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SANTA PAULINA |
SANTA PAULINA
Paulina do Coração Agonizante de Jesus nasceu Amábile Lúcia
Visintainer, aos 16 de dezembro de 1865, em Trento, Itália. Era a segunda filha
de Napoleone Visintainer, e de Anna Pianezzer. Nessa época começava a emigração
dos italianos, movidos pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso
dos pais de Amábile que vieram para o Brasil e se estabeleceram na província de
Santa Catarina. Em 1879, chegavam à região os padres jesuítas. Amábile encontra
Virgínia Nicolodi e se tornam grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas
pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Amábile
já tinha doze anos quando recebeu a primeira comunhão. Mais tarde, o padre
Servanzi a encarregaria da catequese das crianças, da assistência aos doentes e
da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a São Jorge. Mal sabia o
padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do
Senhor. Amábile, junto de sua amiga, Virgínia, dedicam-se de corpo e alma a
essas atividades. Serviam consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os
abandonados, os doentes e as crianças. As obras das duas jovens já eram
reconhecidas e notadas por todos, embora não soubessem que já se consagravam a
Deus. Com a permissão de seu pai, Amábile constrói um pequeno casebre, doação
de um barão, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos doentes, instruir as
crianças. Sua primeira paciente fora uma mulher cancerosa, a qual não tinha
quem dela cuidasse. Amábile e Virgínia tornaram-se suas enfermeiras. Era o dia
12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da obra de Madre
Paulina, que constitui a primeira congregação religiosa no Brasil, as Filhas da
Imaculada Conceição. Esta começava muito pobre mas cresceria nos anos seguintes
com Amábile, agora Madre Paulina, como superiora. Além do cuidado dos doentes,
das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena
indústria da seda para poder sobreviver. Com o crescimento e reconhecimento de
sua congregação, Madre Paulina é convidada a se transferir para São Paulo, em
1903. Pouco tempo depois, na colina do Ipiranga junto a uma capela aí
existente, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos
e seus filhos depois da abolição da escravidão em 1888. Em 1918, Madre Paulina
foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes,
para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação que, desde 1909
assumira o nome de "Irmãzinhas da Imaculada Conceição”. Neste período
destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às
irmãs doentes. Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande
sofrimento: da amputação do braço direito, até a cegueira total. Aos 9 de julho
de 1942 morreria placidamente, assistida pelas irmãs de congregação. Foi
beatificada em 1991 e canonizada em maio de 2002 pelo Papa João Paulo II.
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