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Santo Arnolfo de Metz
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Santo Arnolfo de Metz
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano
582. A sua família era muito importante, cristã e fazia parte da nobreza. Ele
estudou e casou-se com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região
da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que
guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção. Um
destes reinos era o da Austrasia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo
passou a trabalhar. Mas quando este rei morreu, todos os seus descendentes e
familiares foram assassinados à mando do rei dos francos Clotário II, que
incorporou a região aos seus domínios. Era neste clima que vivia Arnolfo, um
homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de
um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo o tornou
seu conselheiro. Confiou-lhe também a educação de seu filho Dagoberto, que se
formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de
Dagoberto um dos reis católicos mais justos da História, não tendo cometido
nenhuma atrocidade durante o seu governo. Alem disto, o rei Clotário II nomeou
Arnolfo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da corte. Uma bela
passagem ilustra bem o caráter deste homem, que mesmo leigo se tornou um dos
grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus
pecados, atirou seu anel no rio Mosella, dizendo: "Senhor, se me perdoas,
faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Esta
tradição cristã, ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não
pecar, especialmente para quem estava no poder. Naquele tempo, as questões dos
leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da
Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai
de família a ocupar este posto, nesta condição. Como chefe desta diocese,
Arnolfo participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, o
seu filho Clodolfo, se tornou bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o
outro, chamado Ansegiso, se tornou um dos primeiro "mestres de
palácio", da chamada era carolíngia. Depois de algum tempo Arnolfo
abandonou, o bispado e o cargo na corte, para ingressar no mosteiro fundado
pelo seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a corte e o rei. Desta
maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações,
penitência e caridade. Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele
mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram o seu
corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
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