São Januário (São Gennaro) |
São
Januário (São Gennaro)
Nossa Igreja comemora hoje os Santos Januário, e seus
companheiros: Festo, Desidério, Sosso, Procolo, Eutiquete e Acúcio, que
sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano em Nápoles, Itália,
por volta do ano 305. São Januário, bispo de Benevento como relata os
historiadores fora condenado às feras no anfiteatro de Pozzuoli juntamente com
os companheiros de fé. Por causa do atraso de um juiz, teria sido decapitado e não
dado como alimento às feras. O sangue de São Januário foi recolhido pelos
cristãos e colocado em pequenas ampolas. Era o costume recolher o sangue dos
mártires e colocá-los em ampolas diante dos seus túmulos. Um século mais tarde,
no ano 432, quando da transladação de suas relíquias de Pozzuoli para Nápoles,
uma senhora teria entregue ao bispo João duas ampolas contendo o sangue
coagulado de São Januário. Como garantia da afirmação da mulher o sangue se
liquefez diante dos olhos do bispo e de grande multidão de fiéis. Este
acontecimento, desde então, se repete todos os anos em determinados dias: no
sábado que precede o primeiro domingo de maio, nos oito dias sucessivos, a 16
de dezembro, a 19 de setembro e durante toda a oitava das celebrações em sua honra.
Os testemunhos sobre esse fenômeno começam a partir de 1329 e são tão numerosos
e concordes de tal modo que não se podem contestar. Esse prodígio, confirmado
também pela ciência, e o que mais intriga é o fato de até hoje os cientistas
não conseguirem explicar por que o sangue de São Januário, contido numa ampola
na catedral, se liquefaz e readquire a aparência de sangue novo,
recém-derramado. Análises científicas demonstram que se trata realmente de
sangue humano. Os napolitanos consideram São Januário o seu protetor contra os
flagelos da peste e das erupções do Vesúvio. Este culto e muito antigo e já
difundido no mundo inteiro por causa da liquefação de seu sangue, durante a
celebração de suas festas. A devoção sincera dos napolitanos para com o mártir,
fez com que a memória de São Januário, celebrada desde 1586, fosse conservada
no novo calendário litúrgico.
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