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Santo Sérgio |
Santo Sérgio
Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não
se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito
sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos.
Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página
latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo
seu martírio e o lugar onde foi sepultado. O texto diz que no ano 304, vigorava
a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo
imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do
confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto
alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as
investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e
cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia. A narrativa
seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter,
Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante
senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da
cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as
homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos.
Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte.
Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado
pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio. Ele era um velho
magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se
retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte
impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se
lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando
pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e
euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando
confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer
com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava
insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador
seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com
Sapricio. Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os
fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a
causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado
ainda mais o seu deus. Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão
da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e
que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos
cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o
obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu
decapitado naquele mesmo instante. Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do
mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito
religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de
Ubeda, na Espanha.
Um comentário:
Espalhai a Palavra de Deus por onde andastes, levai consigo a fé capaz de mover montanhas e colherás o fruto desse amor incondicional.
http://botefeamor.blogspot.com.br/
Abraços Fraternos
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