![]() |
Santa Ida |
Santa Ida
Ida nasceu em 1040, descendente do grande conquistador
francês Carlos Magno, filha de Godofredo, duque de Lorraine, e de Doda, também
oriunda da nobreza católica reinante. Assim sendo, recebeu educação cristã, mas
também teve de cumprir obrigações sociais da corte, e só por esse motivo não
seguiu a vida inteiramente dedicada à Deus, vestindo o hábito de religiosa. Por
vontade dos pais, teve de casar-se aos dezessete anos com Eustáquio II, conde
de Bolonha, também católico praticante. Juntos, tiveram muitos filhos:
Eustáquio III, herdeiro do condado de Bolonha; Godofredo de Bulhão, que
conquistou e foi rei de Jerusalém; e Balduíno, que sucedeu o irmão no trono da
Terra Santa. Tiveram também filhas, uma das quais tornou-se imperatriz ao
casar-se com o imperador Henrique IV. Entretanto, além da formação nas
atividades políticas e sociais, Ida e seu marido educaram todos os filhos
dentro dos rigorosos preceitos cristãos. O que surtiu um bom efeito, pois,
tornaram-se bons exemplos, promoveram dezenas de obras de caridade, à altura
das posses que tinham, socorrendo doentes, pobres abandonados, estrangeiros,
viúvas e órfãos. O grande passatempo de Ida era fazer, com as próprias mãos, as
toalhas e enfeites dos altares e ornamentos sacros para os sacerdotes. Enquanto
Eustáquio era vivo, o casal restaurou quase todas as igrejas de seus estados e
domínios, inclusive o célebre santuário de Nossa Senhora de Bolonha. Seu
diretor espiritual era o sacerdote Alberto, naquela época chamado, ainda, de
monge de Bec, região da Normandia, porque, mais tarde, também foi elevado aos
altares da Igreja. Ao se tornar viúva, Ida diminuiu sua participação nas
atividades sociais, porém na vida da Igreja só fez aumentá-la. Ela vendeu parte
de seus bens e fundou vários mosteiros com o dinheiro arrecadado, como o de
Santo Wulner de Bolonha; o de Wast, a duas milhas da cidade; o de Nossa Senhora
da Capela, perto de Calais; e o mosteiro de Samer, que se encontrava
praticamente destruído e arruinado, mas foi totalmente recuperado, voltando à
franca atividade nas mãos dos beneditinos. Há relatos de muitas graças
realizadas por ela ainda em vida. Sentindo aproximar-se o fim, santa Ida previu
a data exata de sua morte: 13 de abril de 1113. Os milagres e graças por
intercessão de seu nome continuaram a acontecer com as crescentes romarias ao
seu túmulo. Seu culto foi autorizado para o dia do seu trânsito, em 1808,
quando suas relíquias foram transferidas da catedral de Arras para a de Bayeux.
Nenhum comentário:
Postar um comentário