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Santa Bartoloméia
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Santo Celestino I
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Santo Clemente de Ochrida |
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Santo Raimundo Zanfogni
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Santa Bartoloméia
Nasceu em 1807, na Itália, e foi a grande responsável pela
conversão do seu pai, que vivia entregue ao vício da bebida. Santa Bartoloméia,
por um tempo, viveu com as Irmãs Clarissas, isto até Deus colocá-la novamente
em seu lar tão cheio de conflitos. Com sua vida de oração, renúncia e
humildade, conseguiu levar seu pai para Deus, mas deseja mais para o Senhor;
por isso com a ajuda de Santa Vicência, fundou o Instituto das Irmãs da
Caridade. Após consumir-se de tanto sacrifício de amor, Santa Bartoloméia
entrou no Céu com apenas 26 anos.
Santo Celestino I
O Papa Celestino I eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na
Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um
pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal
maneira, que passou para a História, embora o seu mandato tenha durado apenas
uma década. Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída
pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O Papa Clementino I
participou ativamente restaurando numerosas Basílicas, entre elas a de Santa
Maria em Trastevere, a primeira dedicada à Nossa Senhora, e construiu a de
Santa Sabina. Além disto, entendia que o Papa tinha o direito de responder
pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das
autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu, através de suas Cartas, as quais
chamava de Decretais, e que se tornaram a semente do Direito Canônico. Também
foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e
contemporâneo, Santo Agostinho, o Bispo de Hipona, do qual foi ferrenho
defensor. Foi ele o primeiro a determinar que os Bispos não deveriam nunca
negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os
Bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a
esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes
episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou São Patrício
à Irlanda e São Paladio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram histórica
e espiritualmente ligados a esses países para todo o sempre. Outro evento
importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A
importância deste Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual
participaram apenas cento e sessenta bispos, foi nele que se confirmou o dogma
de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem",
como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de
que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do
homem Jesus e não de Deus feito homem. O Papa Celestino I, para acabar com a
confusão que se generalizara no mundo cristão determinou que São Cirilo, Bispo
de Alexandria dirigisse o Concílio, que iniciou a 22 de junho de 431. Ao seu
final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O Papa
enviou comunicados a todas as autoridades do mundo, não só explicando a
decisão, mas informando a destituição e condenação do Bispo Nestório, que foi
poupado da excomunhão. Este foi seu último documento oficial expedido na data
de 15 de março de 432 que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois,
morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I, foi sepultado
numa capela do cemitério de Priscila. Em 817 suas relíquias foram colocadas na
Basílica de Santa Praxedes e uma parte delas enviadas para a Catedral de
Mantova.
Santo Clemente de Ochrida
Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte
ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o Búlgaro", e
todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu
muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na
Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos. No século
IX, o príncipe da Moravia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe
enviasse evangelizadores de origem germânica. Tinha a intenção de ampliar a
catequização da população, mas não queria os missionários "latinos"
que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era
possível, porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais
católicos. Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no
futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos
levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e
aplicado se tornou o colaborador direto de Metódio, na adaptação da liturgia do
Oriente para as populações daquela região. Clemente fez inúmeras viagens com os
dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do
Cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade
gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e
"germânicos". Tanto assim, que o próprio Clemente precisou se afastar
de uma cidade, porque um Bispo não aceitava os "ritos germânicos". Por
isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde além de refúgio encontrou
um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para
facilitar os estudos. Também, converteu á fé cristã o próprio rei, que deixou o
trono e se retirou em um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajam a
obra missionária, e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua
búlgara" para comandar a principal diocese. Porém, Clemente tinha sempre o
pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma
escola que também era um mosteiro. Era lá que pretendia se recolher na velhice.
Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e
formar o Bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de
Velika. Seu corpo foi sepultado no mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou
a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição
popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica o
proclamou Santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens
litúrgicas.
Santo Raimundo Zanfogni
Raimundo Zanfogni voltava com sua mãe da Terra Santa, quando
esta morreu. Tinha quinze anos quando retornou à sua terra natal, depois desta
viagem. Ele nasceu em Piacenza, Itália, no ano de 1140. Mais tarde, se casou e
teve cinco filhos, porém, todos morreram no mesmo ano. Nasceu então um outro,
Geraldo, forte e sadio, mas, a esposa adoeceu e morreu quando o menino ainda
era muito pequeno. Por isto, decidiu deixar o filho com os sogros, que o
educaram no seguimento de Cristo, e se tornou um peregrino. Primeiro foi à
Santiago de Compostela, depois à Roma, de onde seguiu para Jerusalém e voltou
novamente para Roma. Mas, aconteceu algo que o reconduz à Piacenza. Dizia ter
recebido um aviso divino de que deveria retornar e cuidar dos pobres de sua
cidade. E alí imediatamente iniciou a sua obra. Raimundo passou a cuidar dos
doentes e moribundos, num tempo em que não existia assistência aos
necessitados. Fundou uma espécie de hospedaria-albergue onde tratava a todos
com dedicação e dignidade, enxergando em cada um deles a face de Cristo. Como
não tinha muitas posses, se tornou esmoler, para manter suas obras. Freqüentava
todos os dias as igrejas, pregava pelas ruas e fazia procissões com seus
pobres, solicitando a caridade das pessoas. Logo ele passou a abrigar também as
crianças abandonadas, que se tornaram a grande razão de sua vida. Além de dar
abrigo e cuidado, afeto e carinho, ele catequizava à todos, na doutrina cristã.
Era um simples leigo, tinha pouca instrução, mas possuía o dom da sabedoria e
pregava com autoridade. Por isto, ele tomou a iniciativa de advertir
publicamente o próprio Bispo, que não se posicionava com firmeza frente aos
problemas da cidade. Na época, Piacenza e Cremona, passavam por constantes
lutas, resultando em mortos inocentes. Servindo de mediador, Raimundo conseguiu
solucionar o conflito. Tornou-se o protetor dos pobres e das vítimas dos abusos
de todos os gêneros, que ele mesmo acompanhava aos tribunais defendendo-os na
frente dos juízes insensíveis e prepotentes. As autoridades do governo, por
fim, passaram a consulta-lo em todas as questões que envolviam os pobres. Ele
faleceu, no dia 27 de julho de 1200, entre seus pobres e exortando ao filho
Geraldo, que se tornasse sacerdote, o que de fato ocorreu, pouco tempo depois.
Com fama de santidade em vida, foi sepultado próximo à Capela dos Doze
Apóstolos. Logo as notícias de graças e prodígios se espalharam pela região e a
casa dos seus pobres, passou a ser chamada de Hospedaria de São Raimundo
Zanfogni. Mas ele só foi canonizado em 1602, pelo Papa Clemente VIII, que
designou dia de sua morte, para a celebração litúrgica.
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