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Santo Estevão
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Santo Eusébio de Vercelli |
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São Pedro Julião Eymard |
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Zeferino Gimenez Malla
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Santo Estevão
Estevão era italiano, de origem romana e seu pai se chamava
Júlio. Não se tem registro de mais nada sobre sua família. Ele viveu no século
II, quando a Igreja estava estremecida pela crise interna e sofria com as
perseguições impostas aos fiéis, pelos imperadores de Roma. Ele foi eleito
sucessor do Papa Lúcio I e o primeiro com este nome. O seu pontificado foi
marcado, no início, por um período de paz, concedido aos cristãos, pelo então
imperador Valeriano e, depois, pelos inúmeros problemas internos, que dividia
os sacerdotes católicos na ocasião. A Igreja estava dividida quanto ao
tratamento a ser dado aos "lapsi", como eram chamados os fiéis que
renegaram Jesus Cristo, abandonando a Igreja com medo do martírio no período
das perseguições e que depois arrependidos queriam retornar ao Cristianismo.
Este era o árido terreno que dividia o clero entre rigorosos e indulgentes. Nesta
época, dois Bispos da Espanha, ambos "arrependidos", desejavam voltar
ao Cristianismo. Os cristãos concordavam que fossem aceitos, mas apenas como
simples fiéis. Estes, porém, queriam ser aceitos como antes, na condição de
Bispo e à frente das mesmas dioceses. Ambos, enganando o Papa Estevão I,
reassumiram os postos, dizendo à todos que tinham a sua autorização. Houve
então muita confusão e revolta em toda a Igreja, que se espalhou da Espanha
alcançando o norte da África, onde o Bispo de Cartago era o grande Cipriano,
hoje venerado como Santo. Estevão I, teve de enfrentar toda a rejeição daquela
decisão, que não havia sido sua, por parte de Cipriano que, de Cartago, liderou
um movimento de revolta contra ele. O seu pontificado se complicou ainda mais
quando em 257, a Igreja inteira voltou a ser perseguida pelo imperador
Valeriano, que endureceu o governo, na tentativa de manter o Império unificado
na guerra contra a Pérsia. No dia 02 de agosto de 257, o Papa Estevão I morreu
martirizado na sede da Igreja em Roma. Encontramos, esta narração no
Martirológio Romano, que diz: o Papa Estevão I, celebrava o Santo Sacrifício da
Missa, quando repentinamente apareceram alguns soldados. Corajoso continuou
firme diante do altar celebrando os santos mistérios. Foi morto e alí mesmo o
decapitaram. As perseguições continuaram violentas por todas as regiões do
Império, chegando no ano seguinte na África, onde o Bispo Cipriano também foi
decapitado, na sua diocese de Cartago. As relíquias de São Estevão I, foram
encontradas na Sepultura dos Papas, no Cemitério São Calisto, em Roma. Em 1682,
seu corpo foi transferido para a Catedral da cidade de Pisa, na Itália. A sua
veneração litúrgica foi designada para o dia de sua morte.
Santo Eusébio de Vercelli
Hoje nós lembramos o testemunho de santidade de Eusébio, que
nasceu no começo do século IV, na Sardenha e não tinha este nome, até ir para
Roma em procura de lucro com a Política e o Direito. Encontrado por Jesus,
converteu-se e recebeu as águas do Batismo e o novo de Eusébio, pois foi
Batizado pelo Papa Eusébio. De simples leitor da Igreja de Roma, Eusébio foi
ordenado sacerdote e depois em 345, Bispo em Vercelli, onde exerceu seu
Ministério com zelo, muito amor às Almas e à Verdade. Dentre tantas inspirações
para a Diocese Eusébio vivia comunitariamente com seus sacerdotes, e desta
comunhão conseguiu forças para vencer os bons combates do dia-a-dia. Santo
Eusébio de Vercelli por opor-se ao Arianismo que buscava erroneamente negar a
divindade de Cristo, foi exilado com outros santos bispos pelo imperador
Constâncio. Despachado com algemas para a Palestina, Eusébio sofreu torturas e
sobreviveu por seis anos fechado numa prisão; quando liberto aproveitou para
visitar Igrejas os grandes ortodoxos do Oriente. Ao voltar foi acolhido como
vencedor pelos irmãos no episcopado, clero e todo o povo, e até entrar no Céu
em 370, venceu o Arianismo com Santo Hilário e unificou as Igrejas.
