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SANTA JULIANA FALCONIERI |
SANTA
JULIANA FALCONIERI
Juliana era uma jovem de origem nobre e sobrenome famoso. Seu
exemplo foi tão forte para sua época, os séculos XIII e XIV, que levou centenas
de outras jovens da mesma estirpe a abraçar a fé como objetivo de vida. Juliana
nasceu em Florença, onde a família Falconieri era muito bem situada econômica e
socialmente. Como não conseguissem ter filhos, os pais de Juliana fizeram votos
e rezaram muito até que ela nascesse, em 1270. Foi criada dentro dos princípios
cristãos e, com quinze anos, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das
Servitas, sob orientação de São Filipe Benício. Foi seguida por jovens da mesma
roda social que, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a
desenvolver dezenas de obras de misericórdia e beneficência. De tal forma se
organizaram as jovens que logo optaram por ter sua própria instituição. Com
inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de
Maria. Mas, Juliana dedicou-se de forma tão radical à penitência que acabou
doente. Dormia no chão, passava a pão e água aos sábados e duas vezes por
semana, quando comungava, fazia jejum total durante todo o dia e a noite.
Assim, acabou contraindo uma doença estomacal que lhe causou tormentos durante
toda a vida. Apesar disso, não diminuiu os suplícios e jamais parou de
trabalhar em prol da caridade. Aos setenta anos os vômitos eram tão constantes
que nenhum alimento lhe parava no estômago. Nem a hóstia ela conseguia engolir.
Aliás, conta uma lenda que, pouco antes da morte, ela pediu a um sacerdote que
pelo menos lhe mostrasse a hóstia consagrada. Imediatamente a hóstia sumiu das
mãos do padre e Juliana expirou. Diz ainda a tradição que, ao prepararem o
corpo para ser sepultado, as irmãs viram do lado esquerdo do peito da santa uma
hóstia desenhada, tendo no centro uma imagem de Cristo crucificado, esculpida
na carne. Era o ano de 1340. Santa Juliana Falconieri foi canonizada
quatrocentos anos depois.
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