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SÃO LEÃO MAGNO |
SÃO LEÃO MAGNO
Eleito com o nome de Leão I, foi um dos maiores papas da
história do cristianismo. Embora pouco se saiba sobre sua biografia antes de se
tornar sucessor de Pedro, é venerado pela sua profunda sabedoria,
extraordinárias virtudes e o brilhante governo, como registraram os cronistas. Sabe-se
que nasceu por volta do ano 395, em Roma, e tornou-se sacerdote muito jovem.
Fez um trabalho brilhante, desempenhando funções em nome da Igreja sob o
comando do papa Sisto III. Tão brilhante que, após a morte deste, foi eleito
para substituí-lo. Era o mês de agosto de 440. Eram tempos difíceis. O império
romano se esfacelava e já não conseguia conter as hordas de bárbaros que
invadiam e saqueavam seus domínios. De seu lado, a Igreja enfrentava divisões e
dissidências doutrinárias em seu interior. Esse panorama sombrio só não levou o
ocidente ao caos por causa da atuação de Leão I nos dois terrenos: o espiritual
e o material. O papa permaneceu firme defendendo as convicções do catolicismo
frente às grandes heresias que sacudiram o século em que viveu e atuou,
participando de discussões, encontros e concílios. Foi nessa época que escreveu
um dos documentos mais importantes para a fé: a "Carta dogmática a
Flaviano", o patriarca de Constantinopla, defendendo as posições ortodoxas
do cristianismo. Pedro falou pela boca de Leão, costumavam dizer os religiosos
que acabavam por aceitar seus argumentos. Estão guardados mais de cem sermões
por ele proferidos, além de cento e quarenta e três cartas contendo
ensinamentos sobre a fé que ainda são seguidos e respeitados. Já no plano
material era o único que poderia conseguir, graças ao seu prestígio e
eloquência, que o terrível Átila, o huno, não destruísse Roma e a Itália. A
missão poderia ser fatal, pois Átila já invadira, conquistara e destruíra a
ferro e fogo o norte do país. Mesmo assim São Leão Magno foi ao seu encontro e
saiu vitorioso da incumbência. Mais tarde foi a vez de conter os vândalos que,
liderados pelo chefe bárbaro Genserico, entraram em Roma. Só não atearam fogo à
cidade eterna e não dizimaram sua população graças à atuação do papa. Morreu em
461, recebendo então o título de Magno pela importância junto à cultura e à
civilização ocidental.
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