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Santa Juliana
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São Romualdo
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Santa Juliana nasceu no ano de 1270, era filha de Caríssimo e
Ricordata. Caríssimo era irmão de Santo Alexis Falconieri, um dos fundadores
dos Servitas, por sua habilidade comercial tornou-se muito rico, já tinha idade
avançada quando nasceu sua filha Juliana, ficando órfã de pai pouco tempo
depois de seu nascimento. Recebeu o hábito de terceira na Congregação dos
Servitas, dado por São Felipe Benício, no ano de 1284, tendo sido objeto de admiração
de sua mãe e toda a sua família. Fez sua profissão de fé, na presença de São
Felipe, que faleceu pouco tempo depois, mais deixando a Congregação toda e
particularmente as Irmãs sob seus cuidados. Com sua devoção a Nossa Senhora,
aos sábados comia apenas um pouco de pão e tomava água, passando o dia a
contemplar as sete dores de Maria; as sextas-feiras ela consagrava aos
mistérios da paixão do Senhor, em honra dos quais se flagelava até o sangue.
Essa Congregação foi declarada verdadeira Ordem Religiosa pelo papa Bento XI no
ano de 1304, tendo sido superiora. Dormia muito pouco e suas orações duravam
quase o dia inteiro tendo obtido a graça e a força para resistir às mais
abomináveis tentações. Pacificou discórdias civis, interessando-se pelos pobres
e pelos doentes, que ela curava apenas ao contato de suas mãos. Sua morte
causada por uma doença do estômago não a permitia suportar mais alimento algum,
nem mesmo a comunhão. Na hora de sua morte, pediu ao Padre Tiago de Campo Regio
que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se estendeu ao chão, e
com os braços em cruz, quis que um corporal fosse estendido sobre o seu peito e
que a santa hóstia fosse aí depositada; tão logo foi depositada, desapareceu
misteriosamente, e Juliana morreu dizendo: "Meu doce Jesus" era o dia
19 de junho de 1341. Quando foi feito a toalete fúnebre, encontrou-se sobre o
coração da santa, a marca da hóstia como um selo, tendo a imagem de Jesus
crucificado. O Senhor que ela tanto desejou receber, escutou-a para além de toda
esperança. As "Mantellate", trazem sobre o lado esquerdo do
escapulário a imagem de uma hóstia, em memória desse milagre.
São Romualdo
O abade São Romualdo, pai dos monges camaldulentes, nasceu na
Toscana e viveu no final do século X e iníçio do século XI. Chegou a vida
religiosa marcado por triste acontecimento: seu pai matara em duelo um parente.
Era filho do duque de Ravena. Após haver professado a regra cisterciense por
três anos no mosteiro de Santo Apolinário, não satisfeito com aquela vida, aos vinte
e três anos, obteve a licença de viver a vida eremítica, e foi para as colinas
do Vêneto, em companhia do eremita Marino, lá teve notícia do cebório dos
Pireneus de São Miguel de Cuixá e resolveu seguir esta aventura espiritual,
acompanhado do veneziano Pedro Orseolo, que tornou-se santo. Passaram-se 10
anos, dando ao cenóbio espanhol orientação eremítica. Fundou depois o mosteiro
de Campo Maldoli, dando origem assim à Ordem Camaldulense, procurando conciliar
vida de solidão absoluta e vida comunitária. Conseguiu convencer seu pai a
fazer-se monge, São Severo. Em suas aventuras espirituais, reformando mosteiros
e fundando outros novos em Verghereto, em Lemmo, Roma, Fontebuana, Vallombrosa
e em Val de Castra, perto de Fabiano. São Romualdo, ao pressentir a morte, no
dia 19 de junho de 1027, despediu-se de cada um dos monges e quis morrer
sozinho. No dia 7 de fevereiro de 1481, seus despojos foram transportados para
Fabiano, sendo marcado essa data também para sua festa litúrgica.
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