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S. José Calasanz
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Santa Patrícia
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São José Calasanz, nasceu no ano de 1557, em Peralta de la
Sal, diocese de Urgel, em Aragão, Espanha. Foi ordenado sacerdote aos 28 anos
de idade, manifestando logo uma grande inclinação para a vida eremítica.
Trabalhou por algum tempo em sua terra natal, indo depois para Roma na
qualidade de teólogo em companhia do cardeal Marco Antônio Colonna. Lá entregou-se
de corpo e alma à educação das crianças pobres, dedicando-se com espírito de
apóstolo à instrução dos meninos do Trastevere, na Paróquia de Santa Dorotéia,
onde era vigário cooperador. Por volta do ano 1597, fundou a primeira escola
gratuita aberta aos filhos dos pobres, viu-se encorajado a fazer mais pela
afluência de tantos voluntários, que se ofereceram para lecionar gratuitamente
aos meninos. Assim, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares das Pias
Escolas, vinculados não só pelos votos de pobreza, castidade e obediência, mas
também um quarto voto, que os compromete com a instrução dos jovens. Imediatamente
esta instituição conseguiu a notoriedade que bem merecia: A Congregação se
espalhou em todos os países europeus, trazendo mais dores que a alegrias ao
Santo fundador. José Calasanz sofreu muito por causa dos ciúmes dos próprios
co-irmãos: acusado de incapacidade, foi destituído do governo da própria
congregação, ficando em seu lugar uma espécie de interventor da Santa Sé. Com
admirável paciência e serenidade, José Calasanz arregaçou as mangas e com a
obstinação dos pioneiros reergueu o edifício que havia desabado. A Congregação
ressurgiu das cinzas, mas com os mesmos programas sociais: de cultivar as
jovens inteligências dos meninos de periferia. Somente oito anos após a sua
morte é que o Papa Alexandre VI aprovava definitivamente o Instituto. São José
Calasanz morreu no dia 25 de agosto de 1648 com 90 anos de idade. Foi
canonizado no ano de 1757. São José Calasanz, proteja nossas crianças carentes
e marginalizadas que muitas vezes clamam pelo pão que mata a fome, o pão da
educação, do amor, da ternura e do afeto, fazendo com que todos nós tenhamos
vontade de ajudar e colaborar.
Santa Patrícia
Patrícia era descendente do imperador Constantino, o Grande.
Nasceu no início do século VII em Constantinopla e foi educada para a corte
pela sua dama Aglaia, uma cristã muito devota. A pequena cresceu piedosa e,
apesar da pouca idade, emitiu voto de virgindade a Cristo. Mas, para se manter
fiel teve de fugir da cidade, porque seu pai Constante II, então imperador,
insistia em lhe impor um matrimônio. Patrícia ajudada e em companhia de Aglaia,
com algumas seguidoras, se esconderam por algum tempo. Depois embarcaram para
as ilhas gregas, com destino à Itália, onde desembarcaram em Nápoles. Patrícia
ficou encantada com o local e indicou o lugar onde gostaria de ser sepultada.
Em seguida patrocinou à cidade ajudando a ornamentar muitas das novas igrejas
eram desprovidas dos objetos litúrgicos essenciais e abasteceu financeiramente
os conventos que atendiam os pobres e doentes. Só então viajou para Roma com
Aglaia e as fiéis discípulas, onde procurou proteção junto ao Papa Libério. Foi
quando soube que seu pai já havia se resignado à sua vontade. Recebeu então o
véu, símbolo de sua consagração a Deus, das próprias mãos do Sumo Pontífice. Assim,
elas retornaram à Constantinopla para Patrícia renunciar o direito à coroa e
distribuir seus bens aos pobres, antes de seguirem em peregrinação à Terra
Santa. Porém, outros incidentes ocorreram à elas. A embarcação se distanciou
dos vários perigos e se desgovernou até se espatifar nos rochedos da costa
marítima de Nápoles. Precisamente na pequena ilha de Megaride, também conhecida
como Castel dellOvo, onde havia um pequeno convento, no qual Patrícia morreu,
depois de sobreviver por pouco tempo. Os funerais de Patrícia, segundo os
registros, foram organizados pela fiel Aglaia e transcorreram de modo solene
com a participação do Bispo, do duque da cidade e da imensa multidão. O carro
puxado por dois touros sem nenhum guia, parou diante do Mosteiro das irmãs
basilianas dedicado aos Santos Nicandro e Marciano, que Patrícia indicara para
ser sepultada. Ali as relíquias permaneceram guardadas por essas irmãs que
passaram a ser chamadas de "patricianas", ou Irmãs de Santa Patrícia.
Mais tarde os basilianos transferiram as Regras para a dos beneditinos e essas
Irmãs também acompanharam a renovação. Para retribuir o carinho desta Santa que
retornou a Nápoles só para ser sepultada, a população difundia sempre mais seu
culto, tornando-o forte e vigoroso. Em 1625, Santa Patrícia foi proclamada
co-padroeira de Nápoles, sendo tão comemorada quanto o outro padroeiro: São
Genaro, o célebre mártir. Por motivos históricos, em 1864 suas relíquias foram
transferidas para a capela lateral da esplêndida igreja do Mosteiro de São
Gregório Armênio. A Igreja confirmou o culto Santa Patrícia no dia 25 de
agosto.
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