terça-feira, 5 de maio de 2015

Santo do dia 05/05/2015: SÃO JOSÉ BENEDITO COTTOLENGO

SÃO JOSÉ BENEDITO COTTOLENGO
SÃO JOSÉ BENEDITO COTTOLENGO

Diz a tradição que, quando tinha ainda apenas cinco anos, José Benedito andava pela casa medindo os quartos para ver quantas camas caberiam em cada um. Ele queria montar um hospital para receber doentes pobres. Mas, quando pôde realizar a obra dos seus sonhos não fundou apenas um hospital, mas criou uma rede de casas de caridade que se expandiu pelo mundo católico, inclusive no Brasil. José Benedito nasceu em Brá, na província de Piemonte, Itália, em 1786. Era o mais velho de doze filhos e, na infância, sempre insistia com suas irmãs que um dia teria um hospital. Não esqueceu a promessa. Com dezessete anos ingressou no seminário e aos vinte e cinco se ordenou sacerdote, sempre em busca de realizar a missão que sabia reservada para si. Passou a atuar como padre em Turim, acolhendo os pobres da forma que podia, chegando a vender até o manto para acolher uma velhinha paralítica abandonada pela família. Tudo isso, até o dia em que foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher vítima de doença fatal, mãe de três filhos e à beira de lhe nascer o quarto. Ela estava à morte e os hospitais recusavam-se a interná-la. José Benedito nada pôde fazer. Entretanto, depois que ela morreu e depois que confortou marido e filhos, José pôs-se a rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou que era chegada a hora. Alugou uma casa, suou e labutou muito, mas conseguiu colocar nela leitos e remédios. Passou a abrigar os desassistidos, trabalhando ele mesmo como enfermeiro e buscando também recursos para mantê-la, sem abandonar as funções de pároco. Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram que a casa fosse fechada. Mas ele não desistiria tão fácil. Dirigiu-se à periferia, comprou um terreno e lá construiu um hospital ainda maior. Deu-lhe o nome de "Pequena Casa da Divina Providência", pois confiava em Deus e sabia que Ele nunca lhe deixaria faltar meios de manter seus doentes. Assim foi. Não se tem notícia do fechamento de nenhuma casa aberta pela congregação naquele ou nos anos seguintes. As casas viviam da doação e ajuda das pessoas simples, não havendo fundos permanentes nem contribuição do Estado. Aquela primeira célula passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Enfim, recebia os refugos da sociedade, como dizia ele. Ainda hoje, abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. São José Benedito Cottolengo morreu em 1842, sendo canonizado por Pio XI, em 1934.

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