quinta-feira, 9 de julho de 2015

Santo do dia 09/07/2015: SANTA PAULINA

SANTA PAULINA
SANTA PAULINA

Paulina do Coração Agonizante de Jesus nasceu Amábile Lúcia Visintainer, aos 16 de dezembro de 1865, em Trento, Itália. Era a segunda filha de Napoleone Visintainer, e de Anna Pianezzer. Nessa época começava a emigração dos italianos, movidos pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso dos pais de Amábile que vieram para o Brasil e se estabeleceram na província de Santa Catarina. Em 1879, chegavam à região os padres jesuítas. Amábile encontra Virgínia Nicolodi e se tornam grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Amábile já tinha doze anos quando recebeu a primeira comunhão. Mais tarde, o padre Servanzi a encarregaria da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a São Jorge. Mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor. Amábile, junto de sua amiga, Virgínia, dedicam-se de corpo e alma a essas atividades. Serviam consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras das duas jovens já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubessem que já se consagravam a Deus. Com a permissão de seu pai, Amábile constrói um pequeno casebre, doação de um barão, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. Sua primeira paciente fora uma mulher cancerosa, a qual não tinha quem dela cuidasse. Amábile e Virgínia tornaram-se suas enfermeiras. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da obra de Madre Paulina, que constitui a primeira congregação religiosa no Brasil, as Filhas da Imaculada Conceição. Esta começava muito pobre mas cresceria nos anos seguintes com Amábile, agora Madre Paulina, como superiora. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poder sobreviver. Com o crescimento e reconhecimento de sua congregação, Madre Paulina é convidada a se transferir para São Paulo, em 1903. Pouco tempo depois, na colina do Ipiranga junto a uma capela aí existente, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravidão em 1888. Em 1918, Madre Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação que, desde 1909 assumira o nome de "Irmãzinhas da Imaculada Conceição”. Neste período destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãs doentes. Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento: da amputação do braço direito, até a cegueira total. Aos 9 de julho de 1942 morreria placidamente, assistida pelas irmãs de congregação. Foi beatificada em 1991 e canonizada em maio de 2002 pelo Papa João Paulo II.

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