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Todos os Finados
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Todos os Finados
Os cristãos batizados são convidados a santificar-se e os que
decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo não têm medo da morte.
Porque ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida". Para todos os
povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua
a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto
da esperança. Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na
cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de
Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for batizado
e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar
com ele a vida eterna no Reino do Pai. Enquanto para todos os seres humanos a
morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas
certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da vida
terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em
direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra. Assim sendo, até
quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída
a morte e a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos
na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros,
enfim, gozam da glória contemplando Deus. Os glorificados integram a Igreja
triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os integrantes da Igreja
militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1º de novembro. Os
Finados integram a Igreja da purificação e são todos os que morreram sem
arrepender-se do pecado. O culto de hoje é especialmente dedicado a esses.
Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, haja um
momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo
profetizado e prometido da ressurreição. A Igreja ensina-nos que as almas em
purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é
dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No sentido
de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para reflexão
sobre nossa própria salvação. Encontramos a celebração da missa pelos mortos
desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois concílios
importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por
determinação do abade santo Odilo, todos os conventos beneditinos passaram,
oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que já ocorria na
comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir de então, a
data ganhou expressão em todo o mundo cristão. Em 1311, Roma incluiu,
definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para
celebrar "Todos os Finados". Somente no inicio do século XX, em 1915,
quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido à I
Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do
mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Finados.
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