São Pedro Julião Eymard
Nascido no século XIX marcou toda a Igreja com o verdadeiro
culto a Jesus Eucarístico, São Pedro Julião Eymard pertencia a uma família tão
religiosa que a própria mãe o levava diariamente na Igreja para receber a
benção do Santíssimo. Certa vez o menino de cinco anos desapareceu de casa e
quando o procuraram na igreja encontraram Pedro diante do sacrário com esta
resposta lábios: "Estou falando com Jesus". Foi à luz do Cristo
Eucarístico que Pedro descobriu sua vocação ao sacerdócio, a qual
concretizou-se depois vencer as oposições do pai, tornando-se assim um padre
secular e mais tarde religioso na Congregação dos Maristas. São Pedro Eymard
percebendo a indiferença do povo para com Jesus Eucarístico e inspirado por
Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, fundou o Instituto do Santíssimo
Sacramento, pois tinha concluído: "É necessário tirar Cristo do sacrário,
apresentá-lo ao povo como grande Senhor, Mestre, Salvador, vivo, real em nosso
meio". Viajando toda a França, deixando vários escritos, abrangendo
sacerdotes, religiosas e leigos na sua obra em honra ao Santíssimo e Diviníssimo
Sacramento, São Pedro tudo conseguiu por causa do auxílio da Graça e tempera
diante dos inúmeros sofrimentos, isto até entrar na adoração eterna no Céu em
1868.
Zeferino Gimenez Malla
Zeferino Gimenez Malla, nasceu na Catalunha, Espanha, aos 26
de agosto de 1861. Descendia do povo cigano daquela localidade, que chamava o
menino de "El Pelé". A família vivia na pobreza, que se intensificou
quando o pai a abandonou, para ficar com outra mulher. Por isso, Zeferino não
pôde ir à escola, precisou ajudar no sustento da casa, confeccionando e
vendendo cestas de vime. Quando completou vinte anos, se transferiu para
Barbastro e ali se casou com Teresa Gimenez Castro, ao modo cigano, sem rito
religioso. O casal não pôde ter filhos, então resolveram adotar Pepita, uma sobrinha
de Teresa. Zeferino não tinha uma profissão fixa, era habilidoso com cavalos e
mulas, mas se tornou um comerciante autônomo depois de um episódio que encantou
toda Barbastro. Um homem tuberculoso, vertendo sangue contaminado pela boca,
estava agonizando na estrada. Todos tinham receio de ajuda-lo, afinal, a
tuberculose era extremamente contagiosa. Porém, isto não intimidou Zeferino que
o ajudou prontamente, abrigando-o em sua casa, tratou de sua doença. Quis o
destino que a família daquele homem fosse uma das mais poderosas do local, que
gratificou muito bem Zeferino pela sua boa ação. Com este dinheiro ele iniciou
um pequeno negócio que rapidamente prosperou. Ele acabou enriquecendo, mas,
mesmo assim, continuou praticando sua caridade. Com o sangue nômade nas veias,
passou a pregar pelas estradas, munido do Rosário. Socorria aos mais pobres,
especialmente os ciganos, seus irmãos de sangue. Porém, para ele todos eram o
"próximo", tornando-se a razão de sua existência e de seu trabalho
caridoso. Cristão, devoto da Virgem Maria e da Eucaristia, freqüentava a Santa
Missa todos os dias, na qual fazia questão de receber a comunhão. Zeferino
oficializou seu casamento pelo rito católico, em 1912. Nesta ocasião passou a
freqüentar a "Quarta-feira Eucarística", da Ordem Terceira de São
Francisco. Quando então todos os religiosos reconheceram naquele comunicativo
cigano um grande modelo de virtude e santidade. Empenhou-se com grande
generosidade nas Conferências de São Vicente de Paulo, porque desejava tornar
sua caridade mais eficiente. Mesmo sendo analfabeto, também se dedicava à
catequese das crianças, ciganas ou não. Era muito querido por elas, pois,
conhecendo muitas passagens da Bíblia ele as contava com especial inspiração. Em
1936 explodiu a guerra civil espanhola. No dia 02 de agosto deste ano, Zeferino
foi preso ao tentar libertar um padre que era prisioneiro de um grupo
anarquista. Tinha então setenta e cinco anos de idade. Mesmo sob a mira das
armas, Zeferino protestou de cabeça erguida. Todos puderam ouvir seu último
grito, brandindo o Rosário, seu companheiro, antes do fuzilamento: "Viva
Cristo Rei!". Por ordem dos rebeldes, todos os fuzilados foram enterrados
numa cova coletiva. Dentre eles estava Zeferino, cujo corpo nunca pôde ser
encontrado. Em 1997, numa bela cerimônia solene celebrada pelo Papa João Paulo
II, em Roma, na presença de milhares de ciganos cristãos do mundo todo,
Zeferino Gimenez Malla foi declarado Beato. Assim, ele se tornou o primeiro
cigano a ser elevado aos altares pela Igreja, cuja festa foi marcada para o dia
de sua morte.
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