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Santo Romano |
Santo Romano
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos
primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No
século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de
propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do
progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. Romano achava as
regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele
era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos
arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de
alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia
naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão
como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se
juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois
mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de
clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã.
Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano
achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e
Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação
espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a
abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual. Consta nos
registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São
Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também
venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana
onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na
manhã seguinte, os dois estavam curados. A tradição, que a Igreja mantém, nos
narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres.
Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu
mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu
irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463. O culto de
São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por
toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são
numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda
muito viva, nos nossos dias.
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