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São Fidelis de Sigmaringen
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São Bento Menni |
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Santa Maria Eufrásia Pelletier |
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Maria Isabel Hesselblad
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São Fidelis de Sigmaringen
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de
Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na
Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e
canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. Durante alguns anos,
exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado
dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não
tinham dinheiro para lhe pagar. Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda
encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou
sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo,
vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses
numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.
Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da
Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de
combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador
austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em
Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência
dos cristãos à Santa Sé. Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito
dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que
morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando foi ferido,
por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus
assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de
1622. O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.
São Bento Menni
Ângelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em
Milão, na Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de
negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário
todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos. Foi esse
ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar
por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de
Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete
anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos
irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de
Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou. Aos
dezenove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus,
trocando o nome de batismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e
teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano,
atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em
1866. Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a
Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais
feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em
Barcelona em 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida
pelo liberalismo, tanto na Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à
Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e no México, já
no princípio do século XX. Bento foi um homem de generosidade e caridade
inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de
maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs
Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializada na assistência aos
doentes psiquiátricos. Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia
24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais estão
guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha. Em 1985, o
papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, o mesmo pontífice canonizou
são Bento Menni, proclamando-o "profeta da hospitalidade".
Santa Maria Eufrásia Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na
ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796.
Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas
de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.
Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da
Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à
reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação
cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção. Em 1817, fez os votos de
profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove
anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das
"Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam
aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o
Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro. Em 1829,
fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar
uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa
forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das
moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma
organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa
ordem, mas com mosteiros com autonomia separada. Estava fundada a Ordem de
Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da
vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI,
que concordava com ela, aprovou a nova ordem. A sua obra foi tão vigorosa que
Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da
Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor
que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril. Foi beatificada em 1933 e
canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi
colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os
grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua
morte.
Maria Isabel Hesselblad
Maria Isabel Hesselblad nasceu no dia 4 de junho de 1870, na
cidade de Faglavik, na Suécia. Foi a quinta dos treze filhos do casal Augusto
Roberto e Caisa, uma família luterana muito pobre. Desde a sua adolescência, ao
ver suas amigas freqüentando diversas igrejas, questionava-se qual seria o
único rebanho a que se referia o evangelho de São João. Para ajudar a manter
sua família, aos dezesseis anos de idade trabalhava como doméstica e, dois anos
depois, emigrou para os Estados Unidos, onde adoeceu. Nessa ocasião, fez uma
promessa a Jesus: caso ficasse curada, tornar-se-ia enfermeira. E de fato assim
aconteceu, passando a trabalhar como enfermeira num hospital de Nova Iorque. O
contato com os doentes católicos e o grande desejo de encontrar a verdade
mantiveram viva na sua alma a busca do rebanho de Cristo. A oração, o estudo e
a devoção filial para com a Virgem Maria, o exemplo visto no hospital católico
e a influência decisiva do padre jesuíta João Hagen, do convento da Visitação,
de Washington, que se tornou seu diretor espiritual, fazendo-a estudar com
paixão a doutrina cristã, levaram-na a abraçar o catolicismo. Assim, por opção,
foi batizada "sob condição", nesse mesmo convento, no dia 15 de agosto
de 1902. Dois anos depois, foi para Roma, onde recebeu a confirmação e ali, com
muita clareza, compreendeu que sua missão seria trabalhar pela unidade dos
cristãos. Sentiu que o caminho seria pela Ordem de Santa Brígida da Suécia,
Casa que visitou e de onde saiu profundamente impressionada. Lá, enquanto
rezava, sentiu que Deus lhe dizia: "É aqui que desejo que te ponhas ao meu
serviço". No dia 25 de março de 1904, estabeleceu-se definitivamente em
Roma e, com uma especial permissão do papa Pio X, vestiu o hábito brigidino na
Casa de Santa Brígida, então ocupada pelas carmelitas. No dia 9 de setembro de
1911, começando com três jovens postulantes inglesas, restabeleceu a Ordem do
Santíssimo Salvador e de Santa Brígida, com a missão de orar e trabalhar, de
modo especial, pela união dos cristãos na Escandinávia com a Igreja católica.
Desde o início, incutiu nas suas filhas espirituais a necessidade da união dos
cristãos, o amor à Igreja e ao papa romano, a necessidade de orar para que haja
um único rebanho e um só pastor. Restabeleceu a Casa de Santa Brígida na Suécia
em 1923, na Itália em 1931 e a expandiu para a Índia em 1937. Viveu como
pioneira do diálogo ecumênico até o dia 24 de abril de 1957, quando morreu após
uma longa vida, marcada pelo sofrimento e pela doença. O papa João Paulo II
beatificou-a em 2000, em Roma.
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