A vida contemplativa foi a forma escolhida por Santa
Gertrudes para dedicar-se a Deus. Claro que praticava os ensinamentos e
obrigações da caridade e humildade, mas seu grande exemplo, que passou às suas
discípulas enquanto abadessa, foi a entrega da alma e da mente à meditação
sobre os mistérios da paixão e morte de Cristo e o dogma do sacramento do amor.
Seu trunfo eram a penitência e a dedicação às escrituras. Em suas meditações,
Santa Gertrudes recebeu muitas revelações de Deus, que transcreveu e reuniu no
livro "Mensageiro do Divino amor", talvez o mais importante volume
cristão tendo como temática a teologia mística. Gertrudes viveu no misticismo.
Entregue desde os cinco anos às religiosas beneditinas do mosteiro de Helfa,
ali aprendeu e cresceu, tornou-se religiosa consagrada e exerceu a direção da
abadia. Dizem os escritos que constantemente era tomada por arrebatamentos
sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da palavra. Foi uma das grandes
incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, prática que alcançaria enorme
expansão no futuro, com santa Margarida Maria Alaquoque, no século XVII.
Gertrudes nasceu em Eisleben, na Saxônia, em 1256, e morreu em 1302. Não foi
canonizada oficialmente, mas sua festa é comemorada desde 1738.
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