quinta-feira, 12 de maio de 2016

Santo do dia 12/05/2016: SÃO PANCRÁCIO, SÃO NEREU E SANTO AQUILES

SÃO PANCRÁCIO
SÃO PANCRÁCIO
As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio. Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé. Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri. O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304. O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury. A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica na América Latina.
SÃO NEREU E SÃO AQUILEU
SÃO NEREU E SÃO AQUILEU

Etimológicamente os nomes "Aquileu" e "Nereu", de origem grega, significam respectivamente "força" e "me pertence". Irmãos, ambos eram soldados adscritos ao tribunal militar durante o governo do imperador Diocleciano. Tempos em que a maldade perpetrava ataque feroz contra os seguidores de Cristo. Contudo, quanto mais se alargavam as fileiras do martírio, tanto mais florescia o cristianismo revestido com a força do testemunho vivo da verdade cristã. Aquileu e Nereu eram flores que encontravam-se em meio a um jardim de espadas, sangue e guerra quando converteram-se ao cristianismo. Diante disso, o dilema que se lhes apresentava não era fácil: se por um lado, renegassem sua fé e adorassem os ídolos, se livrariam da morte. Por outro, se abandonassem o exército, seriam mortos, já que as regras militares eram rigorosíssimas nesse sentido. Abrasados, porém, pela lembrança de Nosso Senhor Jesus Crucificado e das convicções que lhes inflamava o coração, não era difícil prever o inevitável desenlace por amor a Deus e à Igreja. Cumpriam perfeitamente com seu dever de militares, mas passaram a se apresentar como dois jovens fervorosíssimos, fazendo orações ao Deus dos cristãos, tornando-se comunicadores exemplares da Palavra de Deus. Finalmente decidiram abandonar o exército. Não tardou que fosse decretado o exílio na ilha de Ponza, onde permaneceram ambos a serviço de Santa Flávia Domitila, sobrinha do cônsul Flávio Clemente, com a qual partilharam as tribulações advindas pelas ordens imperiais. O historiador Eusébio diz que esta nobre dama de Roma fora enviada ao desterro por ordem de Domiciano porque também proclamara sua fé ao Divino Redentor. Segundo São Jerônimo "o exílio foi tão cruel e longo que isto por si só já lhes serviria de martírio". Foram condenados à morte, entregando gloriosamente a alma pelo fogo e pela espada. O Papa São Dâmaso escreveu no ano 400 a seguinte inscrição na tumba dos dois mártires: "Nereu e Aquiles pertenciam ao exército do imperador. Porém, se negaram a cumprir certas ordens que a eles pareciam cruéis. Ao converter-se ao cristianismo abandonaram toda violência e preferiram ter que abandonar o exército antes que ser cruéis com os outros. Proclamaram seu amor a Cristo nesta terra e agora gozam da amizade de Cristo na eternidade". O Sepulcro dos santos conserva-se no cemitério de via Ardeatina, onde há uma Basílica edificada em sua honra.

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