, e para que saibam que o teu nome é invocado neste templo que
eu construí”. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura
Gálatas 1,1-2.6-10
Início da Carta de São Paulo aos Gálatas: 1Eu, Paulo, apóstolo não por
iniciativa humana, nem por intermédio de nenhum homem, mas por Jesus Cristo e
por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos 2e
todos os irmãos que estão comigo, às Igreja da Galácia. 6Admiro-me
de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e
de terdes passado para um outro evangelho. 7Não
que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo
mudar o evangelho de Cristo. 8Pois bem,
mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente
daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como
já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele
que recebestes, seja excomungado. 10Será que
estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou
procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos
homens, não seria servo de Cristo. Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
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