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S. Zacarias
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Santo Liberato de Loro
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São Zacarias nasceu em Galaad, pertencente a tribo de Levi.
Zacarias cujo nome significa "o Senhor lembra, é o profeta mais citado no
Novo Testamento, depois de Isaías, penúltimo dos profetas menores, foi chamado
ao ministério profético no mesmo ano de Ageu 520. O seu mistério durou
provavelmente até o término da construção do Templo de Jerusalém, tema das suas
exortações. Mediante visões e parábolas, anuncia o convite de Deus à penitência,
condição para que se realizem as promessas: "Assim fala o Senhor dos
exércitos: Convertei-vos a mim, e eu me voltarei a vós." Sua
característica é o messianismo, suas profecias referem-se ao futuro do povo
Israel, futuro próximo, tempo de benevolência do Senhor para com Israel. Zacarias
põe em evidência o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade,
realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material, ação divina nesta
obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este
renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: "Eis que eu
libertarei o meu povo. Reconduzi-lo-ei para habitar em Jerusalém: será o meu
povo e eu serei o seu Deus, na fidelidade e na justiça." Será um tempo de
paz e de alegria e as injustiças serão eliminadas da face da terra. Zacarias
teria feito muitos prodígios, acompanhado-os com profecias de conteúdo
apocalíptico. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do
túmulo de Ageu.
Santo Liberato de Loro
Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de
Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas
terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua
grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir
a vida religiosa. Renunciou às terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que
havia herdado de seu tio em favor de seu irão Gualterio, e foi viver no
Convento de Rocabruna, em Urbino. Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua
vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo
convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Alí vestiu o habito
da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe
valeu a fama de santidade. Em "Florzinhas de São Francisco"
encontramos o seguinte relato sobre ele: " no Convento de Sofiano, o frade
Liberato de Loro Piceno vivia em pela comunhão com Deus. Ele possuía um elevado
dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde
andava os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros,
cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando
perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao
trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam
grande consideração. Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua
virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida
e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber
tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus
Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando
estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens
e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-La, ele
experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em
nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento. Chamando-o
por seu nome a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho, que tua oração
foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta
vida"". Assim frei Liberato ingressou na vida eterna , numa data
incerta do século XIII. No século XV o culto à Liberto de Loro era tão
vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São
Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao
lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as
suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX,
após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi
reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado
de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de
06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o
altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.
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