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Santo Inocêncio
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Santos Nazário e Celso |
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São Celestino
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Santo Inocêncio
Santo Inocêncio nasceu em Albano Laziale, Roma. Foi Eleito
pontífice em 401 e governou a Igreja por 16 anos, em período histórico muito
difícil para os destinos do império romano do Ocidente e particularmente para
Roma, que em 24 de agosto de 410 foi saqueada por Alarico, prolongando-se por
três dias as devastações, mas apesar disso, a autoridade de Santo Inocêncio foi
respeitada pelos bárbaros. Santo Inocêncio manteve-se sempre cordial com todas
as Igrejas, comunicando-se através de cartas, das quais trinta e seis fazem
parte das coleções canônicas, ou cartas encíclicas, que fazem parte do
magistério ordinário dos pontífices. Inocêncio I estabeleceu um ponto importante
na disciplina eclesiástica, a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com
a doutrina e as tradições da Igreja de Roma. Zelou pela liturgia sacramental:
batismo, reconciliação, unção dos enfermos, indissolubilidade do matrimônio,
claramente defendida também nos casos de adultério. Surgiu também durante seu
pontificado a heresia de Pelágio, contra a qual Agostinho opôs-se com
veemência. A São Jerônimo, que do seu retiro em Belém lhe escrevera para
confiar-lhe algumas aflições suas, o Papa respondeu com carta paterna,
mostrando que sabia não só reger o leme da barca de Pedro com mão firme, mas
também possui coração aberto a compreensão e extremamente acolhedor. Santo
Inocêncio morreu a 28 de Julho do ano 417 em Roma, e foi sepultado no cemitério
de Ponciano na via Portuense.
Santos Nazário e Celso
Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era
cristã. O pai era um pagão e se chamava Africano. A mãe, de nome Perpétua, era
uma cristã fervorosa. Enquanto, ele desejava tornar o filho um sacerdote à
serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente à Deus, no
seguimento de Cristo, por isto, o educou dentro da religião. Assim, com apenas
nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e
sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu. Nazário
foi batizado pelas mãos do próprio Papa São Lino, o primeiro sucessor de São
Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército
romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas,
ao ser descoberto foi levado à presença do imperador, que o mandou prender.
Conseguindo fugir, abandonou Roma e se tornou um pregador itinerante, até que,
durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália. Assim foi para a Gália,
hoje França, sempre pregando a Palavra de Cristo. Em Cimiez, próximo de Nice,
depois de converter uma nobre e rica senhora e seu filho, um adolescente de
nome Celso, ela confiou o jovem à Nazário, que o fez seu discípulo inseparável.
Juntos percorreram os caminhos da Gália, deixando para trás cidades inteiras
convertidas, pois, durante as suas pregações aconteciam muitos milagres, à
vista de todos os presentes. Depois, foram para Treves, atualmente Trier, na
Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã que se tornou tão famosa, que os
dois acabaram sendo denunciados e presos. Condenados à morte, foram jogados na
confluência dos rios Sarre e Mosel. E novo milagre ocorreu: em vez de afundar,
os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram
mais matá-los, apenas os expulsaram do país. Nazário e Celso foram então para
Milão, onde mais uma vez se viram vítimas da perseguição pagã, imposta pelo
imperador Nero. Presos e condenados, desta vez foram decapitados em praça
pública. Passados mais de dois séculos, em 396, os corpos destes dois mártires
foram encontrados, pelo próprio Bispo de Milão, Ambrósio, também venerado pela
Igreja. Durante suas orações, teve uma visão, que lhe indicou o local da
sepultura de Nazário. Mas, para surpresa geral, a cabeça do mártir estava
intacta, com os cabelos e a barba preservados e ainda dela escorria sangue,
como se fora decapitado naquele instante. A revelação foi mais impressionante
porque, durante as escavações, também encontraram o túmulo do jovem discípulo
Celso, martirizado junto com ele. Também foi por inspiração de Santo Ambrosio
que esta tradição chegou até nós, pois ele a contou à São Paolino de Nola, seu
discípulo e biógrafo. As relíquias de São Nazário e São Celso foram
distribuídas às igrejas de várias cidades da Itália, França, Espanha, Alemanha,
África e Constantinopla. Desta maneira, a festa dos dois Santos se difundiu por
todo o mundo católico, sendo celebrados no dia em que Santo Ambrosio teve a
revelação: 28 de julho.
São Celestino
Com satisfação nós lembramos da santidade do Papa Celestino
I, que governou a Igreja dos anos 422 até 432. Ele nasceu na Itália e, ao ser
escolhido para governar a Igreja do Cristo, usou muito bem o cajado da justiça
e paz. No tempo dele a auto-suficiência do pelagianismo, que, embora condenado
no Concílio de Cartago, perdurava querendo "contaminar" os cristãos,
pois afirmava uma auto salvação. Combatente também contra a heresia do
Nestorianismo - que afirmava ter Jesus duas naturezas e duas pessoas - São
Celestino fez de tudo para condenar o erro e pecado sem deixar de amar o errado
e o pecador; assim viveu na santidade até entrar na eterna casa dos santos em
432.
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