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SÃO VITO, SÃO MODESTO E SANTA CRESCÊNCIA |
SÃO
VITO, SÃO MODESTO E SANTA CRESCÊNCIA
Muitos foram os mártires cristãos perseguidos por reis e
imperadores. Mas o martírio de São Vito foi mais triste, por ter sido
orquestrado pelo seu próprio pai. Vito nasceu na Sicília, no fim do século III.
Era filho de Halaz, um pagão obstinado que encarava o cristianismo como inimigo
a ser combatido. Era costume na época os pagãos não cuidarem de seus filhos.
Essa tarefa era destinada a escravos e, assim, o menino foi deixado aos
cuidados de um casal extremamente cristão, Modesto e Crescência. Desta forma,
aos doze anos, embora clandestinamente, Vito já estava batizado e demonstrava
identificação total com os ensinamentos de Jesus. Ao saber do batismo, o pai
tentou imperativamente fazê-lo abandonar a fé, o que não deu nenhum resultado.
Halaz partiu para a força e castigou violentamente o próprio filho,
entregando-o então ao governador Valeriano, que o encarcerou e maltratou por
vários dias, tentando fazer Vito abdicar de sua religião. Modesto e Crescência,
entretanto, conseguiram arquitetar uma fuga e tiraram Vito das mãos do poderoso
governador, fugindo os três para Nápoles, onde esperavam encontrar paz. Mas não
foi o que ocorreu. Vito foi novamente preso e, desta vez, seus protetores
também. O que a tradição conta é que tentaram primeiro iludir os três cristãos
com promessas, depois com ameaças, terminando mais tarde com torturas
violentíssimas e, finalmente, a condenação à morte. Jogados na arena, entretanto,
um milagre os salvou. Ao invés de atacá-los, as feras deitaram-se aos seus pés.
Em seguida, um anjo os teria tirado dali. Segundo algumas lendas, os três foram
martirizados anos mais tarde, aproximadamente em 303, sob a perseguição do
sanguinário imperador Diocleciano. Na verdade, não há confirmação exata nem
mesmo da existência de Modesto e Crescência, embora outra lenda diga que os
dois foram as maiores testemunhas dos milagres protagonizados por Vito desde
quando tinha, ainda, sete anos. As relíquias de São Vito estão guardadas numa
catedral que leva seu nome em Praga. Ele é um dos Quatorze Santos Auxiliares e
é muito invocado, principalmente na Europa, para a cura da doença chamada
epikepcia ou coréa, conhecida como a doença (ou dança) de São Guido.
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