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NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS |
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
A oração mundialmente conhecida está justificadamente ligada
à data de hoje, em que se homenageia Nossa Senhora enquanto advogada da
humanidade junto ao Criador. Estava impressa em letras douradas na visão divina
com que foi presenteada a Irmã Catarina Labouré, motivo da inclusão da data no
calendário litúrgico. Homenageia-se Maria por sua benevolência em servir aos
fiéis e colocar à sua disposição um símbolo de apoio à fé: a Medalha Milagrosa,
que a Virgem quis oferecer ao mundo conturbado do século XIX, mostrada na visão
com o aviso de que serviria como instrumento de milagres. Através dela se
poderia mais facilmente pedir e receber graças com intervenção da mãe de Jesus.
Mas a aparição serviria também como meio de preparação para a aceitação do
dogma de sua Imaculada Conceição, em 1854. A visão se deu antes disso, em
Paris, a 27 de novembro de 1830, exatamente às 17 horas e 30 minutos. Irmã
Catarina pertencia à comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente
de Paulo, e não foi esta a primeira visão que teve da Virgem, nem a última. Em
visões futuras, receberia ainda a incumbência de fundar a Associação das Filhas
de Maria. Mas esta visão veio em forma de um quadro oval e tinha atrás de si um
monograma, que foi então cunhado em forma de medalha, em 1832, com autorização
do arcebispo de Paris, Dom Quelen. O primeiro a aprovar oficialmente e a
abençoar a medalha foi o papa Gregório XVI, que se entregou à proteção da
medalha e passou a conservá-la junto ao seu crucifixo. Pio IX, seu sucessor,
dava-a como presente aos que o procuravam pedindo auxílio e aconselhamento.
Milhares delas foram produzidas e espalhadas pelo mundo e, sem dúvida nenhuma,
muito contribuíram para a aceitação do dogma. A Festa da Medalha Milagrosa foi
instituída em 23 de julho de 1894, por Leão XIII. Eis a descrição da visão e do
monograma, tal como relatou irmã Catarina Labouré: "Maria estava sobre o
globo do mundo, do qual só se via a metade e, com o pé, esmagava a cabeça da
serpente. Vestia túnica alvíssima e um manto azul cobria-lhe a cabeça, descendo
de ambos os lados até os pés. De suas mãos, estendidas, desciam raios luminosos
que caíam sobre a Terra". Em volta do quadro oval estavam as palavras que
formam a oração citada, escritas em letras douradas. Ao virar o quadro, Irmã
Catarina viu atrás dele o monograma que deu origem à medalha: "A letra M,
encimada por uma cruz, tendo um risco na base e, embaixo, os corações de Jesus
e de sua Santíssima Mãe. O coração de Jesus cercado de uma coroa de espinhos e
o de Maria transpassado por uma espada e, ao redor destes símbolos, uma coroa
de doze estrelas". Ao mostrar a visão, Nossa Senhora lhe disse:
"Manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxerem
consigo, principalmente usando-a no pescoço, receberão grandes graças, e as
graças serão copiosas para os que tiverem confiança".
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