domingo, 4 de novembro de 2018

Santo do dia 04/11/2018: SÃO CARLOS BORROMEU


SÃO CARLOS BORROMEU

SÃO CARLOS BORROMEU

A obra de São Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Mas para fazer justiça, como ele sempre pregou, temos que acrescentar mais uma, talvez a mais importante: humildade. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a cultura e o acesso às altas rodas de Roma para posicionar-se à frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças. Nasceu em Arona, a 2 de outubro de 1538, no seio de uma família cujo cotidiano era conviver com os poderes espiritual e secular da Igreja. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos era sacerdote e bispo. Morreu jovem, aos quarenta e seis anos, vítima de uma febre à qual não dava importância, pois achava que o sofrimento do próximo era sempre maior. Foi canonizado em 1610 por Paulo V. Sua trajetória foi guiada pela fé, mas atuou tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção entre uma e outra. Foi talvez o primeiro secretário de estado no sentido moderno da expressão. Estudou na universidade de Pavia e liderou uma reforma radical na parte administrativa da Igreja que atravessava um período calcado no nepotismo, abusos e sintomas de decadência. Para isso, conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Criou ordens, seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe angariou o título de "pai dos pobres". Contudo, encontrou enorme resistência de ordens conservadoras e foi vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Saiu ileso e perdoou seu agressor. Chegou 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos, São Borromeu, visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, numa lida incansável que consumiu suas energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo. Até que um dia foi apanhado finalmente pela febre. Morreu dizendo-se feliz por ter seguido a orientação de Cristo e poder se encontrar com ele de coração puro.

Nenhum comentário: