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Bartolomeu Fernandes dos Mártires
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Nossa Senhora do Carmo
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Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de
Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas
e nobres. O filho foi batizado com o nome do Santo Apóstolo na igreja de Nossa
Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos
Mártires" para homenagear Maria. Foi educado na corte portuguesa com muito
requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida
religiosa, ingressando na Ordem dos dominicanos em 1528. Fez o noviciado no
mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua
graduação, em 1538 foi professor nos vários conventos da capital da corte,
função que exerceu durante vinte anos. É apresentado pela rainha Catarina para
suceder o Arcebispo de Braga e o Papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu
aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual, o teria
indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor. Iniciou a sua
atividade na vastíssima Arquidiocese, empreendendo uma atividade apostólica de
ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas
pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso, publicou o
"Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais" que continua
sendo editado. Atento e solicito à cultura e santificação do clero, instituiu
aulas de teologia moral em vários locais da diocese e escreveu cerca de trinta
obras doutrinais, cujas publicações atingiram o terceiro milênio. Uma que
mereceu particular importância foi o "Stimulus Pastorum", distribuída
aos Padres dos Concílios Vaticano I e II, e que foi editada mais de vinte
vezes. Esse empenho reformador o Bispo Bartolomeu dos Mártires imprimiu,
também, em espaços estruturais e durante toda a sua vida. Em 1560 confiou aos
Padres jesuítas o ensino públicos à cargo da Arquidiocese de Braga, que
originou o excelente Colégio de São Paulo. No ano seguinte, construiu o
convento da Santa Cruz, na cidade de Viana do Castelo. Participou no Concílio
de Trento, de 1561 a 1563, onde apresentou mais de duzentas e sessenta petições
como síntese das interpelações de Reforma para a Igreja. Solidificou ainda mais
a marca do grande reformador que era, quando no ano seguinte, efetuou em Braga
um Sínodo Diocesano, e, depois de dois anos, um outro, Provincial. Foi ele
também que entre 1571 e1572 idealizou e iniciou a construção do Seminário
Conciliar no Campo da Vinha. Nesse ano decidiu renunciar ao Arcebispado de
Braga. Foi para o convento da Santa Cruz, onde se manteve recolhido,
dedicando-se aos estudos eclesiásticos e a pregação, até morrer em 16 de julho
de 1590. Reconhecido e aclamado pelo povo por sua santidade como pai dos pobres
e dos enfermos, seu túmulo se encontra na antiga igreja dominicana em Viana do
Castelo, Portugal. O Papa João Paulo II o proclamou em 2001, Beato Bartolomeu
Fernandes dos Mártires, no dia litúrgico de Santo Carlos Borromeu, com quem o
Beato trabalhou arduamente na concretização dos objetivos do Concilio de
Trento.
Nossa Senhora do Carmo
Na história da Igreja, a ordem das Carmelitas é uma das mais
antigas e tem como modelo e patriarca o Profeta Elias. O culto a Maria, honrada
como a Bem-aventurada Virgem do Carmo. Na Sagrada Escritura fala-se da beleza
do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus
vivo e verdadeiro. "Em lembrança da visão que mostrou ao profeta a vinda
desta Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia
para o Carmelo (Cf.1Rs 18,20-45), os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho
de Deus, destruíram sua antiga casa e construíram uma capela no monte Carmelo,
perto da fonte de Elias, em honra desta primeira Virgem voltada a Deus". As
gerações dos monges se sucederam através dos tempos e expulsos pelos sarracenos
no século XIII, os monges que haviam recebido do patriarca de Jerusalém, Santo
Alberto, então bispo de Vercelas, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório
III, baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa
Senhora, na vida contemplativa e mística, se voltaram ao Ocidente e aí fundaram
vários mosteiros, superando várias dificuldades, podendo experimentar a
proteção da Virgem. O superior geral nesta época, era São Simão Stock. Quando
em suas orações pedia a Nossa Senhora proteção para a ordem dos Carmelitas dos
perseguidores, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de multidão de anjos,
segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou
a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será
salvo. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidava a
"pôr em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está
ao alcance de todos", entendido como veste mariana, esse é de fato ótimo
símbolo da proteção da Mãe Celeste, o seu valor das orações da Igreja, da
confiança e amor dos que o usam. Oremos: Por intercessão de N.S.do Carmo
protegei-nos de todos os perigos e dai-nos a graça de termos uma boa morte, não
nos deixeis abandonados ao nosso egoísmo, indiferença, ódio e rancor. Protegei
nossas famílias fazendo crescer em nossos corações o amor aos nossos irmãos.
Amém.
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