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Santa Genoveva
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Santa Genoveva
A França não deu ao mundo somente Santa Joana D'Arc como
exemplo de mulher santa por interferir na política dos homens. Presenteou a
Humanidade também com Santa Genoveva. Embora não se atirasse à guerra como
Joana D'Arc, Santa Genoveva fez da atividade política e social uma obrigação
tão importante quanto a oração e o jejum. Se Joana é invocada como guerreira,
Genoveva se faz protetora nas horas de calamidade e perseguição. Nasceu em
Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde e modesta, época
em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma
postura de evangelização naquele importante país. Assim, tinha Genoveva cerca
de 6 anos (alguns escritos falam em 8) quando uma missão católica passou por
sua cidade a caminho da Bretanha, liderada por dois bispos. Um deles profetizou
que a menina seria um prodígio cristão - e não errou. Já aos 15 anos Genoveva
fez voto de castidade, participando ainda de uma irmandade que, embora não se
retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas
próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios
significativos e sempre citados: a resistência aos hunos e o auxílio dos
moradores do campo à cidade que vivia na penúria. Quando Átila, "o flagelo
de Deus", liderou os hunos na invasão a Paris, a população decidiu
abandonar a cidade. Santa Genoveva os convenceu a ficar, pois deviam confiar em
Deus que impediria a destruição da metrópole. Embora quase fosse linchada pelos
mais temerosos, sua convicção contagiou e o povo ficou. Átila não só não
invadiu Paris como pouco tempo depois foi obrigado a recuar e abandonar outras
cidades conquistadas. Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na
escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores
urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital
francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus
devotos. Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da
perseguição, pois interferia freqüentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo
anistia aos prisioneiros políticos. Morreu por volta do ano 502, depois de ter
convencido o rei a construir a famosa igreja dedicada a São Pedro e São Paulo.
Durante a revolução francesa a abadia construída sobre seu túmulo, e que
abrigava suas relíquias, foi saqueada pelos jacobinos, mas seu culto continuou
e perdura até hoje na Igreja de Santo Estevão do Monte.
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