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SÃO BERNARDINO REALINO
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SÃO
BERNARDINO REALINO
Santo protetor, toda cidade escolhe um. Eleger um santo
patrono antes mesmo de este ser proclamado santo, também não é uma situação tão
rara na história das comunidades. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem,
para que aceite de viva voz tornar-se protetor de uma cidade, aí sim se trata
de um caso raro, talvez único. Foi o caso de São Bernardino Realino. A cidade
em questão é Lecce e a data é 2 de julho de 1616. Depois de ter sido político e
administrador, ter presenciado uma aparição de Nossa Senhora com o Menino Jesus
e se convertido, em seu leito de morte o jesuíta Bernardino se via cercado pelo
Conselho Municipal, que lhe pedia a proteção eterna. Talvez o povo quisesse
apenas antecipar-se, impedindo que depois ele fosse eleito patrono de Capri,
onde nasceu em 1530, pois que seria proclamado santo não restava dúvida. Enquanto
jovem, Bernardino aprofundou-se nas ciências humanísticas, estudando na
academia de Módena e depois na universidade de Bolonha, formando-se em
filosofia, medicina, direito civil e eclesiástico. Enveredou então por uma
carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão que o levou a
cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de
Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito
de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles. Foi então
que se deu a aparição. Era o ano de 1564 e Bernardino abandonou a carreira
pública, assumindo definitivamente a religiosa. Além de continuar o trabalho
social em favor dos pobres, que sempre realizou, transformou-se também em
pastor de almas e catequista. Em 1574 foi enviado a Lecce para fundar um
colégio e foi então que sua atuação na comunidade tornou-se tão vital para
todos que, quando a morte o atingiu, deu-se a cena descrita no início. São
Bernardino Realino foi beatificado em 1895 por Leão XIII e canonizado por Pio
XII em 1947.
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