![]() |
Santo Euquério
|
![]() |
Jacinta de Jesus Marto |
![]() |
Santo Ulrico |
![]() |
Santo Eleutério |
Santo Euquério
O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em
seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus
bens, que tanto atraíam os poderosos. Euquério nasceu em Órleans, na França, e
recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o
permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete
anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa,
chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o
candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério
tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo
em geral, que acabou aceitando. Seu bispado foi marcado pelo respeito às
tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos
Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras
graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário.
O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a
guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção.
Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida
cidade de Órleans. Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde
também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo
rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no
exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério
morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na
igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela
devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo
cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.
Jacinta de Jesus Marto
Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de
março de 1910. Foi batizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão
Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada
a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia.
Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora
apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave
pneumonia que a acometeu juntamente com seu irmão Francisco. Nessa primeira
aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina:
"Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em
breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe
que sim". De fato, logo depois Francisco morreu santamente. Nessa ocasião,
ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe:
"Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes
que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta
ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da
Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e
penitência era demais para salvar os pecadores. A vida da pequena Jacinta foi
caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de
Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da
salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo
oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes
ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em
reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro
de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em
1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a
Basílica do Santuário. No dia 13 de maio de 2001, dia da festa de Nossa Senhora
de Fátima, foi um dia muito especial não só para os portugueses, mas para a
família católica inteira. O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa
para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de
sua morte. A cerimônia ocorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de
Fátima, com a presença da Irmã Lúcia de Jesus. Os acontecimentos de Fátima e os
pastorzinhos são porta-vozes do convite materno de Maria ao acolhimento, ao
amor, à confiança, à pureza de vida e de coração e à entrega de si mesmo a Deus
e aos outros, em atitude de solidariedade e de fé inquebrantável. A
beatificação de Jacinta de Jesus Marto nos lembra a vocação última da Igreja e
a comunhão dos santos.
Santo Ulrico
Ulrico Nasceu em Bristol, Inglaterra. Sabemos muito pouco a
respeito de sua vida. Inicialmente Ulrico estava entregue aos vícios da nobreza
inglesa. Muitos sacerdotes não observavam as normas da Igreja. Certa vez,
Ulrico foi abordado por um mendigo. Este o advertiu a respeito de seus atos e
da decadência dos costumes daquela época. Ulrico reconheceu envergonhado a
verdade nas palavras daquele mendigo. Resolveu juntar-se a um grupo de padres
que viviam disciplinadamente, trabalhando na agricultura e na indústria de lã.
Eles trabalhavam, estudavam e pregavam o evangelho, distanciando-se da vida
mundana. Ulrico desaparece das festas e penitencia seu corpo, vestindo uma
malha de ferro sobre a pele nua. Passa a celebrar missas, pregar
apaixonadamente, trabalhar pela Igreja e copiar livros. Enfim, ele havia
reencontrado o caminho que o levaria de volta a Deus. O padre Ulrico ficou
muito conhecido entre os pobres e humildes, tornando-se um dos poucos que os
escutavam. Tornou-se a voz dos pobres, pregando a esperança. Alguns diziam que
ele tinha o dom da profecia e o próprio rei Henrique II fora visitá-lo a fim de
ouvir seus conselhos. O sacerdote Ulrico viveu os últimos anos de sua vida numa
pequena cela na Igreja de Haselbury. Tinha conquistado a fama de um homem santo
e gente de todo o país vinha em peregrinação para vê-lo e ouví-lo. Quando da
sua morte, aos 20 de fevereiro de 1154, uma grande comoção tomou conta do povo
humilde que o amava. Sua cela tornou-se sacristia da Igreja de Haselbury.
Santo Eleutério
Eleutério nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, França.
São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da
França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos,
um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético.
Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades
desta função geralmente incluíam ameaças de morte. Ele viveu num período conturbado
da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio
dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos
ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar,
identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um
território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão. Eleutério seguiu a
carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo. Chegou de
fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o
desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as
bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da
Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei
Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo,
também santo, bispo Remígio, de Reims. Naquela época, era muito difícil
organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de
evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os
habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um
pedaço de terra onde sobreviver. Além disto, havia a complicada questão das
conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei.
Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter
também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente
exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.
Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma
evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela
Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico,
vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo
assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na
sua querida Tournai. Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados
numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A
cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das
maiores dioceses do mundo. A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia
20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada à ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário