![]() |
Exaltação da Santa Cruz
|
![]() |
Santo Materno de Colônia |
Foi no ano 335, por ocasião da dedicação de duas basílicas
constantinianas de Jerusalém, a do Martyrium ou Ad Crucem no Gólgota, foi
construída sobre o Monte do Gólgota, e a do Anástasis, isto é Ressurreição, foi
construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e foi ressuscitado pelo
poder de Deus, sendo celebrada pela primeira vez a festa em honra da Santa
Cruz, estas basílicas foram construídas em Jerusalém por ordem de Constantino,
filho de Santa Helena. Quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos
fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelo rei persa Cosroe Parviz,
durante a conquista da cidade Santa e a partir do seculo VII comemora-se a
recuperação da preciosa relíquia pelo imperador Heráclio em 628. Os
historiadores contam que o imperador levou a Santa Cruz às costas desde
Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao patriarca Zacaria, no dia 3 de
maio de 630 tendo sido a Festa da Exaltação da Santa Cruz também a ser
celebrada no Ocidente. A celebração atual tem um significado bem maior do que o
encontro pela piedosa mãe do imperador Constantino, Santa Helena. A festividade
lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo
poder de Deus. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se
submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento
reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória
perene. Assim a cruz torna-se o símbolo e o compêndio da religião cristã.
Santo Materno de Colônia
É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã
da cidade de Colônia, na Alemanha. Desde o século IV, se criou uma tradição
cristã, na cidade de Trevire, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo
da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado,
para divulgar o Evangelho ao mundo germânico. Essa tradição fazia de Trevire a
primeira sede episcopal cristã da Alemanha e, portanto, dotada de
jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade. A personagem de
Materno, o Bispo de Colônia, é de fato muito importante para a história Igreja,
que já estava liberta das perseguições externas, por obra do imperador Constantino.
Mas a ela continuava exposta às divisões internas dos cristãos que,
insistentemente, prejudicavam a si próprios. Materno é um de seus
pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito
nascido no norte da África: o cisma donatista. Liderados pelo bispo Donato,
esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente
contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles
infiéis e traidores. Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por
medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e
entregue os Livros Sagrados às autoridades romanas. Inclusive, negavam-se a
aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido desta maneira, bom como a
inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados,
anteriormente, indignos. E por isto, os donatistas de Cartago, não reconhecem o
novo Bispo Ceciliano, porque um dos Bispos que o consagraram havia renegado à
fé, durante as perseguições. Chamado para arbitrar o imperador Constantino, em
313, escreve ao Papa Melquior, de origem africana, para convocar o Bispo
Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão
final, imparcial. E ainda o informa que os Bispos: Materno da Alemanha, Retício
e Martino da França já estavam a caminho de Roma. O imperador Constantino,
obedecendo a suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no
colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da
Alemanha e França. Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão
em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao Bispo Ceciliano. Mas este
cisma não terminou, mesmo contando também com notável presença de Santo
Agostinho, Bispo de Hipona. Entretanto, em Trevire, a fama de santidade de seu
primeiro Bispo, faz a figura de Materno tomar vulto e a população começa a
venerá-lo. Ao longo dos séculos, a Catedral de Trevire, que abriga as relíquias
de Santo Materno, foi reconstruída e hoje podemos ver o grau de devoção dos
fiéis estampado nos vitrais deste templo. Este culto foi autorizado pelo
Vaticano, em consequência detesta devoção secular e, ainda presente nos fiéis,
a data de sua tradicional festa litúrgica no dia 14 de setembro, foi mantida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário