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SANTO ELÍGIO |
SANTO
ELÍGIO
Bispo, escultor, modelista, marceneiro e ourives, Elói ou
Elígio foi um artista e religioso completo. Nasceu na cidade de Chaptelat,
perto de Limoges, em 588, na França. Seus pais, de origem franco-italiana, eram
modestos camponeses cristãos com princípios rígidos de honestidade e lealdade,
transmitidos com eficiência ao filho. Com sabedoria e muito sacrifício, fizeram
questão que ele estudasse, pois sua única herança seria uma profissão. Assim
foi que, na juventude, Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais
conceituada da Europa da época e respeitada ainda hoje. Ao se formar mestre da
profissão, já era afamado pela competência, integridade e honestidade. Tinha
alma de monge e de artista, fugia dos gastos com jogos e diversões. tudo
dispendia com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa,
ganhando o apelido de "o Monge". Conta-se que sua fama chegou à Corte
e aos ouvidos do rei Clotário II, em Paris. Ele decidiu contratar Elói para
fazer um trono de ouro e lhe deu a quantidade do metal que julgava ser
suficiente. Mas, com aquela quantidade, Elói fez dois tronos e entregou ambos
ao rei. Admirado com a honestidade do artista, ele o convidou para ser guardião
e administrador do tesouro real. Assim, foi residir na Corte, em Paris. Elói
assumiu o cargo e também o de mestre dos ourives do rei. E assim se manteve
mesmo depois da morte do soberano. Quando o herdeiro real assumiu o trono, como
Dagoberto II, quis manter Elói na corte como seu colaborador, pois lhe tinha
grande estima. Logo o nomeou um de seus conselheiros e embaixador, devido à
confiança em suas virtudes. Elói também realizou obras de arte importantes,
como o túmulo de são Martinho de Tours, o mausoléu de são Dionísio em Paris, o
cálice de Cheles e outros trabalhos artísticos de cunho religioso. Além disso,
e acima de tudo, Elói era um homem religioso, não lhe faltou inspiração para
grandes obras beneméritas e na arte de dedicar-se ao próximo, em especial aos
pobres e abandonados. O dinheiro que recebia pelos trabalhos na Corte, usava-o
todo para resgatar prisioneiros de guerra, fundar e reconstruir mosteiros
masculinos e femininos, igrejas e para contribuir com outras tantas obras para
o bem estar espiritual e material dos mais necessitados. Em 639, o rei
Dagoberto II morreu. Elói, então, ingressou para a vida religiosa. Dois anos
depois, era consagrado bispo de Noyon, na região de Flandres. Foi uma
existência totalmente empenhada na campanha da evangelização e reevangelização,
no norte da França, Holanda e Alemanha, onde se tornou um dos principais
protagonistas e se revelou um grande e zeloso pastor a serviço da Igreja de
Cristo. Durante os últimos dezenove anos de sua vida, Elói evitou o luxo e
viveu na pobreza e na piedade. Foi um incansável exemplo de humildade, caridade
e mortificação. A região de sua diocese estava entregue ao paganismo e à
idolatria. Com as pregações de Elói e suas visitas a todas as paróquias, o povo
foi se convertendo até que, um dia, todos estavam batizados. Morreu no dia 1o
de dezembro de 660, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. A história
da sua vida e santidade se espalhou rapidamente por toda a França, Itália,
Holanda e Alemanha, graças ao seu amigo bispo Aldoeno que escreveu sua biografia.
A Igreja o canonizou e autorizou o seu culto, um dos mais antigos da
cristandade. A festa de santo Elói ou Elígio, padroeiro dos joalheiros e
ourives, ocorre na data de sua morte. Entretanto ele é celebrado também como
padroeiro dos cuteleiros, ferreiros, ferramenteiros, celeiros, comerciantes de
cavalos, carreteiros, cocheiros, garagistas e metalúrgicos. Santo Elígio morreu
com setenta anos, em 1º de dezembro de 660, durante uma viagem de pregação à
Holanda.
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