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SÃO JOSÉ BENEDITO COTTOLENGO |
SÃO JOSÉ
BENEDITO COTTOLENGO
Diz a tradição que, quando tinha ainda apenas cinco anos,
José Benedito andava pela casa medindo os quartos para ver quantas camas
caberiam em cada um. Ele queria montar um hospital para receber doentes pobres.
Mas, quando pôde realizar a obra dos seus sonhos não fundou apenas um hospital,
mas criou uma rede de casas de caridade que se expandiu pelo mundo católico,
inclusive no Brasil. José Benedito nasceu em Brá, na província de Piemonte,
Itália, em 1786. Era o mais velho de doze filhos e, na infância, sempre
insistia com suas irmãs que um dia teria um hospital. Não esqueceu a promessa.
Com dezessete anos ingressou no seminário e aos vinte e cinco se ordenou
sacerdote, sempre em busca de realizar a missão que sabia reservada para si.
Passou a atuar como padre em Turim, acolhendo os pobres da forma que podia,
chegando a vender até o manto para acolher uma velhinha paralítica abandonada
pela família. Tudo isso, até o dia em que foi chamado para ministrar os
sacramentos a uma mulher vítima de doença fatal, mãe de três filhos e à beira
de lhe nascer o quarto. Ela estava à morte e os hospitais recusavam-se a
interná-la. José Benedito nada pôde fazer. Entretanto, depois que ela morreu e
depois que confortou marido e filhos, José pôs-se a rezar. Ao terminar as
orações, mandou tocar os sinos e avisou que era chegada a hora. Alugou uma
casa, suou e labutou muito, mas conseguiu colocar nela leitos e remédios.
Passou a abrigar os desassistidos, trabalhando ele mesmo como enfermeiro e
buscando também recursos para mantê-la, sem abandonar as funções de pároco. Os
políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram que a casa fosse
fechada. Mas ele não desistiria tão fácil. Dirigiu-se à periferia, comprou um
terreno e lá construiu um hospital ainda maior. Deu-lhe o nome de "Pequena
Casa da Divina Providência", pois confiava em Deus e sabia que Ele nunca
lhe deixaria faltar meios de manter seus doentes. Assim foi. Não se tem notícia
do fechamento de nenhuma casa aberta pela congregação naquele ou nos anos
seguintes. As casas viviam da doação e ajuda das pessoas simples, não havendo
fundos permanentes nem contribuição do Estado. Aquela primeira célula passou a
receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas
e psíquicas, em estado terminal ou não. Enfim, recebia os refugos da sociedade,
como dizia ele. Ainda hoje, abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca
de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. São José Benedito Cottolengo
morreu em 1842, sendo canonizado por Pio XI, em 1934.
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