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S. Francisco Borja
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S. Francisco Borja
Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia,
em português Borja, no dia 28 de outubro em Gáudia, Valença, Espanha. Teve o
mérito redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota
e obscura época Medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do Papa
Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II, de Aragão e Castela. Os
Borgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação
esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de
sua vocação de vida dedicada somente à Deus. Mesmo vivendo numa corte de luxo e
de seduções mundanas, Francisco se manteve sempre firme na busca de diversões
sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância foi pagem da corte do rei
Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário
da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava
os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto
religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus
oito filhos. Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos
vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas
e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a
freqüentar os sacramentos e a se unir nas orações diárias. O mesmo tino bondoso
e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da
Catalunha. A História mostra que a administração deste príncipe espanhol foi
justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o consideravam um verdadeiro
pai e todos tinham acesso livre ao palácio. Entretanto, com as sucessivas
mortes do seu pai e sua esposa, os quais ele muito amava, decidiu se entregar
totalmente ao serviço de Deus. Em 1548, abdicou de todos os títulos, passou a
administração ao filho herdeiro, fez votos de pobreza, castidade e obediência
e, entrou oficialmente para a Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo
também Santo Inácio de Loyola. Meses depois, o Papa quis consagra-lo cardeal,
mas ele pediu para poder recusar. Porém, logo foi eleito Superior geral da
companhia. Neste cargo imprimiu as suas principais características de santidade:
a humildade a mortificação e uma grande devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro sua terra natal,
Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou também as primeiras
missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma
original dos jesuítas, impondo à todos a hora de meditação cotidiana. Morreu em
30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a
espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, São
Francisco Borja foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, através
dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca presumida.
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