São Raimundo de Penãfort foi fiel aquilo que davam a ele como
trabalho para a edificação da Igreja. Nasceu no castelo de Peñafort, Barcelona,
Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se
especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um
reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao
Bispo de Barcelona que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até
discernir seu chamado à vida religiosa, quando entrou para a família dominicana
e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às
necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de
Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido
para Roma, ocupou vários cargos. Ele não buscava nem tinha em mente um projeto
de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como
trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a
Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo
foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como
Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu
convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e
tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento. São Raimundo escreveu a
respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia
numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de
missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez
nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a
discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a
fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os
mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral
dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por
isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem
anos consumindo-se pela obra do Senhor. São Raimundo de Peñafort, rogai por
nós!
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