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SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO |
SANTO ANTÔNIO
DE SANT'ANNA GALVÃO
Antônio de Sant’Anna Galvão, nasceu em 1739, em
Guaratinguetá, São Paulo, era filho de Antônio Galvão de França, capitão-mor da
província e Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba.
Ambos eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram este legado ao filho. Quando
tinha treze anos, Antônio foi enviado a Belém para estudar no Seminário dos
Jesuítas. Na alma de Antônio já estava plantada a semente da vocação religiosa.
Saindo do seminário, Antônio decidira ingressar, aos vinte e um anos, na Ordem
Franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão
esmerada que após um ano recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Em 1768 foi
nomeado pregador e confessor do convento das Recolhidas de Santa Teresa,
ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontraria a Irmã Helena
Maria do Sacramento, uma figura que exerceria um papel muito importante em sua
obra posterior. Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes
notáveis. Suas visões ela as relatava ao Frei Galvão. Pedia-lhe Jesus que
fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa
difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição às
Ordens religiosas. Mesmo contrariando essa lei, fundaram em fevereiro de 1774 o
Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência. Em 1775
morria Irmã Helena. Os problemas com a lei de Pombal não tardariam a aparecer.
O convento fora fechado mas Frei Galvão mantinha-se firme na decisão, até mesmo
desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o
convento viria a ser reaberto e o frei estaria livre para continuar sua obra.
Os próximos quatorze anos seriam dedicados à construção e ampliação deste
convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Esta obra viria tornar-se,
em 1988, por decisão da UNESCO "patrimônio cultural da Humanidade". Em
1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em
Sorocaba. Aí permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os
trabalho da construção da Casa. Neste meio tempo o frei receberia diversas
nomeações inclusive a de Guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo. Quando
sua saúde já se enfraquecia recebeu autorização especial para residir no
Recolhimento da Luz. Durante sua última doença, Frei Galvão passou a morar num
quartinho, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto.
Veio a falecer aos 23 de dezembro de 1822, assistido pelo seu padre guardião,
dois confrades e dois sacerdotes diocesanos. Frei Galvão, a pedido das
religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento que ele mesmo
construíra. Em 1929 o Recolhimento do Frei Galvão tornou-se o conhecido
Mosteiro da Luz. É lugar de peregrinações constantes dos fiéis, que pedem e
agradecem graças por intercessão do "homem da paz e da caridade e fundador
do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz”. m 25 de outubro de 1998 Frei Galvão
foi beatificado pelo Papa João Paulo II, que instituiu a sua festa para a mesma
data. Em 11 de maio de 2007, numa grande missa campal realizada na cidade de
São Paulo, o Papa Bento XVI canonizou Antônio de Sant'Anna Galvão, o primeiro
santo nascido no Brasil.
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