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Santo Romano
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Santo Osvaldo |
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Daniel Aleixo Brottier
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Santo Romano
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos
primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No
século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de
propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do
progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. Romano achava as
regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele
era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos
arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de
alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia
naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão
como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se
juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois
mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de
clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã.
Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano
achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e
Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação
espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a
abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual. Consta nos
registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São
Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também
venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana
onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na
manhã seguinte, os dois estavam curados. A tradição, que a Igreja mantém, nos
narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres.
Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu
mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu
irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463. O culto de
São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por
toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são
numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda
muito viva, nos nossos dias.
Santo Osvaldo
Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Inglaterra
e da Europa ao final do primeiro milênio. De origem dinamarquesa, ele era
sobrinho de Oto, arcebispo da Cantuária e parente de Osil, arcebispo de York.
Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso,
ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi
chamado por seu tio Oscil que, desejando fazer reformas em sua diocese,
escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da
generosidade para com os pobres. Assim, ele foi nomeado bispo de Worcester e
uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo
de Cantuária e Eteluolde , bispo de Winchester. Desse modo, Osvaldo conseguiu
restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar
o caminho correto dentro do cristianismo. Fundou dois mosteiros em Westburi,
perto de Bristol e o mais influente, o de Ramsei. Por esta e muitas outras
obras, o rei Edgar, o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda
uma abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico
nos mosteiros e conventos que dirigiu. Mas, ao mesmo tempo em que dava grande
importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das
obrigações e regras espirituais, alcançando a graça de receber dons especiais e
vivenciar muitos fatos prodigiosos. Consta que ele operou diversas graças em
vida. No dia 28 de fevereiro de 992, como de hábito o bispo Osvaldo reproduzia
durante a Quaresma a cerimônia do lava-pés e estava banhando ele próprio os pés
de doze mendigos, quando morreu. O seu corpo foi transladado para uma nova
sepultura na igreja de Santo Vulfistano, ele também bispo de Worcester de 1062
até 1095.
Daniel Aleixo Brottier
Daniel Aleixo Brottier nasceu no dia 7 de setembro de 1876,
na diocese francesa de Blois. Desde a infância revelou um caráter caridoso e
profunda religiosidade. Ingressou no seminário em 1890, passando com
tranqüilidade pelas ordenações menores, fazendo por um ano o serviço militar e
se consagrando sacerdote aos vinte e três anos. Iniciou seu ministério
lecionando no colégio eclesiástico, próximo de Paris, mas sentiu logo sua
particular vocação para a vida missionária. Em 1902, ingressou na Congregação
do Espírito Santo, na qual, emitiu seus votos perpétuos, um ano depois. Como
padre espiritiano partiu para o distante Senegal, colônia francesa na África,
onde deu vazão ao seu zelo missionário, de forma ímpar. Depois de três anos,
adoeceu gravemente e teve de retornar em definitivo. Mas, não abandonou sua
missão. Na França, fundou a obra do "Memorial Africano" com o
objetivo de construir a catedral de Dakar, capital do Senegal. Para isto, com o
apoio do bispo de Dakar, outro padre espiritiano, foi nomeado vigário geral de
Dakar, com residência em Paris e diretor da Catedral-Monumento. Padre Daniel
entrou com entusiasmo no jogo do seu bispo, e cumpriu sua tarefa. Organizou um
secretariado, instalou um serviço de relações públicas, envolvendo no projeto
um conjunto de personalidades, mas, sobretudo, emitiu uma alma para esta obra,
de maneira que os cristãos da França não puderam ficar insensíveis. Depois de
alguns meses de trabalho persistente, uma rede de amigos solidários se formou e
se fixou, em todo o país. O trabalho foi interrompido durante a Primeira Guerra
Mundial, em 1914, quando ele foi voluntário e se alistou como capelão militar
nas linhas de frente. Por quatros anos, assistiu os moribundos, cuidou dos
feridos, dando assistência espiritual a todos, oficiais e soldados. Capelão
lendário, arrojado e ponderado, corajoso e prudente, amigo e confidente, no
final da Guerra, foi condecorado como "Oficial da Legião de Honra" e
da "Cruz de Guerra". A partir de 1919, padre Daniel retomou com toda
energia o apostolado missionário e o projeto da Catedral de Dakar. Em 1923,
decidiu fazer mais, fundou a Casa dos Órfãos Aprendizes de Autenil, passando a
ser chamado "Pai dos Órfãos". Foi nomeado diretor da Casa pelo
próprio Cardeal de Paris. À esta obra dedicou os últimos treze anos da sua
vida. Educador nato, bondoso, conseguiu abrigar cerca de mil e quatrocentos
jovens carentes e abandonados, sem nunca dispensar nenhum que batesse à sua
porta. Fundou também a União Nacional dos Antigos Combatentes, tendo cerca de
dois milhões de associados. Sua fé, sua oração, sua grande capacidade inventiva
e de organização fizeram dele um apóstolo e "homem de empresa",
inovador, atuante e contemplativo; foi um padre moderno, um religioso inserido
no seu tempo. No dia 2 de fevereiro de 1936, a Catedral de Dakar foi consagrada
e entregue aos senegaleses. Ele não esteve presente, muito doente, morreu vinte
e seis dias depois, em Paris. O Papa João Paulo II, em 1984, declarou Beato,
Daniel Aleixo Brottier, cuja festa marcou para o dia do seu transito.
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